Guiné > Região de Bafatá > Fajonquito > CCAÇ 674 (1964/66) >
O fur mil mec auto Sérgio Neves, já falecido, irmão do nosso grã-tabanqueiro Tino Neves, momtando um burro.
Foto (e legenda): Constantino Neves (201o). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné s/l > c. 1938 > Burros transportan "mancarra"
Fonte: João Barreto, História da Guiné, 1418-1918.Lisboa: 1938. Cortesia do nosso colaborador permanente,
Mário Beja Santos (2007): "Ainda vi burros em
Bafatá e arredores. Mas o régulo [do Cuor,] Malã, como seu pai, Infali, deslocavam-se pelo regulado a trote de burro. Malã contou-me que precisava de 8 a 9 horas para percorrer as picadas
de Sansão e Missirá até Sinchã Corubal e Madina".
Por sua vez, o Fernando Gouveia, em comentário de
16 de julho de 2009 às 16:54, garante que "em Bafatá, 1968, 1969 e 1970, havia muitos burros, vindos da estrada do Gabu trazendo mancarra".
Paisagem, painel Augusto Trigo (n. 1938, em Bolama) (pormenor). Em exposição no hall de um banco, em Bissau, o BCAO. Com a devida vénia ao pintor (que oi casapiano, e vive atualmente em Portugal), ao Rui Fernandes (autor da imagem ) e à AD - Acção para o Desenvolvimento (que a divulgou no seu site
Guiné-Bissau) .
Guiné > Região do Oio >
Bissorã > 1965 > CART 703 > No Oio também havia burros, como se comprova nesta foto com o João Parreira, um cavaleiro à maneira, embora ele fosse de artilharia e tivesse mais tarde trocada a sua dama pelos comandos.
Foto (e legenda): © João S. Parreira (2007). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região de Bafatá> Geba > Camamudo > CCAÇ 1426 ( 1965 e 1967, Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda) >
O fur mil op esp / ranger em cima de um burro:
"Como apareceu em Camamudo algures em princípio de 1966, um indígena com um burro e, tal como podem deduzir, era um achado encontrar um burro por aqueles lados na Guiné e não vi mais nenhum em toda a comissão, pedi ao ilustre dono para dar uma volta para matar saudades. Ele era tão 'grande', o burro, que os meus pés quase chegavam ao chão.
"Todos tiveram oportunidade de dar uma volta grátis e tirar umas fotos para guardar e um dia recordar, como eu faço de vez em quando. Agradeci ao senhor em nome de todos com um aperto de mão e ele também ficou contente. Foi um divertimento diferente do habitual."
Foto (e legenda): © João S. Parreira (2007). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região de Bafatá > Fá Mandinga > CART 2339 (Fá e Mansambo, 1968/69) > Junho de 1968 > O fur mil Carlos Marques Santos, o fur mil vagomestre Costa e os burros - CART 2339
Foto (e legenda): © Carlos Marques Santos (2009). Todos os direitos reservados. [Edi´ção e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região do Oio > Bissorã > s/d > CCAÇ 2444 ,
Có,
Cacheu,
Bissorã e
Binar, 1968/70) > O nosso saudoso João Rebola (1945-2018),
"montando um dos burros de Sitafá Camará"...
Foto (e legenda): © João Rebola (2013). Todos os direitos reservados. [Edi´ção e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região de Bafatá > Setor L5 > Galomaro > CSS/BCAÇ 3872 (1972/74) > "O mestre-escola [, o Joaquim Guimarães, ] mais o burro [, o Augusto, ] e o Mamadu Djaló, em 1972, em
Galomaro, sede do batalhão.
Foto (e legenda): © Joaquim Guimarães (2007). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné > Região de Bafatá > Bambadinca >
Santa Cruz da Trapa > 23 de setembro de 1973 > Momento de descontracção [e alguma parvoíce] com a cumplicidade de um burro de Santa Cruz da Trapa: Os furriéis: Jorge Araújo [CART 3494], Edgar Soares [, op esp, CCS / BART 3873 ] e Horácio Carrasqueira [CCS].
"O Pel Mil 370 de Sansancuta pediu que se fixasse na antiga tabanca abandonada, denominada Sinchã Bambé. A ocupação da primitiva localidade foi rodeada por um cerimonial confraternizador e significativo, na medida em que uma povoação morta desperta para a vida da Guiné. Estiveram presentes o cmdt do BART 3873, cor art António Tiago Martins, cujo topónimo da terra natal – Santa Cruz da Trapa,concelho de São Pedro do Sul – foi atribuído à renascida povoação por sugestão dos milícias, o Régulo de Badora, Mamadu Bonco, os chefes das tabancas vizinhas e população. Uma lápide ali colocada ficou assinalando o acontecimento”... E não faltou o burro!
Guiné > Região de Bafatá > Bambadinca > Santa Cruz da Trapa > [23 de setembro de 1973 > O Jorge Araújo [CART 3494] e o Marques [CCS ].
Fotos (e legendas): © Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Guiné-Bissau > Região do Cacheu >
Ingoré > 1998 > Esta foto, com a Zélia Neno (de costas), ex-companheira do Xico Allen, chegou-nos por mão do Albano Costa, com a seguinte legenda: “Esta foto vale pela imagem, e os brancos em África converteram-se? Não é que ficaram a ver a Zélia [Neno] a puxar o burro, mulher de armas!" ...
Foto (e legenda): © Albano Costa / Zélia Neno (2006). Todos os direitos reservados. [Edião e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Foto de Virgílio Teixeira (Sonaco, 1968) |
1. Afinal, havia burros na Guiné, no nosso tempo... E a provar alguma coisa, estas fotos mostram-nos que também eles, os burros, parecem querer resistir à extinção em África, em geral, e na actual República da Guiné-Bissau, em particular...
Por outro lado, o nosso irmãozinho Cherno Baldé vê mais com um olho do que nós com os olhos todos... Pois claro que nesta foto, de má qualidade [, à esquerda] é um burrito e não uma vaquinha de Sonaco... O Virgílio Teixeira monta o burro e não a vaca, salvo seja... Ampliei a foto: vê-se que o "trombil" é de burro...
Confirmo que no meu tempo ainda havia burros na região. de Bafata. Mas as vacas também eram pequenas. Sei que comprei uma por 900 pesos, a olho, não a pesei nem sei quantos quilos de bife deu para as messes, de sargentos e de oficiais, separadas, mas com gestão comum.
Em suma, na Guiné sempre houve burros, pelo menos desde os anos 30, a avlaiar pela foto do livro do médico João Barreto... Onde havia cultivadores de amendoim, comerciantes e gilas (comerciantes ambulantes), havia burros...
Burro, asno, jumento, jerico, cujo berço foi a nossa África Mãe,
Equus africanus asinus, segundo a nomencolatura trinomial de Lineu (1758)... Mas também "besta de carga", desde há pelo menos 5 mil anos a.C. quando o seu ancestral selvagem foi domesticado, tal como o cavalo... Mas na escolinha do nosso tempo punham-se "orelhas de burro" aos mais atrasados da classe... Pobre bicho, hoje em perigo de extinção...
Sem querer mentir, o único burro (fora... os humanos) que vi na Guiné foi a caminho de Madina/Belel, a 31 de Março de 1970, no decurso da Op Tigre Vadio: estava num estado lamentável, morto por abelhas selvagens e em vias de decomposição, já coberto de formigas... Não sei se vivia em "região libertada"... Mas tudo indicava que o PAIGC e a respectiva população - nomeadamente ao longo do corredor do Óio - também usavam os bons serviços do burro, no transporte de armas, mantimentos e outras mercadorias... Enquanto nós aturávamos...as nossas bestas!
E já agora, sobre o pobre do burro encontrei os
seguintes provérbios crioulo-guineenses:
Buru tudu karga ki karga si ka sutadu i ka ta janti (O burro, com pouca ou muita carga, se não é açoitado não anda);
Karna di buru ta kumedu na tenpu di coba, di fugalgu na tenpu di seku (= carne de burro se come na estação, a de animal nobre na seca);
Praga di buru ka ta subi na seu ou Praga a di buru ka ta ciga na seu (Praga de burro não sobe ao céu).