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sábado, 2 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24612: Convívios (970): XX Encontro do pessoal do HM 241 de Bissau, dia 7 de Outubro de 2022, em Espinho (Manuel Freitas)

C O N V Í V I O S

1. O nosso camarada Manuel Freitas (ex-1.º Cabo Escriturário do HM 241, Bissau, 1968/70), dá notícia do 20.º Encontro do Pessoal daquela Unidade de Saúde, no dia 7 de Outubro, em Espinho.

Boa tarde
Pedia o favor de anunciar o 20.º Encontro do pessoal do HM 241 - Guiné.
Será no dia 7 de Outubro em Espinho.

Contacto 964 498 832 - Freitas

Obrigado
Cumprimentos,
manuel freitas | manuel.freitas@equicontas.com

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Nota do editor

Último post da série de 17 DE AGOSTO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24559: Convívios (969): CCAÇ 3398 (Buba, 1971/73): Cinquentenário do regresso (1 set 1973): Freiriz, Vila Verde, a "terra dos lencinhos dos namorados", 2 de setembro de 2023 (José da Silva Lourenço / Joaquim Pinto Carvalho)

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Guiné 61/74 - P23604: Convívios (939): XIX Encontro do pessoal do HM 241 de Bissau, dia 8 de Outubro de 2022, em Espinho. Almoço/Convívio dos antigos Militares da CCAÇ 2797; Pel Canh S/R 2199; Pel Caç Nat 51 e Pel Caç Nat 67, dia 8 de Outubro em Leça da Palmeira

C O N V Í V I O S

1. Em mensagem do dia 8 de Setembro de 2022, o nosso camarada Manuel Freitas (ex-1.º Cabo Escriturário do HM 241, Bissau, 1968/70), dá notícia do 19.º Encontro do Pessoal daquela Unidade de Saúde, no dia 8 de Outubro, em Espinho.

Boa tarde
Pedia o favor de anunciar o 19.º Encontro do pessoal do HM 241 - Guiné.
Será no dia 8 de Outubro em Espinho.

Contacto 964 498 832 - Freitas

Obrigado
Cumprimentos,
manuel freitas | manuel.freitas@equicontas.com


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2. Mensagem do nosso camarada José Alberto Mota, ex-Fur Mil TRMS da CCAÇ 2797 (Cufar, 1970/72), com data de 9 de Setembro de 2022:

Antigos militares da CCAÇ 2797 em conjunto com o Pelotão de Canhões 2199 e graduados dos Pelotões de Caçadores Nativos 51 e 67, que fizeram a sua comissão na Guiné, localidade de Cufar em 1970/72, vão ter um encontro de confraternização de almoço a realizar no dia 8 de outubro no Hotel Tryp Expo Porto em Leça da Palmeira.

Algum camarada interessado que serviu esta Companhia ou Pelotões, queira por favor contactar José Alberto Mota para 918 623 378.

Muito grato fico à Tabanca Grande, a eventual possibilidade de ser feita publicidade no vosso blogue à realização deste encontro.

Com os meus melhores cumprimentos
José Alberto Mota,
Ex-Furriel Miliciano de Transmissões
CCAÇ 2797 - Cufar

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Nota do editor

Último poste da série de 4 DE AGOSTO DE 2022 > Guiné 61/74 - P23492: Convívios (938): Almoço de confraternização do pessoal da 2.ª CART/BART 6521 (Có, 1972/74), dia 24 de Setembro de 2022 em Cacia - Aveiro (José Morgado)

quinta-feira, 4 de junho de 2020

Guiné 61/74 - P21040: Blogpoesia (679): 1.º Dia de praia Covid (José Ferreira da Silva, ex-Fur Mil Op Esp)

Praia de Espinho - © David Guimarães


1. Em mensagem do dia 31 de Maio de 2020, o nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), enviou-nos este poema, um tanto nostálgico, nestes tempos de verão, e ainda de Covid,  em que o que é bom, é mesmo só para contemplação. Quase apetece dizer ao editor, "Já foste (fomos)".


1.º Dia de Praia Covid

Fui à praia ver qu’assunto,
Do muito que covid’izer.
Mas no mar não há defunto,
Na areia não vão morrer.

Nessa praia espreitei.
Tudo pareceu normal.
Tudo bom verifiquei.
Quase nada levo a mal.

O mar calmo e salgado
E muito sol a queimar.
Areal seco, molhado,
É tudo bom para amar.

Ama o belo humano,
O ossudo ou carnudo.
Olha que o melhor pano,
Por vezes engana tudo.

Ama muito carnes soltas,
Caídas ou levantadas,
E nunca dês muitas voltas,
Nessas coisas já passadas.

Olha que bela ela é,
Aquela de bom traseiro.
Com bons marmelos de pé,
Boa de corpo inteiro.

Pois é, mas só para olhar.
Por ti abaixo, vê bem.
Não penses nem vás tentar,
Roubar petisco a alguém.

Foste belo e charmoso,
Guerreiro, bom e valente.
Lavadinho bem cheiroso,
Mostravas sangue ardente.

Bom galã, tudo passou,
Seu papão, grande guloso.
Quem soube, saboreou,
Quem não, ficou invejoso.
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P21027: Blogpoesia (678): "O mugido das vacas", "Amarelo e bolorento" e "Vamos voltar a sorrir", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Guiné 61/74 - P18890: Outras memórias da minha guerra (José Ferreira da Silva) (31): Junto às dunas

Um pôr- do- sol em Espinho


1. O nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), em mensagem do dia 14 de Julho de 2018 enviou-nos mais uma memória da sua guerra.


Outras memórias da minha guerra

31 - Junto às dunas

Pintura do mar de Paramos

Sempre que sinto necessidade de espairecer as ideias ou de relaxar o físico, vem-me à cabeça a proximidade do mar, da sua brisa iodada, do ruído musical das ondas, das areias e das suas dunas. E quase instintivamente me encaminho para lá, para as proximidades de Espinho. É pena que agora, por questões de saúde, não possa resistir ao vento e à baixa temperatura e tenha que regressar, grande parte das vezes.

Ali chegado, instintivamente, faço o meu zapping panorâmico sobre o mar azul, verde ou prateado e deleito-me a olhar as ondas, ora lentas, sussurrantes e preguiçosas, ora apressadas, resmungonas e revoltadas. Sempre as compreendi e sempre as aceitei como são. É que são milhões e milhões de anos de experiência que não podemos nem devemos sequer contestar. De seguida, olho a praia, nua ou quase, seca ou molhada, ao longo do horizonte, seja na direcção de Espinho, Aguda, Silvalde ou de Esmoriz. Quase sempre vislumbro algum casal de humanos, aparentemente em relação amorosa. Digo “aparentemente”, porque no meu tempo o amor parecia-me uma coisa mais forte.

Passadiço a ser engolido pelas areias das dunas

Desta vez, apesar de já estarmos em fins de Junho, ainda é raro apanhar um dia de sol aberto. Havia optado por Paramos. Respiro fundo várias vezes, absorvendo aquele ar salgado da brisa do norte, inigualável, com que me identifico a “snifar” desde criança. Dali, junto à Capela de S. João, aproveito o passadiço de madeira e sigo na direcção de Esmoriz. Todavia, já se me torna difícil chegar à Barrinha, àquela zona beneficiada pelo programa Polis Litoral Ria de Aveiro. Os melhoramentos são bem evidentes, mas nunca capazes de nos fazer reviver aqueles belos tempos dos anos 60.

A Barrinha de outrora está assoreada e cheia de arbustos

Por vezes, quando me sinto mais forte, sigo pela margem direita (norte) da Barrinha, passo pela zona outrora mais isolada (apesar de descoberta e bem visível, os “espreitas” rastejavam até junto dos carros) e sigo, aproximando-me do ao antigo Bar Motel e do actual Restaurante Hélice, nas instalações do Aero Clube de Espinho, onde se come um excelente Bacalhau Assado com Broa.

Por falar em comer, tenho que referir também o Restaurante Casarão, propriedade do Camarada da Guerra na Guiné, Orlando Santos, especializado aqui, em Polvo à Lagareiro e grelhados de peixe.

Restaurante do camarada Orlando, com o GACA 3 ao fundo

Pois, desta vez, limitei-me ao trivial: caminhar calmamente numa distância de aproximadamente uns 500 metros e deixar-me envolver pelas dunas onde, outrora saboreava horas de enlevo e de enredo, de mais ou menos intensidade. Por mais que me esforce, nunca vejo as mesmas dunas desse tempo. Estas, que aparentam ser iguais, não me conseguem mostrar os sítios mais ou menos côncavos onde muitas vezes me abriguei. Também são belas e acolhedoras. Porém, mesmo familiares das outras, já serão de outra geração e possivelmente também bem acolhedoras como as suas antepassadas.

Plantas rastejantes nas dunas

Enquanto os tufos de estorno continuam a abanar-se na sua luta permanente pela detenção das finas e esvoaçantes areias, cardos, cactos e chorões, sobressaem bem posicionados e bem protegidos pelos ventos agrestes.

Noutro tempo, quando embebidos nos enredos amorosos,“ouvíamos” e mostrávamos apreço às habituais dissertações poéticas das nossas companheiras. Elas, num nítido ritual de inocente sedução, mostravam-nos plantas, conchas, búzios e flores de vários tamanhos e matizes. Recitavam poemas e frases profundas, todavia, qual o instinto matador do macho latino, a nossa sensibilidade de momento exponenciava-se obcecada e exageradamente, através do “tesão” e do acumular de esperma nos “reservatórios”, já doridos de tanto encherem.

Dunas na direcção de Esmoriz

É claro que as dunas sempre nos deram uma ideia de extensão não arável, de areias mortas e de deserto.
Mais tarde, em pleno deserto do Kalahari, testemunhei a imensidão de vida e beleza que nelas podemos verificar.
E é isso que agora muito valorizo. Agora há tempo de sobra, a sensibilidade alterou-se e o “tesão” foi-se (afastando), deixando-nos ocupados na conquista de algumas boas… fotos.

Chorões das dunas de Paramos

Feita a caminhada/passeio, dirijo-me ao pequeno Bar improvisadamente instalado na parte mais alta da praia. Devido à brisa fresca, sentei-me de costas para o mar, encostado à divisão protectora e virado para o “nosso” GACA 3.

Agora, recordo as histórias ali vividas onde, algumas delas se relacionavam fortemente com as redondezas do Quartel. E delas, hoje, devo destacar esta, que segue.

Foi naquele Sábado, 23 de Junho do ano de 1966. Era a véspera do S. João, início de fim-de-semana propício aos maiores “desenfianços”. Eu estava de Sargento-Dia ao Batalhão, mas não faltei aos famosos festejos da noitada "imbiqueta". Junto ao Apeadeiro de Paramos, haviam instalado um altifalante voltado para o Quartel que, desde o início da tarde, botava música popular em elevados decibéis, aparentemente arranhados pela areia entranhada nas ranhuras dos discos vinil.
Cerca das 15H00 entrou o Comandante Calejo que deixou indicações para que o Piquete reunisse às 16H00.

A notícia bem correu, mas o pessoal, maioritariamente, não apareceu. Para não fazer estragos, o CMDT deu uma hora ao jovem Oficial de Piquete, para ter a “chance” de mandar regressar ao Quartel os dançarinos que estavam em gostosa actuação.
Mesmo assim, informados da situação, os dançarinos, garbosamente vestidos à sua moda (sapatos e camisa civil e calças e boinas da tropa), agarrados às moças, gozam o Estafeta com divertidas respostas em voz alta:
- Diz ao Aspirante que somos velhinhos. Temos 31 meses e estamos à espera da peluda;
- Explica a esse morcon que a velhice é um posto;
- Que faça queixa ao Comandante;
- Que traga a namorada p’rá gente.

Tocou a Piquete, mas às 17H15, continuavam em falta 3 militares – o trio que continuava inebriado no bailarico de S. João.
Sei que foram castigados e que, perante tal desobediência, seguiram para uma Unidade de Mobilização.

Praia sul, junto à capela

Ao regressar à actualidade/realidade, verifico que, na minha frente, uma jovem trintona, bastante nutrida e de biquíni pouco “suficiente”, se fora sentar em atitude aparentemente provocadora.

De pernas abertas, com as avantajadas mamas quase saídas do biquíni e pousadas sobre a pequena mesa, com os cotovelos a protegê-las, ela, agarrava afincadamente, com as duas mãos, um enorme corneto-gelado castanho, que lambia gulosamente, em posições diversas. Ao mesmo tempo que lhe escorriam pingos do gelado derretido pelo rego das mamas, ela sacudia a madeixa de cabelo que lhe ia entrando pelo canto da boca.
Eu não queria ser influenciado pela “actuação” da rapariga. Porém, pensei:
- Será que o meu Don Quixote, apesar de capado, resistiria a tal espectáculo?

JFSilva da Cart 1689

Praia sul de Paramos

Capela de S. João de Paramos e um pôr-do-sol

Passadiço sobre as dunas de Silvalde, na direcção de Espinho
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Nota do editor

Último poste da série de 3 de julho de 2018 > Guiné 61/74 - P18807: Outras memórias da minha guerra (José Ferreira da Silva) (30): O anjo excomungado

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18778: Agenda cultural (644): Convite para a Inauguração da Exposição de Pintura de Adão Cruz, dia 30 de junho de 2018, pelas 16h00, na Galeria Zeller, Rua 14, n.º 750, em Espinho



Inauguração da exposição de pintura de Adão Cruz 
"... como um dia de Primavera nos olhos de um prisioneiro" 

30 de Junho de 2018, pelas 16 horas
Galeria Zeller, Espinho 

Patente até 30 de Julho de 2018


Adão Cruz,  Médico Cardiologista. 
Nasceu em Vale de Cambra há oito décadas. 

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Como prisioneiro atrás das grades, sempre amou a Liberdade do Pensamento e da Razão, a verdadeira riqueza do ser humano. Foi com este amor que sempre sonhou libertar-se ao longo da vida pelos caminhos da ciência, da escrita e da pintura.

Ao fim de uma vida, o futuro vai-se naturalmente dissolvendo, entre a razão e o sentimento, dentro de um ser humano preso à sua natureza antropocêntrica. A desilusão, como subtil nevoeiro, vai invadindo todos os cantos e recantos onde antes havia sol. 

Ao fim de uma vida, para a vida entender, o ser humano já não precisa dos caminhos da arte e da poesia, principais sentimentos que sempre o conduziram à interface entre o Homem e a sua dimensão universal. Contenta-se com a restrita paisagem de um dia de Primavera, atrás das grades da sua ‘mente cultural’. Ele sabe que isso o derrota e, paradoxalmente, o alivia. Ele sabe ainda que são escassos os dias de Primavera, mesmo que a parte sã da humanidade procure tecer o ciclo da vida com fios de esperança. Ele sabe que há dias de penoso inverno que a parte mais podre da humanidade aproveita para romper o ciclo da vida rasgando a esperança. Ele sabe, ao fim de uma vida, que o estatuto de cada ser humano assenta num contexto de vivências e memórias que fazem o futuro e o desfazem na altura própria, sendo o último suspiro o momento mais democrático da nossa existência. Por isso as lágrimas secam e os olhos passam a ver a vida humana com outros olhos. 

Por isso, esta singela exposição de pequenos gestos que se alimentam de corpos e sentimentos, na procura de uma última homeostasia entre a natureza humana e a humanização da vida. 

Adão Cruz

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O Adão Cruz é um grande pintor e encanta-me o entrosamento perfeito do homem com a obra como acontece entre ele e a sua pintura. Conhecê-lo é verdade que me ajuda a fazer esta afirmação, mas já expôs em alguns países, tem aparecido em tantas mostras que muitos mais saberão encontrar essa estreita identidade. A sua arte não é inócua, sem que, contudo, obedeça a qualquer cânone. 

Fossem as palavras os interlocutores felizes para desvelar a ligação entre a serenidade e o conflito que se digladiam na sua pintura, e eu saberia em que recantos da paleta as ir buscar. As cores e as formas não me deixam. Elas tanto gritam como sussurram, tanto apelam às raízes como ao sol e às invernias da árvore da vida, aos vendavais do mundo. E não toleram que lhes toquemos. ‘Podes intuir, mas não venhas perturbar-nos’ avisam mal me vêem por perto. No entanto, sabem que não me são indecifráveis porque à pintura do Adão Cruz nada é indiferente e deixa um ténue fio por onde se pode chegar à teia dos afectos e das revoltas que a permeiam, por vezes apenas ao puro reino da beleza. 

Mas não me vencem! Como se se pudesse perder o que ainda é humanidade e, se não nos salva, nos reafirma neste caminho de altos e baixos das montanhas e das planícies, das marés vazias e do mar alto da existência. 

Tudo lá está nos quadros do Adão Cruz. 

Augusta Clara de Matos 

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Tomei contacto com a obra de Adão Cruz tardiamente no blogue ‘Estrolábio’, onde ambos colaborávamos, despertando de imediato a minha atenção. De seguida, chegou-me o convite para a inauguração da sua exposição ‘rente ao cair da folha’, na Galeria Zeller, em Espinho, a que não pude assistir por razões profissionais. Na manhã do Sábado seguinte, fui o primeiro visitante da exposição, tendo tido o privilégio de a percorrer sozinho. Momento de felicidade que a vida me proporcionou! 

Ao primeiro olhar fui de imediato atraído pela cor e, de seguida, pela luz, por uma luz que afasta a escuridão, ajudando-nos a ver o que, às vezes, os olhos não detectam. Depois, ao passar de um quadro para outro, algo me obrigava a regressar ao anterior por sentir, nesse curto afastamento, que havia mais um pormenor a atrair a minha atenção. O diálogo entre mim e o autor estabeleceu-se, a pintura do Adão levava‑me a ver o real muito para lá do que a minha simples visão me permitia quando olhava esse mesmo real, ajudando-me assim a procurar a verdade, a procurar a resposta para alguns dos enigmas com que somos confrontados. Regressado a casa, sentei-me ao computador e escrevi quase tudo o que senti nesse diálogo com a pintura do Adão. 

A necessidade de conhecer toda a sua obra nasceu em mim. 

Lia a sua poesia, lia a sua prosa e a sua pintura logo se me tornava presente, seguindo-se o necessário encontro pessoal, que aconteceu por mero acaso. O médico, o pintor, o poeta, o contista faz do seu saber e da sua arte uma das formas de actuar em prol do humano, numa acção, que é também política e social, assim contribuindo para a necessária transformação do mundo em que vive. 

António Gomes Marques
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Notas do editor:

O Dr. Adão Cruz foi Alf Mil Médico da CCAÇ 1547/BCAÇ 1887 e esteve em Canquelifá e Bigene nos anos de 1966 a 1968

Último poste da série de 18 de junho de 2018 > Guiné 61/74 - P18753: Agenda cultural (643): Convite: 19 de junho, 3ª feira, às 18h30, no Museu Bordalo Pinheiro, Campo Grande, 382, Lisboa: conversa de João B. Serra sobre a cerâmica artística do pai do "Zé Povinho"... Convite

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16513: Convívios (769): XV Encontro dos ex-militares do HM 241 dos anos de 1966 a 1972, dia 8 de Outubro de 2016 em Espinho (Manuel Freitas)

1. Em mensagem do dia 2 de Setembro de 2016, o nosso camarada Manuel Freitas (ex-1.º Cabo Escriturário do HM 241, Bissau, 1968/70), dá notícia do próximo Encontro Anual do Pessoal daquele Hospital.

Bom dia Luís Graça,
Pedia-te o favor, a exemplo dos anos anteriores, que publicasses no blogue este anuncio.
Obrigado pela atenção.

Um abraço
Manuel Freitas





DIA 08 OUTUBRO DE 2016
ESPINHO 

XV Convívio dos ex-militares do HM 241 dos anos de 1966 a 1972


Contacto: Manuel Freitas - tlm. 964 498 832 
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Nota do editor

Último poste da série de 12 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16479: Convívios (768): XXII Encontro do pessoal da 1.ª CART/BART 6521/72 (Pelundo e Jemberem, 1972/74), a levar a efeito no próximo dia 25 de Setembro de 2016 em Seia (António Faneco, ex-1.º Cabo)

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Guiné 63/74 - P16280: Convívios (760): Almoço/Encontro do pessoal da CART 564 (Guiné, 1963/65), dia 16 de Julho de 2016, em Paramos - Espinho (Júlio Santos, ex-1.º Cabo Escriturário)

1. A pedido do nosso camarada Júlio Santos, ex-1.º Cabo Escriturário da CART 564, estamos a divulgar o próximo Encontro do Pessoal da sua Unidade, a levar a efeito no próximo dia 16 de Julho de 2016, em Paramos - Espinho.




Almoço convívio dos ex-militares da CART 564

16 de Julho de 2016

Paramos - Espinho

O almoço decorrerá no Restaurante "Casarão do Emigrante", em Paramos, Espinho. (Junto ao Regimento de Engenharia 3).

Preço €16,00 por pessoa 

Marcações até 11 de Julho. 

Contacto:
Américo Loureiro - 964 024 918  e 227 330 800. 
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Nota do editor

Último poste da série de 5 de julho de 2016 Guiné 63/74 - P16273: Convívios (759): Mais um Encontro da Magnífica Tabanca da Linha, no próximo dia 21 de Julho, em Algés (Manuel Resende)

segunda-feira, 21 de março de 2016

Guiné 63/74 - P15883: Convívios (732): Almoço do pessoal da CCAÇ 2317, dia 4 de Junho de 2016, em Espinho (Joaquim Gomes Soares, ex-1.º Cabo Atirador de Infantaria)



ALMOÇO/CONVÍVIO DA CCAÇ 2317

4 DE JUNHO DE 2016

ESPINHO

AMIGO E COMPANHEIRO:

Há cerca de 200 anos a zona de Espinho começou a ser utilizada para a pesca, ainda que de forma sazonal. Esses primeiros ocupantes não construíram habitações, permanecendo na costa apenas durante a campanha, para regressar à terra de origem no inverno, quando a violência do mar impossibilitava a pesca em segurança.

A fixação da população começou a fazer-se por volta do ano de 1776, quando surgiram as primeiras habitações (os palheiros), feitas em madeira com os telhados revestidos com terra. A transição da madeira para a pedra ocorreu lenta e gradualmente.

Mais tarde, muitas destas habitações seriam adquiridas e transformadas, por famílias de posses, dando origem à colónia balnear de Espinho. Em menos de meio século, Espinho tornou-se numa das zonas de eleição do Norte de Portugal.

Palheiros de Espinho
Com a devida vénia a d'EspinhoViva

O almoço deste ano, para mudar de ares, será realizado nesta bela cidade. A intenção é que desfrutem de um belo sábado, com uma bonita viagem de comboio para contemplarem assim a paisagem da orla costeira portuguesa. Outro dos motivos é a facilidade de acesso a esta cidade a que se soma o preço económico do bilhete de comboio.

O restaurante chama-se Espaço Z e a morada é: Rua 17, n.º 1237 – Espinho.


Contactos:
Joaquim Gomes Soares
Tel.: 225 361 952 / 936 831 517
Email: joaquim.gomes.soares@hotmail.com

Como todos os anos espero poder contar com a tua presença novamente.
Este ano, o encontro é no dia 4 de junho, calha a um sábado e a partir das 12 horas estamos à tua espera.
Agradeço que me confirmes a tua presença logo que possível.

Um abraço,
Joaquim Soares
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Nota do editor

Último poste da série de 16 de março de 2016 Guiné 63/74 - P15865: Convívios (731): XXXIII Encontro Nacional dos ex-Oficiais, Sargentos e Praças do BENG 447 - Guiné, dia 16 de Abril de 2016, em Fátima (Lima Ferreira)

sábado, 15 de agosto de 2015

Guiné 63/74 - P15007: Convívios (702): Almoço comemorativo dos 50 anos do regresso da Guiné, do pessoal da CART 564, dia 3 de Outubro de 2015, em Paramos/Espinho (Leopoldo Correia)

1. Em mensagem do dia 14 de Agosto de 2015, o nosso camarada Leopoldo Correia (ex-Fur Mil da CART 564, Nhacra, Quinhamel, Binar,Teixeira Pinto, Encheia e Mansoa, 1963/65), mandou-nos a notícia do Almoço/Convívio comemorativo dos 50 anos do regresso a casa da sua unidade.


ALMOÇO/CONVÍVIO COMEMORATIVO DOS 50 ANOS DO REGRESSO DA GUINÉ DA CART 564

DIA 3 DE OUTUBRO DE 2015, EM PARAMOS


Caros camaradas
Mais uma vez "toca a reunir", desta feita para comemorar os 50 anos do regresso da Guiné a casa. 
São muitos anos e cada vez vamos sendo menos, mas as recordações não se apagam. 
Gostaria de contar com a presença do maior número possível de elementos, no dia 3 de Outubro, no mesmo restaurante "Casarão do Emigrante", junto ao Regimento de Engenharia de Paramos.

O preço é de 16 euros e vamos procurar variar um pouco a ementa.

Marcações até ao dia 25 de Setembro para os telefones: 964 024 918 ou 227 330 800.

Américo Loureiro
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Nota do editor

Último poste da série de 13 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P14997: Convívios (701) 1º encontro da tabanca de Ferrel, 12 de agosto de 2015 - Parte I: ex-dois alferes milicianos do mesmo batalhão, o BCAÇ 619 (Catió, 1964/66) reencontram-se e abraçam-se meio século depois

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13619: Convívios (628): Rescaldo do almoço/convívo do pessoal da CART 6254/72, levado a efeito no passado dia 13 de Setembro em Espinho (Manuel Castro)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Castro (ex-Fur Mil Mec Auto da CART 6254 (Os Presentes do Olossato), Olossato, 1973/74), com data de 16 de Setembro de 2014:

ALMOÇO/CONVÍVIO DO PESSOAL DA CART 6254

ESPINHO - 13 DE SETEMBRO DE 2014

A CART 6254, que esteve no Olossato entre Março de 1973 e Julho de 1974, realizou, no passado dia 13 de Setembro de 2014, o seu 6.º almoço/convívio.

O programa iniciou-se, junto ao memorial dos combatentes, no quartel do Regimento de Engenharia 3, em Espinho, com uma cerimónia em homenagem aos camaradas que tombaram em combate.
Para o efeito o Sr. Comandante do Regimento disponibilizou as instalações e uma pequena força militar devidamente comandada pelo Sr. Alferes Oficial de Dia à Unidade.
A cerimonia terminou com a deposição de uma coroa de flores no memorial.
De seguida, foi celebrada uma missa em memória dos ex combatentes já falecidos.

Terminadas as cerimonias, no RE 3, o grupo seguiu para o restaurante onde almoçou e passou o resto da tarde partilhando memórias e acrescentando mais algumas peças ao puzzle da história da companhia.

Estiveram presentes no evento 30 ex-combatentes e 49 familiares.
Saiu toda a gente muito bem disposta e com a vontade de, anualmente, repetir o acontecimento que se realiza no segundo Sábado de Setembro de cada ano.




Manuel Castro
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Nota do editor

Último poste da série de 16 de Setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13615: Convívios (627): Rescaldo do Encontro do pessoal da Magnífica Tabanca da Linha, ocorrido no passado dia 11 de Setembro de 2014 (José Manuel Matos Dinis e Manuel Resende)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12594: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (1): Espinho, Porto, Tavira e Torres Novas (José Martins)

1. O nosso Editor lançou o repto à tertúlia dos ex-combatentes para falarem das cidades por onde passaram antes da mobilização para a Guiné, cidades estas onde tirámos as nossas Recrutas e jurámos Bandeira, onde nos especializámos nas mais variadas artes de guerrear, onde fizemos os "mestrados" e "pós-graduações", onde conhecemos gente com outros usos e costumes, mas tão portugueses como cada um de nós os forasteiros temporários nessas terras.

Aproveitando um comentário do nosso camarada José Martins, damos o pontapé de saída à série, esperando que correspondam ao desafio e desatem a escrever.

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2. Comentário do nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5 - "Gatos Pretos", Canjadude, 1968/70), deixado no poste 12542 em 5 de Janeiro de 2014:


As localidades por onde passei

Olhando para trás, que ficou das localidades por onde penei/passei, os tempos da tropa?
Saudades? Só da juventude.
Raiva? Só da Guerra.


Paramos, Espinho - Recruta, primeiro contacto com a tropa, primeiros contactos com armas, primeiro contacto com milicianos e militaristas, primeiras ilusão e desilusões.

Tive sorte. Consegui desarranchar-me e dispensa de pernoita. Ia e vinha, a partir de Gaia, todos os dias, com a marmita do almoço às costas. Contribuía para a “gasosa” do Mini em que nos transportávamos.

O primeiro amigo militar: O Aspirante Roldão, de Coimbra.
Que será feito dele? Já o tentei encontrar, mas nada consegui.

Da terra nada conheci além do quartel e do caminho que ligava a estação da CP ao quartel.


Porto, Arca de Água - Primeira Especialidade: Teleimpressor.

Pode dizer-se que estava em casa. Utilizava os transportes públicos, desarranchado e com dispensa de pernoita, lá andava com a marmita atrás de mim.

Recordações? Só o cuidado dispensado pelos “prontos” na semana de campo, em que foram incansáveis na procura do meu conforto, quando fiquei com uma gripe dos diabos. Houve quem fizesse a guarda por mim.

A terra já a conhecia mais ou menos, já que estava a trabalhar há uns anos.


Tavira - Segunda especialidade, já no CSM e Transmissões.
Só pedi dispensa de pernoita. Depois da instrução no campo da Atalaia, saía ao toque de ordem direito à casa onde tinha quarto alugado à D. Rosa, uma “mãe” sempre atenta à nossa chegada em dias de instrução nocturna. De vez em quando ainda ouço a sua voz: “Meninos, há leite, café e pão na sala. Comam antes de ir dormir”.
Estes mimos não estavam incluídos na mensalidade, nem nunca foram cobrados.
Havia também a D. Cesaltina, que era uma “irmã mais velha”, sempre a perguntar se necessitávamos alguma coisa que fosse necessário tratar durante o dia, que ela tratava.

Como não tinham água quente em casa, arranjou-nos um local para um banho quente, a dez tostões por banho.
Ao fim de semana íamos ao mercado, os camaradas de quarto, fazer compras para as refeições do fim-de-semana. Claro que convidávamos a comer connosco, já que as refeições eram confeccionadas por elas com os meios de que dispunham.

Da terra, além dos cafés e de um ou outro restaurante, pouco conheci. O afecto pela terra está materializado na memória da D. Rosa e da filha D. Cesaltina.


Torres Novas - Concluída a especialidade a unidade de colocação.
Um serviço de reforço e uma Ronda da Policia da Unidade.

A única visita à cidade, terminando com a “tentativa de aprisionamento” de um refractário a um embarque para o ultramar.
Do período em que lá passei, estive mais tempo em casa do que no quartel: férias da Páscoa e licença de mobilização.
Da terra não me lembro, mas tenho pena. Era a terra dos meus tios paternos, que foram lá professores.



Guiné - Desta terra veio o ódio e depois a saudade.
Mais palavras para quê? É a nossa “Segunda Pátria”.

E siga a “infantaria”.
José Martins