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quarta-feira, 19 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26596: As nossas geografias emocionais (50): Gadamael com 40 anos de diferença: fotos de 1971, do Morais Silva (cmdt, CCAÇ 2796, 1970/72), e de 2010, do Pepito (AD - Acção para o Desenvolvimento, Bissau) (1949-2012)



Foto nº 1 e 1A > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > CCAÇ 2796, "Os Gaviões" (1970/72) > O pau da bandeira


Foto nº 2 >  Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 > O que restava da base do pau da bandeira...





Foto nº 3, 3A, 3B, 3C > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > CCAÇ 2796, "Os Gaviões" (1970/72) > O "porto"... Gadamael não era banhada pelo rio Sapo (que corria mais a sul, mais perto de Sangonhá) mas por um braço do rio Cacine, sem nome  (vd. Carta de Cacoca, 1960, Escala 1/50 mil).


Foto nº 4 >  Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 >  O antigo cais... (Ou o nível da água do rio está subir, ou a estrutura dsgradou-se muito com o tempo: são 40 anos)




Foto nº 5, 3A, 3B > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > CCAÇ 2796,. "Os Gaviões" (1970/72) >  Traseiras do edifício de comando (possivelmente a antiga casa ou loja de um comerciante)


Foto nº 6 >  Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 >  O antigo  edifício de comando, visto de frente






Foto nº 7, 7A, 7B, 7C, 7D > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > CCAÇ 2796, "Os Gaviões" (1970/72) >  Janeiro de 1972 > A "avenida principal"... O "ferIdo" que se vê em primeiro plano junto da velha GMC faz parte do "cenário" das habituais praxes aos "periquitos"... A CCAÇ 2796 seria depois colocada em Quinhamel...



1. São quarenta anos de diferença... 1971, 2010... Gadamael, um dos 3 G da Guerra da Guiné, que esteve a ferro e fogo (em maio / junho de 1973)...

Gadamael  tem mais de 430 referências no nosso blogue (Guileje tem mais  580; e Guidaje, 275).

Neste poste as fotos nºs 2, 4 e 6 são  do álbum do falecido Pepito (engº agrónomo, Carlos Schwarz da Silva, então diretor executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento) (Bissau, 1949 - Lisboa, 2012).

 Fotos (e legendas): © Pepito (2010). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné ]


As restantes fotos (nºs 1, 3, 5 e 7= são do álbum do cor art ref, na altura (jan 71/ fev 72), cmdt dos "Gavióes, a CCAÇ 2796. 

Lembre-se que o cor art ref Morais da Silva:

(i) foi cadete-aluno nº 45/63 do Corpo de Alunos da Academia Militar (e depois, mais tarde, professor de investigação operacional na AM, durante cerca de 2 décadas);

(ii) no CTIG, foi comandante da CCAÇ 2796, em Gadamael, entre jan 1971 e fev 1972; instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga; adjunto do COP 6, em Mansabá;

(iii) fez parte do Grupo L34, na Op Viragem Histórica, no 25 de Abril de 1974;

(iv) é membro da nossa Tabanca Grande, com cerca de 150 referências no blogue.

Fotos (e legendas): © Morais da Silva (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Tombali > Carta de Cacoca (1960) (Escala 1/50 mil) > Posição relativa de Gadamael Porto, Ganturé, Sangonhá, Cacoca, Rio Cacine e fronteira com a Guiné-Conacri


Infografia: Morais Silva / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2025)

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terça-feira, 18 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26594: As nossas geografias emocionais (49): Gadamael Porto, fotos do Pepito (1949-2012), de 2010 (era então diretor executivo da AD, Bissau), e do Carlos Afeitos, de 2011 (cooperante, 2008-12)



Foto nº 1 > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 > Antigas instalações do comando, centro de transmissões e residência de oficias


Foto nº 2 > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 > A antiga pista de aviação....


Foto nº 3  > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 > O porto ou cais acostável, construído pelo exército português... (O rio que banhava Gadamael era um braço do Rio Cacine, náo tinha nome, mas havia quem, como o Daniel Matos, que  dizia era o Rio Sapo, afluente do Rio Cacine, ,mas que ficava mais a sul de Gadamael Porto).


Foto nº 4 > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 > A caminho do porto, situado no Rio Sapo, afluente  do  Rio Cacine...


Foto nº 5 > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 > Restos do abrigo do morteiro 81  

Foto nº 6 > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010  > O que restava  da base do pau da bandeira...



Foto nº 6 > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 > Mari Dabó, antiga lavadeira do alferes Oliveira [talvez da CCAÇ  4152/73 ? ] que ficou em Gadamael depois da independência e que era de Moscavide


Fito nº 7 > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outubro de 2010 > Mariama Mané, lavadeira do "major Manso" (... que só pode ser o maj cav Manuel Soares Monge, penúltimo cmdt do COP 5: entre jan 73 e ago 74, o COP 5 teve como cmdts o  maj art Alexandre Costa Coutinho e Lima; o ten-cor  pqdt  Sílvio Jorge Rendeiro de Araújo e Sá; o cap inf Manuel Ferreira da Silva; o maj cav Manuel Soares Monge; e o cap ten Heitor Prudêncio dos Santos Patrício; o COP 5 mudou de Guileje para Gadamael, depois da retirada de Guileje em 22 mai 73).
 


Foto nº 8 > Guiné-Bissau >  Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de outbro de 2010 > Arafá Turé, aluno do professor furriel Barros, do Porto, em 1971 (devia pertencer à CCAÇ 2796, na altura comandada pelo cap art Morais da Silva, que esteve em Gadamael, entre jan 1971 e fev 1972).

Fotos do álbum do Pepito (engº agrónomo, Carlos Schwarz da Silva, então diretor executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento) (Bissau, 1949 - Lisboa, 2012). Na altura, em outubro de 2010, andava entusiasmado, ele e a população  local, com a ideia da criação do Núcleo Museológico de Gadamael, á semelhança do de Guileje. Este e outros foram projetos que ficaram por realizar, face à sua insperada morte, em Lisboa,  no início de 2012, aos 63 anos).

Fotos (e legendas):  © Pepito   (2010). Todos os direitos reservados  [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné ]



Foto nº 9  Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 > Vestígos da CART 1659, "Zorba" (Gadamael e Ganturé, 1967/68). A subunidade a que pertenceu o nosso grão-tabanqueiro Mário Gaspar (1943-2025). Mas também o  Joaquim Fernandes Alves, ex-fur mil, grão-tabanqueiro nº 625 (mora em V. N. Gaia).


Foto nº 10 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 > Vestígos da CART 6252/72, "Os Indiferentes" (1972-74).

A CART 6252/72, com apenas meia dúzia de referências no blogue, não tem nenhum representante, registado. Há uma página do Facebook com o nome CART 6252/72 "Os Indiferentes", criada pelo Luís Francisco Gouveia, ex-fur mil trms: telem 964 153 392 | email: luisfsgouveia@gmail.com. Fica aqui o convite para ele se juntar à Tabanca Grande.





Foto nº 11 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 >  "Bunker a seguir à pista, no início do aquartelamento" 




Foto nº 12 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 >  "Bunker"...



Foto nº 13 _ Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 >  "Base do pau da bandeira" (vd. foto nº 6 do Pepito, 2010)


Foto nº 13 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 >  "Espaldão do obus"...  




Foto nº 14 e 14A > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 >  "Antiga enfermaria" (informação dada ao Carlos Afeitos pela população local).



Foto nº 15 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 >  "Sem legenda" (vd. foto  nº 1, do Pepito, 2010)




Foto nº 16 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 > Rio Sapo >  "Cais" (1)  (vd. foto nº  3, do Pepito, 2010)...



Foto nº 18 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 2011 > Rio Sapo >  "Cais" (2)  (vd. foto nº  3, do Pepito, 2010)

Fotos do álbum do  Carlos Afeitos, professor de matemática, cooperante na Guiné-Bissau, durante 4 anos (2008-2012), e nosso grã-tabanqueiro, com o nº 606.

Fotos (e legendas): © Carlos Afeitos (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Foto nº 19A e 18 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Gadamael Porto > 10 de Outbro de 2010 >"Antiga messe de oficiais e depois hospital",  legendou o Pepito... Descobrimos que este edifício abandonado, da época colonial,  ostentava duas informações intrigantes: na parte superior da parede lateral direita a sigla ou o acrónimo ASCO, com as letras ainda perfeitamente legíveis ; e na parte da frente o ano "1918"...   

Foto (e legenda):  © Pepito 2010). Todos os direitos reservados  [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné ]




Foto nº 20 e 20A  > Guiné > Região de Tombali > Gadamael > CART 2410 (1968/69) > Messe e quarto de sargentos...  Foto do álbum de  Luís Guerreiro, ex-fur mil,  CART 2410 e Pel Caç Nat 65 (Guileje. Gadamael e Ganturé, 1968/70).

Neste edificio funcionou a filial da empresa ASCO - Aly Souleiman & Companhia...  A misteriosa sigla, A.S.C.O., já lá estava nessa época, e continuava  lá em 2010/2011. E nunca ninguém reparou nela nem na data da fachada (vd. fotos nº 14 e 19).

Foto (legenda): © Luís Guerreiro (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Bissau > 1956 > Um anúncio de um das casas comerciais mais importantes que existiam na Guiné em 1956. A empresa Aly Souleiman & Companhia (ASCO) dedicava-se à importação e exportação de produtos ultramarinos.  

Com sede em Bissau, tinha filiais em diversos pontos do território da Guiné, de norte a sul:  Bafatá, Farim, Mansoa, Pecixe, Bula, Sonaco, Mansabá, Contuboel, Bambadinca, Xime, Nova Lamego, Cacine, Campenae, Gadamael e  Catió,  "Aly Souleiman (apelido grafado à francesa...), e não "Ali Suleimane" (à portuguesa) era um próspero comerciante sírio-libanês.

O acrónimo da empresa era ASCO, tal como o seu endereço telegráfico... Algumas das mais importantes empresas estrangeiras, e nomeadamente as de origem francesas, com negócios no Senegal e na Guiné portuguesa, usavam acrónimos: NOSOCO, SCOA, CFAO... 

Ficou definitivamente explicado em  o mistério do acrónimo ASCO que aparece num edifício de Gadamael, que, no tempo da guerra, serviu de enfermaria. A data "1918" deve ser referente à sua construção.

Foto (e legenda): © Màrio Vasconcelos (2015). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Tombali > Carta de Cacoca (1960) (Escala 1/50 mil) > Posição relativa de Gadamael Porto, Ganturé, Sangonhá, Cacoca, Rio Cacine e fronteira com a Guiné-Conacri

Infografia: Blogue Luís Grºça & Camaradas da Guiné (2025)


1. Estas fotos servem para nos recordar que o tempo também cura... Gadamael Porto não precisa de apresentação aqui no blogue. É um dos topóminos trágicos da nossa guerra, um dos 3 três G: Guidaje, Guileje, Gadamael... (Estamos sempre a esquecer Gandembel,  a batalha mais longa daquela guerra, com mais de 3 centenas de ataques e flagelações, em menos de 9 meses, de abril de  69 a janeiro de 1969: o aquartelamento, construído de raiz, seria depois mandado retirar por Spínola, à semelhança de outros aquartelamentos e destacamentos como Madina do Boé, Béli, Cacoca, Sangonhá, Ponta do Inglês, etc.).

Decifrámos o enigma das fotos nº 14 e 19 a partir de uma anúncio comercial de 1956...Um dos muitos anúncios de casas comerciais que existiam então na Guiné (*).  

O acrónimo da empresa era ASCO, tal como o seu endereço telegráfico... Algumas das mais importantes empresas estrangeiras, e nomeadamente as de origem francesas, com negócios no Senegal e na Guiné portuguesa, usavam acrónimos oi siglas: NOSOCO, SCOA, CFAO... Ficou, definitivamente, explicado no início de 2015 o mistério do acrónimo ASCO que aparece no edifício de Gadamael, e sobre o qual já especulámos durante meses e meses,

Estas fotos fazem parte das nossas geografias emocionais (**). Mais de um dúzia unidades de quadrícula guarneceram Gadamael.  Impressionante e comovente é o facto de haver gente da população que ainda se lembrava, 40 anos depois, de camaradas nossos (!) (fotos nºs  6, 7 e 8):

  • Mari Dabó, antiga lavadeira do alferes Oliveira [talvez da CCAÇ  4152/73 ?] que ficou em Gadamael depois da independência e que era  de Moscavide;
  • Mariama Mané, lavadeira do "major Manso" (... que só pode ser o maj cav Manuel Soares Monge, penúltimo cmdt do COP 5);
  • Arafã Turé, aluno do professor do posto escolar militar, furriel Barros, do Porto, em 1971 (devia pertencer à CCAÇ 2796, na altura comandada pelo cap art Morais da Silva, nosso grão-tabanqueiro, que esteve em Gadamael, entre jan 1971 e fev 1972).

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Notas do editor LG: 

domingo, 16 de fevereiro de 2025

Guiné 61/74 - P26501: Manuscrito(s) (Luís Graça) (265): Que o Nhinte-Camatchol, o Grande Irã, te proteja, Guiné-Bissau!




Lisboa > Museu Nacional de Etnologia > Peça de santuário e toucado de dança, "A-Tshol". Baga Nalu, Guiné-Bissau. MNE, AO.335. (Patente na Exposição "Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades" )(*)


Que o Nhinte-Camatchol te proteja,Guiné, Tabanca Grande

por Luís Graça


Quem disse que a Guiné-Bissau não tem futuro ?
Não fui eu, que pouco valho,
não foi o dari,
que não tem seguro de acidentes de trabalho.
Nem de saúde.

Quem disse que o futuro não passa por aqui, amiúde ?
Não, não foi o macaco fantango,
que trabalha sem rede,
e não tem protecção no desemprego.
Nem o desgraçado do macaco-cão
que vai à mesa do rico e do pobre
como se fora leitão da Bairrada.
Nem o mandinga, bom negro,
tocador de cora,
que se foi embora,
em busca de outro chão,
livre do som da Kalash.

Quem disse que Deus, Alá e os bons irãs
não montaram morança nesta terra ?
Não foi o muntu,
não foi o tucurtacar pangolim,
não foi a rapaziada do Bairro do Quelélé,
não foi o fula nem o nalu,
não foram as aves do Cantanhez,
não foram os homens grandes do Gabu.
não foi o tuga, nem foste tu nem fui eu.

Ah!, como está ainda bem longe, Cabral, o ideal
 por que lutaste e morreste, uma vez,
tantas vezes,
tu e tantos outros combatentes da liberdade da pátria.
Nada que tu não saibas,
lá no Olimpo dos deuses e dos heróis,
ou não soubesses já, cá na terra dos homens,
que a História é fértil em exemplos de efeitos perversos,
de revoluções que devoram os seus filhos...

Tudo isto, para te dizer
que eu ouvi os jovens do teu país cantar o teu hino,
no antigo acampamento, a "barraca" Osvaldo Vieira,
nas matas do Cantanhez,
com o mesmo fervor do que quaisquer outros jovens
noutras partes do mundo,
em Portugal, em Cuba, na China,
na América, no Brasil ou em Angola ...
Pelo menos os teus sabiam a letra,
a tua letra, e até a música que foi composta pelo Sr. Xiao He,
um obscuro chinês, do tempo do maoísmo.

Quem disse, afinal, que a Guiné não tem futuro ?
Se não o foi macaco fidalgo,
foram os teus inimigos,
os de fora e os de dentro,
os teus filhos bastardos
e os filhos bastardos de outras nações.
Os que dizem mal de ti,
que te querem comprar
a preço de saldo,
e que te arrastam pela lama do tarrafo.
E que dizem que és um narco-Estado,
e que vives da caridade internacional.
e que já não tens fé, nem caridade, nem esperança,
nem voz, nem lágrimas para chorar.
Que já não tens alma nem salvação nem pudor.
E que Cabral morreu e está enterrado,
na antiga fortaleza colonial da Amura.

Os teus jovens,
os teus músicos,
o Furkuntunda,
o Anastácio di Djens,
grande senhor,
os teus poetas,
os teus artistas,
os teus artesãos,
as tuas televisões comunitárias,
as tuas rádios locais,
o teu novo Lamparam,
o teu Bombolom digital,
e até os centros de saúde no mato,
são a prova da tua grande vitalidade,
engenho, imaginação, talento,
alegria, nobreza,
criatividade, espontaneidade,
afabilidade, hospitalidade,
vontade de vencer o círculo vicioso da pobreza.
Do teu povo, Guiné,
de Norte a sul,
dos Bijagós às Colinas do Boé,
de Iemberém ao Quelélé.

Eu acredito em ti, país-irmão.
Eu quero acreditar em ti, Guiné,
eu quero remar contra a maré do cinismo
inimigo tão mortal
como o mosquito do paludismo.

Eu acredito nas tuas mulheres,
empreendedoras e corajosas,
que montam fabriquetas de descasque de arroz,
ou que, em casa, fazem o seu óleo de palma
e o seu chabéu, e o seu sabão.
E ainda têm tempo para ir à pesca e ao mercado
e para cuidar dos teus meninos.

Eu acredito, no talento dos teus jovens, criativos,
como o Grupo de Teatro Os Fidalgos.
Eu acredito ainda na força telúrica
e na generosidade dos homens (e mulheres)
que lutaram, por ti,
no Como,
em Cassaca,
em Cadique,
em Madina do Boé,
no Morés,
em Gandembel,
em Guileje,
em Guidaje,
no Fiofioli,
na Ponta do Inglês,
no Choquemone,
em Sinchã Jobel.
Com as armas na mão
e com as ideias e os valores na cabeça.
Para que tu fosses livre e independente,
e fosses justa e fraterna.

Enfim, uma Tabanca Grande,
grande como a bolanha de Bambadinca,
outrora verde e prenhe de arroz,
e aonde iam apascentar os búfalos.
Uma Tabanca Grande
onde cabe o Muntu e o Nalu,
os homens grandes e as mulheres grandes
e as meninas que um dia não precisarão da faca da fanateca.
Onde cabem os teus frondosos poilões
e as vaidosas cabaceiras.
Para que os teus filhos, Guiné,
tenham a merecida paz,
todos os dias do ano,
a liberdade, a justiça,
o milho, o arroz e a mandioca,
o mafé e o chabéu
com que se mata a fome e se sonha e se dança.
Enfim, a dignidade
a que os teus filhos têm direito
no seio da Mãe África
e do resto do mundo globalizado.

Ah!, a paz, a tão frágil paz
que leva tanto tempo a consolidar,
e o tão suspirado progresso que não chega,
ou que é tão lento, desesperadamente lento,
ou só chega para uma meia dúzia de privilegiados,
a nomenclatura do poder e do dinheiro...

Mas para isso, terás que fazer a ponte com o passado.
Mas para isso não poderás ignorar
nem escamotear os marcos
(de sinal mais e de sinal menos)
do passado,
bem como as raízes das lianas
e dos poilões da tua guineidade.

Como te imploram os teus filhos,
não queiras chorar mais, Guiné!
N ka misti tchora mas!
Faz das tuas lágrimas
a força do macaréu da tua revolta e do teu ânimo
que te ajudarão a abrir a Picada do Futuro,
a construir o Novo Corredor do Povo,
a Nova Estrada da Liberdade.
Que eu só desejo que seja
tão grande, larga e fecunda
como os teus rios míticos,
do Cacheu ao Cumbijã, do Geba ao Cacine.
Ou tão límpidos e belos e selvagens como o Corubal.

E que o Nhinte-Camatchol,
o grande irã, te proteja,
Guiné, Tabanca Grande.


Simpósio Internacional de Guileje
Iemberém, 1-2 de março de 2008 | Bissau, 2-7 de março de 2008
Lisboa, 30 de março e 2008 | Revisto, 16 de fevereiro de 2025

Luís Graça








Guiné-Bissau > Região de Tombali > Iemberém> Simpósio Internacional de Guileje > 1 de Março de 2008 > Grafito com o desenho nalú do irã protetor da tabanca, o Nhinte-Camatchol, e que fez parte do logótipo do Simpósio, organizado pela AD -Acção para o Desenvolvimento, o INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesqusias, e UCB - Universidade Colinas do Boé. Foi impresso nas t-shirts e pintadfo numa parede das instalações da AD em Iemberém.

 O Pepito escolheu, e não foi por acaso, a escultura nalu do Nhinte-Camatchol como "mascote" do Simpósio Internacional de Guiledje (2008). Na altura escrevi este longo poema em que pedia a proteção do grande irã para os nossos amigos e irmãos da Guine-Bissau. Aqui vai, em versão revista (**).
 
O Pepito morreria quatro anos depois. O Nhinte-Camatchol  (no nosso Museu Nacional de Wtnologia chamam-lhe  o A-Tsgol...) não protegeu o Pepito, que sacrificou muito da sua saúde, segurança e "qualidade de vida" (suas e da sua família) pelo seu povo. 

Esperemos que Deus, Alá e os Grandes Irãs protejam aquela terra que continuamos a amar, e os nossos amigos que lá vivem. Eles merecem. E que o exemplo do Pepito continue a ser inspirador, para eles e para nós. Foi pelo Pepito (1949-2012) que voltei à Guiné, m 2008, vencendo traumas da guerra.

O Nhinhe Camatchol é uma escultura dos nalus do Cantanhez usada na festa do fanado. Representa uma cabeça de pássaro com rosto humano, sendo a mensagem aos participantes deste ritual de iniciação à vida adulta a seguinte: que todos eles passam a considerar-se como verdadeiros irmãos, mais verdadeiros que os próprios irmãos biológicos. O que deve ser entendido como a afirmação do interessse coletivo, comunitário, acima do interesse dos indivíduos e das famílias. Orginalmente esta máscara não poderia ser vista pelos não iniciados, sob pena de morte (Campredon, Pierre – Cantanhez, forêts sacrées de Guinée-Bissau. Bissau,Tiguena. 1997, pp. 32-33).

Fotos (e legenda): © Luís Graça (2025). Todos os direitos reservados.[Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guine]
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Notas do editor:

/*) Vd. poste de 15 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26499: Os 50 Anos do 25 de Abril (35): Lisboa, Belém, Museu de Etnologia, até 2/11/2025: Exposição "Desconstruir o Colonialismo, Descolonizar o Imaginário. O Colonialismo Português em África: Mitos e Realidades" - Parte II


(**) Último poste da série > 30 de dezembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26326: Manuscrito(s) (Luías Graça) (264 ): Volta sempre, Irmão Sol

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Guiné 61/74 - P26451 As nossas geografias emocionais (39): Onde ficar em Bissau... em 2008 ?



Logo da página do Simpódsio Internacionald e Guiledje" (Bissau, 1-7 de março de 2008). Página capturada em 10/7/2009, 07:58, pelo Arquivo.pt



1.  Já se passaram 16 anos (!) desde que voltei à Guiné (28/2 - 7/3/2008)....Fiquei no Hotel Azalai ( o antigo QG/CTIG, em Santa Luzia), tal como a maioria dos estrangeiros que participaram no Simpósio Internacional de Guileje (Bissau, 1-7 de março de 2008). 

Muita coisa devia ter mudado desde março de 1971 (quando regressei a casa, no T/T Uíge), a começar pela cidade (a "Bissau Velha", em 2008,  deixou-me deprimido...), mas não a toponímia (mudada em 1975): lá continuavam a estar, nas velhas e sujas tabuletas das ruas, praças  e avenidas,  esburacadas e poeirentas, os nomes do Amílcar Cabral, Osvaldo Vieira, Domingos Ramos, Vitorino Costa, Pansau Na Isna, Mendes Guerra, e outros heróis da independència... E até o Che Guevara, o "pirómano revolucionário" que queria incendiar "dois, três Vietnames", porque só um não chegava...(Enfim, maluqueiras daquela época em que o imperialismo era um "tigre de papel" a que  a rapaziada do nosso tempo, com sangue na guelra,  queria deitar fogo...).

Das poucas coisas que não  mudaram, desde então,  foi a cotação do CFA,  em relação ao Euro, que  continua a ser de 655,957 XOF para 1 Euro...

Fui descobir, no Arquivo.pt, o sítio do Simpósio Internacional de Guileje (ou Guiledje), que foi a coroa de glória da AD do Pepito...Está  lá tudo: o programa, os conferencistas, os currícula, etc,., e até os sítios (hotéis) onde ficar..

Há muito que o sítio foi desconectado (afinal, o Pepito morreria, em 2012, e ONG AD andou pelas ruas da amargura, mas parece que ressuscitou recentemente com a Fénix Renascida...). Novos hoteis apareceram em Bissau, outros desapareceram ou mudaram de nome...

Aqui vai a lista dos hotéis que na época nos foi fornecida pela organização...É uma curiosidade que pode ter algun interesse documental (ou até histórico: as cidades são como os seres vivos, nascem, crescem e morrem).   Por outro lado, dá para comparar preços de ontem e de hoje, no que diz respeito aos hotéis e resturantes: assim, na Pensão da Dona Berta, a Pensão Central,  o preço de uma refeição (que  incluía sopa, prato de peixe, prato de carne e sobremesao) custava 4.000 Cfa).

Public0 essa lista de hotéis com a informação na íntegra, hoje seguramente desatualizada ou incorreta. (Por exemplo, a Dona Berta, a dona da Pensão Central, infelizmente, jã não está entre nós: sempre muito acarinhada por todos os seus clientes e amigos, tem 16 referências no nosso blogue.)

O próprio hotel onde se realizou o Simpósio, o Bissau Palace Hotel  (que era novinho em folha), já nem sei onde era, e deve ter mudado de nome... (Vem aqui na lista: "a 2 km do aeroporto".)

Dezasseis anos mais tarde perguntei ao Gemini IA qual era o hotel mais caro de Bissau e ele respondeu-me: "O hotel mais caro que encontrei na Guiné-Bissau é o Hotel CEIBA, com um preço de 147€ por noite."... Pode não ser o "melhor", há outros bons por 30/40 euros... Mas não tenciono tão cedo lá voltar, talvez na próxima incarnação, apenas armado com a minha Nikon... E a voltar à Guiné-Bissau seria apenas para visitar a ilha de Orango, antes que desapareça  (ela e eu)...(LG).
 

HOTEL AZALAI
(Antigo Hotel 24 de Setembro / ex-Messe dos Oficiais)



Localização: antigo QG (Bairro de Stª Luzia)
Email: fernandesmario@iol.pt Telemóvel: + (245) 6778261
Pessoa de contacto: Mário Fernandes (6731136)
Serviço de Quartos:
» 24 quartos de solteiro: 20.000 Cfa (30.000 Cfa para 2 pessoas)
» 17 quartos de casal: 40.000 Cfa (50.000 Cfa c/ cama adicional)
» 24 suites: 50.000 Cfa (60.000 Cfa c/ cama adicional)
» inclui: pequeno-almoço, ar condicionado e piscina
Restaurante:
» prato principal (5.000 Cfa); entradas (2.000); sobremesa (2.500)
» comida europeia e africana

RESIDENCIAL COIMBRA



Localização: Avenida Amílcar Cabral (centro da cidade)
Email: ivo_florentino@hotmail.com Telemóvel: + (245) 6650419
Telefone: + (245) 213467 Fax: + (245) 201490
Pessoa de contacto: Ivo Florentino Té
Serviço de Quartos:
» 2 quartos de solteiro: 66.000 Cfa (78.000 Cfa para 2 pessoas)
» 16 quartos de casal: 78.000 Cfa; desconto de 10%
» 9 suites: 95.000 Cfa; desconto de 10%
» inclui: pequeno-almoço, ar condicionado, rádio, tv e mini-bar
Restaurante:
» menu: 7.500 Cfa

HOTEL MALAICA



Localização: Avenida Osvaldo Vieira, perto do Mercado Central
Telefone: + (245) 207474 Fax: + (245) 207475
Telemóvel: + (245) 6710010 + (245) 7255050
Pessoa de contacto: Solita Sanhá
Serviço de Quartos:
» 10 quartos de solteiro com 2 camas: 80.000 Cfa
» 16 quartos de casal: 80.000 Cfa
» 13 suites: 100.000 Cfa
» inclui: pequeno-almoço, ar condicionado, rádio, tv, mini-bar e transporte de e para o aeroporto
Restaurante:
» prato principal (6.000 a 12.000 Cfa); entradas (3.000 a 6.000); sobremesa (3,000 a 4.500)
» comida europeia

APARTHOTEL RUBY



Localização: Rua Vitorino Costa, junto ao edifício das Nações Unidas
Telemóvel: + (245) 66525560; 5941565; 7236040
Pessoas de contacto: Dina Adão e Nelson Ié
Serviço de Quartos:
» 11 quartos de casal: de 50.000 a 70.000 Cfa
» inclui: pequeno-almoço ar condicionado, tv, mini-bar e piscina
Restaurante:
» menu: 5.000 a 7.000 Cfa
» comida europeia e africana

APARTHOTEL SOLMAR



Localização: Rua Vitorino Costa, junto ao Mercado Central
Email: solmar@mail.gtelecom.gw
Telefone: + (245) 206004 Fax: + (245) 206005
Telemóvel: + (245) 6628531; 7208322
Pessoa de contacto: Ussumani
Serviço de Quartos:
» 8 quartos de solteiro: 35.000 Cfa (45.000 Cfa para 2 pessoas)
» 6 quartos de casal: 45.000 Cfa
» 6 suites: 45.000 Cfa (55.000 Cfa para 2 pessoas)
» inclui: pequeno-almoço, ar condicionado, tv e mini-bar

BISSAU PALACE HOTEL



Localização: a 2 Km do aeroporto
Email: reservation@bissaupalacehotel.com
Telefone: + (245) 256260 Fax: + (245) 256262
Telemóvel: + (245) 6643000; 6645000; 6646000; 6647000
Pessoa de contacto: Telma Correia
Serviço de Quartos (todos os quartos têm cama de casal):
» 20 quartos standard: 75.600 Cfa (97.200 Cfa para 2 pessoas)
» 8 suites: 162.000 Cfa
» inclui: pequeno-almoço, ar condicionado, tv, minibar e piscina
Restaurante:
» prato principal (5.500 a 13.000 Cfa); entradas (2.500 a 5.000 Cfa); sobremesa (1.500 a 4.000 Cfa)
» comida europeia e africana (ementa semanal)

APARTHOTEL JORDANI



Localização: Rua Pansau Na Isna, junto à Sé Catedral
Telefone: + (245) 201719 Fax: + (245) 201719
Telemóvel: + (245) 6624425; 7200485
Pessoa de contacto: Pedro Embaló
Serviço de Quartos:
» 7 quartos de solteiro: 25.000 Cfa (35.000 Cfa para 2 pessoas)
» 3 quartos de casal: 35.000 Cfa
» inclui: pequeno-almoço, ar condicionado ou ventoinha e tv
Restaurante:
» prato principal (2.500 a 5.000 Cfa); entradas (500 a 2.000 Cfa); sobremesa (1.200 a 1.500 Cfa)
» comida europeia

HOTEL KALLISTE
(Antigo Hotel Portugal / ex-Galeão)



Localização: Praça Che Guevara, em pleno centro de Bissau
Telemóvel: + (245) 6867507; 5803839
Pessoas de contacto: François e João Tu
Serviço de Quartos:
» 4 quartos de solteiro: 50.000 Cfa
» 6 quartos de casal: 70.000 Cfa
» inclui: pequeno-almoço, ar condicionado e tv
Restaurante:
» prato principal (3.000 a 9.500 Cfa); entradas (2.000 a 4.000 Cfa); sobremesa (1.500 a 2.000 Cfa)
» comida europeia

APARTHOTEL LOBATO



Localização: Avenida Pansau Na Isna
Email: aparthotel-lobato@mail.eguitel.com
Telefone: + (245) 213548 Fax: + (245) 202405
Pessoas de contacto: Valdir e Lucellel
Serviço de Quartos:
» 7 quartos de solteiro: 25.000 a 30.000 Cfa
» 12 quartos de casal: 25.000 a 35.000 Cfa
» 11 suites: 40.000 a 50.000 Cfa
» inclui: pequeno-almoço, ar condicionado, minibar e cofre
» dispõe de ciber-café
Restaurante:
» prato principal (4.000 a 7.000 Cfa); entradas (1.000 a 3.000 Cfa); sobremesa (1.000 a 3.000 Cfa)
» comida europeia e africana

HOTEL TA-MAR




Localização: Bissau Velho
Telefone: + (245) 206647
Telemóvel: + (245) 6602926; 7204676
Pessoa de contacto: Beto
Serviço de Quartos:
» 3 quartos de solteiro: 20.000 Cfa (25.000 Cfa para 2 pessoas
» 8 quartos de casal: 20.000 (35.000 Cfa para 2 pessoas)
» não inclui pequeno-almoço
» dispõe de ar condicionado ou ventoinha e tv
Restaurante:
» prato principal (4.000 a 7.000 Cfa); entradas (500 a 5.000 Cfa); sobremesa (1.000 Cfa)
» comida europeia e africana

PENSÃO CENTRAL



Localização: Avenida Amílcar Cabral ao lado da Sé Catedral
Telefone: + (245) 213270 e 201232
Telemóvel: + (245) 7206191
Pessoa de contacto: Dona Berta Bento
Serviço de Quartos:
» 10 quartos: 20.000 Cfa (25.000 Cfa para 2 pessoas)
» inclui: pequeno-almoço
» dispõe de ventoinha
Restaurante:
» menu (4.000 Cfa) inclui sopa, prato de peixe, prato de carne e sobremesa
» comida europeia e africana

NOTA: 1 euro = 655,597 Cfa



Planta de Bissau (edição, Paris, 1981) (Escala: 1/20 mil)

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 Nota do editor:

Último poste da série > 2 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26449: As nossas geografias emocionais (38): Sítios em Bissau que faziam parte do no nosso roteiro dos comes & bebes: Restaurante Pelicano, Café Bento, Cervejaria Somar