sábado, 5 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19368: Os nossos seres, saberes e lazeres (301): Viagem à Holanda acima das águas (6) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 4 de Outubro de 2018:

Queridos amigos,
É uma despedida nostálgica, houvesse meios, e voltava no dia seguinte, é um quase absurdo comprimir num dia de visita a contemplação de arte tão bela, em pintura, em escultura, em desenho, com ambiente de jardins soberbo, a serenidade total, a possibilidade de entrar e sair, ver esculturas de Barbara Hepworth e reentrar no museu para ver Van Gogh, Corot, Fantin-Latour, Millet, Renoir, Gauguin, Picasso ou Mondriaan.
A fatia de leão cabe a Van Gogh. Mas é consabido que a viagem nunca acaba, o que acaba são os viajantes, e se tudo é assim tão belo, se está tão firmada a vontade de voltar, é tudo uma questão de criar uma nova viagem, seguramente que se irá ver com outros olhos aquela beleza que tanto nos encadeou.

Um abraço do
Mário


Viagem à Holanda acima das águas (6) 

Beja Santos 

O Museu Kröller-Müller tinha patente uma exposição intitulada “Odillon Redon, a literatura e a música”, um amplo olhar sobre a extensa obra deste artista francês (1840-1916), nas interseções da literatura e da música na vida e obras de Redon. Extensa obra: no pastel, no desenho, na pintura e na litografia. Desde a juventude, entusiasmou-se pela música, aprendeu violino e piano enquanto desenvolvia uma verdadeira paixão pela literatura. Fez amizades com numerosos escritores e compositores. No seu modo de pensar, a música, os assuntos literários e a arte plástica formavam um todo indissociável. Daí a singularidade reconhecida a Odillon Redon pela maneira como combinava estas forças expressivas na sua obra.

“O Ciclope”, 1914.

“A arte celeste”, 1894.

O motivo das suas obras decorre de fontes literárias e musicais, é um extensíssimo arco que vai da Antiguidade até Richard Wagner: Pégaso, o cavalo alado, passando por Salomé e Brünnhilde, de Orfeu a Ofélia. Redon reutiliza incessantemente estes motivos, fá-los mudar de aparência e dá-lhes novos significados, como se fossem variações sobre o mesmo tema num trecho musical.



Na exposição do Museu Kröller-Müller, releva-se o desempenho de Redon tanto como escritor como ilustrador, podem-se observar séries litográficas que ele realizou para acompanhar os textos de escritores que ele profundamente admirou, caso de Gustave Flaubert, Edgar Allan Poe e Charles Baudelaire. Ele associa igualmente as suas litografias aos seus próprios textos para criar poemas visuais e textuais – palavra e imagem formam um todo.





A exposição é composta por quase 170 peças provenientes de uma coleção privada, de obras de Redon do Museu Kröller-Müller e de outras obras emprestadas de diferentes coleções. A literatura e a música revelam assim um grande leque e uma grande variedade de temas inéditos na obra de Redon, desde as suas poderosas litografias a branco e preto à técnica do pastel luminoso e colorido. Grande oportunidade para conhecer este mundo de imaginação e de fantasia, a marca de água de Odillon Redon.



Quando começou a II Guerra Mundial, Barbara Hepworth deixou Londres e instalou-se na Cornualha, mais propriamente em St Ives, mudança que teve uma influência determinante na evolução da sua obra. A paisagem da Cornualha iria ser uma fonte de inspiração inesgotável: formas de conchas, pedras, colinas, novas simbioses entre as formas e os fenómenos da Natureza. Ela mesmo confessou que este contacto lhe deu uma confiança na indestrutibilidade das forças positivas. Numa obra autobiográfica, escreveu: “Não existe paisagem sem figura humana: é-me impossível sonhar com a Pré-História em abstracto. Sem a relação do Homem e a sua Terra, a imagem mental torna-se um pesadelo. Uma escultura poderá ser colocada num vazio; mas não se passa nada antes que o homem vivo nela reencontre a sua imagem”.
O viandante está feliz, Barbara Hepworth que há muito é a sua escultora preferida, um espelho do mundo em pedra, em madeira, em metal.
Amanhã, o dia começa com um passeio pelo Reno, viagem pelos pólderes, ver moinhos, um pouco da Holanda submersa intercalando com a imersa. É muito belo, a luta constante entre o homem e a água, para que a terra seja fértil, como é.

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 29 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19344: Os nossos seres, saberes e lazeres (300): Viagem à Holanda acima das águas (5) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P19367: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (63): Fotos áreas do reordenamento de Nhabijões, precisam-se (Francesca Vita, doutoranda em arquitetura, Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto)


Guiné > Região de Baftá > Setor L1 > Bambadinca > 1970 > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) Vista aérea do aquartelamento e posto administrativo de Bambadinca (que pertencia ao município de Bafatá) > Vista aérea, obtida de helicóptero,Em primeiro plano o edifício do comando e as instalações de oficiais e sargentos. Bambadinca (em mandinga, "cova do lagarto") ficava numa pequena elevação ou morro, sobranceiro à extensa bolanha (a leste, à direita da imagem) e ao rio Geba (a norte), e de que vê uma nesga, ao fundo do lado esquerdo. Nesta altura, por volta do 1º trimestre de 1970, Bambadinca albergava mais de 700 militares (incluindo a CCS/BCAÇ 2852, prestes a terminar a sua comissão, mais um companhia de intervenção, a CCAÇ 12, 1 pelotão de morteiros, 1 pel rec daimler, 1 pel caç nat, mais 1 pelotão de intendência (embora este tivesse instalações próprias, junto ao porto fluvial de Bambadinca, na margem esquerda do Rio Geba Estreito). Estava em curso o grande reordenamemto de Nhabijões.

O Humberto Reis, que tem as melhores fotos aéres  da região de Bafatá (incluindo Bambadinca) não tem nenhuma foto (aérea) de Nhabijões e do seu reordenamento em construção.

Foto (e legenda)s: © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Francesca Vita, doutoranda italiana  em arquitetura pela Universidade do Porto:

 Date: sábado, 5/01/2019 à(s) 10:59
Subject: Nhabijoes | fotos
Bom dia Prof. Luís Graça,

Antes de mais espero tenha passado boas festas de paz e sossego. 

Peço desculpa se nunca mais houve minhas notícias, mas andei em deslocações e regressei de Itália apenas ontem. 

Nos últimos tempos, estive a trabalhar num artigo sobre o plano de reordenamentos na Guiné durante o Governo de Spínola. Entreguei um abstract (que quando terei autorização irei partilhar com muito gosto consigo) para o congresso "Colonial and Post Colonial landscapes", que terá lugar na Fundação Gulbenkian de 16 a 18 de janeiro. 

Deixo-lhe aqui em baixo o link no caso lhe interessasse: https://www.colonialandpostcoloniallandscapes.com

Venho com este meio contactá-lo enquanto queria lhe perguntar se tiver, ou se sabe quem poderia ter ou em qual arquivo encontrar, fotografias aéreas do reordenamento de Nhabijões. Pareceu-me um caso exemplificativo para mostrar a atuação da politica dos reordenamentos. Infelizmente no site https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com não consegui encontrar fotografias de vista de cima. 

Como sempre agradeço a sua disponibilidade e apoio,

Desejo-lhe um ótimo começo de 2019

Melhores Cumprimentos,

Francesca
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Francesca Vita

PhD student in Architecture at FAUP
FCT PhD studentship

PT // IT
(port) +351 915544599
(ita) +39 3312831235
francesca.vita0@gmail.com
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Guiné 61/74 - P19366: O nosso blogue em números (57): de 2012 a 2018, entraram em média, por ano, cerca de 27 novos membros para a Tabanca Grande: somos agora 783, dos quais 70 já faleceram.


Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)

1. No final de 2018, a Tabanca Grande contava com 783 membros, também designados como "grã-tabanqueiros" ou "tertulianos",  sentados simbolicamente à volta de um sagrado e protetor poilão...

No final de 2017, eram 765 membros. Entraram, portanto, durante o ano de 2018,  18 novos membros (Gráfico nº 5).

No final de 2016, éramos 731... Em junho de 2006, éramos 111... De abril de 2004 a maio de 2006, entram em média, 5,3 novos membros por mês (!)...  

Mais do que triplicámos em pouco mais do que três anos e meio (de junho de 2006 a dezembro de 2009), passando a ser 390 membros da Tabanca Grande: crescimento médio mensal = 6,5.

De 2009 (n=390) a 2012 (n=595), o crescimento médio mensal continuou alto (5,7). De então para cá, esse indicador tem vindo a diminuir: é agora de apenas 1,5 por mês. Foi de 2,8 em 2017 e  1,7 em do que em 2016. (*)

Comparando os últimos 7 anos (2012-2018), tivemos um média anual de c. 26,9 entradas para a Tabanca Grande.

Em 176 meses, ou seja, em  quase 15 anos da nossa história (que vamos comemorar em abril de 2019),  tivemos em média, 4,4 novos membros por mês, o que é notável. (**)


2. No ano de 2018  tivemos 9 "baixas" (por falecimento),  o mesmo número de  2017.

Lembremos aqui, por ordem alfabética, os nomes dos 9 camaradas, inscritos formalmente na Tabanca Grande, que "da lei da morte se foram libertando":

António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018)
Armando Teixeira da Silva (1944-2018)
Carlos Cordeiro (1946-2018)
Gertrudes da Silva (1943-2018)
João Rebola (1945-2018)
João Rocha (1944-2018)
Joaquim Peixoto (1949-2018)
Luís Encarnação (1948-2018)
Manuel Carneiro (1952-2018)

São agora já 70 os camaradas e amigos já falecidos nestes 14 anos e 8 meses  de existência do nosso blogue. Mas podem eventualmente ser mais. Há membros da nossa Tabanca Grande que não têm feito a "prova de vida"  nos últimos anos, contactando-nos, escrevendo-nos, telefonando-nos, aparecendo nos convívios das diversas tabancas, etc. É o caso, por exemplo, do António Paiva, que estava doente e pode infelizmente já não estar entre nós. (Foi soldado condutor auto rodas, Bissau, HM 241, 1968-70.)

De qualquer modo, connosco ninguém fica na "vala comum do esquecimento"...  É esse um dos objetivos deste blogue, que é, ao fim de 15 anos, a maior rede social de ex-combatentes da Guiné (1961/74).

3. Não confundir, no entanto,  membros da Tabanca Grande, formalmente registados (n=783), com amigos do Facebook, da nossa página Tabanca Grande Luís Graça (n=2813).  

O processo de adesão de uns e outros é diferente: o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné acolhe essencialmente ex-combatentes que estiveram no TO da Guiné, entre 1961 e 1974, e que querem partilhar memórias do tempo da sua comissão de serviço (fotos, histórias, depoimentos, etc.).

Por outro lado, o blogue tem um conjunto regras editoriais que os membros da Tabanca Grande têm de respeitar. No entanto, há uma série de "amigos do Facebook", ex-camaradas da Guiné, que bem poderiam integrar o nosso blogue... Para isso basta, contactar os editores por email, pedindo expressamente a sua entrada no blogue da Tabanca Grande [leia-se: como membros do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]. Junto com o pedido, exige-se duas fotos (uma atual, à paisana,  e outra do "antigamente", fardado) e duas linhas de apresentação: sou o fulano tal, estive na companhia tal, no período tal, passei pelos sítios tais e tais...

Em 2019 queremos ultrapassar as 8 centenas de amigos e camaradas da Guiné. Já faltam poucos: só 17!
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 10 de janeiro de  2018 > Guiné 61/74 - P18199: O nosso blogue em números (49): em c. de 14 anos (164 meses) entraram 4,7 novos membros, por mês, para a Tabanca Grande: éramos 111, em junho de 2006, somos agora 765 (em dezembro de 2017)... Neste último ano tivemos 9 "baixas", por falecimento.

Guiné 61/74 - P19365: O nosso blogue em números (56): Em 2018 publicámos 1189 postes, em média 3,3 por dia... A nossa produção tem vindo a baixar desde 2010 (, ano em que atingimos o recorde, com 1955 postes)


Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)


1. O número de postes publicados  entre 1/1 e 31/12/2018, segundo o apuramento feito pelo nosso coeditor Carlos Vinhal, foi de 1189. Em 2017, publicaram-se 1262 postes... O número de postes anuais tem vindo a decrescer desde 2010, ano em que foi atingido o recorde (n=1955) (Gráfico 4).

Em 2018, os 1189 postes publicados foram assim distribuídos pelos 3 editores em efetividade de funções:

Luís Graça  / Tabanca Grande- 566
Carlos Vinhal - 611
Magalhães Ribeiro - 12

Entre os postes publicados por Luís Graça e Tabanca Grande, estão seguramente algumas dezenas, da autoria do Jorge Araújo, coeditor que, por razões técnicas, ainda não está a "postar" com o seu nome... É o principal animador da série "(D)outro lado do combate"...

Em 2017 publicaram-se 1262 postes o que se traduz em menos 1,4 postes por semana em 2018. Média diária: cerca de 3,3 postes... Foi de 3,45/dia, em 2017...

"Nada de grave. É natural este ciclo de diminuição do número de postes publicados, uma vez que estará quase tudo dito pela tertúlia" (Carlos Vinhal dixit)...

Por outro lado, "graças à preciosa colaboração do confrade Mário Beja Santos, estamos numa fase de conhecimento de documentação e bibliografia, publicadas na nossa série Historiografia da Presença Portuguesa em África, que na Guiné que nos interessa particularmente." (**)
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Nota do editor:

Guiné 61/74 - P19364: Parabéns a você (1553): João Meneses, ex-2.º Tenente FZE do DFE 21 (Guiné, 1971); Ricardo Figueiredo, ex-Fur Mil Art do BART 6523 (Guiné, 1973/74) e Valentim Oliveira, ex-Soldado Condutor da CCAV 489 (Guiné, 1963/65)



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Nota do editor

Último poste da série de 2 de janeiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19354: Parabéns a você (1552): Carlos Marques Santos, ex-Fur Mil Art da CART 2339 (Guiné, 1968/69)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19363: O nosso blogue em números (55): em nove anos (de 2010 a 2018) temos em média cerca de um milhão de visualizações de páginas / visitas por ano



Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)



1. O nosso blogue atingiu, no final do ano de 2018, cerca de de 10,9 milhões de visualizações de páginas (grosso modo, de "visitas", o que não é exatamente igual a "visitantes"...), segundo as estatísticas do nosso servidor, o Blogger:  9,1 milhões, desde maio de 2010, a que acrescem mais 1,8 milhões desde o início do blogue, em 23/4/2004. (Gráfico 2).

Em relação ao ano passado (2017), são pois mais cerca de 800 mil. De 2010 a 2018, temos um média anual de cerca de um milhão. (*)

Importa recordar que, nesse período de abril de 2004 a maio de 2010, tínhamos um outro contador; o saldo acumulado de visualizações de páginas não transitou automaticamente; a partir de maio de 2010, quando o Blogger disponibilizou um contador, começou a contagem no zero....

Em 2018, tivemos portanto cerca 800 mil visualizações de páginas / visitas (, em rigor, 760 mil), o que dá uma média diária de 2080 (menos 110 por dia do que em 2017).

 Não podemos desagregar este número pelos meses do ano. Mas sabemos que o movimento é variável conforme os meses, as semanas, os dias e as... horas.




Gráfico 3 - Nº de visualizções de páginas de 6/12/2018 a 5/1/2018, às 14h40  (Fonte: Blogger) (com a devida vénia...)


Interpretando o gráfico nº 3: no mês de dezembro de 2018,  o dia com mais visualizações  foi o 12/12/2018, quarta-feira (n=5032) e o dia com menos visualizações (n=849)) foi o final do ano, 31/12/2018, segunda-feira. 

Sabemos, pela experiência passada, que os dias com menor movimento são ao fim de semana (sábado e domingo)  e  aos feriados e os dias com mais movimento são os do início da semana (segunda e terça-feira).

Por exemplo: a contagem (automática) de hoje, às 14h40 era a seguinte:

Visualizações de páginas de hoje: 619 
Visualizações de página de ontem: 1093 
Visualizações de páginas no último mês  50486
Histórico total de visualizações de páginas: 9,06 milhões (8, 3 milhões, em finais de 2017)

O nº total de seguidores é agora  de  644 (602, em finais de  2017). (Não confundir com membros da Tabanca Gande, que esses são 783). (**). Os seus nomes e fotografias constam da coluna do lado esquerdo da págna estática do bloggue-
 
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Notas do editor:

Guiné 61/74 - P19362: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (São Domingos e Nova Lamego, 1967/69) - Parte LVIII: Sala de cinema do Clube do Gabu, Nova Lamego


Foto nº 1 > Nova Lamego > Dezembro de 1967 >  Na sala de cinema local de NL, onde passavam alguns filmes para divertir a malta. Na primeira fila a esposa do nosso médico Tenente Miliciano Cortez.


Foto nº 2 > Nove Lamego > Clube do Gabu > 18 de fevereiro de 1968 > Um grupo de militares e civis na porta do Cinema local, para assistir ao filme que parece chamar-se ‘Papoila … Flor’  [... Ampliando a foto, vê-se que o cartaz, ao fundo, na parede,  anuncia o filme "A Papoila Também É Uma Flor", um filme de Terence Young, de 1966...] (LG)



Foto nº 2a  > Nove Lamego > Clube do Gabu > 18 de fevereiro de 1968 > O filme, em exibição, segundo o cartaz, era "A Papoila também é uma flor", realizado por Terence Young, em 1966 (LG).


Foto nº 4 > Nova Lamego > Cinema  Local > 18 de fevereiro de 1968 > Um grupo maioritariamente de população civil na porta do cinema  para assistir ao filme do dia. 


Foto nº 3  > Nova Lamego > Cinema local > Janeiro de 1968 > Vista do interior da sala de cinema do Gabu, cadeiras de madeira, corridas e numeradas, o camarada ao meu lado não está interessado no filme, antes prefere ficar na fotografia.


Foto nº 5 > Nova Lamego > Cinema local > Fevereiro de 1968 > Interior da sala de cinema, chão de terra batida, pode ver-se pelos sapatos, eu, ao centro, assistindo ao filme do dia, numa sala abafada, quente, sem ar condicionado, nem ventoinhas.


Foto nº 6 > Nova Lamego > Janeiro de 1968 >Cinema local;  foto tirada por mim, só sendo visível – e muito mal – as costas do pessoal, os números das cadeiras, e o ecrã quase não se vê. Mas dá para ver que é apenas um pano de lona talvez, esticado por cordas. 

Guiné > CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > Nova Lamego, cinema local

Fotos (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alfmil,SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) (*)

[Foto à esquerda , o Virgílio e a esposa Manuela, na Tabanca de Matosinhos, Restaurante Espigueiro (ex-Milho Rei), 5 de setembro de 2018 (Foto: LG, 2018]


CTIG - Guiné 1967/69 - Álbum de Temas:

T062 – A SALA DE CINEMA DE NOVA LAMEGO
INTEGRANDO O COMPLEXO DO CLUBE DO GABU



I - Anotações e Introdução ao tema:

Na sequência de um Poste recente sobre o senhor Manuel Joaquim dos Prazeres  que passava filmes por toda a Guiné, assim aproximando culturas ocidentais e africanas, dando às crianças a conhecer um pouco do outro mundo, e ao mesmo tempo proporcionando às NT e famílias uma boa oportunidade de passar uma – das muitas – noite diferente esquecendo um pouco a nossa terra e os nossos entes queridos.

Diz o outro Poste que este Cinéfilo percorria a Guine toda na sua velha Carrinha Ford como mostra a fotografia do Poste.

Não me lembro de ver esta cena, nem o homem nem o camião Ford, pois ficaria certamente na minha mente e pelo menos uma foto eu lhe tirava, a não ser que lá estivesse numa das minhas ausências de Nova Lamego.

Retirei apressadamente esta meia dúzia de fotos, todas péssimas em geral, mas é o que tenho, estava nos meus princípios de vida, de fotógrafo amador, talvez não tivesse ainda o flash, e depois as piores são aquelas que os outros me tiravam com a minha máquina.

Sem acrescentar muito mais, o Cinema existia, está aí à vista, estava integrado num complexo de lazer, digamos assim, de café, esplanada, bilhares, cinema e muita música e bebida à mistura [, o clube do Gabu]. Um escape naquela terra que não deixo de recordar.

A maioria já tem mais de 50 anos, e pelo menos uma tem 51 anos, uma vida!


II - Legendas das fotos:

F01 – Na sala de cinema local de NL, onde passavam alguns filmes para divertir a malta.

Na primeira fila a esposa do nosso médico Tenente Miliciano Cortez, com várias crianças que deduzo são filhas do Administrador da Circunscrição local. Na segunda fila e da esquerda para a direita, Tenente do SGE, Albertino Godinho, e Alferes milicianos, Carneiro, Teixeira e Mesquita.

Foto captada em Nova Lamego, na sala de cinema local, provavelmente perto do Natal no mês de Dez de 1967.

F02 – Um grupo de militares e civis na porta do Cinema local, para assistir ao filme que parece chamar-se ‘Papoila … Flor’. Estávamos a dar as últimas na despedida daquela terra que ainda hoje me deixa grandes saudades. Passado uma semana já estávamos a caminho, Geba abaixo.

Foto captada em Nova Lamego, junto à sala de cinema local, No Clube do Gabu, em 18 Fevereiro 1968.

F03 – Vista do interior da sala de cinema do Gabu, cadeiras de madeira, corridas e numeradas, o camarada ao meu lado não está interessado no filme, antes prefere focar a Camara, não se vislumbra que filme passava, a foto está muito fraca.

Foto captada em Nova Lamego, dentro da sala de cinema local, No Clube do Gabu, num dia de Janeiro 68.

F04 – Um grupo maioritariamente de população civil na porta do Cinema local, para assistir ao filme do dia.  Estávamos a uma semana de dar as despedidas daquela terra deserta, árida, quente.

Foto captada em Nova Lamego, junto à sala de cinema local, No Clube do Gabu, em 18 Fevereiro 1968.

F05 – Foto dentro do cinema, chão de terra batida, pode ver-se pelos sapatos, assistindo ao filme do dia, numa sala abafada, quente, ser ar condicionado, nem ventoinhas.

Foto muito fraca de origem, e depois muito mal tratada, já com algum bolor.

Foto captada em Nova Lamego, dentro da sala de cinema local, No Clube do Gabu, em Fevereiro 1968.

F06 – Foto tirada por mim, só sendo visível – e muito mal – as costas do pessoal, os números das cadeiras, e o ecrã quase não se vê. Mas dá para ver que é apenas um pano de lona talvez, esticado por cordas. Foto muito fraca mesmo, mas ainda interessante para quem não conhece.

Foto captada em Nova Lamego, dentro da sala de cinema local, No Clube do Gabu, em Janeiro de 1968.


NOTA FINAL DO AUTOR:

# As legendas das fotos em cada um dos Temas dos meus álbuns, não são factos cientificamente históricos, por isso podem conter inexactidões, omissões e erros, até grosseiros. Podem ocorrer datas não coincidentes com cada foto, motivos descritos não exactos, locais indicados diferentes do real, acontecimentos e factos não totalmente certos, e outros lapsos não premeditados. Os relatos estão a ser feitos, 50 anos depois dos acontecimentos, com material esquecido no baú das memórias passadas, e o autor baseia-se essencialmente na sua ainda razoável capacidade de memória, em especial a memória visual, mas também com recurso a outras ajudas como a História da Unidade do seu Batalhão, e demais documentos escritos em seu poder. Estas fotos são legendadas de acordo com aquilo que sei, ou julgo que sei, daquilo que presenciei com os meus olhos, e as minhas opiniões, longe de serem ‘Juízos de Valor’ são o meu olhar sobre os acontecimentos, e a forma peculiar de me exprimir. Nada mais. #

«Propriedade, Autoria, Reserva e Direitos, de Virgílio Teixeira, Ex-alferes Miliciano do SAM – Chefe do Conselho Administrativo do BATCAÇ1933/RI15/Tomar, Guiné 67/69, Nova Lamego, Bissau e São Domingos, de 21SET67 a 04AGO69».

Acabadas de legendar, hoje,

Em, 2018-12-19
Virgílio Teixeira
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Guiné 61/74 - P19361: Notas de leitura (1137): Os Cronistas Desconhecidos do Canal do Geba: O BNU da Guiné (67) (Mário Beja Santos)


Edifício da Agência do BNU de Bissau e zonas circundantes, 1921.
Por amável deferência do Arquivo Histórico do BNU.


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 30 de Abril de 2018:

Queridos amigos,
Não subsistem dúvidas que entre 1962 e 1963 o gerente de Bissau teve acesso privilegiado a informações que lhe eram fornecidas a título sigiloso pelo inspetor da PIDE, daí o manancial informativo que extravasava os comunicados oficiais, assim será até ao início de 1964 em que por razões que escapam à investigação o gerente se irá confinar aos comunicados oficiais.
Em meados de 1963, agravara-se a situação do Sul e a guerrilha estendera-se às vizinhanças de Bissau e era a sigla entre Bissorã e Mansabá, o PAIGC organizava-se no Oio e preparava o seu santuário na região do Morés.

Com as informações que nos irá chegar do gerente de Bissau, no final do ano também o PAIGC marcará presença na região de Bambadinca, a subversão também se organizava para lá do Corubal, as forças portuguesas eram diminutas, estavam então sediadas em Fá Mandinga, o aquartelamento de Bambadinca será posterior.

Um abraço do
Mário


Os Cronistas Desconhecidos do Canal do Geba: O BNU da Guiné (67)

Beja Santos

Tinham crescido, notoriamente, as dificuldades económicas, a desagregação que a guerrilha estava a operar no Sul motivara o comentário do gerente de Bissau em 31 de maio de 1963:  “A actividade comercial está hoje muito reduzida e acha-se quase circunscrita às operações da Sociedade Ultramarina e da Casa Gouveia” e é neste preciso contexto que o gerente, sabe-se lá se premeditadamente ou não, lança uma insinuação da maior gravidade:

“Certamente por instruções superiores, o pessoal da Sociedade Comercial Ultramarina tem colaborado com as autoridades na repressão do terrorismo.

Ao contrário, a Casa Gouveia, não só tem negado o seu auxílio dando ordens terminantes nesse sentido, como ainda despede os empregados que ajudem as nossas forças, tendo até demitido o encarregado da sua operação do Xugué, de apelido Barros, que lutou na defesa da povoação.

Por tal motivo, o citado indivíduo vai ser condecorado com a Cruz de Guerra de 3.ª Classe, consta que em 10 de Junho próximo, por actos de bravura praticados.

Como resultado de tal política, poucos prejuízos têm sofrido, ao passo que a Sociedade Comercial Ultramarina, em represália da colaboração prestada, foi obrigada a encerrar algumas operações.
Estamos habilitados a informar que a fábrica de descasque de arroz da nossa cliente Camacho & Correia, sita em Cufar, a cerca de 15 quilómetros de Catió, cremos que a única unidade industrial localizada no Sul e até agora protegida pela tropa instalada no próprio recinto fabril, vai ser desmontada e transferida para Bissau logo que termine a operação de descasque do cereal ainda existente nos seus armazéns.

Nota-se que os indígenas da região sublevada estão a aparecer vindos dos seus refúgios no mato e, caso significativo, dispostos a liquidar o imposto.

Será com o receio das chuvas, este ano muito retardadas, que de novo se aproximam do europeu? Ou do espectro da fome, esperada em face da destruição das colheitas de arroz, seu secular alimento?
Os próximos meses nos darão a resposta!

Como a V. Ex.ª. foi dado conhecimento por nosso telegrama de 25 do corrente, devido à escassez de arroz da produção local, uma vez que no Sul, tradicional celeiro da Guiné, pouco se colheu, vai o Governo da Província importar aquele cereal do estrangeiro. À primeira partida de 4 mil toneladas autorizaram outra igual, que se seguirá. Deste modo, será o habitual défice da balança comercial da Província agravado com mais este encargo da ordem das três dezenas de milhões de escudos”.

O discurso agora é orientado para informações sobre o evoluir da luta:

“A actividade terrorista manifesta-se em pequenas acções mais para marcar a sua presença, na opinião das nossas autoridades, que pelos efeitos destrutivos de que se revestem.

No prosseguimento desta táctica, na madrugada de 16, perto da fronteira senegalesa, foi atacada e em seguida incendiada a camioneta da carreira Bissau-São Domingos, presos os passageiros e pessoal de condução, todos indígenas, que não foram molestados, levados para Zinguinchor e mais tarde libertados.

Também em 4 de maio, um pequeno grupo de 15 a 20 indivíduos que se supõem pertencerem ao Movimento de Libertação da Guiné atacou a povoação de Bigene. Repelidos, deixaram rastos de sangue.

O facto mais saliente da acção militar foi a perda em 22 de maio de dois aviões ‘Harvard’, que em missão de rotina sobrevoando a ilha de Como, se despenharam por motivos ainda ignorados. O corpo do piloto de um deles, cujos destroços foram mais tarde localizados pelas brigadas de socorro saídas em seu auxílio numa bolanha situada na área de Tombali, foi encontrado fora da carlinga, desarmado, nu e coberto de palha. Crê-se que foi retirado já sem vida do aparelho sinistrado por elementos rebeldes. O outro avião, descoberto também pelas brigadas na mesma região, foi incendiado depois de uma aterragem normal. Do piloto, Sargento Lobato, não se encontraram vestígios. Corre aqui com certa insistência que está prisioneiro dos rebeldes na ilha do Como. Porém, concreta e oficialmente, nada pudemos saber. Há informações da existência de bandos armados nos territórios vizinhos das Repúblicas do Senegal e Guiné com o beneplácito dos governos respectivos”.

O gerente de Bissau regressa à escrita em 6 de julho, toda a temática se prende com a evolução da guerra. O gerente revela que a sua habitual fonte informativa é o inspetor da PIDE, demorou algumas semanas a poder estabelecer contacto e diz mesmo: “Ainda esta manhã nos deslocámos novamente ao seu gabinete com o mesmo objectivo, sem resultado positivo, não tinha comparecido ao serviço” e pede desculpa pela insuficiência de detalhes nas informações que vai prestar:

“Na semana que hoje termina, a situação atingiu uma fase muito delicada que dia-a-dia se vai tornando cada vez mais grave.

As nossas tropas aqui estacionadas são comprovadamente insuficientes para a manutenção de uma cobertura militar capaz de proteger bens e vidas dos habitantes guineenses.

Os elementos terroristas vindos dos campos de treino existentes em territórios vizinhos do Senegal e Guiné infiltram-se pelas nossas extensas e desguarnecidas fronteiras, disseminando-se pelas terras do Interior, onde praticam os ensinamentos colhidos e fazem o aliciamento das populações nativas.
Os seus últimos e violentos ataques a forças do Exército caracterizaram-se por uma ousadia e conhecimentos de táctica de guerrilhas fruto por certo de aturado treino, que causam espanto e em contraste absoluto com o seu anterior procedimento.

Nalguns sítios do Sul, caso da ilha do Como, onde estão instalados, de pedra e cal como se costuma dizer, possuem mesmo armas pesadas.

Nas margens do rio, entre Cacine e Cabedu, instalaram metralhadoras pesadas que alvejam comboios de navios de transporte de arroz, não obstante a escolta de lanchas da Marinha.

De meados de Junho a esta parte, os seus ataques recrudesceram num ritmo que está a causar perturbações e, nalguns casos mesmo, alarme na população menos calma, alargando as suas actividades a zonas onde até há pouco ainda não tinham feito a sua aparição.

Deste modo registou-se um ataque a uma coluna militar na estrada Mansoa-Bissorã. 
A três quilómetros de Farim, a caminho de Binta, foi atacado um carro particular ocupado por indígenas e feridos gravemente os seus dois passageiros.

O Sr. João Herculano Graça, sócio-gerente da Guimal, de que a Sociedade Industrial  [ou Comercial ?] Ultramarina também faz parte, ao saber da presença de elementos terroristas nas imediações da fábrica de serração daquela firma, descolou-se a Mansabá, distante poucos quilómetros, para avisar o pelotão militar ali sediado, sendo no regresso alvejado a tiro de arma automática, felizmente não foi atingido, todavia o jipe que conduzia ficou danificado.

Houve, também, uma tentativa de destruição de um pontão na estrada Nhacra-Mansoa, a 5 quilómetros desta localidade, presumindo-se pelo buraco encontrado pretendiam utilizar cargas de plástico.

Foi ainda tentado, na mesma estrada, o incêndio de uma pequena ponte de madeira com emprego de gasolina.

Os prejuízos causados, quer em homens, quer em material, a destruição por deflagração de uma mina colocada na estrada São João-Fulacunda, nos primeiros dias deste mês, de um veículo militar com novos ocupantes, foi ocorrência de maior relevo dos últimos tempos. Há a lamentar neste acidente a morte instantânea de dois militares e, mais tarde, de um terceiro que expirou a caminho do Hospital Militar desta cidade, segundo nos foi dito por médicos do Exército por queimaduras provocadas por gasolina derramada pelo depósito do veículo. Os outros quatro feridos, com queimaduras em elevado grau, seguiram para a Metrópole, de avião militar, em estado desesperado.
Chega-nos também a notícia da morte de um alferes em combate, na área de Cabedu.

As nossas autoridades procuram eliminar elementos nativos afectos ao inimigo, mas deparam com inúmeras dificuldades, avultando entre elas o mutismo a que os prisioneiros se remetem, preferindo, muitas vezes, serem maltratados a denunciarem os seus correligionários.

No entanto, consta que há dias foi apanhado o chefe da tabanca de Nhacra e os componentes da sua célula. Tal indivíduo era considerado fiel à nossa bandeira!

Outros acontecimentos se registaram, tais como: ataque a Catió com a população refugiada na igreja; bombardeamento de objectivos em Jabadá, com artilharia de bordo dos navios de guerra em comissão nas águas da Guiné; tentativas de fuga de nativos para se juntarem aos ‘libertadores’.

Do piloto-aviador, Sargento Lobato, que, como dissemos a V. Ex.ª, em 31 de Maio findo, se suponha estar prisioneiro dos rebeldes na ilha do Como, sabe-se que se acha em poder dos terroristas em território vizinho.

Temos ainda a lastimar a morte por acidente do nosso colega metropolitano Furriel Miliciano João Nunes Redondo, vítima do deflagrar de uma mina em Catió.

Não há dúvida que com a proximidade dos acontecimentos, se vive presentemente em Bissau um momento difícil.

É opinião geral que se as nossas forças não forem reforçadas com urgência de modo a abandonarem a táctica defensiva até agora adoptada em face da carência de efectivos, a situação tomará uma feição com tendência a agravar-se”.

No acervo do Arquivo Histórico do BNU encontra-se um importante documento intitulado “Situação Política na Guiné”, provavelmente redigido em maio de 1963 e que é visão do gerente da Sociedade Comercial Ultramarina, trata-se de uma peça que carreia mais informações que permitem melhor compreender o evoluir da guerra e a desagregação do tecido económico e social.

(Continua)

Vista do interior do Cineteatro Bolama, fotografia de Francisco Nogueira.
Retirada do livro “Bijagós Património Arquitetónico”, Edições Tinta-da-China, 2016, com a devida vénia.

Guarda de polícia numa recepção ao Comandante Mello e Alvim, Governador da Guiné.
Imagem inserida no livro “Guiné, Início de um Governo”, 1954.
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Nota do editor

Poste anterior de 28 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19341: Notas de leitura (1135): Os Cronistas Desconhecidos do Canal do Geba: O BNU da Guiné (66) (Mário Beja Santos)

Último poste da série de31 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19348: Notas de leitura (1136): “Cabo Verde e Guiné-Bissau, As Relações entre a Sociedade Civil e o Estado”, por Ricardino Jacinto Dumas Teixeira; Editora UFPE, Recife, 2015 (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P19360: (Incitações) (123): "Massor av Sol och blå himmel" [Muito Sol e céu azul !]... Votos de Ano Novo , do réguloda Tabanca da Lapónia, José Belo



1. Foto e texto de José Belo, régulo da Tabanca da Lapónia:

Date: domingo, 30/12/2018 à(s) 14:45

Subject: E...o tempo passa.

Um dos Votos do Ano Novo dentro do Círculo Polar Árctico é o de:

-"Massor av Sol och blå himmel"... Ou seja...Muito Sol e céu azul !

(Com os Invernos de mais de 320 dias pode-se dizer : Obviamente!)

A olhar.se para o futuro dentro da bola de cristal tudo estará...OK!

Um grande abraço do
J. Belo
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Nota do editor:

Último poste da série > 27 de dezembro de  2018 > Guiné 61/74 - P19339: (In)citações (122): Às Nossas Mães (Virgínio Briote)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19359: O nosso blogue em números (54): atingimos, no final de 2018, um total de c. 10,9 milhões de visualizações de página... Quem nos visita, vem de Portugal (41,6%), EUA (23,1%), Brasil (6,2%), França (5,3%) e Alemanha (4,5%)...

Gráfico dos países mais populares entre os visitantes do blogue

Gráfico 4A - O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande... A principal origem dos que visitam o nosso blogue (c. 65%) é Portugal (41,6%) e os EUA (23,1%)... Segue-se, à distância, o Brasil (6,2%), a França (5,3%) e a Alemanha (4,5%). No mundo globalizado, somos vistos em todo o lado, da Rússia à China, da Espanha ao Reino Unido e à Polónia...

Fonte: Blogger (2019) (com a devida vénia)



Fonte: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)


1. O nosso público leitor (ou melhor, quem nos visita e visualiza as nossas páginas), deve ser em grande parte lusófono, oriundo dos seguintes países (Gráfico 1):

Portugal - 41, 6%
EUA - 23,1%
Brasil - 6,2%
França - 5,3%
Alemanha - 4,5%


Seguem-se depois o Reino Unido, a Rússia, a Polónia, a Espanha e a China com um subtotal de 4,8%... Os restantes 14,5 % cabem ao resto do mundo...

Esta estrutura tem-se mantido estável  quando comparamos os números de 2017, 2016 e 2015.

Comparando o ano de 2017 com 2016 (valores colocados entre parênteses retos), já o ano passado concluíamos que continuavam a ser os mesmos cinco países principais, em termos de origem dos nossos leitores ou visitantes.  A França, que vem em 4º lugar, passa de 4,3%  (em 2016) para 5,3% (em 2018), (*)

Portugal: 42,3 % [41,9%]
EUA: 23,9 [24,9% ]
Brasil: 6,4% [6,8%]
França; 4,5 % [4,3%]
Alemanha: 4,4% [ 4,6% ]


Nenhum PALOP (país africano de língua oficial portuguesa) aparece, nos últimos 4 anos, na lista dos "top ten" (dez mais), muito embora saibamos que o nosso blogue é seguido nomeadamente em Cabo Verde, Guiné-Bissau e Angola.

Sabemos que nos PALOP o grau de penetração da WEB ainda é baixo. Em todo o caso, Cabo Verde chegou a figurar no nosso "top ten" em 2013 (**).

Em 2018, o do resto do Mundo ganha algum peso (relativo), quando comparado com os três  anos anteriores:

2015: 13,2%
2016: 12,6%
2017: 13,5%
2018: 14,5%

Recorde-se, por seu turno, que o Brasil foi destronado do 2.º lugar, pelos EUA, a partir de 2014... Os EUA tinham 7,6% do total em finais de 2013, e têm hoje cerca de 24%.
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 9 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18192: O nosso blogue em números (48): Quem é que nos lê ou visita? Em 2017, foi sobretudo gente oriunda de Portugal (42,3%), EUA (23,9%), Brasil (6,4%), França (4,5%) e Alemanha (4,4)%)... Mas também Reino Unido, Rússia, Polónia, Espanha e China (, num subtotal de 5%)... O "resto do mundo" representa 13,5%... Não há um PALOP no "top ten"... mas sabemos que temos leitores em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Angola...

Vd. também:

7 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P16928: O nosso blogue em números (40): No final de 2016, atingimos um total de 9,3 milhões de visualizações... Quem nos visita, vem sobretudo de Portugal (41,9 %), EUA (24,9 %), Brasil (6,8 %), Alemanha (4,6 %) e França (4,3%)

4 de janeiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15575: O nosso blogue em números (37): No final de 2015, atingimos um total de 7,6 milhões de visualizações... Quem nos visita, vem sobretudo de Portugal (47,5%), EUA (17,1%), Brasil (8,2%), França (4,9%) e Alemanha (4,8%)


(***) Último poste da série > 1 de maio de 2018 > uiné 61/74 - P18591: O nosso blogue em números (53): atingimos hoje os 10,4 milhões de visualizações em 14 anos de existência... Desde o início do ano, estamos a publicar 4,4 postes em média por dia, com 3,8 comentários por poste... Nos últimos 40 dias entraram mais 6 novos membros para a Tabanca Grande

Guiné 61/74 - P19358: Agenda cultural (667): Apresentação do livro de viagens "Regy", da autoria de Fernando Gouveia, e palestra sobre poesia por Regina Gouveia, dia 12 de Janeiro de 2019, a partir das 15h30, no Clube Fenianos Portuenses, junto à Câmara Municipal do Porto

C O N V I T E


1. No próximo dia 12 de Janeiro de 2019, pelas 15h30, no Clube Fenianos Portuenses, junto à Câmara Municipal do Porto, o nosso camarada Fernando Gouveia (ex-Alf Mil Rec Inf, Bafatá, 1968/70) irá apresentar o seu livro Regy, em torno das muitas viagens que tem feito ao longo da sua vida, quase sempre acompanhado da sua Regy (Regina).

Pelas 16h30, Regina Gouveia, sua esposa e nossa tertuliana, irá falar da poesia em geral e da sua obra em particular.

Aqui fica o convite endereçado especialmente à tertúlia da Tabanca Grande residente no Grande Porto.

Capa do livro de viagens "Regy", de Fernando Gouveia




 Recorte de jornal com uma passagem do livro
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Nota do editor

Último poste da série de 27 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19340: Agenda cultural (666): Apresentação da Obra Poética de Vital Sauane - “Mundo di Bambaram”, dia 28 de Dezembro, pelas 18h00, no Centro de Exposições de Odivelas, Rua Fernão Lopes, 2675-348 Odivelas

Guiné 61/74 - P19357: Estou vivo, camaradas, e desejo-vos festas felizes de Natal e Ano Novo (15): Patrício Ribeiro com votos de bons passeios em 2019


Guiné > Região de Tombali >  Guileje > 19 de março de 2018 > Estrada para Mejo a ser reparada



Guiné > Região de Tombali >  Guileje > 19 de março de 2018 > Estrada para o lado do cruzamento, a ser reparada


Guiné > Região de Tombali >  Guileje > 19 de março de 2018 >


Guiné > Região de Tombali >  Guileje > 19 de março de 2018 > Bangalôs


Guiné > Região de Tombali >  Guileje > 19 de março de 2018 > Resto de munições e placa toponímica


Guiné > Região de Tombali >  Guileje >19 de março de 2018 >  Interior da capela


Guiné > Região de Tombali >  Guileje > 19 de março de 2018 > Fachada da capela


Guiné > Região de Tombali >  Guileje >19 de março de 2018 >  Casa do Ambiente

Fotos (e legendas): © Patrício Ribeiro (2018) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso amigo e camarada Patrício Ribeiro, 

[ Patrício Ribeiro é um português, natural de Águeda, criado e casado em Angola, Huambo, ex-fuzileiro em Angola durante a guerra colonial, a viver na Guiné-Bissau desde meados dos anos 80 do séc. passado, fundador, sócio-gerente e director técnico da firma Impar, Lda.]

Data -  Quarta, 2/01, 23:39

Assunto - Bons passeios para 2019

Para 2019, bons passeios, enquanto podemos…

Junto algumas fotos tiradas em 2018, antes que desapareçam dos meus arquivos.

Nos meu passeios pelo Sul, segui por Guiledje, a caminho do Medjo, Iemberem, Cabedú, até Calaque.

Fui tirando as fotos do costume, junto algumas do Quartel de Guiledje, onde almocei e descansei.

Fui recebido pela representante da AD, Maimuna Cassacá (tlm 96 66 70 951), que cuida de tudo e mantém o espaço funcional, limpo e organizado.

Os bungalows estão ok, para quem lá queira ficar a dormir.

“O problema mais uma vez é a água”, que tem que ser transportada em bidons, da Tabanca mais próxima.

O furo que o Pepito mandou abrir, secou. Onde já trabalhou uma bomba solar e mais tarde, uma outra com o gerador. Como se diz por aquelas bandas, “o irã certamente não deixa”.

Ver as fotos: da Capela, bungalow, casa da Cultura, Museu, estrada e lançamento da 1ª pedra, para a reparação da estrada.

A estrada entre o Cruzamento Guiledje e Bedanda, está a ser reparada. Ainda este ano está prevista a reparação desde o cruzamento, até Cabedú passando por Iemberem , que está muito má, quase intransitável. Estes trabalhos têm o financiamento da União Europeia.Luís, peço desculpa do peso das fotos...

Abraço

Patricio Ribeiro

IMPAR Lda
Av. Domingos Ramos 43D - C.P. 489 - Bissau , Guine Bissau
Tel,00245 966623168 / 955290250
www.imparbissau.com
impar_bissau@hotmail.com
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Nota do editor: