Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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domingo, 13 de julho de 2014
Guiné 63/74 - P13396: Ser solidário (161): Uma assinatura pode fazer uma grande diferença - Assinem a petição "Emissão da RDP África no Porto"
Mensagem de Liliana Granja com data de 9 de Julho de 2014
Assunto: RDP África | Uma assinatura pode fazer uma grande diferença!
Boa tarde,
Conforme será de vosso conhecimento, a emissão da rádio RDP África foi transmitida em Portugal durante muito tempo apenas em Lisboa, passando depois a ser ouvida em Faro e em Coimbra. Infelizmente, e incompreensivelmente, a emissão não foi ainda alargada ao Grande Porto. Nesse sentido, foi criada a petição «Emissão da RDP África no Porto» e o caminho que está a ser traçado é a recolha de assinaturas.
Neste momento, mais de 400 pessoas já assinaram a petição "Emissão da RDP África no Porto"!
A quem já assinou a petição, o nosso MUITO OBRIGADO!
A quem ainda não assinou... pode fazê-lo aqui agora mesmo! Não custa, nem demora nada... é só uma assinatura, que pode fazer uma grande diferença!
O próximo passo é DIVULGAR!!! Só com a ajuda de todos será possível e pedimos o favor de divulgarem entre os vossos contactos, para conseguirmos atingir as tão ambicionadas MIL assinaturas!
As pessoas que não tenham BI ou Cartão de Cidadão podem colocar o Passaporte. Foi criado este campo especial para que as pessoas dos PALOP não fiquem impossibilitadas de assinar.
Gostaríamos também de informar que estamos a efectuar a recolha de assinaturas em formato papel. Caso pretendam algum esclarecimento ou desejem partilhar alguma sugestão/opinião, pedimos o favor de nos contactar através do email granjap@gmail.com.
Em breve contamos trazer-vos boas novas sobre este assunto!
Até lá... por favor DIVULGUEM!
Juntos, levaremos a RDP África a bom Porto!
Link directo para a petição: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT73372
____________
Nota do editor
Último poste da série de 12 de Junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13270: Ser solidário (160): Petição: Parem imediatamente o tráfico ilegal de madeira na Guiné-Bissau!... (Patrício Ribeiro / Luís Graça)
sábado, 24 de março de 2012
Guiné 63/74 - P9653: O nosso Blogue na Antena 1 pela voz de Luís Graça, no programa Emoções de João Paulo Diniz (Carlos Filipe Coelho)
1. Ainda a propósito da entrevista que Luís Graça deu ao jornalista, e nosso camarada, João Paulo Diniz, difundida hoje no programa Emoções, da Antena 1, recebemos esta mensagem do nosso camarada Carlos Filipe Coelho (ex-Soldado Radiomontador da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74):
Carlos Vinhal,
Se desejarem descarregar isto que eu fiz, podem fazê-lo sem problema.
Está no meu canal YouTube:
Cumprimentos.
Carlos Filipe
Entrevista telefónica de Luís Graça dada ao nosso camarada jornalista João Paulo Diniz, difundida hoje de madrugada no programa "Emoções" da Antena 1. Vídeo editado e alojado no Youtube por Carlos Filipe Coelho.
Ao nosso camarada Carlos Filipe o nosso muito obrigado porque assim todos terão acesso à gravação, que mandada por mensagem à tertúlia, por condicionalismos técnicos teve muitas devoluções.
Carlos Vinhal,
Se desejarem descarregar isto que eu fiz, podem fazê-lo sem problema.
Está no meu canal YouTube:
Cumprimentos.
Carlos Filipe
Entrevista telefónica de Luís Graça dada ao nosso camarada jornalista João Paulo Diniz, difundida hoje de madrugada no programa "Emoções" da Antena 1. Vídeo editado e alojado no Youtube por Carlos Filipe Coelho.
Ao nosso camarada Carlos Filipe o nosso muito obrigado porque assim todos terão acesso à gravação, que mandada por mensagem à tertúlia, por condicionalismos técnicos teve muitas devoluções.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Guiné 63/74 - P3736: (Ex)citações (13): Às vezes, tão perto e tão longe das coisas... (João Coelho)
1. Por sugestão do Mário Fitas que comentou o comentário (*):
Este texto [, do João Colho,] merece um Poste, pela sua singeleza, realidade e escrita. Alguém assistiu a um choro? Eu vi choro de verdade, em representação, com coreografia de sonho. Velhos tempos de malta que passou por Mato Farroba (Cufar). Mário Fitas
2. (Ex)citações (13) > Às vezes tão perto e tão longe das coisas...
por João Coelho
Boa tarde. Este episódio (*) faz-me lembrar uma situação que vivi quando, por razões profissionais estive na Guiné-Bissau, felizmente já em tempo de paz.
Com o padre António Rego,fui dar uma volta pelo país; em dada altura, para cruzarmos um rio - não recordo qual - tivemos de esperar por uma jangada que fazia a ligação entre as margens. Cigarrito fumado apreciando a paisagem, notei,quase que inconscientemente, que pairava por ali um som que me era familiar... e reparei que o António também tinha dado por isso...Olhámos à volta e, prá aí a uns 50 metros, estava um indivíduo, aguardando também pela jangada; encetada uma voltita, chegámo-nos ao homem e vimos que era militar,não muito novo, (percebemos depois que tinha feito a guerra no PAIGC) com um transistor encostado à orelha... ouvindo a Tarde Desportiva da RDP...Saudações trocadas, pergunta o António:
- Então, ouvindo os relatos? - E eis que o tropa nos diz, de memória, e em português coxo, todos os resultados, ao intervalo, da 1ª Divisão do nosso futebol... Sem uma falha!
No mesmo dia regressámos a Bissau e, noite feita, esperámos de novo pela jangada; no negrume, só os isqueiros, de vez em quando, traziam uma chispa de luz...O silêncio quase total começa entretanto a ser quebrado por sons que se aproximam da margem onde estamos e, pouco depois está connosco um grupo de mulheres e homens, gente alta e elegante,vestida com roupa tradicional, que canta e dança, completamente alheados do que os rodeia e sem nos darem nenhuma atenção...
Chega a jangada e embarcamos todos... O grupo continua no seu embalo, como se estivessem em movimento perpétuo... e é o nosso cicerone guineense que nos diz que vêm de um choro algures no interior... Desembarcamos, e eles lá vão, com a sua melopeia, o seu ritmo, entrando pela noite dentro, até os perdermos de vista...
E eu e o António ficámos a pensar como estamos, por vezes, tão perto e tão longe das coisas..
Abraço, bom 2009
João Coelho
__________
Notas de L.G.:
(*) Vd. último poste desta série > 12 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3730: (Ex)citações (12): Um dia choraremos os tugas, por nos faltar a água de Lisboa (Osvaldo Vieira)
(**) Vd. poste de 20 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3485: Gloriosos malucos das máquinas voadoras (13): Os MAN - Mecânicos de Material Aéreo e o outro lado da guerra (João Coelho)
(...) "O João Coelho, que é um leitor atento e apaixonado do nosso blogue, e membro da nossa Tabanca Grande, é daqueles camaradas das Força Aérea que, nunca tendo estando em serviço na BA 12, Bissalanca, Guiné, esteve perto de nós, dos nossos feridos graves, recambiados para Lisboa, para esse outro inferno que era (imagino!) o Hospital Militar Principal, à Estrela, mais os seus anexos...
"É estranho que ao fim de 3 anos e meio de blogue ainda não tenhamos aqui o testemunho, na primeira pessoa do singular, de um camarada que tenha passado pela Estrela" (...)
Este texto [, do João Colho,] merece um Poste, pela sua singeleza, realidade e escrita. Alguém assistiu a um choro? Eu vi choro de verdade, em representação, com coreografia de sonho. Velhos tempos de malta que passou por Mato Farroba (Cufar). Mário Fitas
2. (Ex)citações (13) > Às vezes tão perto e tão longe das coisas...
por João Coelho
Boa tarde. Este episódio (*) faz-me lembrar uma situação que vivi quando, por razões profissionais estive na Guiné-Bissau, felizmente já em tempo de paz.
Com o padre António Rego,fui dar uma volta pelo país; em dada altura, para cruzarmos um rio - não recordo qual - tivemos de esperar por uma jangada que fazia a ligação entre as margens. Cigarrito fumado apreciando a paisagem, notei,quase que inconscientemente, que pairava por ali um som que me era familiar... e reparei que o António também tinha dado por isso...Olhámos à volta e, prá aí a uns 50 metros, estava um indivíduo, aguardando também pela jangada; encetada uma voltita, chegámo-nos ao homem e vimos que era militar,não muito novo, (percebemos depois que tinha feito a guerra no PAIGC) com um transistor encostado à orelha... ouvindo a Tarde Desportiva da RDP...Saudações trocadas, pergunta o António:
- Então, ouvindo os relatos? - E eis que o tropa nos diz, de memória, e em português coxo, todos os resultados, ao intervalo, da 1ª Divisão do nosso futebol... Sem uma falha!
No mesmo dia regressámos a Bissau e, noite feita, esperámos de novo pela jangada; no negrume, só os isqueiros, de vez em quando, traziam uma chispa de luz...O silêncio quase total começa entretanto a ser quebrado por sons que se aproximam da margem onde estamos e, pouco depois está connosco um grupo de mulheres e homens, gente alta e elegante,vestida com roupa tradicional, que canta e dança, completamente alheados do que os rodeia e sem nos darem nenhuma atenção...
Chega a jangada e embarcamos todos... O grupo continua no seu embalo, como se estivessem em movimento perpétuo... e é o nosso cicerone guineense que nos diz que vêm de um choro algures no interior... Desembarcamos, e eles lá vão, com a sua melopeia, o seu ritmo, entrando pela noite dentro, até os perdermos de vista...
E eu e o António ficámos a pensar como estamos, por vezes, tão perto e tão longe das coisas..
Abraço, bom 2009
João Coelho
__________
Notas de L.G.:
(*) Vd. último poste desta série > 12 de Janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3730: (Ex)citações (12): Um dia choraremos os tugas, por nos faltar a água de Lisboa (Osvaldo Vieira)
(**) Vd. poste de 20 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3485: Gloriosos malucos das máquinas voadoras (13): Os MAN - Mecânicos de Material Aéreo e o outro lado da guerra (João Coelho)
(...) "O João Coelho, que é um leitor atento e apaixonado do nosso blogue, e membro da nossa Tabanca Grande, é daqueles camaradas das Força Aérea que, nunca tendo estando em serviço na BA 12, Bissalanca, Guiné, esteve perto de nós, dos nossos feridos graves, recambiados para Lisboa, para esse outro inferno que era (imagino!) o Hospital Militar Principal, à Estrela, mais os seus anexos...
"É estranho que ao fim de 3 anos e meio de blogue ainda não tenhamos aqui o testemunho, na primeira pessoa do singular, de um camarada que tenha passado pela Estrela" (...)
terça-feira, 3 de janeiro de 2006
Guine 63/74 - P398: A nossa tertúlia e a RDP África (Luís Graça)
Mensagem enviada, por e-mail, em 11 de Novembro de 2005, à RDP África divulgando a nossa tertúlia. Não obteve resposta ou comentário (pelo menos, por por e-mail).
Amigos:
1. As minhas felicitações à magnífica equipa da RDP África, não só pela excelente música que passa, mas também pelas notícas, entrevistas e reportagens de qualidade, referentes aos países lusófonos. Mais concretamente, felicito-vos por dedicarem um programa à guerra colonial (que, contudo, não cheguei a ouvir).
Sou ouvinte, da 2ª circular, da RDP África. Infelizmente o programa não sempre se consegue ouvir on line, em boas condições no meu gabinete de trabalho, no alto da Av Padre Cruz, frente a Telheiras. E fora de Lisboa, não consigo sintonizá-lo quando em estou em viagem. Eu sugeria, à administração da RDP, que apostasse mais seriamente na lusofonia... A língua portuguesa é um trunfo estratégico que não sabemos que temos
2. Aproveito para vos dar conhecimento da existência de um tertúlia virtual sobre a guerra colonial que é já, modéstia à parte, uma referência incontornável para qualquer ex-combatente da guerra colonial na Guiné. Cerca de 40 pessoas [ hoje 60 ], que não se conhecem (a maior parte delas, tendo no entanto estado na Guiné), partilham através de e-mail e da Net, fotos, estórias, emoções, sentimentos e outras memórias. E nem todos foram combatentes. Alguns são naturais da Guiné. Mas todos acreditam , de uma maneira ou de outra, que - como alguém disse - salvaguardar a memória é a melhor maneira de a vida acabar por triunfar sobre a morte: em Bambadinca, em Guileje, em Barro, em Mansambo, no Xime, no Xitole, em Geba, em Bafatá, em Bissau, em Cansissé, em Banjara, em Cantacunda, e em tantos outros lugares que estão na nossa memória, e onde nos batemos, de armas na mão, mas onde ainda hoje se calhar não chegou a paz, a saúde, a educação.
A geração que fez a guerra colonial (como eu, na Guiné, entre 1969/71) ainda não liquidou as contas com o passado e vê, com apreensão, que os jovens lusófonos pouco ou nada sabem deste terrível e longo período, de 1961 a 1974, para não falarmos da outra tragédia que foi o período pós-colonial.
O blogue Luís Graça & Camaradas > Blogue-Fora-Nada e as páginas que dedicamos às memórias dos lugares em Luís Graça & Camaradas > Subsídios para a História da Guerra Colonial > Guiné (1963/74) são apenas um modesto contributo para que os nossos jovens, de Lisboa a Bissau, não digam, quando inquiridos: "Guiné ?... Guerra colonial ? ... Não, nunca ouvi falar!"... E pretendem também ser uma pequena ponte para o futuro dos nossos dois países que a história e a língua uniram indelevelmente.
Mantenhas pa tudus
Luís Graça
Amigos:
1. As minhas felicitações à magnífica equipa da RDP África, não só pela excelente música que passa, mas também pelas notícas, entrevistas e reportagens de qualidade, referentes aos países lusófonos. Mais concretamente, felicito-vos por dedicarem um programa à guerra colonial (que, contudo, não cheguei a ouvir).
Sou ouvinte, da 2ª circular, da RDP África. Infelizmente o programa não sempre se consegue ouvir on line, em boas condições no meu gabinete de trabalho, no alto da Av Padre Cruz, frente a Telheiras. E fora de Lisboa, não consigo sintonizá-lo quando em estou em viagem. Eu sugeria, à administração da RDP, que apostasse mais seriamente na lusofonia... A língua portuguesa é um trunfo estratégico que não sabemos que temos
2. Aproveito para vos dar conhecimento da existência de um tertúlia virtual sobre a guerra colonial que é já, modéstia à parte, uma referência incontornável para qualquer ex-combatente da guerra colonial na Guiné. Cerca de 40 pessoas [ hoje 60 ], que não se conhecem (a maior parte delas, tendo no entanto estado na Guiné), partilham através de e-mail e da Net, fotos, estórias, emoções, sentimentos e outras memórias. E nem todos foram combatentes. Alguns são naturais da Guiné. Mas todos acreditam , de uma maneira ou de outra, que - como alguém disse - salvaguardar a memória é a melhor maneira de a vida acabar por triunfar sobre a morte: em Bambadinca, em Guileje, em Barro, em Mansambo, no Xime, no Xitole, em Geba, em Bafatá, em Bissau, em Cansissé, em Banjara, em Cantacunda, e em tantos outros lugares que estão na nossa memória, e onde nos batemos, de armas na mão, mas onde ainda hoje se calhar não chegou a paz, a saúde, a educação.
A geração que fez a guerra colonial (como eu, na Guiné, entre 1969/71) ainda não liquidou as contas com o passado e vê, com apreensão, que os jovens lusófonos pouco ou nada sabem deste terrível e longo período, de 1961 a 1974, para não falarmos da outra tragédia que foi o período pós-colonial.
O blogue Luís Graça & Camaradas > Blogue-Fora-Nada e as páginas que dedicamos às memórias dos lugares em Luís Graça & Camaradas > Subsídios para a História da Guerra Colonial > Guiné (1963/74) são apenas um modesto contributo para que os nossos jovens, de Lisboa a Bissau, não digam, quando inquiridos: "Guiné ?... Guerra colonial ? ... Não, nunca ouvi falar!"... E pretendem também ser uma pequena ponte para o futuro dos nossos dois países que a história e a língua uniram indelevelmente.
Mantenhas pa tudus
Luís Graça
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