terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Guiné 61/74 - P19302: (Ex)citações (348): O 'cinema Paraíso'... de Fajonquito e de Nova Lamego.. Recordações de nhô Manel Djoquim, o homem do cinema ambulante (Cherno Baldé / Vital Sauane)


Guiné > s/l> s/d> c. 1943/73> O caçador e empresário de cinema ambulante Manuel Joaquim dos Prazeres.

Foto (e legenda): © Lucinda Aranha (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné > Região de Bafatá > Contuboel > 1969 > CART 2479 / CART 11 (1969/70) > O Valdemar Queiroz a ver os cartazes, espetados numa árvore, do filme da semana : Riffi em Paris, película francesa, de 1966, dirigida por Denys de La Patellière e com Jean Gabin no principal papel... Filme de gangsters, popular na época... Chegava à Guiné três anos depois...Melhor do que nada... Hoje os guineenses não têm uma única sala de cinema..  Uma ternura (e uma preciosidade), esta foto!... A "fábrica de sonhos", ambulante,  era a da nhô Manel Joquim. Com ele, a "sétima arte" chegava a sítios recônditos de África...

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz  (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Cartaz do filme "Cinema Paraíso", de
Guiseppe Tornatore (1988), um daqueles
filmes que a gente não se cansa ver e rever...
Estreou em Portugal em 1990.
Fonte: Wikipedia
1. A história do nho Manel Djoquim, caçador, fotógrafo, homem dos sete ofícios, empresário de cinema ambulante em Cabo Verde (1929/1943) e depois na Guiné (1943/73), agora posta em biografia (ficcionada) pela sua filha Lucinda Aranha Antunes (*) , dava um belo filme como o inesquecível "Cinema Paraíso" (1988), escrito e dirigido por Giuseppe Tornatore, com música de Ennio Morricone. Aliás, Cabo Verde e a Guiné desse tempo têm matéria-prima para grandes filmes...

Visto do séc. XXI, o Manuel Joaquim dos Prazeres só pode ser um descendente direto dos "lançados", dos grandes aventureiros de Quinhentos, do tuga que ama a Áfria e os grandes espaços, e as suas gentes... E que sabe fazer a ponte entre a natureza e a cultura, a geografia e a história, o real e o imaginário, os bichos e os homens...

Eu vi, por certo, algum filme dele, projetado na parede ds instalações do comando ou no refeitório das praças, em Bambadinca (entre julho de 1969 e março de 1971) e, antes, em Contuboel, em junho e julho de 1969... Aliás, vários de nós têm ainda uma vaga lembrança dele...

Mas deixemos antes aqui, recuperados, os depoimentos (emocionados) de dois guineenses, que eram crianças nesse tempo do cinema ambulate de nhô Manel Djoquim: o nosso Cherno Baldé, gestor de projetos, e o empresário Vital Sauane, curiosamente dois guineenses que completaram a sua formação académica, pós-graduada, na "minha" escola, o ISCTE-IUL. 


(i) Comentário de Cherno Baldé (, natural de Fajonquito, gestor de projetos, nosso colaborador permanente)  ao poste P13022 (**), de 23 de abril de 2014:

O Manel Djoquim (Manuel Joaquim), o Homem do cinema ambulante:

“Nestas suas andanças lá ia com a sua velha Ford, gerador, projector, ecrã, filmes os mais inócuos possíveis (capa e espada, cowboys, musicais, comédias, dramas), os seus ajudantes nativos (...)  cinco pesos e leva cadeira...”...

Era conhecido em toda a Guiné e em todas as aldeias, naturalmente, pelas pessoas daquele tempo, isto é,  pessoas com idade igual ou superior a 50 anos.

Eu conheci o Sr. Manuel Joaquim desde os meus 8/9 anos de idade em Fajonquito. Ele vinha à nossa aldeia, pelo menos, uma vez, em cada 2/3 meses, no seu velho camião carregado da sua máquina de sonhos para nos alegrar, e foi graças a ele que fomos descobrindo grande parte da cultura ocidental estilizada em gestos ousados, olhares atrevidos, carícias públicas e mil pedacos de um universo que entrava pouco a pouco dentro da nossa forma de ser e estar na vida.

Pessoalmente, para o resto da minha vida estaria marcado pela postura e coragem dos actores (Cowboys e Índios indomáveis), o que, no fundo, era muito parecido com aquilo que nos tentavam inculcar nas nossas cerimónias iniciáticas designadas de Fanado tradicional.

Dele ainda recordo-me dos seus enormes calções, meias esticadas até aos tornozelos e chapéu de abas largas, tipo Cipaio. A certa altura, um dos seus ajudantes era o Camões (zarolho) e por isso acreditavámos que com esta limitação visual podiamos sempre aproveitar para entrarmos sem que ele nos visse. Normalmente eramos apanhados e soltos de seguida dentro do recinto fechado para a projeção do filme.

Naquela idade não precisávamos de cadeiras, e quando a projeção se iniciava, pouco a pouco, enchíamos o recinto, acabando por nos sentarmos mesmo por baixo do pano das imagens, importante mesmo era entrar e assim poder participar, no dia seguinte, de mais um episóio marcante, uma história de vida que só voltaria a acontecer passados 2 ou 3 meses.

Quem não ficava contente com a chegada do Manel Djoquim eram as nossas pobres mães, pois sabiam que ele vinha, por certo, roubar, através dos seus filhos as pequenas economias conseguidas durante semanas ou meses com muito suor e canseira. (...)


Convite para a apresentação do livro de poesia "Mundo di Bambaram",  de Vital Sauane, empresário de futebol, descobridor de talentos do futebol guineense... Lisboa, 28 de dezembro de 2018, pelas 18h00, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, Lisboa, Campo Grande.


(ii) Comentário de Vital Sauane [ natural de Nova Lamegio, mestre em Sociologia pelo ISCTE (2011/13), poeta, empresário de futebol, dono da Academia Vitalaise, em Bissau,] ao poste P12991, de 15 de abril de 2014 (***)

Cara Lucinda Aranha, é com grande satisfação que encontro este Blog, hoje é o dia em que regressei à minha terra natal por vários motivos, em primeiro lugar recordei da minha querida mãe que me deu tudo e mais alguma coisa, mas de repente veio à mente um senhor que fazia filmes na época colonial chamado Manuel Joaquim (Manel Djoquim, para todos os Guineenses).

Venho por este meio agradecer ao seu pai, porque eu adorava cinema, era muito novo, estava perto de completar os 5 anos aproximadamente, lembro-me sempre de pedir dinheiro a minha mãe para ir ver os filmes, na maioria das vezes não pagava porque os guardas da Casa Gouveia conheciam-me porque levava leite de vaca para os donos da Casa Gouveia [, em NovaLamego].

Os filmes eram projectados no quintal da Casa Gouveia, eu não queria ir à escola porque não era tradição na minha família alguém ir para escola, mas estava sempre a perguntar o que se passava nos filmes e como as pessoas estavam muito concentrados para ler a legenda não dava para me explicarem sempre o que se passava, um dia disse para a minha mãe que gostaria de perceber o que se passava nos filmes porque ninguém me explicava nada, ela disse me então chegou altura de pensares seriamente em ir para a escola, aceitei de imediato porque percebi de que sem a escola não poderia interpretar os filmes.

Comecei a ter explicação numa senhora portuguesa que era professora primária, morava ao pé da minha casa, nunca mais abandonei a escola, não sou ninguém mas pelo menos sou aquilo sou graças ao seu pai, talvez se o senhor Manel Djoquim nunca tivesse chegado a Nova Lamego eu seria uma outra pessoa, até poderia ido à escola mas não seria da forma que aceitei e gostei da escola.

Hoje passado todo este tempo recordo-me dos bons tempos da minha cidade, e como o seu pai nos ajudou a ver o mundo, nem rádio tínhamos em casa, de repente a começar a ver filmes, Tarzan, Sandokan,  o Tigre da Malásia, Pierre Brice  & Les Barker, como nos ensinou a ver outro lado do mundo através dos filmes, o seu pai era um homem bom, nunca ralhava com as crianças, sempre que notava que as crianças estava a furar a barreira fazia de conta que não estava a ver, ele amava a sua profissão, gostava do povo, sentia o povo, com os seus calções que ficaram eternizados mesmo depois da sua partida, calções de Manel Djoquim. 

Ficámos órfãos de tudo, a Guiné tem hoje mais Tarzans do que a própria selva, em cada esquina encontra-se Far West, o país está em autêntico declínio, Salteadores da Arca Perdida dentro do próprio Estado, a guerra dentro da cidade destruiu a capital por completo, fome e miséria por toda a parte, se há coisa que tenho saudades é dos bons tempos dos filmes de nhõ Manel Djoquim, que a sua alma descanse em paz, mais uma vez muito obrigado por partilharem estes momentos, obrigado aos donos do Blog, quem sabe um dia venho com mais historias de Nova Lamego onde tenho orgulho de ter nascido (...) . (****)

Vd. também postes de 

17 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19300: Notas de leitura (1132): “O Homem do Cinema, A la Manel Djoquim i na bim”, por Lucinda Aranha Antunes; edição da Alfarroba, 2018 (1) (Mário Beja Santos)


19 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13307: Notas de leitura (602): "Onde se fala de Bissau", do princípio dos anos 50, da UDIB... Um excerto do próximo livro de Lucinda Aranha dedicado a seu pai Manuel Joaquim, empresário e caçador em Cabo Verde e Guiné (Lucinda Aranha)




(****) Último poste da série > 11 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19279: (Ex)citações (347): Os problemas do PAIGC na logística de saúde em 1965, na frente norte, tempo em que a CCAÇ 675 ali se encontrava em quadrícula (José Eduardo Oliveira)

18 comentários:

Anónimo disse...

Virgilio Teixeira, disse:

Ao ver isto tudo, ler estas histórias, gente da minha geração, mais ou menos, estivemos nos mesmos sítios, 50 anos atrás, relíquias de um passado que não esquece, penso que será politicamente incorrecto dizer que fico emocionado, comovido, se quiserem saudosista, então eu não me importo dos comentários.

Estive tão pouco tempo em Nova Lamego, porque raio fui transferido ao fim de 5 meses para uma terra de ninguém, que não se fala e não interessa, e não deixo de a classificar de Forte Álamo de São Domingos.

A primeira visualização que tenho do nosso camarada Valdemar Queiroz, bela figura e bela foto, parabéns.

Virgilio Teixeira

Anónimo disse...

Virgilio Teixeira, disse:

Depois vem Nova Lamego, o cinema, os filmes aqui falados, todos do meu tempo, eu até 66 tinha visto tudo o que era filme, especialmente de indios, cowbois e o 7º regimento de cavalaria do General Custer.

Nós tínhamos uma salinha em Nova Lamego, mesmo ao lado do Clube do Gabu - cujo dono teimo em não me lembrar do nome dele, entre set67 a fev68, se alguém souber o seu nome tenho que o escrever no meu livro.

Tenho aqui já quase pronto para postar um lote de meia dúzia de fotos, do cinema, por fora e por dentro, não estão nada boas, mas é o que tenho, até mandaria ainda hoje, passando à frente de outras, para irem embaladas neste poste de hoje.

Não conheci o 'Seu Manel' o homem do cinema ambulante, ou não me lembro. Não sei quem ia lá projectar, talvez ele, pelas datas alguém poderá ajudar, tenho aqui numa foto o cartaz de um filme, "PAPOILA A FLOR". Não sei de que se trata mas fui ver.

Vou continuar a escrever sobre isto, mas fica para mais logo ou amanhã.

Virgilio Teixeira


Anónimo disse...

Virgilio Teixeira, disse:

A história do nosso amigo Cherno Baldé, é emocionante, parece que nos conhecemos de algum lado, vou pensar melhor no assunto.

Mas antes de acabar esta manhã, não deixo de lamentar que todas as apresentações de filmes, livros etc, é tudo em Lisboa.

E nós os parolos do Norte, não nos sobra nada?

Virgilio Teixeira


Anónimo disse...

Valdemar será que em Contuboel já havia cartazes dos filmes que iam passar no cinema?.
No tempo de Nova Lamego, em 67, só estava afixado um cartaz à porta do cinema.

E o filme 'Riffi em Paris' não será o outro do Marlon Brando? 'O ultimo tango em Paris?'

Hoje estão afixados nos postes electricos e outros equipamentos sociais das grandes e pequenas cidades, anúncios de 'aluga-se quarto, ou casa, ou aceita-se meninas estudantes para partilhar renda, etc'

E também os normais papeis dos biscateiros de tudo, e dos cãezinhos ou gatinhos perdidos.

Precisamos brincar.

Abraço,

Virgilio Teixeira

Luís Graça disse...

Virgílio:

"O último tango em Paris" só estreia em Lisboa... três meses depois do 25 de Abril de 1974...

(...) "8 de Agosto de 1974. O passeio da Avenida da Liberdade junto ao Cinema São Jorge está cheio. Largas dezenas de pessoas esperam que chegue a sua vez de comprar bilhete para uma das estreias mais aguardadas desse primeiro Verão da Lisboa pós-revolução. Será assim durante dois meses. O Último Tango em Paris, filme de Bernardo Bertolucci (1941-2008) que a palavra 'escândalo' precede e persegue, chega pela primeira vez a um cinema português, quase dois anos depois da sua estreia mundial, em Nova Iorque." (...)

https://www.publico.pt/2018/11/26/culturaipsilon/noticia/ultimo-tango-paris-inquietante-1972-inquietante-2016-1852536#

Valdemar Silva disse...

Virgílio.
Neste caso, a imagem não engana.
Realmente, a fotografia parece tirada num cenário artificial, mas foi em Contuboel junto a uma serração. Não sei, ou melhor não me lembro, quem foi o fotógrafo, mas julgo ter sido o meu alfero Pina Cabral, que tinha uma boa máquina.
'O Último Tano em Paris' só apareceu por cá em 1974 e era ver grandes filas de espanholada, que não vinham à semana santa, às portas do Cinema São Jorge para verem a 'mata do Monteschneider' e a seguir iriam comprar pacotes de margarina em vez de pasteis de nata.

Abraço e Boas Festas
Valdemar Queiroz

Luís Graça disse...

... Valdemar, realmente, nunca se gastou tanta margarina em Portugal!... E já me esqucia de "nuestros hermanos" que já não tinham vontade nenhuma de continuar a cantar "Arriba Franco! Viva Espanã!"... O velho ditador irá morrer ano e meio depois, em novembro de 1975...

Cherno AB disse...

Caro amigo Virgilio,

Num dos seus albuns fotograficos publicados no Blogue, penso que retratando a visita do Presidente do Conselho, Américo Tomaz, nas ruas de Bissau, pareceu-me ter reconhecido o rosto matreiro e bonanceirão do Manel Djoquim. Tentei recuperar o Post, mas não consegui. Talvez o Luis consiga revisitar o tal Post. A ser verdade, isto provará que estiveram muito perto um do outro durante as manifestações da chegada do Presidente a Bissau em 1968 ou 69.

Não sei se há alguma coisa que não tenha sido captado pelas camaras fotograficas do Virgilio durante a sua passagem pela Guiné nos 60.

Caro amigo Valdemar, estás a falar da Serração do Sr. Albano, empresário Português que esteve em Contuboel por mais de 40
anos.

Com um abraço amigo,

Cherno Baldé

Valdemar Silva disse...

Caro amigo Cherno
Connosco é.... aqui nada se perde, tudo se transforma em lembrança.
Precisamente, era a Serração do Sr. Albano, até havia por lá um grande forno.

Um abraço
Valdemar Embaló

Anónimo disse...

Caros amigos,

Não distinguem uma brincadeira?

O Ultimo Tango vi em 1ª mão no Coliseu do Porto, em 74 não sei o dia, e para ser sincero, aquilo era uma grande merda, mesmo sendo o primeiro da série, não era nada, nem carne nem peixe. Vi uma vez e chegou. Aliás é uma opinião generalizada.
Tanta coisa boa veio depois, sem entrar no 'hard core', este foi só publicidade e ganhos para o Turismo do sexo.

Cherno, vou dar uma vista de olhos nas fotografias para ver se encontro lá o nosso homem.

Boa noite, vou ao jantar de anos da minha adorada NORA. Sem mais.

Virgilio Teixeira


Anónimo disse...

Camarigos

Durante a minha permanência em Mansoa, quase um ano, vi muitos filmes que passaram no Cinema do Clube dos Balantas, distinta filial do Belenenses, antigo não confundir com a SAD.
Julgo que estas projecções não tinham nada a ver com as do "nhô Manel djonquim". Nem sei se alguma vez ele passou, durante a minha estada, por algum dos Destacamentos de Infandre, Braia ou Cutia, já que por Mansoa não tenho ideia.

Aproveito ao mesmo tempo para fazer a minha Prova de Vida, pois que, apesar de pouco "falador", por aqui vou passando quase diariamente e quanto ao meu "estado", lá me vou aguentando e tenho mesmo de me dar por feliz, já que a saúde vai sendo bastante razoável para "as luas" que carrego.

Por isso, para todos vós, companheiros, amigos e camaradas, os meus Votos de Um BOM NATAL, FELIZ ANO de 2019, na companhia de todas as vossas Gentes e sobretudo com muita SAÚDE, ALEGRIA e POUCOS ROUBOS daqueles que parece que só vivem para isso. Vocês entendem.

Abração do

Jorge Picado.

Manuel Luís Lomba disse...

No meu tempo dizia-se que o PAIGC concedia a livre circulação a duas individualidades da Guiné, no entanto não alinhadas:ao Dr. Maurício, pela sua missão de erradicar a lepra e ao Manuel Joaquim, no seu negócio de projecta de filmes, que também serviam para "animar" a malta do PAIGC. Não só não os atacavam como não raro lhe apareciam a desviá-los das minas a/c.
Nem a carrinha Peugeot do Dr. Maurício nem o Ford "machimbonbo" do Manuel Joaquim alguma vez foram molestados. Lembro-me do Manuel Joaquim circular sem escolta entre Bafatá, Nova Lamego e terá ido a Bajocunda e Canquelifá.
Conheci a Dr.ª Lucília num encontro da TG em Monte Real e aproveito para a felicitar pelo seu livro e desejar-lhe Boas Festas.
Abr.
Manuel Luís Lomba

Manuel Luís Lomba disse...

Perdão: Dr.ª Lucinda Aranha Antunes.
MLL.

Anónimo disse...

Caro amigo Cherno,

Dei uma olhada às fotos todas do Poste no Blogue, e só lá vejo uma de um homem bonacheirão, de chapeu abas largas, com uma máquina fotográfica a tiracolo, junto de um Jeep, na visita de Américo Tomaz.
Depois não encontro nada parecido.
Como posso para mandar esta, e ver se é a mesma.

Ele está mesmo em primeiro plano nesta foto.

Podia mandar por email!

Abraço, VT.

Virgilio Teixeira


Anónimo disse...

Caro amigo Virgilio,

Sim, deve ser esta, encontra-se no P18358, de 26 de Fevereiro 2018, foto n. 10. Nela vemos a comitiva a circular na Av. Marginal, entre a ponte cais e o Porto de Pindjiguiti.

Nao tenho a certeza, mas pareceu-me o homem do cinema, Manel Djoquim ja quase velhinho, mas em boa forma, a acompanhar a visita do Presidente do Conselho, A. Tomáz, em Fevereiro de 1968, em Bissau.

Um abraço amigo,

Cherno Baldé

Anónimo disse...

Caro Cherno Baldé:
É essa mesma, o homem do chapeu de abas largas e cãmara fotográfica a tiracolo.
Alguém já o teria identificado?

Américo Tomaz era o Presidente da Republica, não o presidente do Conselho.
Vamos ver se alguém tem mais a acrescentar.

Abraço,

Virgilio Teixeira

Valdemar Silva disse...

Não me parece que o tal fotógrafo, da foto nº. 10, seja o Sr. Manuel Joaquim.
Este, parece-me um fotógrafo 'oficial', se repararmos na credencial pendorada na camisa deve ser de algum jornal, a fazer a cobertura fotográfica da viagem de Américo Tomás.
Mas, todas estas excelentes fotografias do Virgílio são de um autêntico repórter fotográfico credenciado.
Valdemar Queiroz

Valdemar Silva disse...

Já quanto ao fotógrafo de camisa branco e de Polaroide? apontada, da foto nº. 5, não sei não.

Valdemar Queiroz