Vendas Novas > Escola Prática de Artilharia (EPA) > 1969
Foto © Carlos Vinhal (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]
Vendas Novas > Escola Prática de Artilharia (EPA) > 1967 > O Torcato Mendonça, à esquerda,. sentado, num exercío de instrução sobre a G3... 2º ciclo do COM.
Vendas Novas > Março de 2014 > "Outdoor" com o anúncio da maraca registada "Bifanas de Vendas Novas"
Vendas Novas > Março de 2014 > As famosas "bifanas", prontas a comer (1)...
Vendas Novas > 1 de março de 2014 > As famosas "bifanas", especilaidade da terra
Fotos (e legendas): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.
1. Sobre Vendas Novas já temos, no nosso blogue, mais de um dúzia de referências. Muitos dos nossos camaradas artilheiros passaram por lá antes de irem parar à Guiné. Estou-me a lembrar do Carlos Vinhal, do Torcato Mendonça, do Jorge Cabral, do Jorge Picadio, do Vasco Pires, do Fernando Valente (Magro), do João Martins, e de tantos outros. O nosso colaborador permanente José Marcelino Martins já aqui fez o historial da Escola Prática de Artilharia (EPA), incluindo o seu papel no 25 de abril de 1974.
De qualquer modo, faltam-nos histórias vividas em Vendas Novas, do tempo da recruta e da especialidade... Temos algumas, mas queremos mais... O Carlos Vinhal sei que tem uma, pronta (ou quase pronta) a editar... Mas era bom que os nossoa arilheiros mandassem aí umas "obusadas", para enriquecer a série "A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG" (*)....
Até porque temos uma ideia algo estereotipada sobre aquela, hoje, cidade que aparentemente cresceu ao longo de uma estrada nacional, a N4... É, historicamente, um sítio de "passagem", aparentemente sem grandes histórias para contar... Até 1962, era uma simples fregueseia do concelho de Montijo. Em 1970, o concelho tinha c. de 8500 habitantes, hoje terá menos de 12 mil, a grande maioria vivendo na sede.
Diz a Wikipédia que "a origem de Vendas Novas remonta à criação da Posta Sul, por ordem de D. João III. Foi então aberto um caminho de Aldeia Galega (Montijo) a Montemor, de modo a reduzir o percurso e o tempo das viagens. Foi nesse caminho que o rei mandou construir uma estalagem, no local onde hoje se encontra Vendas Novas. Alguns anos mais tarde, por ordem de D. Teodósio, uma nova pousada foi construída nas Vendas Novas. O nome do povoado terá provavelmente origem nas construções - "Estalagens" ou "Vendas" - que por serem de recente construção, eram novas, denominadas pelos viajantes como "as Vendas Novas". A povoação mais antiga do concelho é, no entanto a Landeira, hoje freguesia do concelho, de que existem referências de sua existência nos inícios do Séc. XII." (...)
De qualquer modo, faltam-nos histórias vividas em Vendas Novas, do tempo da recruta e da especialidade... Temos algumas, mas queremos mais... O Carlos Vinhal sei que tem uma, pronta (ou quase pronta) a editar... Mas era bom que os nossoa arilheiros mandassem aí umas "obusadas", para enriquecer a série "A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG" (*)....
Até porque temos uma ideia algo estereotipada sobre aquela, hoje, cidade que aparentemente cresceu ao longo de uma estrada nacional, a N4... É, historicamente, um sítio de "passagem", aparentemente sem grandes histórias para contar... Até 1962, era uma simples fregueseia do concelho de Montijo. Em 1970, o concelho tinha c. de 8500 habitantes, hoje terá menos de 12 mil, a grande maioria vivendo na sede.
Diz a Wikipédia que "a origem de Vendas Novas remonta à criação da Posta Sul, por ordem de D. João III. Foi então aberto um caminho de Aldeia Galega (Montijo) a Montemor, de modo a reduzir o percurso e o tempo das viagens. Foi nesse caminho que o rei mandou construir uma estalagem, no local onde hoje se encontra Vendas Novas. Alguns anos mais tarde, por ordem de D. Teodósio, uma nova pousada foi construída nas Vendas Novas. O nome do povoado terá provavelmente origem nas construções - "Estalagens" ou "Vendas" - que por serem de recente construção, eram novas, denominadas pelos viajantes como "as Vendas Novas". A povoação mais antiga do concelho é, no entanto a Landeira, hoje freguesia do concelho, de que existem referências de sua existência nos inícios do Séc. XII." (...)
Para mim, e para muitos portugueses em viagem, que ali fazem uma paragem "técnico-gastronómica", Vendas Novas é apenas a capital da bifana.. Seria injusto esquecer o Museu da Escola Prática de Artilharia e de outros centros de interesse. Curiosamente, o Museu não tem ainda uma página na Net. E a página do munícípio é muito fraquinha, em matéria de informação turística...(Eu diria que é uma grande pobreza!).
Confesso que ainda não o conheço o museu da EPA... Há um mês atrás, parei lá, em Vendas Novas, mas apenas para comer a "sandocha" da ordem..."O pró lá e ó pró cá!, como se diz no norte... Eu, a Alice e e mais um casal, os meus cuhados... Neste caso, e já não tendo 20 anos (e a "galga" dos 20 anos!), pedimos só... oito "bifanas", mais 4 empadas, e umas cervejolas pretas, fresquinhas, mais os cafezinhos da ordem, no fim... Um almoço "light", o suficiiente para a viagem, de 45 minutos, até Lisboa... Julgo que pagámos 7 euros por cabeça, neste caso, por boca...
Enfim, são valores do século passado, A.T. (antes da Troika)... Perguntam-me onde ? Passe a publicidade, no Snack-bar e Café "A Chaminé", que é com o café Boavista o "tasco" que disputa a fama e o proveito das melhores bifanas de Vendas Novas... Faço aqui a minha declaração de conflito de interesses: não sou sócio, não conheço ninguém, não tenho lá amigos nem parentes, mas já lá fui 3 vezes e fiquei fã... E nestas coisas, o povo é quem mais "ordenha"...
Não sei porquê mas as bifanas de Vendas Novas ganharam fama e proveito de há 20 ou 30 anos para cá... E são hoje uma das nossas especialidades da chamada "street food" (, comida de rua, que a gente já conhece desde o tempo da tropa!)... Têm alguns segredos, como se pode ler no ponto 2, a seguir...
De qualquer modo, pergunto à rapaziada da artilharia que por lá pssei se não haveria já bifanas à maneira, nos anos 60/70, em Vendas Novas, quando por lá passaram ? Seguramente que sim, e estas devem ser filhas da tropa...
Importa documentar onde e com quê se matava a malvada naquele tempo, em Vendas Novas... E só por ver as fotos das bifaninhas, já fiquei com hipoglicemia...
2. Excerto, com a devida vénia, do blogue Mesa Reservada, de Rui Barradas Pereira > 4 de julho de 2013 > A Bifana de Vendas Novas
(...) Depois de durante o ano passado ter falado desta, daquela e de outra bifana, havia uma grave omissão no meu estudo bifanófilo. Ainda mais sendo a minha família oriunda da zona de Vendas Novas, era difícil explicar como é que ainda não tinha escrito aqui sobre a mítica bifana de Vendas Novas.
Diz a lenda que a bifana de Vendas Novas teve origem numa das casas de bifanas ainda existente: o Café Boavista. A principal característica distintiva da bifana de Vendas Novas é ser feita com um bife de porco do lombo que [ é ] batido até se transformar numa fina película de carne. A bifana é feita no molho numa espécie de frigideira desenhada para o efeito e o pão é ligeiramente torrado e passado pelo molho.
Esta minha incursão pela bifana de Vendas Novas não teve lugar no Café Boavista mas sim no Café Chaminé que fica do outro lado rua. Diz também a lenda ter sido aberto por um ex-empregado do Café Boavista e que trouxe consigo os segredos da bifana do Café Boavista. Estas duas casas são as mais afamadas casas de bifanas de Vendas Novas e a discussão sobre qual das duas é a melhor inflama paixões entre os mais fiéis apreciadores das bifanas de Vendas Novas.
Esta bifana pede mostarda. Só com a mostarda é que o tempero da carne sobressai. Em termos de tempero até prefiro outras. Mas a carne é finíssima e de boa qualidade, quase demasiado fina, e o pão ligeiramente torrado dá-lhe um crocante que faz toda a diferença. Para acompanhar uma Sagres Preta. Porquê? Porque sim... (...)
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Nota do editor:
(*) Vd último poste da série > 23 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12891: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (24): Um longo percurso que começou em Vendas Novas, passando por Cascais, Torres Novas, Queluz, Lisboa, acabando em Mafra
Apesar de os meus pais terem uma casa perto de Vendas Novas onde passam uma boa parte do tempo e de eu lá ir várias vezes durante ano, a proximidade da cozinha da minha mãe, acabava por nunca proporcionar uma ida a uma das casas de bifanas em Vendas Novas.
Esta minha incursão pela bifana de Vendas Novas não teve lugar no Café Boavista mas sim no Café Chaminé que fica do outro lado rua. Diz também a lenda ter sido aberto por um ex-empregado do Café Boavista e que trouxe consigo os segredos da bifana do Café Boavista. Estas duas casas são as mais afamadas casas de bifanas de Vendas Novas e a discussão sobre qual das duas é a melhor inflama paixões entre os mais fiéis apreciadores das bifanas de Vendas Novas.
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Nota do editor:
(*) Vd último poste da série > 23 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12891: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (24): Um longo percurso que começou em Vendas Novas, passando por Cascais, Torres Novas, Queluz, Lisboa, acabando em Mafra