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quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Guiné 61/74 - P22853: Historiografia da presença portuguesa em África (296): "Subsídios para a História de Cabo Verde e Guiné", as partes I e II foram editadas em 1899, o seu autor foi Cristiano José de Senna Barcelos, Capitão-Tenente da Armada (1) (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 17 de Março de 2021:

Queridos amigos,
Este distintíssimo oficial da Armada, que combateu na Guiné, natural de Cabo Verde, elaborou uma extensa memória para a Real Academia das Ciências e sem dar por isso estava a lavrar os caboucos para uma aproximação à História da Guiné, o mínimo que se pode dizer é que foi um investigador pioneiro até a colónia ter fronteiras legitimadas. Não tem papas na língua, denuncia atropelos e corrupções. Na justa medida em que aqui se tem tratado com alguma largueza o primeira período da presença portuguesa, centrámos a observação com a chegada da Restauração, é bem patente a fatura de abandonos e incúrias, franceses e ingleses começaram a escolher posições e irão definir a geografia do Senegal e da Gâmbia, da Guiné Conacri e da Serra Leoa. O que se regista neste texto tem a ver com as tentativas de missionação e a garantia da nossa presença em Cacheu e zonas limítrofes bem como apoiar o comércio português em Bissau, também ele sujeito a severa concorrência. Não é admissível fazer-se historiografia da Guiné Portuguesa sem dar a palavra a Senna Barcelos, é dado assente.

Um abraço do
Mário



Um oficial da Armada que muito contribuiu para fazer a primeira História da Guiné (1)

Mário Beja Santos

São três volumes, sempre intitulados "Subsídios para a História de Cabo Verde e Guiné", as partes I e II foram editadas em 1899, o seu autor foi Cristiano José de Senna Barcelos, Capitão-Tenente da Armada, oficial distinto, condecorado com a Torre e Espada pelos seus feitos brilhantes no período de sufocação de sublevações em 1907-1908, no leste da Guiné. Todo este esforço de inventário é dedicado à memória de Gil Eanes e ele dá a justificação: “Gil Eanes não descobriu só o caminho marítimo para o Oriente; abriu as portas à navegação para todo o mundo. Das suas cinzas ninguém sabe onde repousam; recordação do seu nome nem no pobre casco de um navio português figura a par de Bartolomeu Dias, Vasco da Gama, Sá da Bandeira, Duque da Terceira e outros que não cometeram nunca actos de tanto heroísmo nem deram a Portugal tantas riquezas e páginas tão brilhantes na sua História”.

Começa o seu levantamento do período de 1460 a 1466. Abre deste modo: “A história destas ilhas não é para nós, filhos delas, um estudo indiferente, de mera curiosidade, em que toquemos ao de leve. Consultámos os principais cronistas, Fernão Lopes, Azurara, Rui de Pina, Damião de Góis, João de Barros, André de Resende e lemos com atenção as viagens do piloto veneziano Luís de Cadamosto; passámos pela vista os trabalhos de Lopes de Lima e de outros escritores modernos; com sossego vimos os arquivos das ilhas, Torre do Tombo e as bibliotecas públicas de Lisboa, Évora, Coimbra e particularmente a da Ajuda, as quais encerram preciosos manuscritos”.


É desassombrado, desmascara tropelias, corrupções, atos de maldade, até erradas decisões régias. Vê-se que escritores e investigadores que o seguiram o leram cuidadosamente, a ponto de vezes sem conta o repetirem. Como não vejo novidade de tudo quanto ele escreve até meados do século XVII, vamos tomar em conta alguns dados que ele apresenta com D. João IV e a Restauração. Não esconde que as lutas da Restauração afetaram profundamente a Guiné e Cabo Verde, basta pensar na proibição de comércio, a escassez de navios de Portugal para permutar fazendas com géneros coloniais. O Vaticano, indisposto com Portugal por causa de Castela, negou-se a confirmar bispos, foi assim durante toda a Guerra da Restauração. “D. João IV, prevendo as funestas consequências que haveria se o fervor religioso desaparecesse, especialmente na Guiné, onde os nossos domínios se estendiam à sombra da Cruz, ordenara a construção, na cidade da Ribeira Grande, de um convento e de um hospício na Guiné, cujas obras só ficaram concluídas depois da sua morte. Além disto ainda a despesa era aumentada com o transporte e alimentação dos religiosos, pagos com ordenado custeado pelos rendimentos da capitania. Reduzido à maior pobreza o erário desta, abusavam por necessidade, governadores e ouvidores, das ordens régias, proibindo o negócio com estrangeiros e até negociando alguns por sua conta e risco, vendendo-nos escravos para assim conseguirem meios de poderem viver desafogadamente (…) Os religiosos, passando à Guiné, iam primeiro a Cacheu e dali internavam-se pelo chão do gentio, convertendo este; para melhor podermos ajuizar dos trabalhos e martírios destes varões narremos o que nos conta frei André de Faro entre 1663 e 1664.

Deu começo à sua missão partindo do Cacheu para o porto de Guinguim, reino dos Banhuns, e uma vez na Praça do Rei D. Diogo lhe disse o fim por que viera à Guiné. Foi bem tratado pelo rei, e como nesse porto se estivesse fazendo uma igreja e próximo houvesse um china (feitiço ou ídolo dos pretos) pediu Frei André ao rei que o mandasse tirar dali, ao que ele anuiu. Em seu lugar armaram uma cruz, fizeram a procissão, e depois de um Te Deum Laudamus seguiram para Bissau, continuando na conversão dos Banhuns os religiosos que já ali estavam.
Em Bissau foram igualmente bem recebidos pelo rei. Havia já ali uma igreja e religiosos. Os frades pediram ao rei para se batizar, dizendo ele que a essa hora não podia responder, porém que não proibia a ninguém do seu reino que se fizesse cristão.

Passaram ao rio Nuno e foram à povoação onde vivia o rei D. Vicente, que já se tinha convertido ao Cristianismo. Aqui também já havia uma igreja, e conta Frei André que era grande o número de portugueses ali residentes e empregados no comércio de tintas, marfim e negros, e que se encontravam casas inglesas. Em peregrinação para a Serra Leoa encontrou Frei André um religioso espanhol, de quem se separou no rio, indo agasalhar-se na casa de um gentio ausente da aldeia; dentro da casa estavam os ídolos, que Frei André e um seu companheiro quebraram e deitaram ao fogo. Os gentios, sabedores disto, irritaram-se, e se não fora o soba cristão teriam pago com a vida essa imprudência, sujeitando-se apenas a serem expulsos (…) As necessidades e sofrimentos que deviam ter suportado os religiosos na missão de Cabo Verde e Guiné podem-se bem avaliar comparando-as com a miséria dos padres seculares das freguesias novas, criadas nas pequenas e estéreis ilhas de Maio, Boavista e S. Nicolau, que para se manterem à testa da freguesia lhes fora preciso aceitar esmolas dos habitantes, já de si pobres”
.

O estado de abandono, a ausência de presença portuguesa convidava a concorrência estrangeira, como escreve Senna Barcelos: “Vimos a França de posse da Goreia sem para isso ter despendido um real com missões, e também a Inglaterra que mandava ocupar a Gâmbia quase às portas de Cacheu, onde a nossa influência já era grande. Fizemos despesas enormes com a construção de conventos e sustentação de religiosos, para os deixar viver na ociosidade, sem deles se aproveitar o que mais importava a Portugal: a nossa expansão na Guiné”.

Mais adiante o investigador fala-nos na evolução da situação em Cacheu: “Em 1686 houve um levantamento do povo de Cacheu contra o Capitão-Mor, José Gonçalves de Oliveira, prendendo-o e desterrando-o para Farim, por motivo de excessos cometidos. Foi nomeado então António de Barros Bezerra para tratar de compor a sedição, prender os criminosos, fazer a ocupação, ficando Cacheu independente de Cabo Verde enquanto os ânimos dos alevantados não sossegassem. O novo Capitão-Mor, Bezerra, mandou levantar um auto pelo juiz ordinário, do qual se provou terem sido autores dessa prisão uma tal Bibiana Vaz, ricaça de Cacheu, e que vivia no chão do gentio; e seu irmão António Vaz e sobrinho Francisco Vaz, que andavam indispostos com o capitão-mor por este não consentir que negociassem com inglês e mais estrangeiros. Ordenou-se ao novo governador de Cabo Verde que passasse à Guiné e sequestrasse os bens daqueles criminosos. Não pôde fazer sequestro algum, visto que a fortuna da Bibiana estava nas terras do gentio. Regressou a Santiago trazendo os dois criminosos presos. Durante a sua permanência em Cacheu ocupou-se da proibição do comércio com os estrangeiros e da fortaleza de Bolor. O Capitão-Mor Bezerra dizia em 4 de março de 1687 haver muito sossego em Cacheu, e ter fortificado esta Praça, porém que o comércio estava arruinado porque os ingleses e franceses causavam ali grandes danos com os navios que metiam naqueles portos, dizendo senhores de toda a costa até ao Cabo da Boa Esperança.

Relatou circunstanciadamente a pretensão que tiveram os franceses de construir uma fortaleza em Bissau para o que já tinham enviado três fragatas de guerra e os materiais precisos, assim como quatro pequenas embarcações, assenhoreando-se de todo o negócio dali, e que, se não houvesse cuidado, em breve seriam senhores de toda a Guiné; porém que ele tinha evitado essa construção por intermédio daquele gentio e que eles vendo frustrados os seus desejos, intentaram fazê-lo no ilhéu junto, o que ele não podia impedir por falta de recursos. Mostra que a importância de Cacheu proveio dos rios, e principalmente de Bissau, para onde vão os portugueses, que ali pretendem levantar uma fortaleza, levando as suas embarcações de pouca força, que não são de guerra, o que fará sucumbir Cacheu, que se ia despovoando com a fuga de muitos para o mato por não poderem comerciar com os estrangeiros”.

É um relato minucioso, dele vamos dar mais pormenores até chegarmos à parte terceira, já no reinado de D. José I.

(continua)


Bibiana Vaz, grande negociante de Cacheu
Pormenor da Fortaleza de Cacheu
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Nota do editor

Último poste da série de 22 DE DEZEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22830: Historiografia da presença portuguesa em África (295): Memória dos Felupes, artigo de José Joaquim Lopes de Lima, 1839 (2) (Mário Beja Santos)

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Guiné 61/74 - P22147: Historiografia da presença portuguesa em África (260): Corografia cabo-verdiana das ilhas de Cabo Verde e Guiné, 1841-1843 (2) (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 15 de Abril de 2021:

Queridos amigos,
Que importância se pode atribuir às descrições do então Tenente do Corpo de Engenharia que terá percorrido com algum cuidado uma Guiné Portuguesa ainda sem fronteiras definidas no final da década de 1830? Traz-nos elementos esclarecedores de uma presença portuguesa em regiões do Litoral, na região dos rios, uma presença sem profundidade no Interior, e já não se fala de estabelecimentos para além do Tombali, veja-se o mapa de 1843. Tudo precário, com compras de negociantes, uma tropa indesejável, padres degredados, os franceses a cercar o Casamansa. Poucos anos depois da publicação desta Corografia Cabo-Verdiana é a vez de Honório Pereira Barreto vir apelar às autoridades em Lisboa para cuidarem da Guiné, uma colónia praticamente reduzida a praças e presídios, e tudo parecia que estava condenada à extinção. Atenda-se a estes documentos da época para melhor se perceber como decorreu a luta pela independência.

Um abraço do
Mário


Corografia cabo-verdiana das ilhas de Cabo Verde e Guiné, 1841-1843 (2)

Mário Beja Santos


José Conrado Carlos de Chelmicki é autor da Corografia Cabo-Verdiana ou Descrição Geográfico-Histórica da Província das Ilhas de Cabo Verde e Guiné, em dois volumes, tendo sido o primeiro publicado em 1841. Este Tenente do Corpo de Engenharia nasceu em Varsóvia, é um jovem quando vem combater pela causa liberal em Portugal, distingue-se pela sua bravura, foi Cavaleiro da Ordem de Cristo, da Torre e Espada, de Nossa Senhora da Vila Viçosa, igualmente condecorado em Espanha, distintíssimo oficial colocado em vários pontos do país, deve-se-lhe uma obra singular, uma descrição ampla e certamente documentada de uma Guiné que poucos anos depois da publicação do Tomo I é alvo de um documento que vem confirmar o que ele observara na sua digressão numa Guiné sem fronteiras, refiro-me concretamente à Memória da Senegâmbia, de Honório Pereira Barreto.

Recorde-se o que já se escreveu anteriormente. Começa por nos dizer que a Costa da Guiné que nos antigos portugueses abrangia o espaço compreendido entre o Rio de Senegal e a Serra Leoa, começou a ser descoberto depois que Gil Eanes, pelos anos de 1433, dobrou o Cabo Bojador. Dá-nos depois a dimensão do refluxo, dizendo que ainda em 1650, o distrito da Guiné, que pertencia à capitania de Cabo Verde, começava no Rio Sanaga (Senegal), estendendo-se até ao princípio do distrito da Serra Leoa. A sua descrição começa no Rio Casamansa, dizendo que na sua embocadura tem o Ilhéu dos Mosquitos, “agora segundo nos consta ocupado pelos franceses; este rio dista da foz do Gâmbia vinte léguas. No Casamansa fica situado Ziguinchor. Dali até ao Rio de Cacheu, ou de S. Domingos, toda a terra é habitada por Felupes. O Rio de Cacheu tem duas entradas, vinte léguas acima da foz do rio está a Praça de Cacheu. Do Sul, a primeira terra de frente de Bolor é a Mata de Putama, ponta cheia de arvoredo e que é terra de Felupes. Daqui para Bissau há três caminhos, o primeiro entre a terra dos Felupes e Papéis; o segundo, por fora, pelo Canal das Caravelas ou pelo Canal das Âncoras; o terceiro, partindo da Mata de Putama e correndo a terra dos Felupes”.

Fala pormenorizadamente de S. José de Bissau, de várias ilhas dos Bijagós, situa perfeitamente a embocadura do Rio Grande, dizendo que houve povoações e estabelecimentos portugueses de que só restam alguns sinais.
Continuando o percurso, fala do Rio dos Tombalis dizendo que os moradores são Beafadas e que daqui à boca do Rio Nuno são trinta léguas de costa, habitadas por Nalus. Mudando de agulha diz que a Guiné Portuguesa é dividida em dois distritos: o de Bissau e o de Cacheu. O distrito de Cacheu abrange Cacheu, Ziguinchor, Bolor e Farim; terá dois mil habitantes sujeitos ao domínio português, espalhados por todos estes pontos, incluindo 93 soldados que os guarnecem. Ziguinchor situa-se no Rio Casamansa nas terras dos Banhus e tem comunicação pelo interior com o Rio Gâmbia. “Negoceia-se aqui com os gentios Felupes, Cassangas, Banhus e Mandingas, comprando cera, arroz, marfim, couros de vários animais a troco de contas miúdas, ferro, pólvora, alambre (âmbar), cristal e cola”. E logo regista a crescente presença francesa no Casamansa, fazendo notar que no Tratado de Paz celebrado em Paris em 1814 fora reconhecido o Rio de Casamansa como propriedade da Coroa de Portugal, e sugerindo que o Governo devia tomar esta violação em consideração. Descreve Ziguinchor, adiantando que a sua guarnição em 1836 era de nove soldados, admitindo que ao tempo em que escreveu a sua corografia não fosse maior.

Falando de Cacheu, adianta que é cabeça de concelho e distrito do mesmo nome, situada na terra de Papéis e Brames. No princípio era uma feitoria, em que habitaram alguns negociantes portugueses, comprando escravos, cera e marfim dos gentios Papéis. Atualmente, “aquilo que chamam casa-forte não tem de fortaleza senão o ser de pedra e cal”. Quase sempre está Cacheu em guerra com o gentio vizinho, e diz com toda a franqueza que a guarnição é de 74 praças, tanto oficiais como soldados dos piores. O caminho por terra de Cacheu a Ziguinchor era o mais conveniente e cómodo.
Quanto a Bolor, dá a saber que os reis gentios cederam esta ponta à Coroa Portuguesa, é a ponta chamada do Baluarte de Bolor, onde então o Sr. Lopes de Lima, que fez este tratado de aquisição, principiou a formar um estabelecimento, e diz mesmo que antes de chegar a Bolor há ainda à beira-mar duas grandes aldeias, Usol e Jafunco. “Em todas estas partes se cultiva arroz, que pode ser um grande ramo de comércio a troco de ferro, pólvora, tabaco, treçados, missanga, aguardentes, panos, quinquilharias, etc.”. Identifica Farim, dizendo que dista 60 léguas de Cacheu pelo rio de S. Domingos acima, ficando em terra de Mandingas. “Até 1692, era uma simples feitoria de negociantes sujeitos a todas as insolências e maus-tratos dos gentios”. Aqui viviam dois naturais de Santiago, o padre João Cabral e Pereira Simão Vassalo, degredados então pelo bispo D. Frei Vitoriano Portuense, fortificaram a povoação e persuadindo aos cristãos que ali se achavam que pegassem em armas e se defendessem dos gentios. E observa que Honório Pereira Barreto, em 1835, aqui montou seis peças de artilharia à sua custa. “O melhor negócio é o da cola. Os naturais compram também com muita avidez prata para fazerem manilhas e apreciam este metal mais do que o ouro”. E termina esta digressão pelo distrito de Cacheu dizendo que é o único ponto na Guiné onde uma grande extensão de terreno vizinho a Farim pertence de facto e de direito aos portugueses, terreno esse que terá sido comprado por um tal senhor Pascoal e outros comerciantes ali estabelecidos. “Este ponto é muitíssimo importante por ser ponto de passagem de todos os gentios que vão levar à Gâmbia e ao Senegal os seus marfins, ouro em pó, etc., por não acharem aqui sortimento de fazendas próprias”.
Concluída que fica a descrição do distrito de Cacheu, segue-se Bissau.

(continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 21 DE ABRIL DE 2021 > Guiné 61/74 - P22123: Historiografia da presença portuguesa em África (259): Corografia cabo-verdiana das ilhas de Cabo Verde e Guiné, 1841-1843 (1) (Mário Beja Santos)