Foto nº 1 > Lourinhã > Seixal > 26 de maio de 2025 >
O João Crisóstom o, à esquerda, com o Estêvão Alexandre Henriques...
visivlemente felizes por se reencontrarem
Foto nº 2 > Lourinhã > Seixal > 26 de maio de 2025 > Uma casa que é um museu (1):
a Maria do Rosário e o Estêvão e a sua coleção de réplicas de barcos
Foto nº 3 > Lourinhã > Seixal > 26 de maio de 2025>
Uma casa que é um museu: réplicas de barcos
Foto nº 4 > Lourinhã > Seixal > 26 de maio de 2025> Fotos da Guiné (1)
Foto nº 5 > Lourinhã > Seixal > 26 de maio de 2025> Fotos da Guiné (2)
Foto nº 7 > Lourinhã > Seixal > 26 de maio de 2025>Rádios
Fotro nº 8 > Louvor do Comandante do BCAÇ 1858, Catió, 1965/67
Fotos (e legendas): © João Crisóstomo (2025). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Estêvão Alexandre Henriques (ex-furriel mil mecânico radiomontador, CCS/ BCAÇ 1858, Catió, 1965/67):
(i) nasceu em 2 de setembro de 1942, há 82 anos, em Fonte Lima, freguesia de Santa Bárbara, concelho de Lourinhã, rodeado de mar e de gente ligada à terra e ao mar.heiro / Lourinhã);
(ii) fez o serviço militar em 1964, tendo frequentado em Tavira o CSM - Curso de Sargentos Milicianos;
(iii) nesse mesmo ano fez o curso de Radiomontador, na Escola de Sargentos, localizada em Paço d'Arcos;
(iv) conheceu, entre outros, em Catió, o João Bacar Jaló, ainda conviveu com os seus conterrâneos:
(i) nasceu em 2 de setembro de 1942, há 82 anos, em Fonte Lima, freguesia de Santa Bárbara, concelho de Lourinhã, rodeado de mar e de gente ligada à terra e ao mar.heiro / Lourinhã);
(ii) fez o serviço militar em 1964, tendo frequentado em Tavira o CSM - Curso de Sargentos Milicianos;
(iii) nesse mesmo ano fez o curso de Radiomontador, na Escola de Sargentos, localizada em Paço d'Arcos;
(iv) conheceu, entre outros, em Catió, o João Bacar Jaló, ainda conviveu com os seus conterrâneos:
- ex-alf graduado capelão Horácio Fernandes (CCS/BART 1813, Catió, 1967/69), natural de Ribamar, Lourinhã;
- ex-sold Pel Mort 942 , José António Canoa Nogueira (1942.1966), morto em combate no subsetor de Catió, natural da Lourinhã;
- ex-sold at cav, José Henriques Mateus (1944-1966), que pertenceu á CCAV 1484 (Nhacra e Catió, 1965/67), e que desapareceu em combate na cambança do rio Tompar,
(v) regresssou a casa em 1967, tendo trabalhado como Radiotécnico na firma Electrónica Naval - com sede em Peniche;
(vi) estabeleceu-se deppois como empresário em 1970, constituindo firma na Rua 13 de Infantaria, em Peniche;
(vii) em 1973, transferiu definitivamente a empresa para a Rua José Estêvão, n.º 102, com oficina de reparação e stand de vendas de equipamentos eletrónicos e eletricidade para traineiras e barcos de pesca do alto;
(vii) durante mais de 40 anos impulsionou, a nível nacional, diversas marcas no setor das pescas:
- Sistemas: Loran Morrow / Omega Sergel / Omege Diferencial;
- Sondas: MJC /Kelvin & Hughes;
- Sonares: Wesmar;
- Radares: Anritsu;
- Rádio goniómetro: Ben-Tem.
(ix) fez centenas de instalações elétricas em traineiras e barcos de pesca do alto, bem como em embarcações de pequeno porte e recreio;
(x) nos anos 70 equipa o primeiro barco de pesca do alto, o "Trio de Ribamar" , com toda a eletrónica e instalação elétrica a 24V DC e geradores a 380VAC, para alimentação do inovador sistema de frio, sendo este um dos primeiros barcos a pescar fora das águas do território nacional;
(xi) ainda no âmbito da sua atividade profissional, visitou feiras internacionais de inovação marítima, quer na área da pesca, quer na dos equipamentos eletrónicos e negociou em diversos países:
- Espanha,
- Marrocos,
- Senegal,
- Mauritânia,
- Guiné- Bissau,
- Angola
- e Moçambique;
(xii) é conhecida a sua paixão por bússolas (que vem do tempo em que prestou serviço militar na Guiné, e onde adquiriu uma bússola de bolso, aquela que viria a ser a primeira da sua, atual, vasta e riquíssima coleção);
(xiii) empresário reformado, ainda hoje divide o seu tempo entre a paixão pelas bússolas e a construção de pequenas réplicas de embarcações de pesca e caravelas.
(xv) já realizou, em Peniche, diversas exposições temáticas com espécimes das suas coleções;
(xvi) vive no Seixal, Lourinhã, e é casado com a Maria Rosário Henriques.
(xvii) tem página do Facebook;
(xviii) é nosso grão -tabanqueiro nº 751, desde 2/9/2017 (mas já frequentava antes a Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã).
2. Mensagem de João Crisóstomo, régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, de visita a Portugal (regressa a Noca Iorque em 3 de junho próximo):
Data - segunda, 26/05/2025, 23:29
Assiunto - Estêvão Henriques
Caro Luís Graça,
Tens razão no que se refere à confusão que levou a que o nosso camarada Estêvão e sua simpática esposa Dona Rosário não nos encontrássemos ontem em Varatojo. Mas "não fiques triste por isso” porque também "há bens que nascem de males”.
Caro Luís Graça,
Tens razão no que se refere à confusão que levou a que o nosso camarada Estêvão e sua simpática esposa Dona Rosário não nos encontrássemos ontem em Varatojo. Mas "não fiques triste por isso” porque também "há bens que nascem de males”.
Ontem não teríamos tempo nem ambiente para falarmos com calma como nos foi possível fazer hoje.Reviver e falar dos tempos da Guiné e da sua vida de muitos sucessos, como tu sabes, foi o que fizémos hoje.
Quando me sugeriste que o contactasse, eu fui ver os links dos posts que me enviaste. E logo me lembrei que já o tinha encontrado: contigo, em Ribamar, no dia da inauguração dum “Espaço Museológico" e Exposição “navegar no passado”, em Setembro de 2017. Recordo que altura fiquei impressionado com o que aí vi.
Hoje fiquei de boca aberta logo que entrei na sua casa. Quando puderes arranja tempo e vem ver por ti mesmo que aquela casa é um verdadeiro museu. De dobrado valor porque, ao contrário dos museus onde tudo está manuseado e preparado para turistas, aqui tu vais ver o ambiente e lugar de trabalho, onde as suas muitas e variadas obras-primas têm sido feitas/ construídas desde a sua idéia e concepção até serem realidade.
Embora todos os reconhecimentos que lhe sejam dados agora são sempre pouco para aquilo que ele merece, eu não quero ser redundante , pois no post 17721 nos seus dados biográficos dás uma idéia geral do que ele fez e é. Mas acredita que uma coisa é ler e saber; e outra é experimentar e viver como hoje me foi dado ocasião.
Envio-te pois algumas fotos. Pena tenho que a minha ignorância em coisas digitais leve a que as minhas fotos sejam de fraquíssima qualidade. Quando lá fores terás oportunidade de fazer as fotos como devem ser vistas. Entretanto talvez estas fotos despertem a curiosidade e interesse de quem as vir agora para não perderem melhor ocasião no futuro. Se achares que é melhor esperar por essa ocasião, não sou eu que vou discordar. Mas se achares que estas podem ajudar a fazer uma idéia do que lá se encontra e as quiseres publicar está à vontade. O Estêvão deu-me autorização para fazermos delas o que bem entendermos. Mas sei que ele espera com antecipação uma visita tua quando te for possível.
As fotos nºs 1, 2 e 3 não necessitam explicação: creio que é evidente a satisfação de podermos estar juntos e partilhar as nossas vidas. Mais ainda por termos logo lembrado que demos entrada para a tropa na mesmo ano, 1964, e estivémos na Guiné na mesma altura 1965/ a 1967.
Hoje fiquei de boca aberta logo que entrei na sua casa. Quando puderes arranja tempo e vem ver por ti mesmo que aquela casa é um verdadeiro museu. De dobrado valor porque, ao contrário dos museus onde tudo está manuseado e preparado para turistas, aqui tu vais ver o ambiente e lugar de trabalho, onde as suas muitas e variadas obras-primas têm sido feitas/ construídas desde a sua idéia e concepção até serem realidade.
Embora todos os reconhecimentos que lhe sejam dados agora são sempre pouco para aquilo que ele merece, eu não quero ser redundante , pois no post 17721 nos seus dados biográficos dás uma idéia geral do que ele fez e é. Mas acredita que uma coisa é ler e saber; e outra é experimentar e viver como hoje me foi dado ocasião.
Envio-te pois algumas fotos. Pena tenho que a minha ignorância em coisas digitais leve a que as minhas fotos sejam de fraquíssima qualidade. Quando lá fores terás oportunidade de fazer as fotos como devem ser vistas. Entretanto talvez estas fotos despertem a curiosidade e interesse de quem as vir agora para não perderem melhor ocasião no futuro. Se achares que é melhor esperar por essa ocasião, não sou eu que vou discordar. Mas se achares que estas podem ajudar a fazer uma idéia do que lá se encontra e as quiseres publicar está à vontade. O Estêvão deu-me autorização para fazermos delas o que bem entendermos. Mas sei que ele espera com antecipação uma visita tua quando te for possível.
As fotos nºs 1, 2 e 3 não necessitam explicação: creio que é evidente a satisfação de podermos estar juntos e partilhar as nossas vidas. Mais ainda por termos logo lembrado que demos entrada para a tropa na mesmo ano, 1964, e estivémos na Guiné na mesma altura 1965/ a 1967.
Nunca nos encontramos lá: Eu estive no Xime , Bambadinca, Missirá e Enxalé,sempre junto de ou perto do Geba. Ele este em Catió e aí conviveu com o nosso Horário Fernandes de Ribamar e um primo meu Germano Estêvão, da Bombardeira ( o nome é simples coincidência ) que esteve em Tite e Catió. Mas, como sabes estas simples circunstancias de tempo e conhecimentos de mútuos amigos, são por vezes o suficiente para uma aproximação mais rápida ainda.
As fotos nºs 4 e 5 são a evidência de que os seus muitos sucessos na vida não lhe diminuiram o seu interesse pelo passado na Guiné. As fotos, mapas, diplomas e reconhecimentos que estão em quadros nas paredes por cima de aparelhos de toda a espécie, são apenas uma pequena parte do que está guardado por falta de espaço disponível para exposição.
A foto nº 8 é de especial interesse pois mostra já as suas habilidades que irão fazer dele quase um génio depois va vida civil : entre os vários reconhecimentos recebidos relacionados com a Guiné, destaca-se um pelos seus conhecimentos e perícia em trabalhos de electricidade com que procedeu à reparação e eletrificação do destacamento e Vila de Catió, onde tudo estava às escuras quando chegou.
As fotos nºs 2 e 3 mostram também alguns dos belíssimos barcos, muitos deles réplicas, que o nosso camarada Estêvão fez e guarda em sua casa. Na minha opinião são um verdadeiro tesouro, embora eu deva avisar e confessar o meu pouco conhecimento e perícia, em tudo isto. Em alguns casos quase posso garantir o seu muito valor; e noutros casos, como me sucede quando vejo uma obra-prima que não compreendo mas me fascina sem saber porquê, limito-me a dar a minha opinião muito subjectiva : Eu gosto dela. E neste caso eu gostei do que vi.
As fotos nºs 6 mostra parte da sua larga coleção de bússulas, e outros objectos náuticos, algumas delas feitas por ele mesmo, outras ( a maioria) verdadeiras antiguidades de muito valor.
As fotos nºs 4 e 5 são a evidência de que os seus muitos sucessos na vida não lhe diminuiram o seu interesse pelo passado na Guiné. As fotos, mapas, diplomas e reconhecimentos que estão em quadros nas paredes por cima de aparelhos de toda a espécie, são apenas uma pequena parte do que está guardado por falta de espaço disponível para exposição.
A foto nº 8 é de especial interesse pois mostra já as suas habilidades que irão fazer dele quase um génio depois va vida civil : entre os vários reconhecimentos recebidos relacionados com a Guiné, destaca-se um pelos seus conhecimentos e perícia em trabalhos de electricidade com que procedeu à reparação e eletrificação do destacamento e Vila de Catió, onde tudo estava às escuras quando chegou.
As fotos nºs 2 e 3 mostram também alguns dos belíssimos barcos, muitos deles réplicas, que o nosso camarada Estêvão fez e guarda em sua casa. Na minha opinião são um verdadeiro tesouro, embora eu deva avisar e confessar o meu pouco conhecimento e perícia, em tudo isto. Em alguns casos quase posso garantir o seu muito valor; e noutros casos, como me sucede quando vejo uma obra-prima que não compreendo mas me fascina sem saber porquê, limito-me a dar a minha opinião muito subjectiva : Eu gosto dela. E neste caso eu gostei do que vi.
As fotos nºs 6 mostra parte da sua larga coleção de bússulas, e outros objectos náuticos, algumas delas feitas por ele mesmo, outras ( a maioria) verdadeiras antiguidades de muito valor.
A foto nº 7 mostra dois dos vários rádios feitos por ele. Alguns deles foram inovações que permitiram comunicações impossíveis antes do seu aparecimento.
Não fiz fotos das muitas cartas náuticas, mapas e outros documentos que merecem ser conhecidos e uma visita também.
Não fiz fotos das muitas cartas náuticas, mapas e outros documentos que merecem ser conhecidos e uma visita também.
PS - Teor do louvor que consta na sua caderneta militar (Foto nº 8):
"Louvado pelo Exmo. Comandante do BCAÇ 1858 porque durante o tempo em que serviu nesta Província se mostrou ser um militar correto e disciplinado e tendo boa vontade em bem servir. Por falta de ténicos neste Batalhão, foi o mesmo destinado para dirigir e colaborar na recontrução elétrica do Quartel e da Vila. Nessas funções mostrou ter bons conhecimentos e esforçou-se por levar a bom termo a tarefa para que foi designado, tornando-se assim um bom colaborador do Comando de Batalhão. É por todas estas qualidades o furriel Henriques digno de ser apontado como exemplo (O. S. nº 100, de 27d e abril de 1967, do BCAÇ 1858).
(Revisão / fixação de texto: LG)
Nota do editor:
Último poste da série > 27 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26850: (De) Caras (232): Mamadu Baio & Amigos, 16ª edição do "Junta-te Ao Jazz", Palácio Baldaya, Benfica, Lisboa, 25 de maio de 2025... Como disse o Mamadu Baió (viola baixo, voz, compositor): "a música não tem fronteira, nem tem cor, não tem raça"