1. Em mensagem do dia 29 de Outubro de 2020, o nosso camarada Abel Santos (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma,
1967/69) enviou-nos este texto intitulado "Contradições... Já são demais", retirado do livro "Estilhaços...", com a devida autorização do seu autor, o Sargento Paraquedista Joaquim Coelho.
Contradições… Já são demais
Joaquim Coelho
Se servir nas Forças Armadas exige disponibilidade total, mesmo da própria vida, é preciso que os incentivos cativem os interessados mais capazes.
Com o fim do SMO (Serviço Militar Obrigatório) criou-se um vazio muito grave no percurso de formação cívica dos cidadãos. Apesar de ser um serviço incómodo para os mais bem instalados na sociedade, é nas Forças Armadas que se cultivam os mais nobres valores da ética e da disciplina, bem como os valores patrióticos e de cidadania que deveriam ser preservados, difundidos e absorvidos pelos jovens da sociedade. Os padrões da disciplina e a cultura da mística fundamentada nas tradições castrenses ajudam a moldar a personalidade dos mancebos dentro dos princípios da responsabilidade e do respeito da causa pública. As Forças Armadas são a mais importante instituição para defesa da coesão nacional, onde a camaradagem ajuda a fortalecer o espírito de corpo determinante para levar acabo as mais diversas acções com vista à defesa da soberania nacional e da liberdade democrática.
É notório que a maior parte dos governantes não está à altura de entender o que é a vida militar. Porque não querem ou porque pertencem à “vanguarda dos covardes e desertores” que renegaram o serviço militar e a defesa da Pátria. Não percebem que é preciso um forte “espírito de corpo” para enfrentar situações de perigo, em que cada um defende o espaço onde se movimentam os companheiros, na reciprocidade da ação comum. Muitos governantes deste país nunca souberam quanto é desconfortável andar dias seguidos com as fardas encharcadas, dormindo no chão e alimentados por rações de combate que, grande parte da população acharia intragáveis. As consequências para a saúde aparecem mais tarde, desgastando o corpo e o espírito mais precocemente, pelo que necessitaram de tratamentos e cuidados de saúde mais específicos e adequados.
Se as remunerações não compensarem o esforço do desempenho as evoluções nas carreiras se processarem com décadas de atraso e os incentivos se reduzirem a zero, não tarda nada que nas Forças Armadas (única instituição isenta na salvaguarda dos valores patrióticos) fique apenas os incapazes e os desafortunados. Depois, em vez da pujança física e capacidade moral vamos ter umas Forças Armadas deprimidas e compostas de gente desmotivada, incapaz e infeliz. Estamos a assistir ao desmoronar dos alicerces que sustentam as instituições chave da democracia: Forças Armadas e Justiça.
Quando vemos os políticos, incapazes e incompetentes, a afrontar as instituições mais credíveis do país, tentando modelá-las à sua imagem e semelhança, não atendendo à especificidade das respectivas necessidades básicas, só podemos esperar novos protestos que poderão conduzir a um levantamento nacional que os ponham na ordem ou mande para o inferno, antes que Portugal se afunde mais no caos económico e na corrupção instituída, alguém terá de dizer basta e imitar a Maria da Fonte.
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Nota do editor
Último poste da série de 27 de outubro de 2020 > Guiné 61/74 - P21485: (In)citações (171): Frei Henrique Pinto Rema, OFM, hoje com 94 anos, Comendador da Ordem do Infante Dom Henrique (2018), autor da "História das Missões Católicas na Guiné" (1982) (João Crisóstomo, régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, Nova Iorque)
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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terça-feira, 3 de novembro de 2020
segunda-feira, 22 de junho de 2020
Guiné 61/74 - P21100: Convívios (917): Homenagem ao combatente e lutador pelo Estatuto dos Combatentes Portugueses, Joaquim Coelho - Organização do Grupo Cantinho do Combatente e Associação MAC (Abel Santos)
Homenagem ao combatente e lutador pelo Estatuto dos Combatentes Portugueses, Joaquim Coelho
Organização do Grupo Cantinho do Combatente e Associação MAC
Nogueira da Regedoura
13 de junho de 2020
1. Mensagem do dia 18 de Junho de 2020, o nosso camarada Abel Santos, (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), enviou-nos uma reportagem da homenagem ao Combatente Joaquim Coelho, levada a efeito no passado dia 13 de Junho em Nogueira da Regedoura.
Foi uma jornada na qual ficou mais uma vez demonstrado todo o fervor castrense daqueles antigos militares que outrora foram enviados contra sua vontade para uma guerra que não era a deles, (nossa) mas que nunca rejeitaram a sua bandeira antes pelo contrário, defendendo-a com sangue suor e lágrimas, e se dúvidas existiam foram dissipadas aquando do canto do Hino Nacional.
Do programa muito bem elaborado, e que foi cumprido com todo o rigor conforme o estabelecido, e apresentado pelo profissional destas andanças, Aventino Ferreira, e que constava o seguinte.
12h00 - Receção às individualidades convidadas.
12h20 - O hastear da bandeira Nacional com toque de clarim, o canto do Hino Nacional, seguido pelo toque de silêncio executado pelo camarada combatente Manuel Inácio.
12h45 - Apresentação das Entidades, seguido do discurso do homenageado e presidente do MAC, Joaquim Coelho, palestras pelas várias entidades presentes, e declamação de poemas pelo combatente Abel Santos.
13h15 - Início do almoço.
14h15 - Sessão de fados de Coimbra pelo Dr. José Lacerda E Megre acompanhado pela conceituada fadista Maria da Luz, assim como David Lota, que apresentaram vários fados do seu vastíssimo reportório, seguido de cantigas à desgarrada pelo camarada Manuel Sameiro que se fez acompanhar pela artista Catarina Campos, que proporcionaram aos convivas momentos de boa disposição, seguindo-se uma sessão de música variada portuguesa.
Apresento algumas fotos do evento.
Poema estrada da vida
Abel Santos declamando um poema de autoria do homenageado
Mesa de Honra, na qual se vê, em primeiro plano, o amigo José Ferreira, nosso camarada da tertúlia do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.
Joaquim Coelho sendo agraciado
António Silva administrador do Cantinho do Combatente, e o homenageado Joaquim Coelho Presidente do MAC, e Manuel Inácio, o trompetista que em Madina do Boé tocava o trompete em cima do abrigo, quando a guarnição era atacada
Abel Santos, e Manuel Sameiro
Abel Santos, Manuel Sameiro, Arnaldo Ferreira, e Catarina Campos
Da esquerda para a direita, Abel Santos, Abel Ferreira, José Nunes, Luís Pinto, e Arnaldo Ferreira.
O conceituado fadista David Lota em plena actuação
Poema Jazem Além
Presidente da Associação Sargentos Portugueses, também esteve presente
Abel Santos ofertando a moldura da sua CART 1742 ao homenageado
A fadista Maria da Luz
Dr. José Lacerda E Megre, fado de Coimbra
Dr.José Megre, e Maria da Luz
Manuel Sameiro e o seu grupo em plena actuação
Joaquim Coelho recebendo a placa comemorativa
José Marques, António Moreira, e Joaquim Marques três camaradas sempre presentes.
Um aspecto da sala
Gravura da Associação
Mais outro aspecto da sala.
____________Nota do editor
Último poste da série de 19 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20667: Convívios (916): Almoço/Convivio do pessoal do BCav 3846 que esteve na Guiné, em Ingoré, São Domingos, Sedengal, Suzana, Varela e Antotinha de 1971 a 1973, 15 de Março de 2020, Matos da Ranha, Pombal (Delfim Rodrigues)
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