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quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20471: Tabanca Grande (489): Alexandre Margarido, ex-cap mil grad inf, op esp / ranger, último cmdt da CCAÇ 3520 (Cacine, Cameconde, Quinhamel, 1972/74)...Senta-se à sombra do nosso poilão sob o nº 801


Guiné > região de Tombali > Cacine > CCAÇ 3520 > 1973 > Uma pausa no rio Cacine, nos "turbulentos acontecimentos" de Guileje / Gadamael, em maio e junho de 1973. Alexandre Margarido CCAÇ 3520

O Alexandre Margarido, novo membro da Tabanca Grande, com o nº 801

Fotos (e legendas): © Alexandre Margarido (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Setor de Cacine > Cameconde > 1968 > Disparo noturno do obus 8.8 > Foto do álbum do António J. Pereira da Costa, que era na altura alferes QP da CART 1692/BART 1914 (Cacine, Cameconde, Sangonhá e Cacoca, 1967/69).

Foto (e legenda): © António J. Pereira da Costa (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso camarada Alexandre Margarifo, ex-cap mil op esp / ranger, último comandante da CCAÇb 3520 (Cacine, Cameconde, Guileje, Gadamael e Quinhamel, dez 1971-mai 1974).

Data - terça feira, 17/12/2019, 21h17
Assunto -  Adesão à Tabanca Grande

Caro Luis Graça,

Tenho acompanhado este Blog, com regularidade e considero do máximo interesse todo o trabalho, até aqui desenvolvido, para que não se percam, nos meandros dos interesses, que jogam com os ex-combatentes, as suas memórias e as experiências de vidas, aqui tão bem representadas.

O meu nome Alexandre Augusto Martins Margarido, fui o último Capitão Miliciano, da Companhia Independente de Caçadores nº 3520, com a Especialidade de Operações Especiais.

Estive na Guiné desde Dezembro de 1971 a Maio de 1974, tendo a minha Companhia, passado por Cacine, Cameconde, Guileje, Gadamel e finalmente Quinhamel, até ao seu regresso ao Funchal, onde se tinha formado.

Conforme as normas da Tabanca, envio duas fotos, uma actual, a outra tirada no Rio Cacine, numa pausa dos acontecimentos turbulentos de 1973, solicitando a entrada, e prometendo o envio de uma das muitas histórias, que fizeram parte dessa minha estadia, por terras da Guiné.

Forte abraço,

Alexandre Margarido
Ex-Capitão Miliciano Ranger

2. Resposta do editor Luís Graça:

Alexandre, és recebido de braços abertos, e muito provavelmente serás o último (**)  a franquear, este ano  o "hall" de entrada da Tabanca Grande (, digo "hall", porque não temos portas, nem janelas, nem porta de armas, nem  cavalos de frisa, nem fiadas de arame farpado, nem valas, nem abrigos, nem espaldões...).

Como sabes, somos uma "comunidade virtual" de antigos camaradas de armas, que passaram pelo TO da Guiné, de 1961 a 1974, fazendo a guerra e a paz...Costumamos dizer que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!... O que é verdade, temos gente, amigos e camaradas da Guiné, um pouco por toda a parte, dos Estados Unidos à Austrália, de Ponte de Lima ao Funchal, de Faro a Bissau, passando por Macau, Cabo Verde, França, Brasil, Alemanha, e por aí fora...

Da tua companhia, a CCAÇ 3520, "Estrelas do Sul" (que nome poético!), tu passarás a ser, se não me engano, o terceiro representante, depois do José Vermelho, nosso grã-tabanaqueiro nº 471, fur mil (CCAÇ 3520 - Cacine, e CCAÇ 6 - Bedanda, CIM - Bolama, 1972/74) e depois do Juvenal Candeias, alf mil at inf, que entrou para a Tabanca Grande  em 6 de maio de 2009

Mas, deixa-me lembrar-te, tu já nos tinhas feito uma "visita" em 2013 (*), comentando esse "resort" turístico que era Cameconde no teu/nosso tempo... Na altura, a Tabanca Grande "partiu mantenhas" contigo e convidou-te  para te sentares "aqui, debaixo do nosso mágico e fraterno poilão"... Não entraste em 2013, entras agora no final de 2019.  E o lugar que te calha é já o 801.. (Já podes ver o tem nome, na lista alfabética, de A a Z, que consta na coluna do lado esquerdo do nosso blogue.)

E vais concerteza ajudar-nos a manter viva e sempre fresca esta "fonte de memórias" onde vem beber a rapaziada que esteve na Guiné, em "comissão de serviço", uns no "back office", outros no "front office"... Partilhamos memórias (e afetos), contamos as nossas histórias... sem censura, sem juízos de valor, sem picardias, sem ressentimentos, procurando contar a verdade e só a verdade.

Senta-te, desfruta a nossa companhia, vai dando notícias, vai participando (com textos, comentários, fotos...) e, entretanto, faz o favor de ser feliz e tem um bom e santo Natal.


Guiné > Mapa geral da província ( 1961) > Escala 1/500 mil > Posição relativa de Cameconde, a guarnição militar portuguesa mais a sul, na região de Quitafine, na estrada fronteiriça Quebo-Cacine... Em 1968 era o batalhão que estava em Buba (BART 1896, 1966/68) quem defendia esta importante linha de fronteira...

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)


3. Sobre a CCAÇ 3520, eis aqui a  ficha da unidade, segundo a Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974), 7º vol - Fichas das Unidades, Tomo II (Guiné), Lisboa, EME/CECA, 2002:

 (i) Mobilizada pelo BII 19 (Funchal);

(ii) Parte para o TO da Guiné em 20/12/1971 e regressa a 37/3/1974;

(iii) Passou por Cacine (mas também Cameconde) e Quinhamel;

(iv) teve quatro comandantes: cap inf Herberto Amaro Vieira Nascimento; cap mil Jaime Cipriano da Costa Rocha Quaresma; cap mil inf Armando Pimenta Cristóvão; e cap mil grad inf Alexandre Augusto Martins Margarido.
___________

Notas do editor_

(*) Vd. poste de 21 de fevereiro de  2013 > Guiné 63/74 - P11129: (Ex)citações (213): Cameconde, hoje seria um lugar de absurdo, de pesadelo e de loucura... (Alexandre Margarido, ex-cap mil, CCAÇ 3520, Cacine e Cameconde, 1972/74)

(...) Cameconde era um daqueles locais onde apenas os combatentes portugueses conseguiam manter-se durante anos, sem enlouquecerem, face à falta de condições mínimas de subsistência. Inclusive a água e os mantimentos tinham que ser transportados, numa coluna diária por um trilho rasgado na selva.

As altas temperaturas dentro dos abrigos, os insectos, as cobras que deslizavam da selva durante a noite, procurando o calor dessas fortificações, autênticos fornos, a exposição a atiradores e às flagelações por RPG, tudo isso, recuando 40 anos nas minhas memórias, era impensável ser suportado nos dias de hoje.

Obrigado por manterem vivas essas memórias.(...)


(**)  Último poste da série > 21 de novembro de  2019 > Guiné 61/74 - P20369: Tabanca Grande (488): Miguel José Ribeiro da Rocha, ex-Alf Mil Inf.ª da CCAÇ 2367/BCAÇ 2845 (Olossato, Teixeira Pinto e Cacheu, 1968/70), tertuliano com o número 800 da nossa Tabanca

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12219: Convívios (545): Uma festa em cheio, na sessão de lançamento do livro do José Saúde: Lisboa, Casa do Alentejo, 26/10/2013 (Parte I): Atuação do grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa, que nos emocionaram, com a moda "Lá vai uma embarcação / Por esses mares fora, / Por aqueles que lá vão / Há muita gente que chora"



Vídeo (2' 46''). Alojado em You Tube / Nhabijoes

Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > Sessão de lançamento do livro do José Saúde, "Guiné-Bissau, as minhas memórias de Gabu, 1973/74" (Beja: CCA - Cooperativa Editorial Alentejana, 170 pp. + c. 50 fotos) (Preço de capa: 10 €).

Atuação do grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa. Um homenagem sentida a um combatente da terra, o José Romeiro Saúde, nascido em Vila Nova de São Bento (em 23/11/1950), mas que foi cedo para Beja, a sua segunda terra, onde ainda hoje vive e onde nasceram as suas duas filhas.  Os dois concelhos viram sacrificados no "altar da Pátria", 69 dos seus filhos, durante a guerra do ultramar/guerra colonial: 35, de Beja; 34, de Serpa...

A "moda" que acima se reproduz evoca esses duros tempos em que os mancebos partiam para o Ultramar, ìndia, Angola, Guiné, Moçambique ... Ver, mais abaixo, a respetiva letra que começa assim: "É tão triste ver partir / Um barco do Continente, / Para Angola ou Moçambique / Lá lai outro contingente"...(LG)


Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > Um salão de cheio de gente, entre os quais diversos antigos combatentes, incluindo uma meia dúzia de membros da nossa Tabanca Grande: além do Luís Graça e do José Saúde, o Augusto Ismael, o Fernando Calado, o Manuel Joaquim, o José Vermelho, o Pedro Neves... Enfim, cito de cor, e corro risco de omitir mais alguém...  Sem esquecer, uma presença muito especial, que me emocionou, a de  Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), irmã do nosso malogrado Martinho Gramunha Marques, alf mil morto numa emboscada em 30/1/1965 em Madina do Boé. Era camarada e amigo do nosso António Pinto (a quem mando um abraço afetuoso  em meu nome e em nome da Adelaide, e em nome de mais dois manos que a acompanhavam, um irmão e uma irmã; tirámos uma foto, juntos, que hei-de publicar num próximo poste).



Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > A segunda parte da sessão, com a apresentação do autor e do livro. A mesa foi presidida pela dra. Rosa Calado (, esposa do nosso camarada Fernando Calado, e professora de história, e ambos naturais de Ferreira do Alentejo), que tem, na direção da Casa do Alentejo, o pelouro da cultura e do patrimómio. Em segundo plano, o Zé Saúde e o Luís Graça. (Um agradecimento é devido ao José Vermelho, que foi um precioso auxiliar do fotógrafo... Foi ele nos tirou as fotos, durante a segunda parte da sessão: é outro alentejano da diáspora: nascido em Marvão, foi depois para Castelo de Vide e, aos 18 anos,  abalou sozinho para Lisboa...).


Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > Felicíssimo, o Zé Saúde, com tantos amigos e camaradas à sua volta. Aqui apreciando, na primeira parte da sessão, os seus amigos "Os Alentejanos", que vieram de propósito de Serpa, para atuar na Casa do Alentejo... No foto, o Zé está à mesa com uma amiga de Beja, que o veio ajudar na sessão de venda de livros; e mais à esquerda a sua esposa.


Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > Grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa, amigos do José Saúde, e que animaram a primeira parte da festa, antes da apresentação do autor e do livro pelo nosso editor Luís Graça e por Rosa Calada (diretora da Casa do Alentejo, com o pelouro da Cultura e Património).

Este grupo de música tradicional alentejana é um naipe de cinco vozes magníficas cuja atuação  nos alegrou, encantou e emocionou a todos... Fica aqui um registo para os nossos queridos leitores.

Vídeo, fotos e legendas : © Luís Graça  (2013). Todos os direitos reservados


Lá vai uma embarcação

É tão triste ver partir
Um barco do Continente,
Para Angola ou Moçambique
Lá lai outro contingente.

Tanta lágrima perdida,
Quando o barco larga o cais,
Adeus, minha mãe querida,
Não sei se voltarei mais.

Lá vai uma embarcação
Por esses mares fora,
Por aqueles que lá vão
Há muita gente que chora.

Há muita gente que chora,
Com mágoas no coração,
Por esse mares fora
Lá vai uma embarcação.

É tão triste ver partir
Um barco do Continente,
Para Angola ou Moçambique
Lá lai outro contingente.

Tanta lágrima perdida,
Quando o barco larga o cais,
Adeus, minha mãe querida,
Não sei se voltarei mais.

Lá vai uma embarcação
Por esses mares fora,
Por aqueles que lá vão
Há muita gente que chora.

Há muita gente que chora
Com mágoas no coração,
Por esse mares a fora
Lá vai uma embarcação.

Letra: 

Reproduzida, com a devida vénia,  do sítio Joraga Net > O Cante do Cante: Grupos Corais Alentejanos, página criada e mantida por José Rabaça Gaspar.

[Obrigatório visitar esta página, que contem um repositório riquíssimo de dezenas de "modas" da músicas tradicional Alentejana. Letras e  músicas recolhidas e gravadas por Francisco Baião e Manuel Aleixo, São Matias, Beja, 2011]

Contacto de "Os Alentejanos", 
música tradicional Alentejana, 
Serpa

Telem: 962 766 339 / 938 527 595

Email: joaocataluna@gmail.com

________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 25 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12202: Agenda cultural (290): O nosso amigo e camarada de Beja, José Saúde, convida os camaradas da região de Lisboa para a sessão de apresentação do seu livro de memórias do Gabu (1973/74): Casa do Alentejo, sábado, 26, às 15h30... Há depois animação e convívio!

(**) Último poste da série > 28 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12212: Convívios (544): Magnífica Tabanca da Linha: 5ª feira, 17 de outubro de 2013 (Parte IV): Silêncio, meus senhores, que se vai cantar o fado!... Não se cantou, mas ficou a promessa (ou a ameaça ?) de, no 10º aniversário da Tabanca Grande, se fazer uma grande tarde (ou noite) do fado... Um dos nossos fadistas estava lá, e deu um arzinho da sua graça, o Armando Pires

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Guiné 63/74 - P11127: Memória dos lugares (214): Cameconde, no subsetor de Cacine, o destacamento mais a sul do CTIG... (José Vermelho / Augusto Vilaça / Juvenal Candeias)



Guiné > Mapa geral da província ( 1961) > Escala 1/500 mil > Posição relativa de Cameconde, a guarnição militar portuguesa mais a sul, na região de Quitafine, na estrada fronteiriça Quebo-Cacine... Em 1968 era o batalhão que estava em Buba (BART 1896, 1966/68) quem defendia esta importante linha de fronteira...


Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

1. Há mais de duas dezenas de referências a Cameconde, no nosso blogue, mas há informação este destacamento, que dependia de Cacine (*). Fomos recolher alguns apontamentos:




Guiné  > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > c. maio de 72/abril 73) > O José Vermelho, quando passou pela CCAÇ 6, as "Onças Negras".

Foto: © Vasco Santos (2010). Todos os direitos reservados.


(i) José Vermelho, nosso grã-tabanaqueiro nº 471, fur mil, CCAÇ 3520 - Cacine, CCAÇ 6 - Bedanda, CIM - Bolama, 1972/74):

(...) Cameconde era um destacamento de Cacine, distando 6/7 Kms entre si.

Tinha uma forma mais ou menos rectangular, talvez aí de uns 50 por 70 mts., encravado no meio da mata, completamente isolado, sem qualquer população civil.

Era o destacamento das N/T situado mais a sul da Guiné.

Tinha em permanência 1 Pelotão de Artilharia + 1 Grupo de Combate de Cacine, sendo este substituído mensalmente por outro, em regime rotativo.

Era feita uma coluna diária Cacine - Cameconde (com picagem) e volta.

Nos primeiros meses de 1972, também fui um dos "turistas voluntários à força", convidado a visitar Cacoca...isto é...o pouco ou nada que restava dela!

Um abraço para todos os camaradas

José Vermelho [ Comentário ao poste P11109]


(ii) Augusto Vilaça [ex-Fur Mil da CART 1692/BART 1914, Sangonhá e Cacoca, 1967/69]

Quando viemos para Cacine, tínhamos o destacamento, Cameconde, onde tínhamos de estar 15 dias. Quando haviam flagelações, bastava uma "obussada " para que os turras desistissem. Eu tirei a especialidade em artilharia, mais concretamente em armas pesadas, como bazuca, morteiros de 60 ou 120 mm. Chefiava uma secção de 5 homens.

Pergunta do J. Casimiro Carvalho:

Ó Gusto, isso aí deve ser um 10,5  [,. referência a foto, a seguir,  do Augusto Vilaça junto a um obus que me parece ser 8.8] ?! Cameconde era com abrigos, casamatas ? Eu estive aí em 73.

Resposta de Augusto Vilaça:

Olá. Quando lá estive, o nosso refúgio eram os abrigos, um em cada quadrado. Como sabes, esses abrigos eram muito frágeis. Felizmente nunca caíu um morteiro neles, senão.....

Comentário de Silvério Lobo:

Amigo augusto estive lá, em 2008, com o Luís Graça, vi um abrigo bem forte, com alguns frases do vosso tempo [Eu e o Silvério Lobo, estivemos em Cacine, não em Cameconde]

Comentário de J. Casimiro Carvalho:

Eu estive de passagem em Cacine. Cameconde tinha casamatas fortificadas e estava desativado. Ou estou enganado ?

[Fonte: Página do Facebook da Tabanca Grande, Grupo Antigos Combatentes da Guiné, 30/7/2012]


Guiné-Bisssau > Região de Tombali > Setor de Cacine > Cacine, na margem esquerda do Rio Cacine > 2 de Março de 2008 > Simpósio Internacional de Guileje (1-7 de Março de 2008) > Visita dos participantes ao sul > Por aqui passou a CART 1692... Esta tosca placa em cimento, delicioso vestígio arqueológico dos "tugas", diz-nos que em dois dias, de 16 a 18 de Abril de 1968, foi construído este abrigo, em tempo seguramente recorde, a avaliar pelas "60 bebedeiras neste 'priúdo'... TRABALHO RÁPIDO". Estão também gravados dois topónimos portugueses, Nisa e Alenquer.



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Cacine > 2 de março de 2008 > Visita no âmbito do Simpósio Internacional de Guiledje (1-7 março de 2008) > O Silvério Lobo junto a uma "bunker", construído pelas NT em cimento armado (, seguramente pelo BENG...).

Fotos: © Luís Graça (2008). Todos os direitos reservados


(iii) Quem tem estórias, deliciosas, de Cameconde (e de Cacine) é  o Juvenal  Candeias (, ex-alf mil, CCAÇ 3520,  Estrelas do Sul, Cacine e Cameconde e Guileje, 1971/74]  [, foto à esquerda]

Reproduzo aqui, a do Viente Piu (**)

(...) Vicente era o Furriel de Minas e Armadilhas do 2º Grupo de Combate da CCaç 3520! Popularmente era conhecido por Piu, alcunha que nada tinha a ver com um temperamento piedoso, mas simplesmente com o seu vício de caçador de passarada!

Era ele, provavelmente, quem mais contribuía para o moral elevado das nossas tropas. Embora não fosse aquilo a que habitualmente chamamos uma figura carismática, o Vicente era a boa disposição permanente e contagiante, que nos permitia rir com gosto e facilidade!

Era o homem sempre pronto a pregar partidas aos camaradas!

O Vasconcelos, Furriel de Artilharia em Cameconde, homem dos obuses 14, era uma das suas principais vítimas! Pequenino e bom de bola, fazia inveja ao Garrincha, de tal modo as suas pernas eram arqueadas, e, segundo o Piu, bastante feias! Por essa razão, andava sempre de calças e só tomava banho à noite e sozinho! Salvo quando o Vicente lhe colocava baldes de água em cima das portas por onde ele ia passar!

O Vasconcelos veio à Metrópole de férias e terá conhecido, numa festa, uma miúda por quem se apaixonou! Quem escolheu para confessar a sua paixão? Exactamente o Piu, que explorou exaustivamente a situação, obtendo informação detalhada! Estava em marcha mais uma partida!

O correio enviado diariamente por Cameconde aguardava transporte em Cacine. A correspondência chegava e partia de Cacine, na melhor das hipóteses uma vez por semana, em avioneta Dornier 27. O pessoal que estava destacado em Cameconde recebia o correio no dia seguinte, através da coluna auto que todas as manhãs ligava os dois aquartelamentos.

Com alguém em Cacine feito com o Piu, o Vasconcelos começou a receber correspondência da sua paixão, aerogramas que eram escritos e falsificados em Cameconde pelo Piu, vinham a Cacine e voltavam a Cameconde, sempre que havia correio geral a distribuir. Naturalmente que as respostas do Vasconcelos nunca passavam de Cacine, voltando a Cameconde, onde eram entregues ao Piu.

O detalhe da tramóia incluía carimbos e restantes pormenores que faziam acreditar no realismo da correspondência! O conteúdo, inicialmente erótico, posteriormente pornográfico, com inclusão de sexo virtual, era do conhecimento de todos, apenas o Vasconcelos desconhecia a partida! Estava cada vez mais apaixonado… e continuava a confessá-lo ao Piu com quem, ainda por cima, comentava o correio que recebia da sua paixão!

A partida durou as semanas que o Piu entendeu e quando se fartou… escreveu uma última missiva, identificando-se, descompondo o Vasconcelos e chamando-lhe alguns nomes que pouco abonavam a sua masculinidade!

Acabou, assim, deste modo abrupto, um passatempo que animou, durante algum tempo, o destacamento de Cameconde, buraco do… cú do mundo, onde nada existia e nada acontecia, para além de umas bazucadas com maior frequência que a desejada! (...)

(iv) Sobre esta região, o Quitafine, leia-se o excelente enquadramento feito pelo Juvenal Candeias  [, foto à direita, então alf mil da CCAÇ 3520] (***):
(...) A região do Quitáfine, a Sul de Cacine, era considerada o santuário do PAIGC, que aí estava fortemente instalado e provido de dispositivos de segurança, que tornavam os nossos movimentos impossíveis, salvo com utilização de meios excepcionais. Trilhos minados e sentinelas avançadas, permitiam-lhes uma tranquilidade apenas quebrada pelos obuses de 14 cm, disparados do nosso destacamento de Cameconde!

Os efectivos de que dispunham com um grupo especial de 20 lança-granadas, responsável pelas constantes flagelações a Cameconde, apoiado por um bigrupo disperso pela zona de Cassacá e Banir (onde se supunha estar o comando), eram reforçados por uma vasta população armada em auto-defesa, distribuída, entre outras, pelas tabancas de Ponta Nova, Bijine, Dameol, Cassacá, Banir, Campo, Cassebexe e Caboxanque.

O PAIGC furtava-se sistematicamente ao contacto, optando por uma estratégia defensiva de protecção às populações que controlava, privilegiando as flagelações e a colocação de engenhos explosivos! Quem circulava a Sul de Cambaque (que distava cerca de 3 Km de Cameconde) tinha como certo algumas surpresas no trilho! Provavelmente um campo de minas e a seguir (algum humor-negro), munições de Kalash espetadas no chão formando a palavra PAIGC!

O Quitáfine permitia ainda,  ao PAIGC,  um reabastecimento regular e seguro, processado a partir da República da Guiné, através de vários rios, em especial o Caraxe e o Camexibó! Ao dispositivo militar juntava-se uma mata densa intransponível!

Os pára-quedistas, após uma operação no Quitáfine, só à noite conseguiram chegar a Cameconde, com grande dificuldade e orientados pelo clarão da queima de cargas de obus, em cima dos abrigos!  O grupo de Marcelino da Mata, largado de helicóptero, fez um golpe de mão a Cabonepo, a base do PAIGC mais a Norte do Quitáfine, onde estaria instalado um posto transmissor. Quando chegou, após lenta progressão através da mata… não havia lá nada… a base tinha sido abandonada momentos antes!

O Quitáfine era, efectivamente, o santuário do PAIGC, desde o início da guerra! Foi ali que se realizou, na tabanca de Cassacá – a 15 Km de Cacine e a 8 Km de Cameconde -, em meados de Fevereiro de 1964, o 1º Congresso do PAIGC, com a presença de Amílcar Cabral, Luís Cabral, Aristides Pereira e outras individualidades do Partido!

A CCaç 3520 tinha chegado ao porto de Cacine, a bordo da LDG Montante, em 24 de Janeiro de 1972, para render a CCaç 2726 – companhia açoriana comandada pelo Capitão Magalhães -, o homem que retorcia as pontas do bigode com cera e a quem o tabaco nunca faltava! Dizia-se mesmo, à boca pequena, que, quando o tabaco acabava em Cacine, o PAIGC deixava, no mato, uns macitos para o Capitão! Rumor ou realidade… ninguém sabe! Ficou por provar!

Decorria ainda o período de sobreposição, que se prolongou até 22 de Fevereiro, quando foram recebidas instruções de Bissau, para ser preparada uma operação ao Quitáfine – Cabonepo e… Cassacá! (...)



Plano de retração das guarnições militares portuguesas, no pós-25 de abril. Região sul. Cameconde e Gadamael foram desativados no mesmo dia,  19 de julho de 1974. Cacinbe, uns dias mais tarde, a 12 de agosto.  Nesta lista há 3 aquartelamentos que pertenciam ao leste, não ao sul: Bambadinca, Mansambo e Xime. Reprodução (parcial) da página 54 (de um total de 74) do relatório da 2ª rep/CC/FAG, publicado em 28 de fevereiro de 1975, e na altura classificado como "Secreto".

Sangonhá e Cacoca já tinham sido abandonados no início do consulado de Spínola, no 2º semester de 1968, como conta aqui o António J. Pereira da Costa, numa das histórias da sua "guerra a petróleo", e quando ele foi alferes QP da CART 1692.

Digitalização do documento: Luís Gonçalves Vaz (2012) / Edição das imagens: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2012) ]
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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10634: Álbum fotográfico de Armindo Batata, ex-comandante do Pel Caç Nat 51 (Guileje e Cufar, 1969/70) (10): "Outros locais": Catió, Bedanda, Cufar...


Foto nº 68 > Parece ser a pista de Cufar...


Foto nº 69 > Pista de Cufar...


Foto nº 70 > Catió


Foto nº 72 > Catió


Foto nº 78 > Desconhecido [, Cufar ?]



Foto nº 79 > Desconhecido [, Cufar ?]




Foto nº 80 > Desconhecido [, O nosso camaradas José Vermelho diz que esta parece-me ser uma vista aérea de Bedanda: (i) na parte inferior da foto, a edificação mais comprida era o refeitório das praças; (ii) 
o meio, estão duas árvores paralelas, mais altas, que faziam um género de "portal de entrada" para esta parte das instalações; (iii) junto dessas duas árvores, está outra edificação comprida, onde eram os quartos, a messe e bar de oficiais e messe de sargentos; (iv) a edificação pequena que está junta, era o bar de sargentos; (v) os furrieis, cabos e soldados metropolitanos, dormiam nos abrigos; (vi) para cima e um pouco à esquerda das mesmas árvores há dois edificios: o de telhado mais escuro era a enfermaria e o outro era a secretaria; (vii) A picada que se vê sair para a direita levava ao destacamento (pelotão) e ao "porto" junto ao rio].



Foto nº 81 > Desconhecido [, Cufar ?]


Foto nº 82 > Desconhecido [Cufar ?]


Guiné > Região de Tombali > Catié e Cufar >  c. 1970 > Mais fotos  do álbum do Armindo Batata, ex-alf mil, comandante do Pel Caç Nat 51 que esteve em Guileje (desde janeiro de 1969) e depois em Cufar (1970, provavelmente, cerca de 9 meses).   Em Dezembro 1969/Janeiro 1970 estave em Cacine, vindo de Gadamael, em LDM, "em trânsito para Cufar". Ficaram "uns dias em Cacine",  antes de prosseguirem viagem, também em LDM, para Catió.

(...) "Catió tinha uma estação de correios com telefone para a metrópole, um restaurante daqueles em que se come e no fim se pede a conta e se paga. E pessoas brancas sem serem militares. Um espanto!

"O plano inicial era os dois pelotões [, os Pel Caç Nat 51 e 67, este comandado pelo alf mil Esteves,] deslocarem-se por estrada de Catió para Cufar. Esse percurso já não era utilizado há bastante tempo (meses?) e foi considerado de risco muito elevado. Não me lembro dos argumentos avançados, mas acabámos por ir para Cufar por rio (LDM com desembarque em Impugueda no rio Cumbijã ou sintex/zebro com desembarque em Cantone? - não tenho a certeza, pode ser que alguém de mais fresca memória se lembre)!".  (*)

Estas fotos fazem parte de um lote de largas dezenas, cedidas pelo Armindo Batata ao Núcleo Museológico Memória de Guiledje.  Não tinham legendas, estando distribuídas por 4 grupos: (i) Guleje, (ii) Cacine (Dez 69); (iii) Cufar e (iv) Outros locais. As fotos que hoje reproduzimos, pertencem a este último grupo. Umas foram tiradas em Catió e outras em Cufar. Mas precisamos de ajuda do próprio e dos camaradas que conheceram Catió e Catió, para completar a sua legendagem.

Fotos: © Armindo Batata (2007) /  AD - Acção para o Desenvolvimento. Todos os direitos reservados [Fotos editadas por L.G.]

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9781: VII Encontro Nacional da Tabanca Grande (12): Muitas caras novas...

VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 > O Valentim Oliveira e a neta Cyndia,  de 19 anos > O nosso camarada, que vive em Viseu, estava desolado por duas razões: (i) o Ruiz Alexandrino, por motivos de saúde, não pôde comparecer à última hora. ele que tem sido uma presença frequente nos nos encontros; (ii) o Virgínio Briote e a Maria Irene desta vez também falharam... O Valentim, um bravo da Ilha do Como,  fez este ano, em 5 de janeiro, a bonita idade de 70 anos... Recorde-se que ele foi Soldado Condutor da CCav 489/BCav 490, e portanto camaradada nosso coeditor Virgínio Briote (mesma companhia). Estava desolado por ser o único representante do batalhão... A Cyndia, por sua vez, tinham estado na Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, no IV Encontro Nacional da Tabanca Grande, em  20 de Junho de 2009, com a mãe da Maria Irene e sogra do Virgínio, a senhora dona Irene Fleming (hoje com 100 anos!). Por outro lado, o Valentim estava orgulhoso da sua neta que, além de já ter carta de condução, é estudante de marketinh, no Instituto Superior Politécnico de Viseu. Ficámos muito felizes por rever o nosso camarada e a sua neta.


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 > O Carlos Pires e a Joaquina (Amadora)... São duas caras novas. O Carlos foi nado e criado na Guiné, filho de pais portugueses, comerciantes. Fez a tropa lá, no início da década de 1970. Pertenceu à CCAÇ 13. Ficou muito feliz em conhecer o Carlos Silva e o Manuel Joaquim, dirigentes da ONGD Ajuda Amiga cujo presidente da direção é, nem mais menos, o Carlos Fortunato, um homem da primeira geração da CCAÇ 13 - Os Leões Negros. O Carlos Fortunato, soubemos através do Carlos Silva, está ainda em Bissau, sem conseguir desalfandegar o contentor com material para diversas intituições, incluindo a AD. Deve regressar esta semana, ficano o Pepito de acompanhar as operações alfandegárias, quando (e se) a vida  se normalizar em Bissau. Pela conversa que tive com o Carlos Pires (que vive em Portugal desde o 25 de abril), tem diversos amigos na Guiné-Bissau, ou naturais da Guiné-Bissau (como é o caso do António Estácio que, embora inicialmente inscrito no nosso Encontro, acabou por não poder vir). 


Representação da CART 1746 no VII Encontro da Tabanca Grande em Monte Real. Da esquerda para a direita: ex-Alf Mil João Mata, ex-Cap Mil António Vaz e ex-1.º Cabo Manuel Moreira.


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 > Da direita para a esquerda, o António Vaz (ex-cap mil da CART 1746, Bissorã e Xime, 1967/69) mais dois dos seus alferes, o João Mata e um outro camarada, angolano de nascimento, amigo do Rui Alexandrino, mas cujo nome não retive... Homens com grandes histórias, confidencia-me o António Vaz... Fique na mesma mesa, e conversámos um bocado... Quero vê-los inscritos como membros da Tabanca Grande, e conto para isso com os bons ofícios do António Vaz (, que se revelou para mim um excelente conversador: falámos bastante do Xime, da Ponta do inglês, dos picadores e guias do Xime, como o Seco Camará  ou do Mancaman, já aqui em tempos recordado pelo ex-alf mil capelão Arsénio Puim).


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012  > O meu camarada António Mateus, da CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71), recentemente entrado para a Tabanca Grande, juntamente a esposa Laura. Vivem em Guifões, Matosinhos, são vizinhos do Albano Costa que me mandou um grande abraço, através deles.


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Duas caras que já são familiares, na nossa Tabanca  Grande, dois camaradas e amigos do meu tempo de Bambadinca, o António F. Marques e o J. L. Vacas de Carvalho que desta vez não contou nenhum fadinho "por falta de ambiente intimista"...


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Em primeiro plano, o meu querido ciriurgião ortopedista, que tratou do meu joanete, o Francisco Silva... A seu lado, um outro camarada, o  António Silva, da mesma companhia e do tempo de Xitole, a CART 3492 (1971/74).


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 >  O Alexandre Margarido e o José Vermelho.


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 >  O Manuel Carmelita  (Vila do Conde) e o João Marcelino (Lourinhã)


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 > O João Marcelino e o Juvenal Candeias (ex-Alf Mil da CCAÇ 3520, Estrelas do Sul, Cacine, Cameconde, Guileje, 1971/74)... Pel comversa que tive na mesa com estes cacineiros, terá sido o Juvenal Candeias quem trouxe ao nosso encontro o Margarido (ex-alferes mil, graduado em capitão, da CCAÇ 3520)... Fotos (e legendas): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7611: (Ex)citações (125): Os prazeres do blogue: reconhecer caras de pessoas que conheci numa outra vida: CCAÇ 6 (Bedanda, 1972/73)

1. Comentário de José Vermelho (aqui na foto, ladeado à direita pelo camarigo Vasco Santos) (*):

OS PRAZERES DO BLOGUE!


Mais uma vez tenho o grato prazer de rever caras de pessoas que conheci numa..."outra vida".


Acontece de novo com estas fotos de camaradas da CCAÇ 6, Bedanda, onde estive de Maio/Junho de 1972 a Fev/Março de 1973.



E começo logo por destacar na 1ª foto [, à esquerda,] o  Alf Carvalho (de patilhas e bigode) que, por acaso, até era o comandante do 2º Grupo de Combate, do qual eu fazia parte.
a 2ª foto (equipa de futebol), está o Alf Mil Carvalho em pé, à esquerda. 

Também em pé, mas à direita, está o Fur Mil Cabeças. Em baixo, à direita está o Fur Mil Enf Dias.

[O Mário Bravo é o segundo da primeira fila, a contar da direita].

Na 3ª foto, o Alf Mil Carvalho, de camisola escura, a dar uns toques.

[O Mário Bravo, em segundo plano, de camisola branca].
Na 4ª foto [ , à direita,], o Carvalho, de perfil, [, de patilhas,] à direita.
Na foto da Farra [ em baixo], lá estão o [Fur Enf Mil ] Dias, o [ Alf Med Mil] Mário Bravo, o  [, 1º Cabo Cripto] Vasco Santos.

É claro que, nas várias fotos, estão outras caras que reconheço mas a que já não consigo associar os nomes.
Curiosamente, não me lembro se eu e o Dr. Mário Bravo ainda chegámos a ser contemporâneos em Bedanda.

É um prazer ver aqui a foto actual do Pinto Carvalho uma vez que palmilhámos juntos trilhos, mata e bolanhas da zona de actuação de Bedanda.
Também é um prazer ver o Dr. Mário Bravo e o Carlos Azevedo actuais.

Propositadamente, deixei o Vasco Santos para o fim. É que, através do Blogue e com uns mails, reencontrámo-nos 37 anos depois. O que foi um grande prazer.

Um grande abraço para os nomeados
Extensivo a todos os outros

José Vermelho
Ex-Fur Mil
CCAÇ 3520 - Cacine
CCAÇ 6 - Bedanda
CIM - Bolama

2. Comentário de L.G.:

José Vermelho, sem mais demoras, vais direito (e directo) para a nossa lista de tabanqueiros, depois de me teres manifestado há dias, em Loures, no lançamento do livro do Zé Brás, o desejo de formalizar, mais uma vez,  a tua entrada no nosso blogue.

Já temos fotos tuas, actuais, falta-nos apenas um (ou mais) do tempo de militar da tropa em Cacine, Bedanda ou Bolama...

Devo dizer-te que gostei de conhecer-te pessoalmente, apreciei a tua frontalidade e boa disposição como bom alentejano que és. Sê bem vindo à nossa Tabanca Grande, senta-te aí num lugar vago (o nº 471), debaixo do nosso poilão e continua a puxar por essa memória...

Quando eu estiver com o nosso camarigo Pinto Carvalho (que ainda não conhece o nosso blogue...), vou-lhe mostrar a tua chapa actual e dizer-lhe quanto o Mundo é Pequeno e a Tabanca... é Grande!... Espero que tenhas tido no dia 6 uma festa de anos da filha, já que ias a correr para o jantar... Muita saúde e longa vida para ela, para ti, e para o resto da família.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Guiné 63/74 - P7239: Memória dos lugares (110): BII 19, Funchal (José Vermelho, ex-Fur Mil, CCAÇ 3520, Cacine; CCAÇ 6, Bedanda; CIM, Bolama, 1972/74)








Região Autónoma da Madeira > Funchal > Alguns dos belos painéis de azulejos que existem espalhados pela cidade. Estas são imagens de 2005...Em contrapartida, não tenho nenhuma do BII 19, unidade mobilizadora de muitas companhias (ditas madeirenses) que estiveram no TO da Guiné. Faltam-nos memórias do BII 19 (e do Funchal)... Convidam-se os nossos camaradas que por lá passaram a colmatar estas lacunas... Felizmente temos agora o J.L. Mendes Gomes a evocar os tempos, já longínquos (1963), em que por lá passou... Mas também o José Vermelho (1971).

Fotos: © Luís Graça (2005). Todos os direitos reservados. 



1. Comentário (*) do nosso camarada José Vermelho (que aqui reproduzo, enquanto aguardo a concretização do meu convite pessoal para ele integrar a nossa Tabanca Grande; na foto à esquerda, ele está de T-shirt às riscas, com o seu e nosso camarada Vasco Santos, em convívio recente do pessoal da CCAÇ 6, Bedanda)

Caro Mendes Gomes: Que delícia de relato. Mais uma vez reavivas as memórias que guardo das 2 vezes que aportei à Madeira a bordo do paquete Funchal. 

Há, no entanto, uma diferença bem grande no que diz respeito ao BII 19. Estive lá de Julho a Dezembro de 1971 e, felizmente, não o conheci com as instalações que descreves mas sim já com novas instalações, perfeitamente adequadas ao fim militar a que se destinavam. Ficava a meia encosta e estava rodeado por campos e bananais.

Voltei lá no ano passado, 38 anos volvidos, para o Almoço anual da minha companhia e que decorreu no quartel. Tivemos honras de 2º Comandante, toques militares, e uma 2ª Sargenta (?), mestre de cerimónias e de refeitório (mas que senhora militar...No nosso tempo não havia Sargentos daqueles). Que emoções!

Afinal desviei-me do tema. Era só para dizer que os campos e os bananais à volta do BII19... desapareceram!!! Agora é só casas e mais casas a toda a volta.

Ah! e desculpa lá, mas o espada preto e o atum gaiado dispensava-os bem, na altura.

Espero novos textos teus. Um abraço para ti, extensivo a todos os camaradas

José Vermelho

Ex-Fur Milº
CCaç 3520 - Cacine
CCaç 6 - Bedanda
CIM - Bolama

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Nota de L.G.:

(*) Vd. poste de  8 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7238: Cartas, para os netos, de um futuro Palmeirim de Catió (J. L. Mendes Gomes) (4): O Funchal era uma festa...