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quinta-feira, 19 de abril de 2018

Guiné 61/74 - P18539: XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (6): Setenta por cento do total de inscritos até ontem (n=89), são oriundos, tal como nos outros anos, da Grande Lisboa e do Grande Porto... Mas também, temos representantes da região Centro (24%) e até da(s) periferia(s) (6%)...Camaradas e amigos, o prazo termina no fim do mês ou vai até ao limite dos 200 lugares... Não deixes para o fim a tua inscrição...





Nº provisório de inscrições no XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (Leiria. Monte Real, 5 de maio de 2018), à data de hoje, por região

Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)





















VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 > Fotogaleria

Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2012)


LISTA DOS PRIMEIROS 89 INSCRITOS NO XIII ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE,
MONTE REAL,  5 DE MAIO DE 2018 

Abel Santos - Leça da Palmeira / Matosinhos 
António Acílio Azevedo & Irene - Leça da Palmeira / Matosinhos 

António Bonito - Carapinheira / Montemor-o-Velho 

António João Sampaio e Maria Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos 

António Joaquim Alves - Malveira / Mafra 

António José Pereira da Costa & Isabel - Mem Martins 

António Maria Silva e Maria de Lurdes - Sintra 

António Mário Leitão - Ponte de Lima 
António Martins de Matos - Lisboa 
António Mendes - Carapinheira / Montemor-o-Velho 
António Pimenta - Carapinheira / Montemor-o-Velho 
António Tavares - Foz do Douro / Porto 
Armando Oliveira - Vila Nova de Gaia 
Armando Pires - Algés / Oeiras 

Carlos Cabral & Judite - Pampilhosa 
Carlos Cruz, Irene, Paulo, Ana Cristina e Pedro - Lisboa 
Carlos Pinheiro - Torres Novas 
Carlos Vinhal & Dina Vinhal - Leça da Palmeira / Matosinhos 

David Guimarães & Lígia - Espinho 
Diamantino Ferreira e Emília - Leiria 

Ernestino Caniço - Tomar 

Hernâni Alves da Silva & Branca - Vila Nova de Gaia 

Idálio Reis - Sete-Fontes / Cantanhede 
Isolino Silva Gomes e Júlia - Porto 

Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel 
Joaquim Mendes Teixeira e Maria Emília - Guilhabreu / Vila do Conde 
Joaquim Mexia Alves - Monte Real / Leiria 
Jorge Araújo e Maria João - Almada 
Jorge Canhão & Maria de Lurdes - Oeiras 
Jorge Picado - Ílhavo 
Jorge Pinto & Ana - Sintra 
Jorge Rosales - Monte Estoril / Cascais 
Jorge Teixeira - Porto 
José Almeida e Maria Antónia - Viana do Castelo 
José Barros Rocha - Penafiel 
José Casimiro Carvalho - Maia 
José Ferreira - Crestuma / Vila Nova de Gaia 
José Miguel Louro - Lisboa 
José Saúde - Beja 
Juvenal Amado - Amadora 

Luís Graça & Alice Carneiro - Lourinhã 
Luís Moreira & Irene - Sintra 
Luís Paulino & Maria da Cruz - Algés / Oeiras 
Luís Rainha & Dulce - Figueira da Foz 

Manuel Augusto Reis - Aveiro 
Manuel Guilherme - Vila Nova de Gaia 
Manuel Joaquim e José Manuel Cunté - Lisboa 
Manuel José Ribeiro Agostinho & Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos 
Manuel Lima Santos & Maria de Fátima - Viseu 
Manuel Santos - Vila Nova de Gaia 
Mário Magalhães & Fernanda - Sintra 
Mário Vitorino Gaspar - Lisboa 
Miguel Pessoa & Giselda Pessoa - Lisboa 

Ricardo Abreu - Vila Nova de Gaia 
Ricardo Figueiredo - Porto 

Silvino Correia d'Oliveira - Leiria 

Urbano Martins Oliveira - Figueira da Foz 

Virgínio Briote & Maria Irene - Lisboa 

Xico Allen- Vila Nova de Gaia.


Lista provisória de inscritos até ontem à noite. A abertura de inscrições começou em 21 de março passado. O prazo vai até ao fim do corrente mês  (ou até ao limite dos 200 lugares da sala Dom Dinis do Palace Hotel Monte Real).

Preço e processo de inscrição: vd. primeiro poste da comissão organizadora (**).
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Notas do editor:


terça-feira, 17 de abril de 2018

Guiné 61/74 - P18529: Inquérito 'on line' (129): "Este ano vou a Monte Real, ao XIII Encontro Nacional"... Resultados finais: em 39 respostas, 46% dizem que "sim", 10% estão "indecisos" e os restantes (44%) não vão, por razões de conflito de agenda, de saúde, económicas ou outras... Até à data já se inscreveram 90 (45% da lotação máxima)... Quem é grã-tabanqueiro, tem que ir pelo menos uma vez na vida a Monte Real... E quem não é, também pode vir... e só lhe faz bem!







Monte Real > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca Grande >
Imagens de arquivo do VI Encontro Nacional da Tabanca Gande, Monte Real, o segundo que se realizou no Palace Hotel Monte Real, em 4 de junho de 2011.

Recorde.se que o I Encontro Nacional foi na Ameira, Montemor-o-Novo, em 2006: o II em Pombal; o III e o IV, na Ortigosa, Monte Real, Leiria... Desde 2010, a 5.ª edição, mudámos para o Palace Hotel Monte Real. Até hoje... O XIII será de novo no mesmo sítio, no dia 5 de maio de 2018.

Estão a decorrer as inscrições. Lotação máxima: 200 lugares (Sala Dom Dinis, Palace Hotel Monte Real)

Fotos de Manuel Resende /: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)


1. Inquérito 'on line':

"Este ano a vou a Monte Real, ao XIII Encontro Nacional" (Resposta única)

Resultados finais (n=39)


Sim, vou > 18 (46,0%) 

Talvez, ainda não decidi > 4 (10,0%)


Não vou > 17 (44,0%) 


Total > 39  (100,0%)


2. Os que respondem  "Não" (n=17), é por razões:

(i) de conflito de agenda  > 4 (10,0%)
(ii) de saúde  > 2 (5,0%)
(iii)  económicas > 2 (5,0%)
(iv) outras > 9 (24,0%)


3. O prazo para responder ao inquérito terminou ontem dia 16, segunda-feira, às 22h32.


Quanto à inscrição, no XIII Encontro Nacional da Tabanca Grande, camaradas e amigos/as, podem fazê-lo até pelo menos ao fim do mês de abril (ou até ao limite dos 200 lugares).

Até ontem à noite estavam  inscritos 90 amigos e camaradas da Guiné, 45% da lotação máxima.

Mas, por favor, aproveitem esta oportunidade... histórica. É que a Tabanca Grande é terna... mas não eterna.
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sábado, 13 de julho de 2013

Guiné 63/74 - P11835: Tabanca Grande (404): Manuel Lima Santos, ex-Fur Mil Inf.ª da CCAÇ 3476 - "Os Bebés de Canjambari" - Guiné, 1971/73 (Tertuliano n.º 623)

1. Vamos receber hoje na nossa Tabanca um camarada que não é de todo desconhecido pois participou nos últimos quatro Encontros anuais da tertúlia (2010 a 2013), sempre acompanhado de sua esposa Maria de Fátima, também ela já uma veterana entre as senhoras que normalmente acompanham os maridos.

Manuel Lima Santos, tertuliano n.º 623, foi Fur Mil Inf.ª na açoriana CCAÇ 3476 - "Os Bebés de Canjambari", Canjambari e Dugal, 1971/73.

Reside na bonita cidade de Viseu e é licenciado em Engenharia Civil pelo ISEC.
Foi professor no Ensino Secundário e está já na situação de aposentado.

Nesta foto referente ao VII Encontro Nacional da Tertúlia de 2012, em Monte Real, Manuel Lima Santos, que tem à sua esquerda a esposa Maria de Fátima, conversa com José Manuel Cunté, afilhado do nosso camarada Manuel Joaquim.
Foto do CMDT Manuel Lema Santos (2012)

Talvez a minha qualidade de "relações públicas" do blogue tenha proporcionado ficar a conhecer relativamente bem o nosso novo tertuliano Manuel Santos, pois, em todos os Convívios em que ele participou, tivemos oportunidade para conversar um pouco, principalmente sobre a Guiné, como não podia deixar de ser.
No seguimento dessas conversas, há muito que o tinha desafiado a enfileirar o nosso Blogue, tanto mais que ele faz questão de uma vez por ano fazer parte da tertúlia.
Este ano acabou por aceitar o meu convite e entregou-me um CD com algumas fotos de Canjambari, a publicar brevemente, assim como alguns dos seus dados pessoais para o conhecermos minimamente.

Canjambari > Homenagem da açoriana CCAÇ 3476 às Unidades que a antecederam

E porque o camarada Manuel Lima Santos conhece o nosso Blogue, os nossos objectivos e a forma de colaborar, resta-me deixar-lhe um abraço de boas-vindas e o desejo de que a sua actividade na tertúlia seja profícua, já que estamos a necessitar de gente nova a escrever.

Ficamos por aqui ao seu dispor.

Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 5 DE JULHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11806: Tabanca Grande (403): Fernando de Pinho Valente Magro, ex-Cap Mil Art do BENG 447 (Guiné, 1970/72), tertuliano n.º 622

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9945: Notas de leitura (363): "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana", por Idálio Reis (Belarmino Sardinha)

Monte Real, 21 de Abril de 2012 > VII Encontro da Tabanca Grande > Idálio Reis dedica mais um exemplar do seu livro, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana", a um dos camaradas presentes.
© Foto de Juvenal Amado


Em mensagem do dia 24 de Maio de 2012, o nosso camarada Belarmino Sardinha (foto à direita) (ex-1.º Cabo Radiotelegrafista STM, Mansoa, Bolama, Aldeia Formosa e Bissau, 1972/74), faz a sua apreciação ao livro "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana", de autoria do nosso camarada Idálio Reis, ex-Alf Mil At Inf da CCAÇ 2317 / BCAÇ 2835, Gandembel e Ponte Balana, 1968/69.
Como é sabido, este livro, edição de autor, foi autografado e oferecido aos presentes no último Encontro da Tabanca Grande.


Não vou fazer nenhuma crítica, não sou especialista na área e hoje até começo a ter dúvidas se ainda sei alguma coisa e quando acho que sei, interrogo-me se me lembro…

Quando compro um livro sinto-me na obrigação de o ler, gastei dinheiro, é o mínimo que posso fazer, mas quando alguém se propõe oferecer-me um livro e eu, de pronto e voluntariamente, aguardo para o receber, tenho a obrigação não só de o ler como dizer ao seu autor o que achei…

No caso concreto do livro escrito pelo Idálio Reis, não só devo dar-lhe conhecimento a ele, mas torná-lo público, razão para escrever estas linhas que mais não são que a minha opinião pessoal, pese o que pesar, sobre o que retirei da sua escrita.

Começo por agradecer-lhe o gesto e mais ainda por me considerar seu amigo, espero estar à altura de tal distinção.

Há muito que estava à espera deste livro, fui-me apercebendo pelos escritos no Blogue Luís Graça… ou Tabanca Grande, como preferirem, que coisas interessantes estariam para ser reveladas, não me enganei.

Comecei por verificar não se tratar de um livro de um eu, mas de, um nós. Coisa estranha e diferente dos demais, a particularidade como tudo é relatado, um envolvimento coletivo onde todos foram importantes e onde todos, sem exceção, são referidos pelos seus nomes e assim ficarão lembrados/imortalizados.

A forma como nos introduz naquele espaço de nome Guiné e nos faz a abordagem do povo que ali habita e do circundante, possibilitando a qualquer pessoa, mesmo a quem nada sabia ou sabe sobre aquela gente, como funcionavam as coisas no período mencionado. A forma como estruturou a sua narrativa, diferenciando os diferentes períodos e movimentos de meios no terreno em cada data e situação.

Depois, no descrever propriamente dito dos acontecimentos, a lembrança de todos que nos deixaram, quer por efeitos diretos da guerra, quer por acidentes motivados por esta. A forma como enaltece e reconhece o apoio e o trabalho, além do esforço de todos aqueles que marcaram presença naquele espaço no tempo a que se refere.

A crítica de como eram tratados os militares enviados para aquela terra e como eram de certa forma abandonados, sem uma preparação e apoio devidos, ficando apenas sujeitos ao desenrasca ou ao bom senso de um qualquer superior melhor preparado intelectualmente e por quem eram assumidas as responsabilidades e consequências, morais e patrimoniais.

Chega ao fim do livro sem nunca falar no eu, sempre nós, os militares, despido de qualquer vaidade ou protagonismo que só os grandes homens conseguem ter.

Por tudo que me ofereceu esta leitura, através do livro que irá ajudar a preservar a memória sobre estes homens e sobre tudo que passaram, aqui deixo o meu agradecimento ao autor do livro, que faz o favor de ser meu amigo, só possível por nos termos encontrado neste espaço onde escrevo estas linhas.

O meu obrigado ao Idálio Reis e a todos que não deixam esquecer este período da nossa história vivida, ajudando, sempre, a lembrar os que perderam a vida.
Belarmino Sardinha

Gandembel - Aquartelamento construído de raiz pelos militares da CCAÇ 2317
© Foto de Idálio Reis
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 7 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8385: Parabéns a você (270): Agradecimento de Belarmino Sardinha, aniversariante no dia 5 de Junho

Vd. último poste da série de 25 de Maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9944: Notas de leitura (362): "O Fardo do Homem Negro", de Basil Davidson (Mário Beja Santos)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9871: VII Encontro Nacional da Tabanca Grande (20): Um momento alto: o lançamento do livro do Idálio Reis (Parte III): Alocução do autor






VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > Segunda parte da sua alocução. (*)


Vídeo (5' 34''): Alojado em You Tube > Nhabijoes




Aquando de algumas narrativas, sacadas do fundo do tempo, que fui enviando para o Blogue, e onde procurei aflorar o que se nos tinha deparado naquelas inclementes terras do sul da Guiné (**), ali mesmo às portas do Corredor de Guileje, o Luís Graça ousou então, com a centelha que todos lhe reconhecemos,  lançar um repto quanto ao surgimento de um livro, que desse eco aos sofridos tempos que houve lugar naquele cruento cerco de Gandembel/Ponte Balana.

E quanto eu gostaria de, desde logo,  poder afirmar que tomaria a incumbência de dar forma a esse propósito. Mas, para além da pequenez dos atributos pessoais que era indispensável conter para me abalançar a tamanha tarefa, havia algo em falta, que me permitisse ter o condão de conseguir entender os procedimentos de Arnaldo Schulz e de António de Spínola, a fim de bem compreender toda essa enovelada trama que envolveu a construção com posterior abandono daquela guarnição, a delongar em menos de 10 meses: de 8 de Abril de 1968 a 28 de Janeiro de 1969.

Vim a anuir, dada uma forte instância dos meus companheiros da Companhia, e então procurei perscrutar,  à minha maneira, melhor perceber o que Bissau foi congeminando quanto àquele chão.

Eis agora que surge um modesto livro, cujos heróis são os homens da CCAÇ 2317, e que lhes permite reviverem a sua história conjunta, como acta que fique lavrada para poder perdurar, e onde figure descrita essa enorme odisseia que lhes esteve infusamente reservada.

E, o que fundamentalmente intentámos querer em conhecer, não passa de um mero acto de indagação, quanto às razões que levaram Arnaldo Schulz, a mandar construir um aquartelamento, sem cuidar em tomar prudentes atitudes de reconhecimento, indispensáveis à obtenção do imprescindível sucesso, pois que o inimigo já por ali deambulava sem grandes embaraços, como também de apreender as motivações que determinaram a que António de Spínola viesse a ordenar pela sua evacuação. Ou seja, apercebermo-nos das causas e consequências que o fatalismo do erguer de Gandembel, nas imediações do já afamado Corredor da Morte, conseguiu congregar no contexto do Teatro de Operações da Guiné, do seu porquê e para quê.

Homenagem à FAP e evocação das 28 colunas logísticas (23 provenientes de Aldeia Formosa, e 5 de Guileje)

Estava-se no início de 1968, a guerrilha já durava há quase cinco anos, e os esforços de sediação no sul da Província, mormente naquele Sector para onde fomos arrojados, foi sempre de crucial importância para o pulsar da beligerância do PAIGC., pois era neste chão que tinha início a sua maior e mais importante via logística de infiltração e abastecimento.

A implantação de uma força de quadrícula, só agora, e em zona claramente hostil, a acarretar sempre infinitas situações de risco, onde o constante e o imediato se conjugavam, teriam de requerer, sempre, uma ponderada e séria análise de enquadramento militar. O estado-maior de Arnaldo Schulz, preferiu antes enveredar por uma conduta pujada de quaisquer preconceitos de ordem ética e militar, e daí a veemência dos nossos protestos contra um Comité de Comando, frio, apático, negligente, insensível.

Gandembel/Ponte Balana viria a revelar-se um palco infernal para incontidos sofrimentos, a que ficam indissociavelmente ligados alguns agentes que também se envolveram naquela epopeia. Entre tantas e tamanhas vicissitudes, uma homenagem à Força Aérea, onde houve sempre a benevolência de um helicóptero pronto a proceder a qualquer evacuação requerida.


Desde logo, as primeiras referências destinam-se aos homens das colunas de reabastecimento, 28 no total, 23 provindas de Aldeia Formosa numa extensão de 25 km, mas obrigatoriamente com passagem pelos destacamentos de Mampatá e de Chamarra, com este separado de Gandembel em apenas 10,5 km. As outras 5, saem de Guileje, que apenas distava de 18 km.

Vieram a manifestar-se de uma inusitada violência, sempre vulneráveis às ciladas de um inimigo esconso, tornando-se os alvos preferenciais para o cansaço, o desgaste e o desalento, com um único intuito de provocarem acintosamente o sofrimento, a dor, a morte.

Entre as colunas realizadas, a mais agressiva para a CCAÇ 2317 foi a de 4 de Agosto, com consequências funestíssimas, pois para além de alguns feridos, morrem 5 homens (1 era um soldado do Pelotão de Caçadores Nativos).

De toda esta pungente descrição havida com estas colunas, que se consubstanciam com o inextricável mistério de Gandembel, estiveram largas centenas de homens subjugados à beira do abismo. Em especial, para os 3 ínvios caminhos de curta distância, Guileje/Gandembel, Aldeia Formosa/Gandembel e Buba/Aldeia Formosa, só o tamanho da intolerância e da falsidade das colunas, se davam a entender. Paradoxalmente, parece que tudo o resto era irracionalidade.

Em louvor da CART 1689, do Pel Caç Nat 55, 
do Pel Art de Gandembel e dos páras do BCP 12 

Uma outra referência especial vai para os homens da CART 1689, do Alberto Branquinho, do José Ferreira da Silva e companheiros.

À nossa espera em 8 de Abril, esteve connosco até a 15 de Maio, tendo-se empenhado denodada e esforçadamente em nos acompanhar. Pernoitando sempre nos abrigos-toupeira, jamais tendo uma refeição tolerável, com uma actividade constante e perigosa, passando por atribuladas vicissitudes, sai exausta.

A sua partida-separação, deixou-nos claramente mais sós, porquanto ficávamos entregues apenas a nós mesmos, e perdíamos robustez e tenacidade, tão fundamentais para os embates vindos de um forte inimigo, que já então nos confrontava numa brutal e permanente perseguição.

Também uma particular referência, para o Pelotão de Caçadores Nativos 55, que o Hugo Guerra,  em substituição de um companheiro que morrera no maior ataque de sempre, o de 15 de Julho. De igual modo, uma palavra para o Pelotão de Obuses, que chega a Gandembel a 29 de Maio com 2 obuses de calibre 10,5. Tais contingentes, sempre permaneceram connosco até à nossa retirada.

E por fim, aos paraquedistas, que desde o dia 20 de Agosto, se sediaram em Gandembel de modo permanente com 2 grupos de combate, ainda que em rotação, convivendo connosco mais de 3 meses.

A sua presença, traz consigo um agregador sentido de união, que se revelaria essencial no refortalecimento de uma maior estabilidade, e que permitiu fazer renascer uma outra confiança e contribuir para uma revigorada esperança. Para além de estarmos acompanhados, fez brotar uma empatia especial e recriar um outro patamar de segurança. O apoio logístico melhorou substantivamente, e começámos a ter mais e melhores víveres, dando azo a que aparecesse uma outra alimentação, bem distinta da de outrora.

Pela primeira vez: utilização do morteiro 120 e abate de um Fiat G-91

Foi a 26 de Maio, um domingo, que António de Spínola, que tomara posse no dia 20, visita Gandembel logo pela manhã e sem qualquer aviso prévio.

E porque a bestialidade dessa odisseia que foi a construção de Gandembel, ficaria iniludivelmente ligada aos ditames de António de Spínola, uma pesada herança para um militar de escol, digno e brioso, caberá aqui fazer referência ao dia 22 de Junho, data que corresponde às suas primeiras directivas, algumas com uma relação muito direccionada para a nossa zona de vivência. Os teores das n.os 2 e 3/68, incidem respectivamente na remodelação do dispositivo das NT na região de Aldeia Formosa, e no reajustamento do dispositivo no corredor de Guilege.

A divulgação pública destes documentos, que desconhecíamos por completo, vieram a tornar-se preciosos testemunhos para nos ajudar a melhor compreender a conduta de António de Spínola, mormente nos aspectos que concernem àquela nossa unidade e à região em que esta se inseria.

Nos tempos sequentes a meados de Maio, o intrépido Nino Vieira assume de vez as rédeas de um forte exército da guerrilha, com grandes contingentes de infantaria e de artilharia, e claramente imbuído de um firme propósito, que tinha os seguintes escalões-limite: contrariar ao máximo as colunas de reabastecimento; exacerbar a espiral de violência sobre as tabancas do Quebo; encontrar a oportunidade mais propícia para poder vir a destruir Gandembel. ¿Consegui-lo-ia?


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > Terceira e última  parte da sua alocução.



Manifestou essa intenção de assalto, pelo menos em 3 vezes. A primeira, foi a 15 de Julho, em que por volta das 2H00 da noite, desencadeia um intenso ataque ao nosso poiso, mesmo junto ao arame farpado virado para o lado da fronteira, e com uma demorada duração. Vinha fortemente apostado em fazer rombo, seja pela intenção de destruir as casernas-abrigo que lhe eram frontais, seja no rompimento de uma abertura no arame farpado.


Vídeo (8' 39''): Alojado em You Tube > Nhabijoes


Deste medonho ataque, com um enorme poder de fogo inicial e a uma hora pouco previsível, surge o efeito-surpresa, e se no começo do tiroteio houve alguns momentos aflitivos, depressa os elementos da Companhia, apercebendo-se da origem do ataque, tornaram-se lestos e incisivos a ripostar. Todavia, a caserna-abrigo mais frontal, é apanhada pelos primeiros impactos dos canhões sem recuo, com um número infindo de estilhaços a entrar no seu interior, a quase neutralizar a acção dos militares que nela permaneciam e provocando 1 morto e mais de uma dezena de feridos, dos quais 6 seriam evacuados para Bissau. O morto foi o comandante do Pelotão de Nativos, recém-chegado apenas há 12 dias.

Na altura, afirmou-se que este ataque tinha sido o maior de todos que alguma vez se desencadeara no TO da Guiné. Em resultado dos indícios que deixou no terreno, o IN retirou-se com baixas, muito em especial dos elementos que integravam o grupo de artilharia (11 canhões sem recuo e 9 morteiros 82), graças aos efeitos de uma granada de bazooka a acertar-lhe em pleno.

Mas o PAIGC continuou a ser firme e empenhado, tanto mais que Gandembel viria a ser sujeita a outros ataques de grande violência, em especial em dois da 1.a quinzena de Setembro e o de 8 de Novembro, mas o de 15 de Julho, foi de longe o mais aterrador, jamais esquecido pelos que o viveram directamente.

Nos 2 ataques do mês de Setembro, o inimigo faz utilização de um quantitativo elevado de morteiros 82 e de RPG-7, e com a particularidade também de pôr em acção pela 1.a vez em toda a Guiné, o morteiro 120. 

Fez uso de torpedos-bengalório na destruição da primeira fiada do arame farpado. Contudo, no interior de Gandembel, há mais e melhor armamento (os páras já estavam connosco), há mais certezas no posicionamento dos guerrilheiros, há muito certamente outros factores de ordem providencial em nosso abono. Inclusive, julgamos que estes ataques, de 7 e 11/12, pelos indícios manifestados, são os que provocam mais danos ao inimigo.

Passados apenas 3 dias sobre esse ataque de 15 de Julho, António de Spínola aterra em Gandembel, para se inteirar ‘in situ’ do que tinha acontecido. É nossa convicção, que este incidente, representou para a figura proeminente e tutelar do Comandante-Chefe, que lhe era fundamental manter uma profunda e serena reflexão, que tinha de rever consigo mesmo, quanto ao destino a reservar para Gandembel/Ponte Balana e para os homens que ali sobreviviam.

Surge 25 de Julho, com o Comandante-Chefe a fazer publicar a sua célebre e longa directiva n.o 20/68, em que dentre os considerandos relacionados com a remodelação de dispositivos, pode ler-se o seguinte: «Transferir em fase ulterior, os estacionamentos das NT de Gandembel e Guilege, para Salancaur e Nhacobá, devendo proceder-se, desde já, ao estudo da localização e das vias de comunicação».

Este putativo reajustamento, passados menos de 4 meses do início do erguer de Gandembel, passaria pela construção de 2 novos aquartelamentos, que proporcionassem uma maior eficácia no corte/impedimento do corredor de Guileje, enquanto eixo vital de reabastecimento da luta da subversão. Tais acantonamentos, situar-se-iam um pouco mais para o interior da Província, em cerca de 3 léguas de distância de Gandembel e de ambos os lados do rio Balana. E faria abandonar as áreas de Guileje, Mejo e Gandembel, que dado o domínio prevalecente do PAIGC, as apontava como localizadas em ‘área vermelha’, porquanto as considerava em posições onde as forças de quadrícula não detinham suficiente iniciativa e capacidade operacionais, e também não existiam populações.

O Comandante-Chefe, através destas directivas, procurava vincar com o seu cunho, a sua discordância quanto aos princípios orientadores como o seu antecessor fizera grassar a estratégia militar no TO da Guiné.

Já quanto aos fundamentos em que assentou o surgimento desta guarnição de Gandembel, António de Spínola reconhece que resultavam de um profundo erro de enquadramento operacional, admitindo que esse pouso não era garante de nada, chegando a emitir a opinião que se estava ante um cemitério.

A 28 de Julho, surge mais um dos casos inesperados, e que seria o primeiro a acontecer na Província nestas circunstâncias, e que foi o abate de um Fiat G-91, por fogo de uma metralhadora anti-aérea, com o piloto, então o tenente-coronel Francisco da Costa Gomes, a ejectar-se e a cair a cerca de 3 a 4 centenas de metros a sul do aquartelamento. O seu resgate, dada a proximidade, foi fácil, e o piloto rapidamente entrou num helicóptero, rumando a Bissau.

Sempre esta dualidade da sorte e do azar, que nos espreitava na leveza de cada duro momento.


Foi o que se viria a passar a 4 de Agosto. Esse trágico dia, o mais funesto de todos, tem uma marca punçada a sangue, e chama-se Changue-Iaia. A perda definitiva, num único dia, de 4 companheiros, significou para a Companhia o início do período mais crítico de sempre, em que esse tétrico sentimento de estarmos sós e indefesos se ia apossando acerbamente, e para o qual não se descortinava futuro, nem certo, nem seguro. Eram homens que num tão curto espaço de tempo de permanência na Guiné, viam-se confrontados por um caleidoscópio de fatalidades, a deixar transparecer que Gandembel se antevia à beira fatídica do abismo, pois começava a descrer na superação dos seus medonhos obstáculos.

Os acontecimentos a terem lugar no interior daquele perímetro, que viessem a decorrer nos tempos mais imediatos, podiam determinar ainda agarrar partes sobrantes do apego e do querer, da firmeza e da esperança, se alguém ousasse ouvir os ais de desalento e de dor, que ecoassem muito para além desta região do Forreá.


António de Spínola, que consideramos ter sido um dos maiores estrategos da guerra colonial, faz então lançar o último dos dados que tinha ao seu alcance. E naquele mesmo dia, contrariando a sua directiva quanto a Gandembel, não encontrando ainda a data mais adequada para a citada transferência, toma a resolução de seguir por uma outra, e chama o comandante do Batalhão de Para-quedistas.


Lançou com afinco e pundonor, a mais singular das oportunidades que lhe restava, e que sabia de antemão ser-lhe demasiado cara, mas era muito certamente a única onde poderia colher resultados positivos, e que passaria tão-só pela vinda da melhor tropa de elite para ‘entrar mata adentro’, de forma a domar o inimigo. Era urgente haver tropa operacional, de combate, que muito para além do arame farpado de Gandembel, ousasse ir à sua procura e o enfrentasse, coarctando-lhe os passos das suas itinerâncias, minando-lhes as suas veleidades beligerantes.


Quanto a esta tropa para-quedista, o número de feitos levados a cabo, foi tão importante e vinculativo para nós, que mais ninguém lhe consegue dar a dimensão devida, tão-só o testemunho de gratidão dos que a sentiram bem de perto. Eram, inquestionavelmente, a tropa de elite melhor preparada para este tipo de guerra de guerrilhas, na busca perseverante ao agressor.


Das acções de grande relevo operacional, as de maior significado têm lugar a 28 de Agosto, em que destroçam um bigrupo e apanham-lhe o armamento, assim como a de 15 de Setembro, em que se apossam de um fio de largas centenas de metros, que servia para que um guerrilheiro avançado se postasse no cimo de uma árvore que possibilitava dar uma clara visão do aquartelamento, e prestasse informações via telefone aos apontadores das baterias de morteiros, e que era a razão por que estas bocas-de-fogo vinham progressivamente a assestar a sua pontaria, com as deflagrações das granadas a acercarem-se cada vez mais próximo da guarnição.


Aquando destas façanhas, Spínola deslocou-se a Gandembel.

Quanto à vinda do Comandante-Chefe a 15 de Setembro, o que julgamos à lonjura desses tempos, é que o dossier de Gandembel/Ponte Balana, o continuava a sobraçar de forma firme e ousada, e qualquer que fosse o destino a reservar, estava suspenso de uma única decisão: a sua, mas inelutavelmente ligada ao desempenho dos para-quedistas neste chão.

E a partir dos finais de Setembro, começou a pairar um clima mais sereno e tranquilo, com o PAIGC. a sentir que a sua hegemonia vem sofrendo duros reveses, e revelando medo de a perder, opta cada vez mais em se resguardar. Perdera arrogância e vivacidade, escuda-se nos lados da fronteira e começa a agir essencialmente a coberto da calada das noites.


E a tropa para-quedista termina a sua missão de permanência.

E chegava-se ao dia de Natal. E nesse solene dia, entre diversas personalidades, fomos visitados pelo bispo de Madarsuma, Capelão-mor das Forças Armadas.
O prelado celebra a missa, logo pela manhã, ocupando uma parte da pequena parada, onde se colocou um improvisado altar. Em pleno acto religioso, o PAIGC ‘sauda-o’ em baptismo de fogo, através de uma pequena série de morteiradas 82. O bispo fica atónito com este desenlace, que também não era esperado da nossa parte, mas em fracções de segundo, alguém o refugia no interior de uma das casernas. E em breve, sossegado o tiroteio, retoma a missa, e quando a finaliza, também se despede definitivamente de nós e de Gandembel.

296 dias, 372 ataques e flagelações

E agora a continuarmos mais sós, 1969 despontava, sem nada conhecermos quanto ao destino que nos estava reservado. Mas, de relance, a confirmação do abandono chegaria ao nosso conhecimento na sua antevéspera, que haveria de ter lugar na madrugada do dia 28 de Janeiro, e o destino imediato seria Buba, com alguns dias de permanência em Aldeia Formosa.

À alvorada desse dia, o armamento pesado é desactivado, a bandeira nacional é arriada, o gerador é colocado num Unimog, e eis que havíamos de fechar definitivamente as cancelas de Gandembel e de Ponte Balana, e chegávamos sem problemas a Aldeia Formosa.

Apenas este episódio, já a noite era cerrada, em que o PAIGC desencadeia um forte ataque ao agora local de ninguém, onde tudo se volatilizara, dos sussurros da nossa presença, do ruído do gerador e à luz que fazia incidir, do olhar penetrante dos vigias. Este último tiroteio, propositado ou não, dentro ou fora do seu perímetro, revelava-se-nos o último dos mistérios em que a trama da guerra tantas vezes se enovelou com Gandembel/Ponte Balana.

De modo definitivo, António de Spínola resolvera arquivar de vez o pesado e volumoso dossiê daqueles poisos. Sempre julgou que a construção daquele aquartelamento, naquele tempo e naquelas condições, para nada serviu. E assim, aproveitando-se de uma situação de maior alívio, conquistada recentemente e que só a ele se deve, prefere sair sem o amargo travo da humilhação, mas com um pequena dose de honra e glória. Julgamos que conseguiu atingir os seus desideratos, ainda que tivesse de fazer uso de tropa de elite, um bem demasiado escasso e tão necessário na vastidão bélica da Província. Utilizara exaustivamente o maior dos estratagemas que estavam à sua mão, mas esta soube-lhe corresponder por inteiro.

Gandembel fora muito certamente, o mais infernal palco de guerra a que a Província da Guiné esteve sujeita durante o ano de 1968, com presença permanente na lista negra das piores notícias.

É-nos justo reconhecer que o Comandante-Chefe deu o seu melhor contributo, para que ao surgir a data que tinha determinado, houvesse quase essoutra Companhia de outrora, com os seus homens a sentirem-se mais estimulados, seguros, serenos, como também susteve de algum modo a devastação de todo um chão, a ser marcado duradoiramente pela contumácia da subversão.

Na qualidade de ex-militar que viveu todos os dias de Gandembel/Ponte Balana, sentimos muito impressivamente que os homens desta Companhia, jamais tiveram até à chegada dos para-quedistas, o apoio que necessitavam, mereciam e tinham legítimo direito a tal. E é por isso, que temos de reconhecer na heterodoxia de Spínola, um militar de uma enorme dignidade, que se não fora a sua persuasão, consubstanciada na forma como soube lidar com um processo de contornos muito complexos, talvez muito poucos de nós restariam sem sequelas de maior.

Dado o conjunto de vivências extremas por que aqui passámos, reconhecemos que havia felicidade estampada nos nossos rostos quando deixámos Gandembel, não o negamos. Para trás, ficava definitivamente um palco infernal, e já bastava de tanta contenção e castigo.

E hoje, ao recordarmos todos aqueles 296 dias, perpassam ainda sentimentos e emoções difíceis de conter para os narrar, porquanto os momentos dramáticos foram tantos e tão intensos, quanto as marcas profundas de sofrimento ou as incontornáveis mazelas taciturnas e dolorosas. E já tínhamos perdido para sempre, 9 valorosos companheiros. A todas as imoderadas privações, em que avultam os 372 ataques/flagelações, os de maior sorte foram resistindo, ainda que por vezes surgissem vacilações ou esmorecimentos.


E, porque nos últimos 6 meses de comissão, em Nova Lamego, uma zona sem a audição de um eco de um qualquer tiro, conseguimos bem reconhecer que para a grande generalidade dos militares do mato, os ditos operacionais, a guerra foi-lhes sempre tenebrosa. Todavia, ela mostrava-se ainda assim, bem díspar nos diferentes chãos da Província.

Idálio Reis


Vídeo, legendas e subtítulos (do texto): © Luís Graça (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


Fotos (em formato pequeno): © Idálio Reis (2007) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


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 Notas do editor:



(*) 28 de abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9819: VII Encontro Nacional da Tabanca Grande (15): Um momento alto: o lançamento do livro do Idálio Reis (Parte II): Mais fotos da sessão de autógrafos


(**) Vd. este e postes anteriores >  10 de outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2172: Fotobiografia da CCAÇ 2317 (1968/69) (Idálio Reis) (11): Em Buba e depois no Gabu, fomos gente feliz... sem lágrimas (Fim)

(...) Comentário do editor L.G.:

1. Querido amigo e camarada Idálio: Não há, na guerra, um fim feliz, como no cinema. Mas gostei de saber que os últimos meses dos homens-toupeiras de Gandembel/Balana permitiram-vos retemperar as forças para o regresso à Pátria, à Mátria ou à Madrasta da Pátria...

Continua a dar-nos notícias da tua/nossa gente, cuja epopeia tão bem soubeste evocar e descrever nesta fotobiografia... O teu testemunho honra-nos a todos e orgulha os editores e autores do blogue bem como todos membros da nossa Tabanca Grande. A fotobiografia da CCAÇ 2317, escrita pelo teu punho, foi um dos momentos altos do nosso blogue.

Faço daqui um veemente apelo a um editor português que arrisque publicar, em livro, esta extraordinária aventura de 9 meses no corredor da morte. Porque não o Círculo de Leitores ? L.G.