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sexta-feira, 16 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22375: In Memoriam (398): José Martins Rosado Piça (1933-2021), 1º srgt inf ref (CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71), nosso grã-tabanqueiro nº 660... Mais do que "o nosso primeiro", um grande amigo e melhor camarada.



Tabanca da Ponta de Sagres - Martinhal > 2014 > O José MartinsRosado Piça, em fotograma de vídeo que nos mandou o régulo, o Tony Levezinho (*)... Conheci-o em Santa Margarida, por volta de abril de 1969, por ocasião da formação da CCAÇ 2590 (futura CCAÇ 12), mobilizada para o CTIG. Teria então 38 anos (, pelo que terá nascido em 1931), e já com três comissões de serviço no ultramar (se não erro). 

Foi o sargento mais "bacano" que conhecia na vida e, em Bambadinca, foi um grande camarada e um amigo... para a vida!...Para todos os efeitos, foi o "nosso primeiro", substituindo o Fragata quando este foi frequentar a Escola Central de Sargentos em Águeda. 

Integrou a Tabanca Grande em 2014. Ainda nos vimos, depois da "peluda", duas ou três vezes, e falámos várias vezes ao telefone. Lamentavelmente, nunca o cheguei a visitar em Évora onde vivia. E também, infelizmente,  tem poucas referências no blogue. Mas vai deixar-me uma grande saudade,  a mim, ao Tony, ao Humberto Reis e demais camaradas que tiveram o privilégio de com ele conviver, nomeadamente na tropa e na guerra. 

O José Martins (e não Manuel...) Rosado Piças nasceu em Aldeias de Montoito, em 25 de setembro de 1933. Morreu, pois, com 87 anos anos, (LG).


1. Acabo de saber, pelas redes socais, da triste notícia da morte do nosso querido camarada e amigo, José Martins Rosado Piça, ontem, quinta-feira. 

Hoje, sexta-feira, chegará o corpo por volta das 17h30m à capela de Montoito (Évora), sua terra natal.  O funeral será amanhã, sábado, dia  17, às 12h00, seguindo posteriormente para o crematório de Elvas.

A sua neta, psicóloga. Tânia Caçador, escreveu o seguinte, na sua página do Facebook:

(...) O meu avô Zé! Que me acompanhou, guiou, orientou e protegeu desde que sou gente, um PAI, partiu, e com ele leva um pedaço de mim. Homem de trato fácil, com uma gargalhada inconfundível e altamente sociável, nunca encontrei quem não gostasse dele!

 Foi um BRAVO avô, o mais bravo deste pelotão da vida, essa é a verdade, e os bravos jamais serão esquecidos. Hoje o céu está em festa, disso tenho a certeza, e nós, eu, profundamente infelizes...para mim é insuperável, enfrentar um mundo do qual já não faz parte, simplesmente terei de 8esperar até que possamos novamente nos reencontrar, mas, e quando chegar a hora, sei que estará lá e será a sua mão que agarrarei...amo-o com todo o foi um privilégio tê-lo como avó e estou imensamente grata pela sua vida e pelos momentos e memórias inesquecíveis que me proporcionou, que nos proporcionou. Até sempre...Até já...(...)


2. Escreveu, com grande propriedade e ainda maior carinho, em 2014,  o Tony Levezinho (**);

(...) Sobre o nosso Sargento José Martins Rosado Piça ("Piça para servir V. Exa.",  como ele gostava, por brincadeira, de se apresentar) não serão precisas muitas palavras para descrever este homem simples.

Oriundo de Aldeias de Montoito, Évora, este alentejano, na altura em que convivemos, apenas o separava de nós, a idade, (teria uns 40 anos) e o facto de ser um profissional do quadro permanente do Exército.

Quanto ao mais, a sua relação com os milicianos do Bando (era assim que ele se referia à nossa companhia) fazia toda a diferença, pela positiva, dos demais elementos da sua classe, com quem nos cruzámos, ao longo da nossa aventura pelas fileiras do Exército.

Com efeito, era homem de piada fácil, mas também muito sensível aos afetos. Era disso expressão óbvia o brilhozinho nos seus olhos. De alegria, quando partilhávamos momentos de relaxamento, tais como, as cartadas, os copos, as cantorias, etc., ou de preocupação/tristeza sempre que nos via partir, em missão, para fora do perímetro do aquartelamento.

Era clara para nós a necessidade que sentia de estar por perto dos seus furriéis, muito mais do que partilhar a mesa de jogo com os seus iguais, do quadro. E este seu comportamento teve a sua expressão maior, depois da partida do 1.º Sargento da companhia, o que se compreende.

Diria que o elenco que ele encontrou na CCaç 12 o terá tocado, de forma particular. Atrevo-me a fazer esta afirmação porque, há um par de meses, encontrei-o, em Portimão, ao fim destes anos todos, acompanhado da mulher.

A alegria e o abraço apertado foram mesmo espontâneos. Achei ainda muito significativo o facto da sua mulher, que eu não conhecia, ter dito que ele não se cansa de falar de nós. Logo me pediu o contacto do Henriques, do Reis, o meu, e a verdade é que, desde então, já falamos algumas vezes, ao telefone, e está combinado um encontro em Sagres, quando a oportunidade surgir.

Ele continua no Alentejo e tem um apartamento em Portimão, terra onde a filha vive, passando, por isso, algum tempo nesta cidade algarvia.

Apesar dos seus 80 e picos anos, continua com uma memória de elefante, tal foi o desbobinar de episódios daquela época que evocou, em detalhe, nos breves 20-30 minutos que durou o nosso encontro acidental.

Que continue com a mesma capacidade de comunicar, como a que lhe reconheciamos, à época e que, acreditem, se mantém.

Se há elemento que merece ser puxado para a nossa tabanca é, sem dúvida, o Sargento Piça. (...)


3. Na apresentação à Tabanca Grande, eu escrevi o seguinte (**):

(...)  Meu amigo, camarada, compincha: como vês, somos uma espécie em vias de extinção, os últimos soldados do império... É por isso, também, que te queremos cá, sentado sob o poilão da nossa Tabanca Grande. Passas a ser o nosso grã-tabanqueiro n.º 660, um  número bonito e fácil de decorar. Um dia destes telefono-te a dar-te mais dicas para te manteres ligado a nós. O Tony Levezinho já disse tudo ou quase tudo a teu respeito. Não poderias ter melhor "padrinho". Muita saúde e longa vida porque tu mereces tudo. E faz favor de partilhar o teu álbum fotográfico connosco!.. Um xico...ração. O Henriques.(...)


E acrescentei em comentário, ao poste P13325 (**): 

(...) O Piça era (e é) dotado de um desconcertante sentido de humor... Recordo-me de nos ter contada esta, dos seus primórdios da tropa...

Como muitos alentejanos, pobres, da sua geração, o Piça casou-se "à maneira da época"... As famílías de um lado e de outro não tinham dinheiro para custear a despesa de um casório com boda... A única solução, para não se ficar mal perante amigos e vizinhos, era "simular o rapto"... O noivo "raptava" a noite e ficava o assunto resolvido...Juntavam os trapinhos e esperavam por melhores dias...

Um das soluções - para além da emigação interna e externa - era a tropa. Foi o que fez o Piça. Meteu o xico. Mas agora era preciso dos papéis e regularizar o seu estado civil: casado "de facto", mas não "de jure"...

Um belo dia, foi lá ao padre, às 8 da manhã, com a noiva para receber o santo sacramento do matrimónio... E logo a seguir, às 9h, trouxe a filhota para batisar...O padre, espantado, interpelou-o:
- Já, tão cedo?!
- Ó sr. padre, de mamhã é que se começa o dia! (..:) 


 Uma figura impagável da Bambadinca do meu/nosso tempo!... Um grande amigo, para além de camarada, no verdadeiro sentido da palavra...Nunca conheci sargento tão "bacano" como ele... Como eu era do "reviralho", chamava-me na brincadeira o "Soviético"...

Daqui envio para toda a família, e para os seus amigos mais íntimos, os votos de pesar, meus, da Alice, e de toda a Tabanca Grande. (***)
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(***) Último poste da série > 10 de julho de  2021 > Guiné 61/74 - P22360: In Memoriam (397): Renato Monteiro (Porto, 1946 - Lisboa, 2021), ex-fur mil, CART 2439 / CART 11 (Contuboel e Piche, 1969), e CART 2520 (Xime e Enxalé, 1969/70)... "Morreu o meu querido amigo, no passado dia 7... Escrevo a notícia a chorar" (Valdemar Queiroz)

sábado, 10 de abril de 2021

Guiné 61/74 - P22091: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (26): O cardápio secreto do "chef" Tony (Levezinho) - Parte III: cozido à portuguesa, para despedida do inverno; frutos do mar, como saudação à primavera


Foto nº 1 > Frutos do mar, como "entradinhas"


Foto nº 2 > Suculento cozido à portuguesa


Fotos (e legendas): © António Levezinho (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação de sugestões gastronómicas, nacionais e internacionais, apropriadas ao reforço da nossa resiliência ao confinamento e à fadiga pandémica, sugestões que nos são facultadas pelos "vagomestres" e "chefs" da Tabanca Grande. (*)


Um dos nossos "chefs" com já créditos já firmados (**),  é o nosso amigo e camarada Tony Levezinho, ex- fur mil at inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, maio 69 / março 71). 

Está reformado da Petrogal,  vive grande parte do ano na Tabanca da Ponte de Sagres - Martinhal, Vila do Bispo. Infelizmente, agora mais sozinho desde que enviuvou há menos de quatro meses. A sua companheira de uma vida (50 anos!), a Isabel Levezinho, integra também a nossa Tabanca Grande. 

O Tony, órfão de mãe ao nascer, aprendeu a cozinhar cedo. Pelo menos desde os 14 anos que fazia petiscos para ele e o mano mais novo. Além do prazer da mesa, sabe receber como ninguém. Na Tabanca da Ponte de Sagres - Martinhal, não há nemhuma tabuleta à entrada a recordar o anexim popular: "O peixe e o hóspede ao fim de três dias fedem!"...

De uma vasta lista de sugestões do cardápio do Tony, escolhemos hoje mais dois pratos, um para encerrar com chave de ouro o solstício do inverno (Foto nº 2) e outro para saudar o solstício do verão (nº 1)... Esperemos que vos agrade e inspire... LG

PS - Tony, eu sei que já não temos idade, barriga e sobretudo saúde para dois pratos desta envergadura, mas agradou-me a ideia de uma "saída" e uma "entrada"... Um bom solstício do verão para ti e para todos nós!

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Notas do editor:


11 de fevereiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21887: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (19): O cardápio secreto do "chef" Tony (Levezinho) - Parte I: ainda não é verão (, mas um dia destes há de ser!), e já me está a apetecer uma saladinha de queixo fresco e uma paelha, com um bom branquinho...

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Guiné 61/74 - P21954: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (23): O cardápio secreto do "chef" Tony (Levezinho) - Parte II: Canja de garoupa e pimentos estufados em vinho do Porto


Portugal > Vila do Bispo > Tabanca da Ponta de Sagres - Martinhal > s/d > 

Canja de garoupa



Portugal > Vila do Bispo > Tabanca da Ponta de Sagres - Martinhal > s/d > 

Pimentos estufados em vinho do Porto

 
Fotos (e legendas): © António Levezinho (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação de sugestões gastronómicas, nacionais e internacionais, apropriadas ao reforço da nossa resiliência ao confinamento e à fadiga pandémica, sugestões que nos são  facultadas  pelos "vagomestres" e "chefs" da Tabanca Grande. (*)

Com 3 anos de tropa e de guerra em cima do lombo,  sabemos, de experiência própria, que não há um "bom moral na tropa" sem um bom rancho... Daí a razão de ser desta série "No céu não há disto... Comes & bebes"...

Como prometido, vamos hoje revelar-vos mais dois partos  do cardápio, até agora "secreto" (**), do nosso grande amigo e camarada dos bons e maus momentos da Guiné, o António Levezinho (Tony para os amigos, e aqui na Tabanca Grande, Tony Levezinho, com cerca de 7 dezenas de referências no blogue, desde 9 de maio de 2006,  ou seja, já velhinho cmo o caraças...).

Recorde-se que foi  fur mil at inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, maio 69 / março 71). Está reformado da Petrogal. Perdeu recentemente a sua companheira de uma vida (50 anos!), a Isabel Levezinho. E amanhã, o seu filho mais velho, o Nuno Levezinho, faz anos. Parabéns para ele. Um grande abraço, extensivo ao resto da família. 

Sei que o "chef" Tony tem  estado confinado, com o neto de 14 anos,  na casa do Martinhal, em Sagres, ou melhor, na Tabanca da Ponte de Sagres - Martinhal de que ele é o régulo. E, infelizmente, ele agora tem de ser o homem grande e a mulher grande da casa. 

Sabendo nós que ele é, entre outros talentos, um cozinheiro de primeira água, desafiei-o a "dar um cheirinho" dos seus pratos. Sempre discreto, mas solidário, não quis deixar de colaborar nesta série. Mandou-me dúzia e meia de fotos "com inteira liberdade" para as selecionar e editar, e partilhá-las com os nossos leitores,  Selecionei uma meia dúzia.

Hoje saem uns Pimentos estufados com vinho do Porto e uma Canja de garoupa. Eu, que tenho estado a pão de farinha de trigo de barbela com mistura de alfarroba, chá e aguinha da torneira, já estou a salivar como o cãozinho do Pavlov!...  A dieta (oito dias) é por um,a boa causa, a saúde, ou melho,  umas "chapas" que tenho de tirar,  devendo levar a tripa vazia e a bexiga cheia... Há coisas piores, como apanhar a Covid-19 nesta altura do campeonato. 

Fiquem bem, caros/as leitores/as, não percam o gosto nem o olfacto e sobretudo a vontade de continuiar a saborear uns bons petiscos,antes da viagem para o céu... Que lá, no restaurante do São Pedro, dizem, não há disto, uma canjinha de garoupa, com espinafres e umas ameijoas algarvias... LG
 
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Guiné 61/74 - P21887: No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande (19): O cardápio secreto do "chef" Tony (Levezinho) - Parte I: ainda não é verão (, mas um dia destes há de ser!), e já me está a apetecer uma saladinha de queixo fresco e uma paelha, com um bom branquinho...


 Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3

Portugal > Vila do Bispo > Tabanca da Ponta de Sagres - Martinhal  >  s/d >  O "chef" Tony, nas brasas (Foto nº 1); uma  salada de queijo fresco (foto nº 2); e uma paelha (foto nº 3)


Fotos (e legendas): © António Levezinho (2021). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Ao longo destes 11  meses  de pandemia de Covid-19, com dois confinamentos gerais, temos aqui deixado algumas sugestões gastronómicas, nacionais e internacionais, apropriadas  para combater o "corno...vírus", e sobretudo para que os nossos "vagomestres" e os/as nossos/s cozinheiros/as não deem em doidos/as... 

Sabemos, de experiência própria, com 3 anos de tropa e de guerra, ao serviço da Pàtria, da Mátria e da Fátria, que não há um "bom moral na tropa" sem um bom rancho... 

Os tempos que correm, com longos períodos trancados em casa, e muitas incertezas para o futuro, são propícias à descoberta de talentos culinários que permitam diversificar a experiência de leitura do blogue e sobretudo nos ajudem a combater a tão falada "fadiga pandémica"... (Tmabém sabemos o que é isso, comvinte e tal meses de Guiné, passados no mato ou dentro do arame farapdo rodeado de mato, e níveis de temperatura e humidade brutais, seis meses de chuva,seis meses de seca...)

É o que temos feito, com esta série "No céu não há disto... Comes & bebes: sugestões dos 'vagomestres' da Tabanca Grande"...

Hoje, e em próximos postes, vamos revelar-nos alguns dos pratos do cardápio até agora "secreto", do nosso grande amigo do peito e excecional camarada dos bons e maus momentos da Guiné, o António Levezinho (Tony para os amigos, e aqui na Tabanca Grande, Tony Levezinho, com cerca de 7 dezenas de referências no blogue). 

Foi fur mil at inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, maio 69 / março 71). Está reformado da Petrogal. Perdeu recentemente a sua companheira de uma vida (50 anos!), a Isabel Levezinho. Está a fazer o difícil processo de luto. E continua a ser um grande ser humano, e, neste momento, a tomar a conta do neto, o DI, que fez 14 anos. Têm passado as últimas semanas na casa do Martinhal, em Sagres, ou melhor, na Tabanca da Ponte de Sagres - Martinhal de que ele é o régulo, 

Sabendo que ele é, entre outros talentos, um cozinheiro de primeira água, desafiei-o a "dar um cheirinho" dos seus pratos. Sempre modesto, mas solidário, não quis deixar de colaborar nesta série. Mandou-me dúzia e meia de fotos "com inteira liberdade" para as selecionar e editar,  e partilhá-las com os nossos leitores,  

Escrevi-lhe a agradecer, nestes termos: 

"Mas que grande "Chef"!... No céu  nao há disto, como dizia o meu velhote.    Com um avô destes até  eu queria ser teu neto!....Isto são obras de arte, a comida também é  cultura,  poesia , música,  pintura, arte.... Nestes pratos estás tu por inteiro, no teu melhor... o teu charme, a tua sensibilidade, a tua criatividade, os teus talentos, a tua empatia, o teu amor, a tua amizade, Vais ter que me deixar publicar algumas fotos  no blogue... A Alice adorou. E disse à  moda de Candoz, dando - te a nota maxima: "Porra, porra...Que  ele sabe da poda!"... Chicoração dos dois."

E ele respondeu-me, bem humorado: 

"Tens toda a liberdade para dares a publicidade que entenderes. Tens é que avisar que, devido à pandemia, estamos encerrados. Beijinhos e Abraços do Sul".

Para começar, sai uma saladinha de queixo fresco [foto nº 2]e depois uma paelha, de se lhe tirar o chapéu [foto nº 3]!... E um bom branquinho para acompanhar... 

Eu sei que ainda não é verão, mas um dia há de ser!... E a gente há de comemorar a nossa vitória, idividual e colectiva,  contra a maldita pandemia de Covid-19 que já nos roubou amigos e familiares... LG

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Guiné 61/74 - P21692: In Memoriam (378): Isabel Levezinho (Lisboa, 1952 - Oeiras, 2020), esposa do Tony Levezinho (ex-fur mil at inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71)... A sua memória fica inscrita, a título póstumo, no lugar nº 824, sob o fraterno e simbólico poilão da Tabanca Grande (Luís Graça)



Vila do Bispo > Sagres > Martinhal > 25 de abril de 2020 > O Tony e a Isabel Levezinho comemorando uma data que lhes era muito querida, na companhia do neto Diogo, filho da Rita (, por ser menor, não o incluimos na fotografia).


Foto: © Tony Levezinho  (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 



1. Na véspera de Natal, às 14h25, liguei para o meu amigo e camarada Tony Levezinho, com um estranho pressentimento... Queria tanto desejar que ele e a sua querida Isabel pudessem ainda passar juntos o mais que provável último Natal das suas vidas em comum, numa história de amor de mais de meio século... 

Do outro lado da linha, ele respondeu-me com a voz calma e amável que sempre que lhe conheci: "Estava justamente a escrever-te para vos comunicar que nossa querida Isabel deixou de sofrer, acaba de fechar os olhos esta manhã"..

A nossa primeira reação, humaníssima, é uma mistura de sentimentos contraditórios, que vai da incredubilidade à raiva face ao triunfo da morte...Ficamos sem jeito, do outro lado da "linha", face à amarga e tristíssima notícia da morte (mesmo que "anunciada") de alguém do nosso círcuço de amizades... 

Mas a verdade, brutal,  é que a nossa querida Isabel Levezinho sucumbia, ao fim de uns meses, no combate desigual contra a doença que a atingira...  Debalde foram mobilizados todos recursos de que o nosso sistema de saúde possui. Face ao inevitável, a Isabel, num gesto enorme de dignidade e lucidez, optou por recusar a medicina paliativa e morrer em casa, ao lado do seu companheiro de uma vida. Não lhe faltaram, nestas últimas semanos, cuidados domiciliários, médicos e de enfermagem que ajudaram a humanizar os últimos monentos da sua vida. Morreu em casa ao lado daqueles que ela amava rpofundamente.

A Isabel era esposa do meu "mano" Tony Levezinho, mãe da Rita e do Nuno, avó do Diogo. 

Tinha ainda há poucos meses,  neste ano da desgraça de 2020, acabado de celebrar  as suas bodas de ouro de casada. Contou-nos, a mim e à Alice, (quando a fomos visitar, já doente, na casa no Tagus Park, em Oeiras, em 28 de setembro passado) que se tinha sentido tão feliz pela "escapadinha" que a levara, a ela e ao marido,  a Viseu, à magnífica Pousada de Viseu, uma prendinha dos seus filhos Rita e Nuno.

Lembro-me de ela ter casado, ainda muito novinha, aos 18 anos (feitos em 30/7/1970),  com o Tony quando ele veio de férias à "metrópole", no verão de 1970. Era então uma jovem (e promissora) ginasta do Académico da Amadora. 

Soube, e isso recordá-lo ainda há pouco tempo, que ela queria ir para a Guiné com o amor da sua vida. Felizmente que não chegou a poder concretizar essa generosa (mas romântica e nada aconselhável) intenção: a segunda metade do ano de 1970 foi também muito dura para os homens da CCAÇ 12. 

Somos, de longa data, eu, a Alice, a Joana e o João, amigos da família e durante anos vizinhos da Amadora. O Tony e a Isabel deram-nos o prazer da sua companhia e a prova da sua amizade em vários momentos das nossas vidas, Tenho pena de não ter aqui, à mão, nenhuma foto da sua participação na festa dos meus 70 anos, em 2017, organizada, de surpresa, pela Alice, no Hotel do Vimeiro, em 2017.  Foi o único casal, dos meus camaradas da Guiné, que a Alice convidou, por sua iniciativa própria. Também não tenho nenhuma da sua participação num ou noutro dos convívios da malta de Bambadinca (1968/71).

2. A notícia da sua morte deixa-nos devastados. Escrevi ao Tony, há poucas horas, o seguinte: 

"Tony, meu mano. O luto é um processo duro e difícil que todos temos de fazer quando perdemos alguém que nos é muito querido. Acabar de perder a tua companheira de uma vida, mãe dos teus filhos Rita e Nuno, avó do teu neto Diogo.

"Nestas ocasiões, tudo o que os amigos pode,m dizer e fazer é pouco para preencher o vazio que estás a sentir. Mas vais superar esta perda como superaste outras na vida. És um homem forte e racional. Como teu amogo do peito, e amigo da família, gostaria de poder estar aí contigo, eu e a Alice,  neste momento fifícil por que estás a passar. Tens o nosso 'ombro amigo'. Sei que já estavas, com tempo, a preprar-te para o pior. Infelizmente não poderei estar aí contigo este fim de semana  a derradeira homenagem à nossa querida e doce Isabel. Falei com o Humberto e sei que a cremação é no próximo domingo. Como já sabes, aqui no Norte, a barra também está pesada e estamos a dar o apoio possível a um familiar que também está doente (...).

"Sei que a Isabel era uma mulher discreta e avessas às luzes da ribalta, mas o mínimo que eu lhe posso fazer, como teu camarada, amigo e mano, é editar-lhe este poste de homenagem póstuma e propor a sua entrada na nossa Tabanca Grande, ficando a sua memória inscrita no lugar nº 834, à sombra do nosso poilão (*)... Já estão lá, há tempos, outras companheiras de camaradas nossos como a Teresa Reis (1947-2011). do Humberto Reis, de resto outra boa amiga da Isabel.

"A Isabel era uma pessoa discreta, serena, doce e afável cujo sorriso, bondade e amizade vamos guardar, nas nossas memórias, para o resto das nossas vidas. Mas agora é preciso reconfortar (e ser solidário na dor com) os vivos. Tony, Rita, Nuno, Diogo...mesmo à distância, estamos aí convosco no pior Natal das vossas vidas!".. Vê se descansas um pouco, Tony. Um chicoração fraterno, meu, da Alice, da Joana e do João,  para ti, a Rita, o Nuno e o Diogo."

PS1 - Citando um dos meus poetas preferidos, Ruy Belo, que ainda teve tempo e lucidez para se despedir da "terra da alegria", "é triste ir pela vida como quem / regressa e entrar humildemente por engano / pela morte dentro".

PS2 - O Tony tem página no Facebook e mais de 6 dezenas de referências no nosso blogue. Foi fur mil at inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71). Ele e a Isabel estavam reformados da Petrogal. E possuíam, em Vila do Bispo, Sagres, Martinhal, uma casa adorável onde recebiam os amigos, sempre de coração aberto.




Vila do Bispo > Sagres > Martinhal > Julho de 2014 > Da esquerda para a direita, o Humberto Reis, o José Manuel Rosado Piça, a Isabel Leveziuho, a Leonor, a esposa do Piça, e a Joana, na altura companheira do Humberto.  (**)

Foto: © Tony Levezinho (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné] 


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Notas do editor:


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17440: Efemérides (256): Faz agora 75 anos que foi afundado a oeste da Gronelândia o lugre bacalhoeiro ilhavense "Maria da Glória" por um submarino alemão... Dada o forte simbolismo da data, foi já proposta a Assembleia da República a instituição do dia 5 de junho como "O Dia Nacional do Bacalhau"...


Capa do livro do ilhavense Lícinio Ferreira Amador, "Tempos de Pesca em Tempos de Guerra", edição de autor . O livro foi apresentado em 16 de abril de 2016, no anfiteatro do Museu Marítimo de Ílhavo, entre outros pelo nosso amigo Tibério Paradela. O autor é professor do ensino secundário aposentado. O livro tem 241 pp, e já vai em 2ª edição, Preço de capa;: 12 €. Pode ser adquirido aqui, no portal da CM Ílhavo.

Fonte: portal Caxinas - Poça da Barca, de "lugar" a freguesia (com a devida vénia)


1. Onze navios, sob bandeira portuguesa, foram afundados,  durante a II Guerra Mundial, não obstante e as embarcações estarem claramente identificadas como sendo oriundas de Portugal. Uma dessas embarcações foi afundada por um submarino italiano, as restantes pela marinha e pela aviação alemãs. 

Um dos casos mais chocantes foi o bacalhoeiro, o lugre-motor, "Maria da Glória".  A tragédia ocorreu a 5 de junho de 1942, faz agora 75 anos (*). Era comandado pelo capitão Sílvio Pereira Ramalheira, natural de Ílhavo, e que ficou gravemente ferido. Dos 44 tripulantes, apenas 8 sobreviveram, a bordo de um dos dóris da embarcação. Ao todo morreram 36 homens.

A embarcação de bandeira portuguesa, registada no porto de Aveiro, tinha zarpado do estuário do Tejo em 19 de maio de 1942. Na noite de 5 de junho, navegava rumo aos bancos de pesca da costa oeste da Gronelândia, quando às 22h10 é atacada, brutalmente, sem aviso prévio, a tiros de canhão do submarino U-94. (Ainda não lemos o livro do Licínio Ferreira Amador, que é um trabalho de investigação de arquivo, de vários anos. Percorremos várias versões desta tragédia na Net, havendo erros factuais nalgumas. O próprio comportamento do submarino U-94 está por esclarecer: a decisão de atacar o indefeso e frágil lugre bacalhoeiro português pode ter sido originada por fatal erro de comunicações entre os navios pesqueiros.)

A  embarcação, de três mastros, ostentava uma bandeira portuguesa no casco, não podendo haver qualquer dúvida sob a sua identificação. Na impossibilidade de deter o ataque e salvar o navio, com incêndio a bordo, mortos e feridos, é dada a ordem de evacuação, que é feita em condições heróicas sob constante metralha. O navio afunda-se  às 22h50.

Os sobreviventes, que escaparam ao naufrágio, espalham-se pelos vários dóris que foi possível içar (pequena embarcação que não é uma baleeira, e não dispunha de água nem de comida) e aqui prossegue a II parte da sua história trágico-marítima (a fome, a sede, o frio, as tempestades, o isolamento, o desespero...). Os feridos mais graves morrem, outros perdem-se no meio das vagas... Ao fim de cinco dias, só resistiam 3 dos 9 dóris. Ao nono (ou décimo) dia, são avistados por um avião de patrulha norte-americano que lhes larga caixas de sinais e de mantimentos. Ao 11.º dia, são resgatados pelo USS Sea Cloud, um navio meteorológico da Guarda Costeira Norte-Americana. Dos 44 tripulantes, há apenas 8 sobreviventes, incluindo o capitão.

Por seu turno, o U-94, que tinha a sua base em França, em Saint Nazaire, era comandado pelo 1.º tenente Otto Ites (1918-1982). Pouco tempo depois, em 28 de agosto de 1942, é atacado e afundado quando navegava à superfície no Mar do Caribe. Os sobreviventes foram resgatados pelas marinhas do Canadá e dos EUA, e levados para este último país onde ficaram prisioneiros até ao fim da guerra.

Aconselha-se a leitura do livro "Tempos de Pesca em Tempos de Guerra”, do investigador ilhavense Licínio Ferreira Amador, que traz a última versão, rigorosa, desta  história trágico-marítima.


2. Recentemente, no passado dia 8 de fevereiro, a Associação dos Industriais do Bacalhau formalizou, na Assembleia da República, a  proposta para instituição do Dia Nacional do Bacalhau em 5 de junho, justamente para homenagear o "Maria da Glória" e os seus bravos. A ideia partiu da conhecida empresa Riberalves, com o apoio do Museu Marítimo de Ílhavo. 

O afundamento do "Maria da Glória" é considerado, pelos historiógrafos, como o episódio mais trágico da história portuguesa da pesca do bacalhau. A data tem, portanto, uma forte carga simbólica   no país que mais bacalhau consome em todo o mundo. Pretende-se homenagear não só a epopeia da pesca do bacalhau mas também valorizar a dimensão económica. gastronómica e identitária que tem o bacalhau, em Portugal e nas comunidades portuguesas em todo o mundo. Duas personalidades, Álvaro Garrido (professor da Universidade Coimbra) e Ricardo Alves (presidente da AIB – Associação dos Industriais do Bacalhau, e administrador da Riberalves) são o rosto deste projeto.

Segundo a notícia que lemos no portal Terranova, de 8/2/2017, os proponentes da ideia enfatizam o facto de, ao longo dos séculos, os portugueses terem-se tornado "os maiores consumidores mundiais de bacalhau, transformando este peixe num símbolo identitário da sua cultura, alavancando uma indústria que acolhe 2000 empregos diretos e um volume de negócios de 400 milhões de euros (100 milhões de euros de exportações)."

A fundamentação académica da proposta coube ao prof Álvaro Garrido o nosso maior especialista da história e da socioeconomia da pesca do bacalhau no Estado Novo.

Parece que a proposta teve bom acolhimento no seio dos partidos representados na Assembleia da República.  

3. Recorde-se também aqui, neste blogue de ex-combatentes, a importância que tinha ou teve, no TO da Guiné, durante a guerra colonial, a presença do "fiel amigo"... Para suprir as falhas da Intendência, eram as nossas próprias famílias que nos faziam chegar, aos aquartelamentos no mato, remessas do tão desejado bacalhau... sobretudo nas datas mais festivas e simbólicas, como o Natal ou o dia de anos. 

Estou-me a lembrar de um dos amigos que fiz, para a vida, o Tony Levezinho, meu camarada da CCAÇ 12, e um dos membros seniores da nossa Tabanca Grande (**). É um gentleman, tal como o pai, que eu ainda tive o privilégio de conhecer pessoalmente na sua casa da Amadora, nos primeiros anos da década de 1970... Pai e filho trabalhavam na Petrogal... O Tony chegou mesmo a chefe de divisão (o que não era fácil a um self-made man como ele, numa empresa de engenheiros). Reformado, vive hoje com a sua querida Isabel na Tabanca da Ponta de Sagres - Martinhal...

Apesar da sua modéstia, o Tony foi (e continou a ser, mesmo depois de reformado)  um perito na arte do import-export do petróleo e seus derivados... Mas, se eu evoquei aqui o seu nome, foi  para contar o seguinte, a título de (in)confidência: graças às suas ligações à Sacor, nunca nos faltava o fiel amigo à mesa, em Bambadinca...

O bacalhau e outras iguarias chegavam-nos à Guiné, a Bisssau e depois a Bambadinca, regularmente, através do navio-tanque da Sacor... À boa maneira portuguesa, o pai Levezinho nunca se esquecia do filho Levezinho e dos seus amigos e camaradas de Bambadinca..., e lá "arranjava" um buraquinho no navio para meter  a encomenda...

Eu tenho que ter aqui um pensamento de grande ternura e gratidão  para com esse homem, o pai Levezinho, que foi um dos nossos bons irãs poisados nos poilões de Bambadinca: o bacalhau que chegava ao Tony Levezinho, periodicamente, através do navio-tanque da Sacor, não era comido às escondidas, sozinho, mas sim generosa e festivamente partilhado pelos amigos e camaradas mais próximos...  E devo dizer que, se não nos matou a malvada,  foi um suplemento de alma, e seguramente ajudou-nos a sobreviver e  a regressar a casa, com mais ganas de continuar a viver e a amar as coisas boas da vida. 
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Notas do editor:

sábado, 19 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13416: Amigos para sempre (1) : Da Tabanca da Ponta de Sagres - Martinhal, do Tony Levezinho, Piça e Humberto Reis, para o Luís Graça, um abraço de saudade e camaradagem




Vídeo (0 '48'') >  Vila do Bispo >  Martinhal > Julho de 2014 > Saudações por parte do ex-2º srgt inf Piça, José Martins Rosado Piça (de seu nome completo, de batismo)  ao seu ex-camarada e editor deste blogue, Luís Graça, ex-fur mil arm pes inf, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71).



Vila do Bispo > Sagres > Martinhal > Julho de 2014 >  Da esquerda para a direita, o Humberto Reis, o Piça, a  Isabel Leveziuho, a Leonor, a esposa do Pica, e a Joana, companheira do Humberto, minha vizinha da Lourinhã.


Vila do Bispo> Sagres > Martinhal> Julho de 2014> Três "amigos para sempre": da direita para a esquerda,, o Tony Levezinho (anfitrião), o Piça e o Humberto Reis... Brindando ao passado, ao presente e ao futuro.


Vila do Bispo> Sagres> Martinhal> Julho de 2014> A Leonor e a Joana.

Foto: © António levezinho (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. No passado dia 16, o Tony Levezinho mandou-me a seguinte telegráfica mensagem:
A visita dos nossos amigos: http://youtu.be/190Jz4ZZiAM

Mais tarde enviarei algumas fotos [, o que fez hoje, 19]
Só faltaste tu.
Um abraço
Tony
Enviado de Samsung Mobile

2. Comentário de L.G.:

Já lhe agradeci, pessoalmente. Gostei de os ver, aos três, mais as respetivas "caras metade", todos reunidos à volta da mesa, na nova Tabanca da Ponta de Sagres - Martinhal, onde pontifica o régulo Tony Levezinho. Não vem na lista da Boa Cama e Boa Mesa do Expresso, e ainda bem, mas é seguramente um dos sítios algarvios com  5 estrelas para a gente, os amigos, abancarem... Prometo todos os anos passar por lá, mas só consegui cumprir um ou duas vezes...

Quanto ao Piça(*), que já não vejo há anos, confesso que fiquei agradavelmente surpreendido... Conheci-o há 45 anos, tinha ele 38, se não erro... Agora, não é que o nosso amigo de Aldeias de Montoito, Évora,  está na mesma ? O tempo (e as 4 comissões em África) não passou (passaramn) por ele... 

Não é todos os dias que se junta um trio destes, de amigos que não precisam de estar juntos a toda a hora, mês e ano, para que deles se diga que são "amigos para sempre"... Obrigado Tony, Piça e Hunmberto. Obrigado Isabel, Leonor e Joana.

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Nota do editor: