Mostrar mensagens com a etiqueta Rio Tompar. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Rio Tompar. Mostrar todas as mensagens

domingo, 20 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13012: Homenagem póstuma, na sua terra natal, Areia Branca, Lourinhã, 11 de maio próximo, ao sold at cav José Henriques Mateus, da CCAV 1484 (Nhacra e Catió, 1965/67), desaparecido em 10/9/1966, no Rio Tombar, no decurso da op Pirilampo. Parte I: Preparativos e pedido de ajuda aos seus antigos camaradas (Jaime Bonifácio Marques da Silva)



Jaime Silva, Atalaia, Lourinhã, 2013
1. Mensagem, com data de 18 do corrente, do nosso camarada e amigo Jaime Bonifácio Marques da Silva [, natural da Lourinhã e residente em Fafe,   onde foi autarca (com o pelouro da cultura, e onde é mais conhecido como Jaime Silva), ex-alf mil paraquedista, BCP 21 (Angola, 1970/72), membro da nossa Tabanca Grande]

Caro Luís

Aqui vai o ponto da situação da cerimónia de homenagem ao José Henriques Mateus da Areia Branca e, para a qual pedia o teu empenhamento.

(i) A cerimónia realiza-se, efetivamente no dia 11 de maio de2014, no lugar da Areia Branca, Lourinhã.

Acabo de telefonar a um dos membros da Comissão, José Rufino [, ex-combatente que esteve na Guiné,], que mo confirmou. A hora da cerimónia depende do final da missa em sua memória. A Missa começará às 10 ou 10 e 30 horas. Talvez a cerimónia seja por volta das 11.30 /12.00 horas.

(ii) Se entenderes como oportuno, poderias fazer o favor de mobilizar já o pessoal da Guiné através do Blogue, dando como certa a data e local e, se quiseres, poderás usar os dados da sua biografia que te envio em texto anexo bem como a sua fotografia de passe.

(iii) Envio-te, também, alguns excertos de relatórios e um depoimento, bem como um conjunto de fotografias no sentido do pessoal do tempo do Mateus fazer o favor de analisar, dar a sua opinião ou acrescentar algo de novo, se houver. Por isso, agradecia que enviasses as fotos e texto aos teus contactos, sobretudo ao Benito. E provavelmente podes publicar já algumas das fotos de grupo.

(iv) Estou a reconstituir a sua história militar e irei mandar imprimir 3 ou 4 cartazes grandes para fazer uma exposição no Clube da Areia Branca (talvez se organize um colóquio na véspera com a abertura da exposição dos cartazes, ainda não sei...) .

(v) Estou a trabalhar, nesse sentido, com um amigo que tem uma empresa de publicidade aqui em Fafe e que me dará, também em suporte informático, os elementos finais e, a partir desse momento enviar-te-ei para os tratares como bem entenderes no blogue.

Quanto às fotos e relatórios precisava que o pessoal [do blogue] tentasse, concretamente:

(vi) Identificar o nome e local de alguns camaradas que estão com o Mateus nas fotografias;

(vii) Analisar os textos que envio e vejam se conseguem acrescentar mais elementos esclarecedores da situação / acidente / Operação Pirilampo, etc. [, a publicar em poste a seguir];

(viii) Precisava desses elementos o mais tardar até à próxima 4.ª Feira, dia 23 de abril, em virtude de ter que os entregar na Tipografia.

(ix) Vê se haverá alguém do seu tempo (Pelotão ou companhia) que possa intervir na cerimónia (irei propor isso à Comissão, ainda não é seguro);

(x) Não tens nenhum amigo que domine as questões da Cartografia e que me possa enviar até 4.ª feira um Mapa da Guiné [, vd. mapa de Bedanda,] com boa resolução, assinalando com um círculo ou seta os locais por onde o Mateus passou e que estão referenciados nos documentos anexos ao texto 2

Abraço,

Jaime



Foto nº 1... 



Foto nº 2


Foto nº 3 > Na piscina, em Nhacra, onde CCAV 1484 esteve sediada na primeira parte da sua comissão


Foto nº 4...  Nhacra ou Catió...



Foto nº 5... Em Catió, desmanchando um vaca, oferta da Casa Gouveia do fur radiomontador da CCS, o Estêvão Alexandre Henriques...  O Mateus, à esquerda, com outro lourinhanense, das Matas, o Manuel Santos, que era cozinheiro da CCS


Foto nº 6... Catió (?)


Foto nº 7... Fotografia de grupo frente às instalações de comando de Catió... Secção do Mateus, que pertencia ao 3º pelotão. Ao centro, na 2ª fila, de pé, o fur mil, Egídio Teles, que vive hoje no Funchal,


Foto nº 7 - A... Catió.. À esquerda, na 2ª fila, com um macaco-cão, o Egídio Teles


Foto nº 7- B... Catió... Mais cmaradas da secção do Mateus

Fotos, sem legenda, do álbum do José Henriques Mateus, gentilmente cedidas pelo irmão Abel Mateus ao Jaime Bonifácio Marques da Silva. Agradece-se a indicação de quaisquer elementos identificações (nomes, topónimos, datas...), nomeadamente por parte dos seus antigos camaradas da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67)...

Brasão da CCAC 1484, cortesia de Benito Neves [, ex-fur mil at cav, camarada do Mateus, bancário reformado, vivendo em Abrantes

2. Ficha biográfica militar do José Henriques Mateus

1.ª Parte (em construção) [Elementos recolhidos por Jaime Bonifácio Marques da Silva]

EXÉRCITO PORTUGUÊS > RI 7 (Regimento de Infantaria N.º 7)

Classe – 1965

Nome – José Henriques Mateus

Nascido em – 17.10.1944

Posto – Soldado

Filho de – Joaquim Mateus Júnior e Maria Rosa Mateus

Nascido na freguesia de – Lourinhã (Lugar da Areia Branca)

Concelho de – Lourinhã

Distrito de – Lisboa

Profissão – Trabalhador agrícola

Recenseado no ano de – 1964: alistado em 3 de junho

Apresentou-se na unidade em – 4.5.1965

COLOCAÇÃO DURANTE O SERVIÇO MILITAR

Ano de 1965

§ 4 de maio – Incorporado como recruta na 1.ª Companhia de Instrução com o n.º 1820/65

§ 21 a 26 de junho – tomou parte nos exercícios de campo

§ 1 de julho – Ratificou o Juramento de Bandeira

§ 3 de julho – Terminou a Instrução Básica Militar

§ 4 de julho – é transferido para o RC 7, destinando-se à Especialidade de Atirador de Cavalaria. Fica adstrito à CCAV nº º 1485 com o nº 711/65

§ 22 de agosto – Pronto da Escola de Recrutas - Concluiu a Especialidade de Atirador.

§ Outubro – Nomeado nos termos da Alínea c) do Art.º 3 do Dec. n.º 42937 de 22.4.60 para servir no CTI da Guiné, fazendo parte da CCAV 1484 / R.C. 7

§ 20 de outubro – embarcou em Lisboa a bordo do Navio Niassa

§ 27 de outubro – Desembarca em Bissau (desde quando conta 100% de aumento do tempo de serviço.

ANO DE 1966

10 de setembro – Baixa de serviço: Data em que desaparece ao atravessar o rio Tompar  [, afluente do Rio Cumbijã, na região de Cabolol, vd. carta de Bedanda] (O.S. 268 do RC 7 de 22.11.66) [,

Novembro - Abatido ao efetivo do Regimento e da Companhia de Cavalaria n.º 1484

ANO DE 1967

Novembro – por despacho de 24.10.67 foi confirmado como ocorrido em e por motivos de serviço o acidente referido, e de que lhe resultou a morte. (O.S. 265).

(Continua)

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Guiné 63/74 - P1676: Vivo ou morto, procura-se o Soldado Mateus, da CCAV 1484, natural da Lourinhã (Benito Neves)





Através do Benito Neves, fiquei hoje a saber as circunstâncias, misteriosas, em que desapareceu num dos rios da Guiné, em 1966, o Soldado Mateus, da CCAV 1484, meu conterrâneo... É mais um dos nossos camaradas que não constam da lista oficiosa dos mortos da guerra do ultramar. A sua terra, Lourinhã, fez-lhe, porém, uma justa homenagem: é dos vinte que não regressaram... Mas será que ele não chegou a morrer, afogado, tendo sido feito prisioneiro pelo PAIGC?

Nascido à beira-mar, na Areia Branca, entre moinhos e dunas de areia, era muito provável que o Mateus soubesse nadar... É estranho o seu desaparecimento no Rio Tombar, no sul da Guiné (actual região de Tombali) e sobretudo, uns dias depois, a localização da sua camisa com uma imagem da Nossa Senhora de Fátima, uma nota de 50 pesos e a sua identificação... (LG).

Foto: © Luís Graça (2007). Direitos reservados.



Guiné-Conacri > Conacri > Instalações do PAIGC > 1970 > Prisioneiros portugueses, fotografados pelo fotógrafo húngaro Bara István (nascido em 1942). Legenda em húngaro: "Bara István: Portugál foglyok a PAIGC börtönében, Guinea Bissau, 1970".


1. São raras as fotos dos nossos camaradas em cativeiro, até à sua liberção em 22 de Novembro de 1970, na sequência da Operação Mar Verde. Estamos gratos a este conhecido grande fotógrafo magiar pelas imagens sobre a guerra colonial na Guiné-Bissau que disponibilizou na sua página.

Há tempos perguntei aos amigos e camaradas, se alguém era capaz de reconhecer estes rostos ? Boa parte deles faziam parte da CART 1690 (Geba, 1967/69), a que pertenceu o nosso camarada A. Marques Lopes, ex-alf mil e hoje coronel, DFA, na reforma. O Benito Neves, da CCAV 1484, admite a hipótese de o segundo prisioneiro, da fila de trás, a contar da esquerda - devidamente assinalado com um círculo a amarelo - poder ser o seu camarada José Henriques Mateus, dado como desaparecido no Rio Tombar, afluente do Rio Cumbijã, na sequência da Operação Pirilampo, e que por sinal era natural da Lourinhã, logo meu conterrâneo (LG).

Fonte / Source: Foto Bara > Fotogaleria (com a devida vénia / with our best wishes...)


2. Texto do Benito Neves, com data de 14 de Março de 2006

Luís, solicito e agradeço desde já a melhor colaboração, até porque se trata de um conterrâneo teu.

Benito Neves
Abrantes
Ex-Fur Mil At
CCAV 1484
(NNhacra e Catió, 1965/67).


OPERAÇÃO PIRILAMPO - 10 de Setembro de 1966


Com a finalidade de bater a mata de CABOLOL [vd. carta de Bedanda], de modo a detectar e a destruir o acampamento IN localizado em (1510.1120.A2) esta operação foi realizada pelas CCAV 1484,  reforçada com 1 Gr Comb Mil 13 e CCAÇ 763 (-), reforçada com 2 Sec Mil 13.

Foi efectuada uma minuciosa batida à mata de CABOLOL no sentido E-W. Pelas 14H30, não obstante as dificuldades que surgiram pela densidade da vegetação, foi detectado o acampamento IN em (1510.1120A3.15), composto por 16 casas, que foi destruído com fraca resistência do IN. Foram capturados documentos diversos e munições para espingarda Mauser.

O IN, que deveria ter detectado as NT, havia evacuado grande parte do seu material para fora do acampamento.

Em continuação da acção, as NT seguiram em direcção a CABOLOL BALANTA.

Quando queimavam o seu primeiro núcleo de casas mais a sul, o IN, instalado na orla da mata, reagiu em força com fogo de morteiro, lança granadas-foguete, metralhadora pesada, pistolas metralhadora e espingardas, causando 6 feridos ligeiros às NT. Após reacção destas, o IN furtou-se ao contacto, sendo ainda queimados mais 3 núcleos de casas.

Pelas 17H00 as NT iniciaram o regresso, tendo sido flageladas com fogo de morteiro.

Quando as NT atravessavam o rio TOMPAR [, afluente do Rio Cumbijã, a sudoeste de Bedanda], afogou-se o soldado nº 711/65, José Henriques Mateus, da CCAV 1484, não tendo sido possível recuperar o seu corpo, apesar de todas as buscas efectuadas.

Pelas 22h30 as NT chegaram ao aquartelamento de Cufar, depois de uma marcha fatigante em terreno pantanoso.

O que acima se transcreve é o que consta do relatório da operação, extraído da história da Companhia, de que fui encarregado de escrever.


Um camisa com uma imagem de Nossa Senhora de Fátima

A travessia do Rio Tompar foi extremamente difícil. A maré estaria a encher ou a vasar, com forte corrente e foi decidida a colocação de uma corda de margem a margem, que serviu de suporte. O soldado Mateus, que transportava ou umas fitas para metralhadora ou umas granadas para morteiro ou para LGF, no meio da travessia, largou a corda e submergiu. Foram batidas as margens do rio sem que tivesse sido possível a recuperação do corpo.

Dias depois deste acidente, voltou a ser feita nova batida na zona, à procura do corpo ou outros indícios. Foi encontrada na margem a camisa que o Mateus envergava, tendo no bolso (i) a sua identificação, (ii) uma imagem da Virgem de Fátima e (iii) uma nota de 50 pesos. Mais nada.

Anteriormente havia quem alvitrasse a possibilidade do desaparecimanto ter sido causado por crocodilo mas, agora, seria fácil concluir que o ataque de qualquer animal, fosse ele qual fosse, não implicava o prévio despir da camisa.

A Companhia regressou [a Portugal] em 1967 e só em 2006 tivemos o primeiro reencontro, o primeiro almoço de confraternização. Foram muitos os anos que passaram, cerca de 40, porém, o Mateus nunca foi esquecido.


O Mateus era natural da Areia Branca, concelho de Lourinhã


Em Fevereiro de 2007 recebi um telefonema de um ex-cabo enfermeiro da CCAV 1484 que me transmitiu ter estado em Cadaval [, concelho do oeste, também do distrito de Lisboa], com um outro elemento da CCAV1484, que lhe disse que o Mateus estava vivo, que teria estado preso na Guiné Conakry, que inclusivamente alguns anos após o regresso da CCav  1484, terá estado na Lourinhã, em casa da mãe do Mateus e que a senhora lhe confirmou que o filho estava vivo.

O Mateus era oriundo do concelho da Lourinhã [, Estremadura, Oeste].

Por coincidência, no dia seguinte ao do telefonema do meu ex-cabo enfermeiro, foram publicadas no blogue algumas fotos tiradas a prisioneiros portugueses na prisão de Conakry (2). Decidi enviar a foto ao ex-Furriel Teles, residente na Madeira, que era o comandante de Secção do Mateus, pedindo-lhe para ver se, entre os presos, estaria o Mateus. Em resposta disse-me que sim e que era o 2º da fila de trás, a contar da esquerda.

Porém, conheci em Alter do Chão um ex-combatente - Jacinto Madeira Barradas - que esteve preso em Conakry e que foi um dos libertados pela operação Mar Verde. Diz-me que o prisioneiro que lhe indiquei não tinha o nome de Mateus, que não conheceu lá nenhum Mateus. Poderá haver aqui alguma mudança de identidade?

Na lista, organizada pelo José Martins, dos militares que tombaram em campanha na Guiné (1961/74), não consta o nome do José Henriques Mateus (3).

Posso afirmar que a notícia de que o Mateus está vivo (e Deus queira que esteja!) se espalhou entre os elementos da Companhia e não há quem não queira ter o Mateus connosco no nosso 2º. convívio, em Maio próximo.

Luís, és natural da Lourinhã, conterrâneo do José Mateus (ou pelo menos do mesmo concelho), saberás alguma coisa sobre este caso? O Mateus, a estar vivo, terá agora 62/63 anos. Valerá uma consulta às várias Juntas de Freguesia do concelho da Lourinhã?

Luís, desde já grato por toda a ajuda possível.

Um abraço.

Benito Neves.





Lourinhã > Aspecto parcial do Monumento aos Mortos do Ultramar. 2005. Arquitecto: Augusto Silva. Escultora: Andreia Couto... O meu primo, José António Canoa Nogueira, foi o primeiro soldado da Lourinhã a morrer, em terras da Guiné, em 1965, em Ganjolá, Catió... Lembro-me do seu impressionane funeral e quanto a palavra Guiné me marcou... Tinha eu 18 anos, já feitos... O Soldado Mateus terá sido o segundo, natural da Lourinhã, a tombar em terras da Guiné, também no sul... nas proximidades da mata de Cabolol Balanta, na margem direitra do Rio Cumbijã... (LG).


Lourinhã > Monumento aos mortos da Guerra do Ultramar > Guiné > 2005 > Quando o monumento foi inaugurado, em 2005, na placa relativa aos mortos na Guiné constava o nome de José Henriques Martins... As placas foram depois substituídas, já em 2007, segundo creio, e corrigido o erro... O nome correcto era José Henriques Mateus, natural de Areia Branca, morto em 9 de Setembro de 1966... Haverá também aqui um erro de data... O Benito Neves diz que a Operação Pirilampo foi a 10 de Setembro... (LG)

Fotos: © Luís Graça (2005). Direitos reservados.



3. Benito: O teu telefonema de ontem e o teu email (já de há um mês e que reli, com outra atenção) emocionaram-me. Este caso é espantoso e, no mínimo, intrigante. Fui vizinho do Mateus (ele é natural do lugar da Areia Branca, povoação que deu o nome à conhecida Praia da Areia Branca, concelho da Lourinhã). Eu saí da Lourinhã, há trinta e tal anos, e já não me lembro deste caso. Mas tenho lá casa e vou lá com regularidade. Tenho seguramente amigos e conhecidos da família Mateus, mas já não seria capaz de reconhecer, a não ser eventualmente por fotografia, o teu camarada José Henriques Mateus. E, no entanto, o seu nome consta da lista dos naturais da Lourinhã que tombaram na Guiné, o primeiros dos quais foi o meu primo - em 3º grau - José António Nogueira Canoa (4), morto em Ganjola, um ano antes (1965).

Já aqui dei notícia da homenagem que a minha terra, através da autarquia local, prestou aos seus filhos que tombaram na guerra do ultramar (5), com a inauguração, em 26 de Junho de 2005, de um monumento, obra do arquitecto Augusto Silva e da escultora Andreia Couto. Ao todo, foram vinte os mortos do concelho, incluindo seis na Guiné. A placa em bronze com os nomes dos nossos camaradas mortos em combate, em cada um das províncias, foi recentemente substituída. No caso da Guiné, havia um erro: O José Hemriques Mateus constava com um apelido trocado: José Henriques Martins. Por outro lado, faltava a data do falecimento e a localidade onde haviam nascido. Junto fotos das duas placas.

Benito: vou sentar saber mais pormenores sobre o Mateus, através da comissão organizadora desta iniciativa, onde tenho pelo menos amigos e conterrâneos, o João Delgado, o Jaime Bonifácio Marques da Silva e o José Picão de Oliveira: este último, foi furriel miliciano na zona leste da Guiné, mesmo na ponta nordeste, em Canquelifá, tendo regressado já em Setembro de 1974, enquanto o Jaime foi alferes miliciano paraquedista em Angola, sensivelmente na mesma época em que eu fui mobilizado para a Guiné (1969/71). O João Delgado, por sua vez, esteve em Angola, segundo creio.

De qualquer modo, obrigado pelas tuas diligências. Quem nos dera que o Mateus estivesse vivo algures, e nos pudesse contar a sua odisseia, e rever as dunas da sua praia. Em todo o caso, se ele efectivamente morreu ou desapareceu, é muito importante para os seus amigos, conterrâneos e familiares saber as circunstâncias em que ocorreu a sua morte ou o seu misterioso desaparecimento. Pagaste-lhe uma dívida de amizade, ao publicares parte do rekatório da Operação Pirilampo e o episódio do seu acidente... Estamos-te gratos por isso. Luís

__________

Notas de L.G.:

(1) Vd. pots de 18 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1673: O blogue do nosso contentamento (Benito Neves, CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67)

(2) Vd. post de 28 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1468: Mortos que o Império teceu e não contabilizou (A. Marques Lopes)

(3) Vd. Lista disponível, em formato pdf, no sítio do António Pires > Moçambique - Guerra Colonial, orgnaizada pelo nosso camarada e membro da nossa tertúlia José da Silva Marcelino Martins > Militares que Tombaram em Campanha (1961-1974) > Guiné

(4) Vd. posts de:

8 de Setembro 2005 > Guiné 63/74 - CLXXXI: Antologia (18): Um domingo no mato, em Ganjolá (Luís Graça / José António Canoa Nogueira)

22 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1455: Crónica de um Palmeirim de Catió (Mendes Gomes, CCAÇ 728) (7): O Sr. Brandão, de Ganjolá, aliás, de Arouca, e a Sra. Sexta-Feira

8 de Março de 2007 > Guiné 63/74 -P1574: Uma estória dos Gringos de Guileje (CCAÇ 3477): Estás f..., pá! (Amaro Samúdio)

(5) Vd. post de 24 de Julho de 2005 > Guiné 63/74 - CXXV: Homenagem aos mortos da minha terra (Lourinhã, 2005)