José Jerónimo
ex-Alf Mil
CCAÇ 1487
Fulacunda
1965/67
1. Aqui ficam, para leitura atenta, diversas trocas de correspondência a propósito do pedido do nosso camarada José Jerónimo para encontrar camaradas seus da CCAÇ 1487.
Mais uma vez ficou demonstrado o espírito de camaradagem, (à moda antiga) que ainda perdura entre nós.
Desta vez a estrela foi o Santos Oliveira que levou a peito ajudar José Jerónimo que, por se encontrar no Brasil há 27 anos, perdeu o contacto com os seus antigos companheiros.
Esta ajuda do Oliveira ao Jerónimo, provocou uma reacção nunca vista, acho eu, até hoje, que foi um Oficial
bater pala a um Sargento.
Esta homenagem, simbólica e não atentatória ao RDM, reforça a ideia de que nesta altura, a camaradagem é aquilo que perdura e une os ex-combatentes da Guiné.
C.V.
2. Em 26 de Janeiro de 2008, José Jerónimo dirigia-se a Luís Graça
O meu nome é José Amadeu de Jesus Jerónimo.
Fui Alf Mil da CCAÇ 1487, comandada pelo (naquele momento) Capitão Alberto Fernão de Magalhães Osório.
Comigo estiveram o Alf Mil Marques Lobato, Alf Mil Freitas Soares e Alf Mil Castro.
Pertencemos ao RI 15 - Tomar e estivemos em Fulacunda.
Actuamos como Companhia de Intervenção do Batalhão de
Tite e várias vezes com a Companhia do Cap Fabião (Tite) e Companhia de Comandos do Cap Leandro (que nos comandava nas férias do Cap Osório).
Vivo no Brasil há 27 anos e perdi todos os contactos.
Gostaria de voltar ao contacto, pelo menos com os alferes meus colegas e sargentos, já que o Osório morreu na sua outra comissão com General Spinola (1).
Você pode ajudar?
Também posso colaborar no seu Blog com depoimentos sobre momentos vividos naquele tempo.
Façamos a nossa história
Meu contacto:
josama@uol.com.br
Tel. móvel; 00 55 11 8432 9647
Abraço,
José Jerónimo
3. Em 26 de Janeiro, CV enviava uma mensagem à Tertúlia no sentido de se encontrar alguém que pudesse ajudar o nosso camarada
Caríssimos companheiros e amigos:
Mais um pedido nos chegou. Desta feita do José Jerónimo que nos lê no Brasil, onde está há 27 anos.
Perdeu o contacto com os seus camaradas da CCAÇ 1487, onde esteve como Alf Mil.
Pergunta da ordem. Quem pode ajudar este nosso camarada?
Eu já fui à Pagina do nosso amigo Jorge Santos na espectativa de encontrar por lá alguém da CCAÇ 1487 a pedir contactos, mas infelizmente não há lá nenhum pedido.
Se alguém tiver uma dica para ajudar este nosso amigo, por favor informem-no directamente ou por nosso intermédio.
Desde já muito obrigado.
Um abraço e bom domingo para todos.
Carlos Vinhal
4. Os efeitos não se fizeram esperar e em 27 de Janeiro, o nosso Sarg Mil Santos Oliveira entrava em contacto com o José Jerónimo.
José Jerónimo:
Estou a envidar esforços para te poder ajudar.
Vou continuar a tentar, agora, junto de Companheiros da CCAÇ 797 do Carlos Fabião.
Seguem nomes idênticos aos que referes, mas faltam os nomes próprios e, isso, só tu podes decifrar.
Do Alf Castro, apenas com esta referência nominal, teríamos uma enciclopédia.
Se conseguires alguns elementos identificativos mais precisos, por exemplo, dos sargentos ou furriéis, podes ajudar-te imenso.
Por agora, o que consegui saber:
[...]
Paz à alma deste valoroso filho da Nação Portuguesa, cujo local de sepultura se indica a seguir:
- Major de Infantaria N.º 50972511, do Comando de Agrupamento Operacional / CTIG, Alberto Fernão Magalhães Osório: Cemitério Paroquial do Baraçal, Celorico da Beira [...]
De possibilidades de serem quem procuras, vê se é um destes nomes (*):
[...] Podes contar comigo
Um fraterno abraço, do
Santos Oliveira
Sarg Mil Armas Pesadas
Do Extinto Pel Ind Morteiros 912
5. Em 28 de Janeiro, José Jerónimo dirigia-se assim a Santos Oliveira
Santos Oliveira,
Muito obrigado também pela tua ajuda.
Vamos a ver no que eu posso ajudar também, depois das muitas andanças pelo Mundo, em que fui perdendo documentos que agora nos poderiam auxiliar.
A memória, depois de todos estes anos por longes terras, também não está tão clara quanto eu gostaria.
Mesmo assim lá vai o meu primeiro contributo, para ver se começamos por alguma ponta do fio para desenrolar o novelo, até que a minha memória comece a ficar um pouco mais clara.
Estou copiando o Briote, o Luis Graça, o Henrique Matos e o Henrique Cabral, porque também eles me estão ajudando.
Talvez em conjunto consigamos.
Estive em Tite com o (naquele momento) Major Jasmim de Freitas (2.° Comandante do Batalhão de Tite e antigo Comandante do meu Curso de Oficiais em Mafra).
1 - Informações sobre o Ten Cor Alberto Magalhães Osório, estão de acordo com o que sei.
2 - Quanto ao António F Freitas Soares - [...] estou quase certo que seja este.
Um dos furriéis do seu Grupo se chama Moniz e o Sargento Costa
3 - Quanto ao Alf Mil Marques Lobato. Estou quase certo que se chama José Marques Lobato e vivia em Penafiel em 1964 (filho de um Major do Exército)
4 - Quanto ao Alf Mil Castro. Não lembro se o nome era Sousa e Castro (é de Vila Nova de Famalicão)
5 - Furriéis do meu Grupo: Murça (acho que de Vila Nova de Famalicão) e Freire (Golegã
6 - Actuei inicialmente como Companhia de Intervenção no Batalhão de Bissau, actuando nesse curto espaço de tempo, pelo menos, em Mansabá e Mansoa.
Depois de chegar a Fulacunda actuei várias vezes em Gã Pedro, Gã Chiquinho, Braia, Tite, Louvado e Bila, Gandua Porto, Bária, Jufá, etc. e, na região de Jabadá, onde existia um Pelotão de Armas Pesadas de Infantaria comandado pelo Alf Mil Basílio (meu Curso em Mafra).
7 - Em Tite o (naquele momento) Major Jasmim de Freitas era o 2.° Comandante do Batalhão e antigo Comandante do meu Curso de Oficiais em Mafra).
Bom, estou certo que vamos conseguir muito mais informações e que nos encontraremos na minha próxima viagem a Portugal.
Obrigado pela ajuda.
Meu endereço actual é:
Rua Palacete das Águias, 842 - Apto. 53 Vila Sta. Catarina (ao lado do Aeroporto de Congonhas).
Codigo Postal 04635-023 São Paulo - SP - Brasil
Telemóvel: 00 55 11 8432 9647
Um grande abraço para todos
José Jerónimo
6. No mesmo dia Virgínio Briote mandava esta mensagem a Santos Oliveira
Caro Santos Oliveira,
Tenho estado a acompanhar o teu notável trabalho.
Quando penso que quem esteve no Cachil naqueles difíceis tempos, e quem o defendeu naquelas condições, bate certo, é o mesmo gajo que está a ajudar o Jerónimo a reencontrar os Camaradas, a reencontrar-se com ele próprio.
Eu sei, pelo que me lembro, que o que vou fazer não faz parte das etiquetas militares do nosso Exército. Mas tenho formação comando e nestas condições o que é bem feito deve estar acima de todas as praxes.
Deixe que lhe faça a continência, meu Caro Furriel Santos Oliveira,
vb
7. Ainda em 28 de Janeiro José Jerónimo dirigia-se a Santos Oliveira e a Virgínio Briote, assim:
Amigos,
Gostei desse fora das praxes militares sugerido pelo Briote. E também eu, saindo dessas mesmas praxes, vos faço a continência, pela ajuda que me estão dando. O que puderem fazer, é para mim muito importante. É como diz o Briote,
um reencontro, pelo menos, com uma parte que estava perdida de mim mesmo.
Abraços para os dois.
J.Jerónimo
8. Santos Oliveira contactava de novo José Jerónimo
Amigo e Camarada
Tenho metade da CCAÇ 797 e da CCS do BCAÇ 1860 a procurar contactos. Passou muito tempo, não é? Também estive por Tite.
Bem, quero dizer-te que o Pelotão de Morteiros que encontraste em
Jabadá, deveria ser o meu, o 912, sem uma Secção, que era a minha e que havia estado noutro lugar e noutra Missão.
O período, ou a data que lá passaste deve ter sido até Novembro de 1965.
Nesse caso, o Alferes que contigo Cursou não seria o Alf Mil Basílio, antes o Alf Mil António Fernandes O. Rodrigues [...] de Vila Nova de Gaia
Este, como tu e eu (EPI-1963) também teve por Director de Instrução o Major Jasmim de Freitas; mais tarde reencontrado como 2.º Comandante do BCAÇ 1860 em Tite.
Tenho estado a tentar ligar ao Freitas Soares (se é que é o mesmo). Vai para o Voice Mail onde deixo recado, mas que até agora, ainda não resultou.
Estou com esperanças de vir a ajudar.
Aguardemos mais um pouco.
Um abraço, do
Santos Oliveira
9. Resposta ao mail anterior de José Jerónimo
Amigo Santos Oliveira,
A minha memória parece querer clarear.
Lembrei de mais um nome. O do Sargento do Grupo do Alferes Castro de V.N.Famalicão. Se chama Sargento Gaspar (acho que era também do Minho e já tinha estado em Angola. Era o fotografo de todos nós e um militar destemido - Cruz de Guerra).
Aquele a quem eu chamo de Alferes Basilio é Indiano. Será que é ele a quem tu te referes?
Passei umas três vezes em Jabadá.
Uma, vindo de Gã Pedro (a primeira quase logo quando cheguei em Fulacunda.
Duas semanas antes tinha estado em uma Operação em ???? junto com a CCAÇ 797 . Foi quando conheci o Cap Fabião e a CCAÇ 797, que se encontrou com a nossa CCAÇ 1487 em Fulacunda, de onde saimos para a Operação)
Outra, a segunda vindo de Jufá. Nessa o Alferes Basilio (??? ou António Fernandes) com uma parte do seu Pelotão, nos esperava fora do quartel de Jabadá. Chegámos debaixo de fogo.
A terceira vez não lembro mais.
O meu cabo da bazuca, o Cerqueira, também tem uma Cruz de Guerra.
Conto contigo nesta tentativa de descoberta.
Abraços
J.Jerónimo
10. Em 29 de Janeiro, Santos Oliveira contactava Virgínio Briote com esta mensagem:
Caro Briote:
Obrigado pela tua consideração para comigo. Eu ajudo qualquer um de nós, porque um Ranger com preparação especial para ser infiltrado sozinho, é sempre um Homem solitário.
E se isso parece não me ter perturbado (pela preparação que então tive), com o passar dos anos vai-se tornando um enorme e gigantesco problema psicológico em que o pivot principal é a solidão.
Disso, creio, não me livro mais. É demasiado profundo. Portanto só resta abrir um pouco a mente e tentar ser o
Eu original (sensível, atento, prestável, etc.).
Fiquei em sentido (e com as lágrimas nos olhos) com a continência que me
fizeste.
Fizeste-me lembrar um episódio que se passou em Catió, em finais de 1964, quando aí me desloquei para assistência Médica mais especializada (urinava sangue, porque apenas bebia água, a qual era transportada em pipos de
tinto e que a
tinto sabia e cheirava).
Estava encostado ao muro da Messe de Sargentos e vejo, vindo desde o Quartel, um Militar Nativo, que, uns dez passos antes, se perfila e me faz continência, conforme os Regulamentos.
Olhei para um lado e para o outro, não vejo ninguém ali perto, correspondi à mesma e só então reparei que era um Alferes (segundo os galões que ostentava).
Hesitei, mas acabei por ganhar coragem e chamei: - Oh, meu Alferes! Por favor. Eu sou quem tem de lhe fazer continência.
Atrás de mim uma risada colectiva de vários camaradas.
-Ele não te conhece e por isso é que te fez continência.
-Porquê, perguntei.
-É que ele é Alferes de Segunda Classe.
-Segunda Classe? O que é isso? - Retruquei.
-Os nativos, quando comandam tropas, são uma espécie de Graduados, mas são sempre
inferiores (esta doeu-me e ainda me dói) aos brancos.
Eu, nunca havia ouvido tal e fiquei escandalizado.
Voltei-me para o meu Alferes (de 2ª) e disse:
-Meu Alferes, quando se cruzar comigo, sou eu quem lhe deve continência. Está bem?
-Sim, meu
Furrié.
Ali, fiquei a saber (o que era normal em Portugal, mas não desta forma) que havia, classificados, Portugueses de primeira e de segunda.
Foi deste modo que conheci, pessoalmente, o saudoso João Bakar Djaló, a quem, postumamente, homenageio.
Palavras para quê? Assim, já não tenho palavras.
Um enorme abraço, do
Santos Oliveira
11. E contactava também José Jerónimo
Amigo J.Jerónimo
Acabo de
olhar vários mails e vou, por ordem de chegada, prestar as minhas informações e comentários.
Fico contente com o
abrir da tua memória; é o que estou tentando fazer com a minha. É, seguramente, a melhor terapia, falar e ouvir os que por lá passaram e bem entendem e subentendem os nossos sentimentos, medos, frustrações, alegrias e tristezas. Por isso estou aqui e te disse: conta comigo.
O indiano Basílio, não é, com toda a certeza o Rodrigues. Esse, conheço bem demais e também não o estou a
ver a sair do seu reduto para
cobrir a segurança de quem quer que fosse. Por isso, a tua passagem por Jabadá, ter-se-á dado depois de Novembro de 1965.
Sem mais comentários sobre o indivíduo.
Não sei se existe listagem sobre as Cruzes de Guerra que foram atribuídas em Campanha; vou averiguar e se possível encontrar o Sargento Gaspar e o Cabo Cerqueira.
Vou dando notícias conforme forem aparecendo.
Um abraço, do
Santos Oliveira
12. Em 30 de Janeiro Santos Oliveira mandava nova mensagem a José Jerónimo
Amigo Jerónimo:
Creio que o meu percurso Militar foi um tanto diferente do teu.
Fiz todo o Curso de Sargentos Milicianos e a Especialização de Armas Pesadas de Infantaria em Mafra (seja: Canhões S/Recuo, Morteiros e Metralhadoras – tudo os tipos classificados Pesados).
A minha paixão era os Canhões S/Recuo, mas não foi por aí que andei.
Acabado o Curso de Sargentos Milicianos, como fui muito bom aluno e dedicado (naquele tempo os
nossos destinos eram determinados pelas habilitações escolares e não pelos psicotécnicos) fui promovido a 1.º Cabo Miliciano (o Sargento económico da época; possuía Instrução de Oficial, tinha Responsabilidade de Sargento, Regalias e Pré, igual às dos Praças).
Isso, tu deves conhecer.
Talvez pelos resultados dos psicotécnicos ou pelas classificações obtidas, pude escolher uma Unidade pertinho de casa; escolhi o GACA3, em Espinho.
Três dias depois da minha apresentação, sem qualquer aviso prévio, fui
carregado numa GMC com toldo, a juntar-me a outros, poucos, Cabos Milicianos e um Furriel do QP.
Na cabine, além do condutor, iam dois Oficiais: um Tenente do QP, com farda Portuguesa e um
outro com farda estranha.
Para onde nos levavam era a pergunta que cada um de nós fazia ao outro. Mas ninguém sabia e o Furriel não se
descosia. Sempre que tentamos espreitar pelas frinchas do toldo, éramos impedidos pelo nosso Furriel.
Ao fim dumas horas, já de noite, creio que estávamos nas traseiras do CIOE, em Lamego.
Ali mesmo, sem mais, começou o nosso Curso de Tirocínio de Rangers de Infiltração.
Eu nunca havia ouvido
infiltração associado a Rangers.
O Oficial de farda estranha, era um Capitão dos Rangers Americanos, que havia feito duas comissões no Vietname, estava em Portugal como
Conselheiro Militar(???), falava um espanhol abrasileirado no seu sotaque.
Partimos, de imediato, sei lá para onde naquela região; tínhamos, além da arma e ração de combate, uma corda de uns 10 metros, um mapa com os objectivos assinalados, uma bússola e uma lanterna militar. Quase nunca mais nos voltámos a ver; era um por si.
Claro que alguns trajectos finais passaram pelos esgotos (aí pude olhar gente).
A higiene era apenas quando se caía ao Rio e mais não estou a lembrar.
Altos e baixos, rochas e monte, apenas se ouviam os cães e se viam ovelhas ou carneiros e, aqui e ali se ouvia o assobiar típico dos pastores. Gente, não.
Sofri bem mais em Mafra, acredita.
E com a mesma e única porca farda malcheirosa, uma certa madrugada, lá voltamos a ser
carregados na GMC com o toldo que já conhecíamos e nos transportaram para Tancos; aqui não havia engano possível.
Viam-se Boinas verdes por todos os lados.
Novo Tirocínio, desta feita para a preparação de Salto.
Nada de especial a não ser a velha torre, em cima da qual a nossa visão lateral não enxergava o patamar... apenas o chão cá em baixo.
Mais medos tive das águas do Douro.
Um salto dum velho Junkers e de novo o regresso à nossa conhecida GMC e... às nossas
novas Unidades.
Era suposto ter dado uma Recruta (fazia parte dos Regulamentos) mas eu fui
convidado pelo 2.º Comandante a formar uma equipa, ao lado da Sala do Comando, uma Secção Técnica onde
abri a comunicação da minha própria Mobilização, em rendição individual, para a Guiné.
Antes disso, estava cumulativamente a fazer Sargento de Piquete e, porque a porta se encontrava aberta (a Secretaria Técnica era na Torre de Controle do aeródromo de Espinho - tudo vidro e calor insuportável) abusivamente, um Oficial entrou para saber assunto classificado e eu não lhe dei a informação que pedia e solicitei que se retirasse, porque a zona era Classificada.
Ele resistiu e apontei-lhe a FBP e perguntei se saía pelo seu pé, ou se de maca.
Ele participou de mim e eu
apanhei oito dias de Detenção, que foram oito Sargentos de Dia que fiz pelos camaradas solidários.
Só passado o castigo é que apresentei, de acordo com o RDM, a minha parte do caso.
Foi anulado o meu Castigo e recebi um Louvor.
Igualmente não fui incomodado, quando algum tempo depois da tentativa de assalto ao Quartel de Beja, quando Sargento de Dia, durante a ronda nocturna, um das sentinelas disse ter ouvido
restolho no meio do milheiral.
Tomei a Mauser e disparei depois de dizer que esta era para perto a próxima seria para acertar.
Acordei o Quartel às 4 da manhã.
Do resto, podes, no Blogue, clicar, Sábado, 15 de Dezembro de 2007
Guiné 63/74 - P2352: Ilha do Como: os bravos de um Pelotão de Morteiros, o 912, que nunca existiu... (Santos Oliveira)
que, no essencial está lá.
Vamos deixar esta longa História, noutros pormenores que te podem fazer avaliar se vale a pena… “
Tudo vale a pena, se a alma não é pequena"
Luto pelo que acredito, crê
Santos Oliveira
___________
Notas dos editores:
(*) - Foram removidos endereços e números de telefones, por não ser ter a certeza de que as pessoas citadas eram as procuradas.
(1) - Vd. post de 11 de Agosto de 2005 >
Guiné 63/74 - CXLIX: Antologia (15): Lembranças do chão manjaco (Do Pelundo ao Canchungo) (João Tunes)
(...) Quanto ao Major Osório, sempre de t-shirt branca, pouco falava mas era muito respeitado. Aquilo era gente de acção e quando a não tinham, cediam à espera tensa e ansiosa de mais acção. Em resumo, eram guerreiros em descanso forçado. (...)