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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Guiné 61/74 - P27321: A nossa guerra em números (40): em 1967, no CTIG, existiam 76 tabancas em autodefesa, 350 com armamento distribuído, e 20 mil "mausers" (c. 12 mil em mãos de civis)


Em 1967 havia 76 tabancas em autodefesa: 

  • 37 na Zona Leste: (Sector L1) (Bambadinca)=13; L2 (Bafatá)=21; L3 (Nova Lamego)=3 (48.7% do total);
  • 24 na Zona Sul: (Sector S1) (Tite)=4; S2 (Buba)=18; S3 (Catió)= 2  (31, 6% do total);
  • 15 na Zona Oeste: (Sector O1-B) (São Domingos)= 14; =O2 (Farim) (19,7% do total)

Não havia nenhuma tabanca A/D nos sectores: O1 (Bula); O1(A) (Teixeira Pinto); O3 (Mansabá); 03 (A) (Mansoa).

Fonte: CECA (2015)


1. Em 1967, o sistema de autodedesa tinha duas componentes: "Algumas das povoações nativas foram armadas com espingardas. Havia dois graus de preparação militar" 128)

(i) a tabanca em autodefesa;

(ii)  a tabanca com armamento distribuído.

Tabancas A/D (em autodefesa)

As primeiras, além de um quantitativo de armamento razoável, têm ainda organização de terreno, com abrigos de combate e rede de arame farpado. "Infelizmente, na maior parte dos casos, não foi adaptada a implantação de moranças para facilitar a organização e defesa", o que vai possível com os reordenamentos.

Tabancas com armas distribuídas

As tabancas com armamento distribuído são cerca de 350, com um úmero irregular de armas, nalguns casos tão diminuto que não têm qualquer valor militar: pelo gráfico acima publicado, concentravam-se sobretudo na Zona Leste (Regiões de Bafatá e Nova Lamego), correspondendo, "grosso modo", ao "chão fula", e na Zona Sul (Regiões de Quínara e Tombali), mas também no "chão felupe".

Existiam no CTIG cerca de 20 mil  espingardas "Mauser" das quais se julga que cerca de 12 ,il  estivessem nas mãos de civis, e as restantes distribuídas pelas mílicias (deduzimos nós).

Em meados de 1968, havia 25 companhias de milícias (numeradas de 1 a 25). Não sabemos desde quando passaram a ter como armamento a G3. Cinco anos depois, em meados de 1973, as milícias somavam um número impressionante: 180 pelotões (c. 7 mil homens em armas).

O número de tabancas A/D, e de  de armas distribuídas pela população,  aumentou com os reordenamentos construídos no tempo do governador e comandante-chefe gen António Spínola. Mas ainda não temos números desse período.

Fonte: Excertos de  Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro II; 1.ª Edição; Lisboa (2015), pp. 128-129.

(Pesquisa, revisão / fixação de texto: LG)

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Nota do editor LG:

(`) Último poste da série > feira, 10 de outubro de 2025 > Guiné 61/74 - P27303: A nossa guerra em números (39): E os "retornados" de outros impérios coloniais (França, Holanda, Grã-Bretanha, etc.) quantos foram ?