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sexta-feira, 11 de julho de 2025

Guiné 61/74 - P27002: Facebook...ando (88): João de Melo, ex-1º cabo op cripto, CCAV 8351 (1972/74): um "Tigre de Cumbijã", de corpo e alma - Parte VI: Passando por Bambadinca, Bambadincazinho...






Foto nº 1, 1A  e 1B > Mercado de Bambadinca que se estende ao longo da antiga estrada que atravessava a localidade e o aquartelamento (seguindo para sul: Mansambo, Xitole, Saltinho)... Era uma estrada coberta de poilões, onde se situava, de um lado e do outro o reordenamento de Bambadincazinho e a antiga missão do sono onde as NT todas as noites faziam segurança próxima ao aquartelamento (que distava menos de 1 km deste local). 

São visíveis na foto, do lado direito, pelo menos três  moranças com telhado de zinco que pertenciam ao antigo reordenamento do tempo do BCAÇ 2852 (1968/70) e da CCAÇ 12 (1969/71).




Foto nº 2 e 2A  > Bambadinca: mercado e do lado direito vêr-se a antena retransmissora que ficava no centro do antigo quartel das NT (e que continua a ser quartel, agora das Forças Armadas da Guiné-Bissau)... 

Por outro lado, são bem visíveis, no lado esquerdo, os postes de eletricidade e as antenas parabólicas... Bambadinca foi pioneira, na eletrificação, com a construção de uma central solar híbrida...

Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Bambadinca > Maio de 2025 > Fotos do álbum do João Melo (com a devida autorização do autor e vénia do editor LG...)

Fotos (e legendas): © João de Melo (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


João Melo (ou João Reis de Melo), ex-1º cabo op cripto, 
CCAV 8351, "Os Tigres do Cumbijã" (Cumbijã, 1972/74):


(i) é profissional de seguros, vive em Alquerubim, Albergaria-a-Velha;

 (ii) viaja regularmente, desde 2017, para a Guiné-Bissau, em "turismo de saudade e de solidariedade" (em que distribui material pelas escolas de Cumbijã, e apoia também, mais recentemente, o clube de futebol local); 

(iii) regressou há pouco tempo da sua viagem deste ano de 2025; 

(iv) fez uma visita demorada à Amura e ao atual Museu Militar. em plena zona histórica (Bissau Velho); 

(v) tem página no Facebook (João Reis Melo)

(vi) tem cerca de duass dezenas e meia de referências no nosso blogue para o qual entrou em 1 de março de 2009.


1.  Na sua viagem, em maio passado,  de Bissau a Cumbijã,  no sul, na região de Tombali, o nosso grão-tabanqueiro João Melo passou por Bambadinca e teve a gentileza de tirar fotos, que agradecemos... Bambadinca era a porta do Leste.

Já publicámos três fotos anteriormente (*), temos agora mais duas, que ajudam a perceber como a atual vila se expandiu sobretudo para sul / sudeste, a partir da antiga pista de aviação e do reordenamento de Bambadincazinho. (**)



Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Bambadinca > Cresceu imenso em 50 anos, e nomeadamente ao longo da estrada que segue para o sul (Xitole, Saltinho, Quebo...), numa extensão de 3 quilómetros. À esquerda, ao alto, uma curva do rio Geba. No mapa vem assinalada a igreja católica de Bambadinca, no coração do antigo quartel (que ficava num pequeno planalto) (ao lado da igreja, ficava a secretaria da CCAÇ 12, 1969/71, e por detrás a antena de telecomunicações)... À direita, a grande bolanha de Bambadinca. À esquerda e a norte ficava o rio Geba Estreito. É visível também a central solar híbrida que deu vida a Bambadinca.

Fonte: Cortesia do  ©2025 Google Maps



Guiné > Zona leste > Região de Bafatá : Setor L1 (Bambadinca ) > Carta de Bambadina (1955) > Escala dr 1/50 mil > Pormenor >    Já em 1955, Bambadinca era uma importante povoação do leste, posto administrativo da circunscrição (concelho) de Bafatá, com campo de aviação, posto sanitário, correio, telégrafo e telefone, escola pública, casas comerciais (incluindoo a Gouveia) e porto fluvial... Ficava no regulado de Badora, e tinha importantes núcleos populacionais de fulas, balantas e mandingas.

A 12 km do Xime (que ficava a sudoeste), Bambadinca era o principal porto do Rio Geba Estreito. Era também um importante nó rodoviário, placa giratória para o coração do leste (Bafatá, Nova Lamego e fronteira com o Senegal e com a Guiné-Conacri, na altura - em 1955 - ainda não indepedentes, sendo "chão de francês"...). 

Para o sul, partia a estrada que ia até ao limite sul da região de Bafatá, o Saltinho, na margem direita do Rio Corubal). Do outro lado, já era a região de Quínara e depois a região de Tombali... Antes da guerra, tinha havia a estrada que vinha de Bissau a Bambadinca, através de Porto Gole. Já no final da guerra, havia uma estrada alcatroada, quase pronta, ligando, Bissau a Bambadinca, via Jugudul, e que seguia para o sul (em 2008, fiz este percurso até Quebo, a caminho de Guileje... o alcatrão acabava em Mampatá / Quebo)..

Em 1969, tinha duas companhias (CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 12), 1 Pel Mort (-), 1 Pel Rec Daimler, 1 Pel Caç Nat, 1 Pel Int... ou seja, mais de 400 homens em armas. Para uma população de 2 mil habitantes (núcleo urbano). 

1 comentário:

Anónimo disse...

Só para recordar, os tempos que passei por Bambadinca e estive em Bambadinca, foram muitas, pela minhas contas 14, as vezes que fui ao Xime e duas ao Xitole. A minha companhia C.Art.11, era uma unidade ao serviço, do COP de Bafatá, e estava sitiada em Gabu ( Nova Lamego), tanto iamos para o Leste como Pirada, Piche ou Canquelifá, como a fazer segurança e colunas ao Xime, para reabastecimentos. Tinha um colega do trabalho B.N.U. o Carlos Lopes, que sempre que passava por Bambadinca e por lá pernoitava os pelotões da C.Art.11, me arranjava comes e bebes, e dormida. Sempre fui bem recebido pelos camaradas, da C.Caç.12, que conhecia de Contuboel, e nunca os esquecerei. Bem hajam, todos eles. Abraço.
Abílio Duarte.