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quarta-feira, 8 de maio de 2024

Guiné 61/74 - P25497: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (24): Recuperando, para a história, o programa do Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1-7 de março de 2008)



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Mata do Cantanhez, algures no sector de Bendanda, no triângulo Iemberém, Cadique e Cananime, na margem direita do Rio Cacine > Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1-7 de março de 2008) > Domingo, de manhã, 2 de Março de 2008 > Visita ao Cantanhez > Antigo Acampamento Osvaldo Vieira (reconstituído, para os visitantes) ...  Um grupo de jovens, rapazes e raparigas, que cantaram o Hino da Guiné-Bissau no início da cerimónia...

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Mata do Cantanhez , algures no sector de Bendanda, no triângulo Iemberém, Cadique e Cananime, na margem direita do Rio Cacine > Simpósio Internacional de Guiledje  (Bissau, 1-7 de março de 2008) > Domingo, de manhã, 2 de Março de 2008 > Visita ao Cantanhez > ntigo Acampamento Osvaldo Vieira (reconstituído, para os visitantes)... Os tempos já eram  outros... As populações do Cantanhez, e nomeadamente as que apoiaram abertamente a luta do PAIGC (os nalus e os balantas), pareciam assumir o seu passado, com orgulho, com dignidade, sem arrogância....


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Mata do Cantanhez , algures no sector de Bendanda, no triângulo Iemberém, Cadique e Cananime, na margem direita do Rio Cacine > Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau. 17-março de 2008) > Domingo, de manhã, 2 de Março de 2008 > Visita ao Cantanhez > Antigo Acampamento Osvaldo Vieira (reconstituído, para os visitantes) ...   Dpisdos convidados estrangeiros, portugueses: o cor cav 'cmd' ref e escritor Carlos Matos Gomes e o Prof Doutor Luís Moita (1933-2023) , vice-reitor da UAL - Universidade Autónoma de Lisboa, e antigo fundador e dirigente do CIDAC.


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Iemberém > Visita dos participantes do Simpósio Internacional de Guileje (Bissau, 1-7 de março de 2008) > 2 de Março de 2008 > As instalações da televisão comunitária Massar. Na foto, a Alice Carneiro. Massar, em dialecto nalu, quer dizer estrela. Do logótipo da TV Massar faz parte o mítico Nhinte-Camatchol.


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Iemberém > 
 Visitaao Cantanhez dos participantes do Simpósio Internacional de Guileje (Bissau, 1-7 de março de 2008) > 2 de Março de 2008 >O Zé Teixeira, no tchon nalu, em pleno Cantanhez, no meio de duas mulheres da população local. Belíssimas, gentis e vistosas mulheres tandas ("todas bem  produzidas",  diria o nortenho do Zé Teixeira), de porte altivo e de grande dignidade. (Na carta de Cacine, a toponomia é Jemberem, a norte de Madina de Cantanhez... Hoje todo o mundo diz e escreve Iemberém. De resto, um dos afluentes do Rio Cacine é o Rio Iemberem... Será que terá havido um erro dos nossos cartógrafos ou uma gralha tipográfica ?...Iemberém foi local onde a comitiva do Simpósio Internacional de Guileje pernoitou dois dias... Fica em plemo coração do Parque Nacional do Cantanhez.)

Guiné-Bissau > Região de Bafatá > 1 de Março de 2008 > Saltinho, na Estrada Bissau - Mansoa - Bambadinca-Saltinho - Quebo - Gandembel - Guileje. Paragem no Saltinho, no Clube de Caça, para tomar um segundo pequeno-almoço reforçado. Que a viagem é longa até ao Guileje (chegada prevista às 12h30), no âmbito do programa social do Simpósio Internacional Guiledje Na Rota da Independência da Guiné-Bissau... Enquanto se come, pode-se ouvir em silêncio, na margem direita do Rio Corubal, a água que corre nos rápidos do Saltinho. Na volta, quis ir ver os rápidos de Cusselinta.
No Saltinho, o Patrick Chabal (1951-202 foi dar uma volta para ver mais de perto o Corubal, o único verdadeiro rio da Guiné, como defendia o seu biografado, o Amílcar Cabral.
 
Fotos (e legendas): © Luís Graça (2009). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Contabane > Sinchã Sambel > 3 Março de 2008 > "Eu, o Pedro Lauret com o régulo Suleimane Baldé, régulo de Contabane, e outros habitantes da tabanca"


Guiné-Bissau > Bissau > Hotel Palce > 3 de Março de 2008 > "Abertura do Simpósio, tendo ao meu lado esquerdo, o jornalista do Correio da Manhã, José Carlos Marques; à direita, um dos
ex-militares de Guiledje, o Sérgio Sousa; à minha frente, pelado como eu, o cubano Ulisses Estrada" (1934-2014).

Fotos (e legendas): © Paulo Santiago (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Tombali >  Guileje > 19 de março de 2018 > Resto de munições e antiga placa toponímica "Parada Alf[eres] Tavares Machado, que em 2010 fazia partedoconjunto do Núcelo Museológico Memória de Guiledje.

Foto (e legenda): © Patrício Ribeiro (2018) Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Lisboa > Campus da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa > 6 de Setembro de 2007 > Da esquerda para a direita, Nuno Rubim (1938-2023), Carlos Scharwz (Pepito) (1949-2014) e Luís Graça (n.1947). Para o Pepito, o nosso blogue fez a confluência de pessoas, memórias, sentimentos, ideias e afetos, tornando possível a realização, em Março de 2008, em Bissau, do Simpósio Internacional de Guilrdje...

Foto (e legenda): © Luís Graça (2007). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Através do Arquivo.pt conseguimos recuperar o programa do Simpósio Internacional de Guiledje , há muito perdido... Trata-se de uma captura de 10 de julho de 2009, às 8:43. 

Originalmente estava alojado em http://www.adbissau.org/guiledje/programa (url entretanto descontinuado). 

Recordamos que o Arquivo.pt  é "uma infraestrutura de investigação que permite pesquisar e aceder a páginas da web arquivadas desde 1996. O principal objetivo é a preservação da informação publicada na Web para fins de investigação." E em especial na Web em português.

Pensamos que não foi este o programa definitivo ou a versão definitva do Simpósio Internacional de Guileje (ou Guiledje, na grafia da organização). Havia nomes a confirmar. Houve alterações de última hora. Os cabo-verdianos, por exemplo,  acabaram por não comparecer (ainda estava no poder o 'Nino' Vieira, foi a justificação que ouvi em Bissau, nessa altura, em que as sequelas do golpe de Estado de 14 de novembro de 1980  ainda estavam vivas na mémória de parte da "nomenclatura" do PAIGC, de origem cabo-verdiana). 

Recordo-me de ter havido também uma intervenção do biógrafo de Amílcar Cabral, o pof. Patrick Chabal, entretanto falecid0 (1951-2014).  (O seu nome, por exemplo, não consta desta versão do programa; ele participou também  na visita  a Guileje.)

Mas dos participantes (incluindo moderadores) abaixo listados, há uma série impressionante de nomes que já não estão entre nós... Cito alguns, de memória: além do francês Patrick Chabal, os guineenses Pepito, Roberto Quessangue, Nelson Dias, Salifo Camará ("rei dos nalus", régulo de Cadique) e Leopoldo Amado; os portugueses Coutinho e Lima, Luís Moita,  Nuno Rubim;   o cubano Ulises Estrada...., sem esquecer o 'Nino' Vieira (que fazia parte apenas da comissão de honra e recebeu em audiência, à última da hora, fora do programa oficial, um grupo de estrangeiros, portugueses, cubanos, brasileiros, um francês e outros)...

São elementos informativos que seria  uma pena perderem-se e ficam agora disponíveis para documentar e reforçar a história do Núcleo Museológico Memória de Guiledje e a necessidade de o revitalizar.  

São úteis também para a nossa propria memória enquanto Tabanca Grande. E sobretudo imprescindíveis para celebrarmos  a grata memória do Pepito, que foi  quem concebeu, planeou  e coordenou a realização desta irrepetível e histórica iniciativa.  Embora sempre discreto, ele foi a "alma" deste grande encontro, que juntou os "inimigos de ontem". Nada de parecido foi feito nos outros dois antigos teatros de operações (Angola e Moçambique).

Do ponto de vista organizativo, o Simpósio  foi um enorme "ronco", duvido que na Guiné-Bissau se tenha entretanto realizado, nos anos a seguir,  outro evento com o mesmo  sucesso: teve a participação de mais de 6 dezenas de estrangeiros e de muitos mais guineenses (algumas centenas, quer nas visitas ao Cantanthez quer em nas sessões em Bissau).  Só foi pena que os cabo-verdianos tenham desistido de aparecer.


Chegada dos Participantes vindos da Europa

  • 15h25: chegada e acolhimento no Aeroporto Osvaldo Vieira de Bissau;
  • 17h00: instalação nas diversas unidades hoteleiras onde os participantes vão ficar instalados.


  • 17H30: Entrega dos documentos e programa final

| 20h30: Jantar em conjunto, num restaurante da cidade |



Visita ao antigo quartel de Guiledje


  • 7h00 – Partida para Guileje, com paragem no Saltinho (9h30)


  • Paragem na ponte de Balana (11h00)


  • Paragem no antigo quartel de Gandembel (11h30)


  • Paragem no "Corredor de Guiledje" (12h00)


  • Paragem no quartel de Guiledje (12h30) e visita


  • Almoço na antiga pista de helicópteros (14h00)


  • 16h00 - Paragem em Medjo e Tchim-Tchim Dari
  • 18h00 - Chegada a Iemberém: acolhimento e jantar




7h30 - Pequeno-almoço
8h30 – Visita a Iemberém:


Centro Materno-Infantil


Rádio Comunitária Lamparam + Televisão Comunitária Massar



  • 9h30 – Encontro com ex-combatentes do PAIGC e ex-milicias portuguesas
  • 12h00 – Partida para o porto fluvial  de Canamine (na margem direita do rio Cacine) com paragens:

(i) num antigo acampamento do PAIGC em Cantanhez

(ii) na Mata de Cantanhez para apreciar a última floresta sub-húmida da Guiné-Bissau

| 13h30 - Almoço em Canamine |



  • 15h30 – Eventual visita de barco a Cacine
  • 17h00 – Regresso a Iemberém

| 20h00 - jantar | 21h00 – Manifestação cultural das diferentes etnias da zona |



  • 7h30 - Pequeno-almoço em Iemberém
  • 8h30 - Regresso a Bissau com possibilidade de paragem em Gadamael-Porto, para os que manifestarem interesse.
  • 13h30 - Almoço em Bissau
  • 17h00 – Sessão solene de Abertura do Simpósio, na Assembleia Nacional Popular


Moderador: Roberto Quessangue (Presidente da AG da AD)

  • Visita à Exposição “Guiledje” 
  • Alocução de Isabel Nosolini Miranda, Coordenadora do Simpósio: Preservação da memória de Guiledje: objectivos, acções previstas, aspectos metodológicos e estado actual da Investigação. Alocução do Representante da População de Guiledje (a indigitar)
  • Alocução de Sr. Embaixador de Cuba na República da Guiné-Bissau
  • Alocução de Sr. Embaixador de Portugal na República da Guiné-Bissau
  • Alocução de S. Excelência o Presidente da República de Cabo Verde (por confirmar)
  • Alocução de S. Excelência o Presidente da República da Guiné-Bissau (por confirmar)
  • 18h30 – Final da Sessão
|20h00 - jantar | 


(na Assembleia Nacional Popular)


Painel 1 > Guiledje e a Guerra Colonial/Guerra de Libertação

Moderador: João José Monteiro (Universidade Colinas de Boé)

  • 9h00 - 9h30: Leopoldo Amado (historiador guineense) – Génese e evolução do sentido estratégico-militar do corredor de Guiledje no contexto da guerra de libertação nacional.
  • 9h30 - 10h00: Agnelo Dantas (cabo-verdiano, ex-comandante militar do PAIGC) e Manuel Santos (guineense, ex-comandante militar do PAIGC) – Amílcar Cabral e a componente militar do PAIGC: achegas para a compreensão dos meandros estratégicos e tácticos da guerra de libertação nacional.
  • 10h00 - 10h30: Carlos Matos Gomes – (Coronel do Exército Português) – Guiné 1973 – Quando os portugueses perceberam que chegara o fim.
| 10h30 – 11h00: Pausa-Café |
  • 11h00 – 11h30: Alfredo Caldeira e Victor Ramos, Fundação “Mário Soares” – A operação “Maimuna” no Arquivo Amílcar Cabral.
  • 11h30 – 12h00: Ulisses Estrada (ex-militar e diplomata cubano) – Internacionalismo cubano e a participação de Cuba no esforço da guerra de libertação da Guiné-Bissau.
  • 12h00 – 13h00: Debate
| 13h00 – 14h30: Almoço |
  • 15h00 – 15h30: Coutinho Lima, (Coronel do Exército Português na reserva e ex-comandante do COP 5) – Factores considerados para tomar a decisão da retirada das forças militares e da população, do aquartelamento de Guiledje: relato histórico do ex-Comandante do COP 5
  • 16h00 – 16h30: Pedro Lauret, (Capitão-de-mar-e-guerra do Exército Português na situação de reforma) – A Marinha no Teatro de Operações da Guiné. Guileje Gadamael, Maio Junho de 1973, o papel da Marinha.
  • 16h30 – 17h00: Sandji Fati (Tenente-Coronel do Exército da Guiné-Bissau) – Subsídios para a História Militar da guerra de libertação no sul da Guiné-Bissau.
|  17h00 – 17h30: Pausa-Café | 
  •  17h30 – 18h00: Eduardo Costa Dias (Professor Titular do Instituto Superior das Ciências do Trabalho e Empresas - ISCTE, Portugal) – Papel e influência das dinâmicas sócio-religiosas e políticas nos movimentos de libertação nacional na África Ocidental: o caso da Guiné-Bissau.
  • 18h00 – 19h00: Debate
|  20h30: Jantar | 



(na Assembleia Nacional Popular)

Painel 2> Guerra Colonial/luta de libertação nacional: problematização conceptual, contextualização histórica e importância historiográfica.

Moderador: Leopoldo Amado

  • 9h00 – 9h30: João Medina (Professor Catedrático da Universidade de Lisboa) – A Literatura Portuguesa sobre as derradeiras Guerras Coloniais em África (1961-1974) como documento histórico acerca do fim do Império.
  • 9h30 – 10h00: Josep Sánchez Cervelló (Professor Titular de História Contemporânea da Universidade Rovira I Virgili de Tarragona, Espanha) – A relação dialéctica entre o PAIGC e o MFA e o seu papel na caída do Estado Novo Português.
  • 10h00 – 10h30: Leonardo Cardoso (historiador guineense, INEP) – Alcance histórico de “Guiledje” no contexto geral da luta de libertação Nacional e independência da Guiné-Bissau.
  •  10h30 – 11h00: Pausa Café
  • 11h00 – 11h30: Julinho de Carvalho (caboverdiano, ex-comandante militar do PAIGC) – A importância estratégica de Guiledje no contexto geral da manobra militar do PAIGC e do Exército português na Guiné.
  • 11h30 – 12h00: Fernando Delfim da Silva (guineense, político e filósofo) – A guerra-fria e os condicionalismos político-ideológicos da acção militar do PAIGC na guerra de libertação nacional.
  • 12h00 – 12h30: Julião Soares Sousa (historiador guineense) – Guiledje no horizonte político e militar de Amílcar Cabral em 1972: contribuição para o estudo de uma projectada ofensiva em tempos de guerra de libertação.
  • 12h30 – 13h30: Debate
| 14h00 – 15h30: Almoço |

Painel 3 > O pós-Guiledje: efeitos, consequências e implicações político-militares do assalto ao aquartelamento

Moderador: Mamadú Djau (Director do INEP)

  • 16h00 – 16h30: Luís Moita (Professor Catedrático e Vice-Reitor da Universidade Autónoma de Lisboa) – Fundamentos e originalidade táctico-estratégicos da acção político-militar de Amílcar Cabral e do PAIGC no contexto dos movimentos de libertação do Terceiro Mundo.
  • 16h30 – 17h00: Óscar Oramas (Ex-embaixador de Cuba na República da Guiné-Conakry) – Contribuição e participação cubana na luta de libertação nacional da Guiné-Bissau: dados, números e factos.
 | 17h00 – 17h30: Pausa Café |
  • 17h30 – 18h00: Nuno Rubim (Coronel e ex-combatente português no aquartelamento de Guiledje) – A batalha de Guiledje: uma tentativa de reconstituição histórica em dioramas.
  • 18h00 – 18h30: Luís Graça (Doutorado em Sociologia/Saúde Pública e dinamizador do maior site dos antigos combatentes portugueses da Guiné) – Cerco de Guiledje: a experiência traumática vivenciada a partir do Quartel de Guiledje.
  • 18h30 – 19h00: Luís Reis Torgal – (Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra) – Colonialismo, Anticolonialismo e identidade nacional: reflexões metodológicas para o estudo da história da Guiné.
  • 19h00 – 19h30: Debate
| 20h00: Jantar | 21h30: Sarau Cultural | 



(na Assembleia Nacional Popular)


Painel 4 > Guiledje: Factos, Lições e Ilações(depoimentos e testemunhos de elementos da população, dignitários, testemunhos presenciais, régulos, ex-combatentes do PAIGC e ex-milícias africanas do Exército português)

Moderadora: Isabel Buscardini 
(Ministra dos Combatentes da Liberdade da Pátria)

  •  9h00 - 9h30: Úmaro Djaló (Comande Militar do PAIGC) – A minha experiência de guerrilheiro e de comandante no Sul da Guiné-Bissau: achegas para a História de Guiledje.
  • 9h30 - 10h00: Buota Na N’ Batcha (Comandante Militar do PAIGC) – A acção dos bi-grupos e dos corpos de Exército do Sul na guerra de libertação nacional: o caso do assalto ao aquartelamento de Guiledje.
  •  10h00 - 10h30: Joãozinho Ialá (ex-guerrilheiro do PAIGC) – Memórias do Assalto ao Quartel de Guiledje, Gandembel e Balanacinho.
  • 10h30 - 11h00: Francisca Quessangue (Enfermeira do PAIGC) – Os aspectos sanitários-logisticos do PAIGC no assalto ao quartel de Guiledje

| 11h00 - 11h30: Pausa Café | 

  • 11h30 - 11h50: Fefé Gomes Cofre (ex-guerrilheiro do PAIGC) – O meu testemunho sobre o assalto ao Quartel de Guiledje.
  • 11h50 - 12h10: Salifo Camará (Régulo de Cadique) – O papel das populações civis na guerra de libertação no Sul e no assalto ao aquartelamento de Guiledje.
  • 12h10 - 12h30: Camisa Mara (ex-milicia do Exército português) – A vida no Quartel de Guiledje
  • 12h30 - 12h50: Cadjali Cissé (ex-guerrilheiro do PAIGC) – A minha participação no Assalto a Guiledje
  • 12h50 - 13h10: A designar (condutor) – A minha experiência no transporte de munições e mantimentos

| 13h30 - 15h00: Almoço |


Painel 5 > As Iniciativa de Cantanhez e de Guiledje na óptica do desenvolvimento económico e social e sua correlação com o imperativo da salvaguarda da memória histórica da guerra.

Moderador: Nelson Dias (Representante da UICN)

  • 15h30 - 16h00: Carlos Schwarz Silva (guineense, agrónomo) e José Filipe Fonseca (guineense, agrónomo) – O desenvolvimento económico e social na zona de Guiledje: AD e dinâmicas de participação e organização comunitárias.
  • 16h00 - 16h30: Tomane Camará (AD) – (guineense, agrónomo) – Evolução das características ecológicas da zona de Guiledje: antes, durante e depois da guerra.
  • 16h30 - 17h00: Alfredo Simão da Silva (guineense, geógrafo, Director do Instituto de Biodiversidade e Áreas Protegidas) – Imperativos de Desenvolvimento Sustentável e da Conservação da Natureza: Princípios e práticas no caso de Cantanhez
| 17h00 - 17h30: Pausa Café |
  • 17h30 - 18h00: Hugo Monteiro (sociólogo, Universidade Colinas de Boé), A intensa guerra de que o Sul da Guiné-Bissau foi alvo explica o seu ténue desenvolvimento relativamente às outras regiões do país?
  • 18h00 - 19h00: Debate
|  20h30: Jantar | 



(na Assembleia Nacional Popular)

Moderadora: Isabel Nosolini Miranda (Presidenta da AD)


  • 9h30: Sessão solene de Encerramento

(i) Alocução do Representante dos participantes caboverdianos
(ii) Alocução do Representante dos participantes portugueses
(iii) Alocução do Representante dos participantes cubanos
(ivc) Leitura do Documento final do Simpósio (Resoluções Finais)
(v) Alocução de S. Excelência o Senhor Primeiro-Ministro do Governo 
da Guiné-Bissau
(vi) Alocução de Encerramento do Simpósio por S. Excelência o Senhor Presidente da Assembleia Nacional Popular da República da Guiné-Bissau.

  • 10h30 - Final dos trabalhos do Simpósio

| 12h30-almoço | 16h30- Partida dos participantes |

(Revisão / fixição de texto: LG)
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 7 de maio e 2024 > Guiné 61/74 - P25488: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (23) : Camisa Mara, o guardião e guia deste projeto, votado ao abandono depois da morte do Pepito, em 2014... Aqui recordado numa peça da agência Lusa.

sábado, 27 de abril de 2024

Guiné 61/74 - P25450: 20.º aniversário do nosso blogue (12): Alguns dos melhores postes de sempre (VII): Guileje, "colónia penal militar", com pelo menos meio século de história? (Nuno Rubim, 1938-2023)


Guiné > Região de Tombali > Guileje > Outubro de 1968 > "Guileje, Colónia Penal, Terra Ingrata, de Mau Signo, Terra de Bandidos, Terra da Fome"... Nesta altura, a unidade de quadrícula de Guileje era a CCAÇ 2316 (Mai 1968/Jun 1969).

Foto (e legenda) : © Gabriel Chasse / Nuno Rubim (2008). Todo os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Mapa do Sul da Guiné no Final do Séc XIX, segundo Pélissier (vd. René Pélissier - História da Guiné: Portugueses e Africanos na Senegâmbia, 1841-1936. 2ª ed. Lisboa: Editorial Estampa. 2001. 2 volumes).  Cortesia de Nuno Rubim (2008)
  

Pormenor do mapa (ou carta) de Guileje (escala 1:50000): no quadro das Convenções, pode ler-se que há um símbolo que representa as aldeias abandonadas, como é o caso de Sare Morsô... Só um estudioso como o Nuno Rubim era  capaz de ter olho clínico para estes detalhes que escapam à vista desarmada do leigo...

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2024)


1. Excertos de três mensagens do nosso saudoso Nuno Rubim (1938-2023), coronel de artilharia na reforma, historiador militar, esteve em Guileje, à frente de duas unidades, a CCAÇ 726, Out 1964/Jul 1966, e a CCAÇ 1424, Jan 1966/Dez 1966; foi ainda cmdt da CCmds CTIG, em 1965; e voltou ao CTIG nos anos 70.

No 20.º aniversário do nosso blogue, apraz-nos recordar aqui o que ele escreveu sobre "Guileje, colónial penal" (sic)...


Guileje, "colónia penal militar",  com pelo menos meio século de história? 

(1) Durante anos, após a minha permanência em Guileje, ouvi referências sobre o facto de serem enviados para lá militares punidos ou indesejados de outras unidades do CTIG [Comando Territorial Independente da Guiné].

Apesar de ter tido uma experiência pessoal que parece ter confirmado este facto, só agora descobri, no AHM [Arquivo Histórico Militar], um documento oficial que esclarece totalmente a questão !

Mensagem Com-Chefe, Guiné, Dezembro 1969.

Retransmitido pelo Batalhão de Artilharia 2865, reponsável pelo Sector S3 (nessa altura em Catió), que englobava o subsector de Guileje. (AHM )

Por determinação superior “… Considerada a situação de Guileje, cancelamento de mais transferências por motivos disciplinares para aquela guarnição” !!!



(ii) Trago à liça mais uns elementos que consubstanciam essa tese.

Porque vem de longe ... Pélissier, no 2º volume da sua obra sobre as guerras na Guiné, escreve, na página 191:

"Em 1916, um dos tenentes de Abdul Injai, Alfa Modi Saidou, foi convidado a instalar-se em Guileje com 300 a 400 indígenas franceses provenientes dos bandos de Abdul Injai. As mulheres seriam exclusivamente prisioneiras feitas durante a campanha de 1915." 

Ora isto sucede numa altura em que já tinham terminado as negociações entre Portugal e França que tinham definido as fronteiras na região (1906). (Vd. Mapa, acima).

Cabe aqui abrir um parêntese. Toda a região a Leste de uma diagonal traçada no eixo do rio Cacine, para NE até perto do Rio Balana, pertencia à Guinée, colónia francesa [hoje Guiné-Conacri]. Por isso aparecem no mapa supra as designações de Poste Français [posto francês] em Caconda e Cacine. 

Aquando da delimitação de fronteiras, essa região passou para o domínio português, por troca com a zona do Casamansa no Senegal.

Pormenor do mapa (ou carta) de Guileje (escala 1:50000): no quadro das Convenções, pode ler-se que há um símbolo que representa as aldeias abandonadas, como é o caso de Sare Morsô... Só um estudioso como o Nuno Rubim é capaz de ter olho clínico para estes detalhes que escapam à vista desarmada do leigo... (LG).

Mas a anterior linha fronteiriça era praticamente inexistente, não se sabendo realmente as áreas que pertenciam a cada país. Ora constatei, com surpresa, que, segundo Pélissier / vol. II, pp 60- 69, os portugueses instalaram em Sare Morsô, em 1897, um posto militar, a que deram o nome de Posto de D. Maria Pia (como era uso na altura, em quase todas as colónias portuguesas, nomes de rainhas ou princesas ) e que só foi desguarnecido cerca de 1901.

Surge essa designação, como tabanca abandonada, na carta 1:50000 da Guiné. Quando agora passei pelo chamado cruzamento do corredor [da morte ou de Guileje] ainda tive esperanças de lá poder dar uma saltada (cerca de 2,5 km do cruzamento ), mas infelizmente não tive tempo.

Segundo algumas informações,  o PAIGC teria ali instalado uma base durante a guerra.


(iii) Continuando com a saga de Guileje, Colónia Penal:

Pois parece-me que nos tempos modernos fui eu quem deu continuidade a essa triste fama..

De facto, no final de 1965, enquanto Cmdt da Companhia de Comandos da Guiné e em virtude de um contencioso que se abriu com o Cmdt do CTIG ( relacionado, a meu ver, com a indevida utilização que estava a ser dada aos Grupos de Comandos da Companhia ), tive um dia uma acesa discussão com o referido senhor.

O resultado não se fez esperar ! Mandou-me sair imediatamente do seu gabinete e disse-me que no dia seguinte receberia guia de marcha para seguir imediatamente para Guileje !

Lá fui, pois ... substituir o Cmdt da CCAÇ 726, companhia que na altura já tinha cerca de 16 meses de comissão, em finais de Janeiro de 1966.

Mas isto não ficou por aqui ! Ainda durante a permanência desta companhia em Guileje, chegou a CCAÇ 1424, que a ia render. Pois retiraram-na do comando do seu Capitão, que a tinha formado em Portugal e que o pessoal muito estimava e puseram-na sob as minhas ordens ! Incrível, mas assim aconteceu !

Depois há um vácuo temporal ... ou possívelmente não, mas não me foi dado saber se até 1973 houve mais casos de corrécios despachados para lá ... O que é certo é que me deparei, no AHM [ Arquivo Histórico Militar] com mais dois casos, já em 1973.

Segundo notas da 1ª Rep / CTIG, a 22 de janeiro é transferido do GA 7 para o COP 5, o alf mil art José A. C. Branco da Costa, por motivo disciplinar. E logo a seguir, a 9 de fevereiro, o fur mil op esp Delfim J. Marques dos Santos, é transferido da CCAÇ 3373 para a CCAV 8350, pelo mesmo motivo !

Realmente a inscrição que amavelmente o nosso camarada Gabriel Chasse, que esteve em Guileje, me enviou (ver foto acima ), sintetiza melhor do que quaisquer palavras o que foi o inferno naquele local.

(Seleção, revisão / fixação de texto, negritos: LG)
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:


Vd. tamnbém poste de 23 de abril de 2024 > Guiné 61/74 - P25432: 20.º aniversário do nosso blogue (9): Alguns dos nossos melhores postes de sempre (VI): Na sua já famosa carta aberta a Salazar e Caetano, de 2010, o 'sínico' António Graça de Abreu recomendava-lhes vivamente a leitura do nosso blogue, lá no além...

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25152: O Nosso Blogue como fonte de informação e conhecimento (105): Na Morte do Coronel Nuno Rubim (Alfredo Pinheiro Marques / Centro de Estudos do Mar)

Cor Nuno Rubim (1938-2023). Foto de Luís Graça (2006)

1. Ainda a propósito do falecimento do Coronel Nuno Rubim, recebemos a seguinte mensagem com data de 31 de Janeiro de 2024, enviada pelo Director do CEMAR, Doutor Alfredo Pinheiro Marques:
De: CEMAR
Date: quarta, 31/01/2024 à(s) 11:17
Subject: Na Morte do Coronel Nuno Varela Rubim

Prezado Doutor Luís Graça, e demais responsáveis do Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné":
Nesta mensagem e na seguinte remetemos um reencaminhamento das mensagens que enviámos para a lista de "mailing" do CEMAR acerca do falecimento do nosso Ex.º Amigo Coronel Nuno Varela Rubim, e em que nos socorremos de, e citámos, muita da informação que, pela V. parte, disponibilizam no vosso Blog (uma vossa iniciativa meritória, e merecedora dos maiores elogios, e pela qual felicitamos, e desejamos os melhores votos de continuidade do bom trabalho)


Com as melhores e mais cordiais saudações, e votos de tudo de bom neste novo ano 2024
Alfredo Pinheiro Marques
Director do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque - CEMAR
(Figueira da Foz do Mondego - Praia de Mira)


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2. Início da mensagem reencaminhada:

De: INFORMAR
Assunto: Na Morte do Coronel Nuno Varela Rubim
Data: 30 de janeiro de 2024, 01:01:12 WET
Para: mail@cemar.pt

NA MORTE DO CORONEL NUNO VARELA RUBIM

Só agora tomámos conhecimento, através de notícias publicadas no Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné" (o principal fórum de informação e discussão sobre a história da Guerra portuguesa no teatro de operações da Guiné-Bissau), na "Revista de Artilharia", e em outras fontes, da triste notícia do falecimento do nosso Ex.º Amigo, Coronel de Artilharia, Comando, na situação de reforma, Nuno José Varela Rubim (1938-2023), historiador militar que tivemos a honra de contar no número dos membros do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR - Centro de Estudos do Mar, e pelo qual sentimos, e manifestámos, sempre, uma extraordinária admiração e um profundo respeito, em termos científicos e em termos humanos.

Nuno José Varela Rubim - a que as populações africanas chamaram o "Capitão Fula" (e cuja morte ocorreu, agora, no passado dia de Natal… em 25.12.2023) - foi um homem extraordinário, e com uma vida invulgar, e extraordinária, de heroísmo, de coragem, de lucidez e de inteireza.
Uma vida apontada, ao mesmo tempo, quer para o serviço militar quer para a compreensão do mundo e do seu país: para a História e para a investigação histórica. Provindo de uma tradição familiar apontada para o serviço do Exército Português, e mais concretamente para a Artilharia, ele veio a ser um militar de grande coragem, detentor de uma folha de serviços invulgar, e um historiador de grande lucidez e criticismo, o mais competente nas matérias específicas de História Militar a que se dedicou. De grande coragem científica, para além da coragem pessoal e humana.

Em nove anos em África, com quatro comissões de serviço, foi um dos militares mais condecorados do Exército Português no terrível teatro de operações da Guiné-Bissau, o mais duro e difícil para os Portugueses, na segunda metade do século XX. Comandou, lá, em comissões de serviço sucessivas, como Capitão, duas Companhias de Caçadores (CCaç 726, e CCaç 1424), e uma Companhia de Artilharia (CArt 644), e foi o criador, formador, e comandante, lá, dos "Comandos da Guiné" do Exército Português, entre 1964 e 1966.

As Companhias que comandou estiveram localizadas no aquartelamento de Guileje (Guiledje), na parte desse território que foi a mais problemática para os Portugueses, nas regiões do "Corredor da Morte" de Guileje, Gadamael e Guidaje, e das Matas do Cantanhez, e de Madina do Boé (onde, por fim, em 1973, o PAIGC acabou por proclamar unilateralmente a sua independência). Nessas regiões tiveram lugar alguns dos momentos mais penosos para o Exército Português. Nomeadamente quando, em Maio de 1973 (alguns anos depois de Rubim já lá não ser comandante), esse aquartelamento de Guileje chegou a ser abandonado pelas tropas portuguesas, e ocupado temporariamente pelas tropas do PAIGC (o único caso desse tipo, nas guerras africanas portuguesas da segunda metade do século XX).

Depois disso, entre 1972 e 1974, Nuno Varela Rubim ainda desempenhou também funções no Quartel-General português em Bissau, em serviços secretos de informações, transmissões e criptografia (CHERET), e já então promovido ao posto de Major (e, nessas funções, os serviços portugueses conseguiram decifrar os códigos das comunicações militares dos países vizinhos).
Esteve presente, desde o primeiro momento, lá, na Guiné, na conspiração do "Movimento dos Capitães" que levou ao 25 de Abril de 1974.

Depois, em Portugal, nas convulsões políticas do pós-25 de Abril, esteve envolvido nas difíceis situações que confluíram no 25 de Novembro (1975), no seguimento do qual viu a sua carreira militar ser bloqueada, e esteve preso em Custóias e em Caxias. Alguns anos depois, reconstituída essa carreira, e concedida a mais do que merecida promoção a Coronel (sem ter tido que ser, como então disse, "a título póstumo"…), foi passado à reserva e veio a dedicar-se sobretudo à sua paixão pela História e pela investigação de temas militares, sobretudo de História da Artilharia.

Foi Director de Investigação no Museu Militar de Lisboa, exerceu funções de docência na Academia Militar, na Universidade de Lisboa, etc. (de facto, exerceu-as em toda a espécie de escolas, desde escolas universitárias até humildes escolas primárias e profissionais). Publicou na "Revista de Artilharia" e em outras revistas militares. Organizou exposições e instalações museológicas de grande significado e qualidade (Museu da Escola Prática de Artilharia em Vendas Novas, Artilharia da Fragata Dom Fernando II e Glória, Artilharia do Forte de Oitavos em Cascais, etc.). Deu-nos a honra de, na Figueira da Foz, ter sido um dos membros do Conselho Consultivo e Científico do nosso Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR), desde Novembro de 2012.

Teve, sobretudo, um interesse muito especial, e competente dedicação, à história do "Príncipe Perfeito", o Príncipe e Rei Dom João II "próprio e verdadeiro coração da República" (nomeadamente à sua invenção do tiro naval rasante), à arquitectura naval, e às fortificações marítimas costeiras (Torre de Belém, etc.).

Na primeira década do século XX (em 2006-2008) — em parceria com a organização de cooperação AD-Acção para o Desenvolvimento, com o supracitado Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné" dedicado aos combatentes portugueses e guineenses da guerra da Guiné-Bissau, e com entidades oficiais desse país independente de Língua Oficial Portuguesa —, Nuno Rubim esteve presente na celebração no Projecto Guiledje, de reencontro entre Portugueses e Guineeenses, nas suas várias vertentes ("triunfo da vida sobre a morte, da paz sobre a guerra, da memória colectiva sobre o esquecimento e o branqueamento da historia"...).
Esteve presente, nomeadamente, no Simpósio Internacional de Guiledje, em Março de 2008, em Bissau (onde foi um dos oradores), e na criação de um Núcleo Museológico de Guiledje (Guileje), para o qual construiu carinhosamente, pelas suas próprias mãos, e levou consigo, para oferecer, um precioso diorama constituído por um modelo à escala 1/72, de grandes dimensões, do aquartelamento português de Guileje tal como ele era na década de 60 do século XX (1966), quando ele próprio, e muitos dos combatentes de ambos os lados dessa guerra, lá haviam estado, e lá haviam combatido.

O Coronel Nuno José Varela Rubim teve um carinho muito especial pela Guiné, e pelas suas gentes, onde havia vivido durante uma década. E teve como esposa uma Ex.ª Senhora africana, de lá originária, que agora deixou viúva, e à qual devemos apresentar as mais sentidas condolências.

Quando, em 2008, voltou à Guiné, e regressou a Guileje e Mejo, foi reconhecido e acarinhado por muita gente que ainda se lembrava dele de há 41 anos atrás (!), e se lembrava da sua sensibilidade e proximidade com as populações locais, que logo então haviam dado origem ao seu cognome de então, de "Capitão Fula".

E, em Bissau, visitou o cemitério, onde estão sepultados centenas de militares do Exército Português, e alguns desconhecidos, e alguns pertencentes a Companhias que por ele haviam sido comandadas.

Muita informação sobre este notável militar e historiador português, e homem de grande carácter, pode ser encontrada em muitas das páginas do tão meritório Blog na Internet, criado por Luís Graça, que já aqui citámos "Luís Graça & Camaradas da Guiné" (em https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com).


Filmes com parte da sessão do Simpósio Internacional de Guilege, em Março de 2008, em Bissau, com Nuno Varela Rubim e Carlos Matos Gomes, ambos Coronéis, Comandos, do Exército Português, em que o primeiro explica o isolamento em que foi deixado cair o quartel português de Guileje e o aparecimento no teatro de operações da Guiné dos mísseis terra-ar Strela que iriam mudar o curso da guerra, e o segundo explica o agravamento da situação militar no ano de 1973 para as tropas portuguesas, nas vésperas do 25 de Abril de 1974:

https://www.youtube.com/watch?v=rd8O523REL4
https://www.youtube.com/watch?v=CceUuqHQCc4


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"HISTÓRIA, MEMÓRIA E EXEMPLO DO PASSADO, PARA LIBERTAÇÃO DO FUTURO"

"(…) Ser ignorante do Passado é como ser uma criança para sempre (…)”… [ Marco Túlio Cícero, 106 a.C - 43 a.C]

"(…) Que os homens não aprendem muito com as lições da História é a mais importante de todas as lições que a História tem para ensinar (…)”… [ Aldous Huxley, 1959 ]

https://www.youtube.com/user/CentroEstudosDoMar


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Centro de Estudos do Mar - CEMAR
Rua Mestre Augusto Fragata, 8 - Buarcos
3080-900 - FIGUEIRA DA FOZ - PORTUGAL
e-mail: cemar@cemar.pt
tel.: (351) 969070009
(telemóvel)
tel.: (351) 233434450
(chamada para a rede fixa nacional)

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Nota do editor

Vd. post anterior de 8 de Fevereiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25149: O Nosso Blogue como fonte de informação e conhecimento (104): O Coronel Nuno Varela Rubim e o CEMAR (Centro de Estudos do Mar)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25149: O Nosso Blogue como fonte de informação e conhecimento (104): O Coronel Nuno Varela Rubim e o CEMAR (Centro de Estudos do Mar)

Cor Nuno Rubim (1938-2023). Foto de Luís Graça (2006)


No dia 30 de Janeiro de 2024, recebemos uma mensagem do Centro de Estudos do Mar Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR), lembrando a importância e a coragem do trabalho científico do nosso ilustre camarada, Cor Nuno Rubim, falecido no dia de Natal de 2023. Aqui fica a sua transcrição:

De: INFORMAR

Assunto: O coronel Nuno Varela Rubim e o CEMAR: "coragem científica"…
Data: 30 de janeiro de 2024, 23:55:11 WET
Para: mail@cemar.pt


"(…) Desde há muito que se tem feito, em Portugal e no estrangeiro, uma apologia do Infante D. Henrique que consideramos "hiper-inflacionada". Naturalmente que a sua acção foi importante, mas para nós não ultrapassou o quadro mercantil, participando também em algumas acções no Norte de África, cujos méritos se nos afiguram muito duvidosos. Por contraste, a figura do Infante D. Pedro, o motor da modernidade de Portugal, cujas ideias não conseguiram infelizmente vingar, é praticamente ignorada. Muitos poucos historiadores se deram ao trabalho de tentar restabelecer a verdade. Nos últimos tempos só Alfredo Pinheiro Marques teve a coragem científica, pois é assim que eu defino a sua atitude, de rebater as teorias anquilosadas dos "velhos do Restelo". Porque, é preciso dizê-lo, que alguns poucos deles ainda sobrevivem e continuam a querer "ditar" as leis pelas quais a historiografia portuguesa se deve reger! E na maioria das vezes com total cobertura institucional… Coube ao "Príncipe Perfeito" tentar repôr o país na devida senda do progresso. E ainda o conseguiu em vida… Pinheiro Marques também explicou muito bem a conjuntura então verificada no seu livro sobre D. João II (…)

COR. NUNO VARELA RUBIM, A Organização e as Operações Militares Portuguesas no Oriente (1490-1580), vol. I, Lisboa: Comissão Portuguesa de História Militar, 2012, p. 112

Como historiador, o Coronel de Artilharia, 'Comando', Nuno Varela Rubim foi o nosso melhor especialista da história da Artilharia Antiga, e dedicou-se também a outras várias áreas da Armaria em geral, e da organização e operações militares nos séculos XV-XX. Teve, sobretudo, um interesse muito especial, e competente dedicação, à história do "Príncipe Perfeito", o Príncipe e Rei Dom João II "próprio e verdadeiro coração da República" (nomeadamente à sua invenção do tiro naval rasante), à arquitectura naval, e às fortificações marítimas costeiras (em que estudou a Torre de Belém e outras fortificações do estuário do Tejo, as do Sado, etc.). Tudo isso com uma perspectiva histórica crítica e independente.

Desde a sua passagem à reforma, dedicou-se à investigação histórica, por conta própria, ainda que não tendo para isso apoios significativos, heroicamente suportando os seus próprios custos de investigação e de publicação das suas obras. Exactamente como nós também estávamos a fazer, desde há muito.

Apesar dessas dificuldades, foi Director de Investigação no Museu Militar de Lisboa, exerceu funções de docência na Academia Militar, na Universidade de Lisboa, etc. (de facto, exerceu-as em toda a espécie de escolas, desde escolas universitárias até humildes escolas primárias e profissionais). Publicou na "Revista de Artilharia" e em outras revistas militares. Organizou exposições e instalações museológicas de grande significado e qualidade (Museu da Escola Prática de Artilharia em Vendas Novas, Artilharia da Fragata Dom Fernando II e Glória, Artilharia do Forte de Oitavos em Cascais, etc.). Deu-nos a honra de, na Figueira da Foz, ter sido um dos membros do Conselho Consultivo e Científico do nosso Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR), desde Novembro de 2012.

A sua foi uma visão muito crítica da História de Portugal, recusando e enfrentando — com a mesma coragem e frontalidade com que outrora havia desenvolvido a sua acção militar na Guiné — todos os mitos e mentiras políticas que, desde há muito, reinam e pontificam na historiografia portuguesa, oficiados por tanta pantomineirice universitária e académica, e sempre perpetuando e trombeteando os rituais, os cultos e as liturgias dos "Descobrimentos" e do Infante Dom Henrique, etc..

Por isso esse investigador de História Militar chegou ao contacto, na Figueira da Foz, com o Centro de Estudos do Mar (CEMAR) e com Alfredo Pinheiro Marques, o autor de "A Maldição da Memória…", e assim estabelecemos um diálogo futuro, o qual infelizmente não pôde desenvolver-se tanto quanto quereríamos, devido às dificuldades com que, sempre, ambas as partes nos debatemos, para trazer alguma verdade e alguma utilidade à historiografia portuguesa e à História de Portugal.

O grande projecto de Nuno Rubim era o da publicação integral dos cinco volumes da sua grande obra A Organização e as Operações Militares Portuguesas no Oriente 1498-1580, da qual, nos dias da sua vida, ainda conseguiu publicar os primeiros dois volumes, o primeiro em 2012, sobre "Geografia e Viagens", com a chancela da Comissão Portuguesa de História Militar, e o segundo em 2013, sobre "Navios e Embarcações", já numa editora privada (e, na verdade, heroicamente suportado pelo próprio autor).

E, infelizmente, ficaram por editar os volumes seguintes.

No primeiro volume (quando ainda nem sequer conhecia pessoalmente Alfredo Pinheiro Marques e o CEMAR) havia escrito: 

"(…) Desde há muito que se tem feito, em Portugal e no estrangeiro, uma apologia do Infante D. Henrique que consideramos "hiper-inflacionada". Naturalmente que a sua acção foi importante, mas para nós não ultrapassou o quadro mercantil, participando também em algumas acções no Norte de África, cujos méritos se nos afiguram muito duvidosos. Por contraste, a figura do Infante D. Pedro, o motor da modernidade de Portugal, cujas ideias não conseguiram infelizmente vingar, é praticamente ignorada. Muitos poucos historiadores se deram ao trabalho de tentar restabelecer a verdade. Nos últimos tempos só Alfredo Pinheiro Marques teve a coragem científica, pois é assim que eu defino a sua atitude, de rebater as teorias anquilosadas dos "velhos do Restelo". Porque, é preciso dizê-lo, que alguns poucos deles ainda sobrevivem e continuam a querer "ditar" as leis pelas quais a historiografia portuguesa se deve reger! E na maioria das vezes com total cobertura institucional… Coube ao "Príncipe Perfeito" tentar repôr o país na devida senda do progresso. E ainda o conseguiu em vida… Pinheiro Marques também explicou muito bem a conjuntura então verificada no seu livro sobre D. João II (…)

(NUNO VARELA RUBIM, A Organização e as Operações Militares Portuguesas no Oriente - 1490-1580, vol. I, Lisboa, 2012, p. 112).

Para a publicação do segundo volume trocámos correspondência, e pela parte do CEMAR demos alguma colaboração com vista à organização dessa sua edição, compartilhando a experiência que tínhamos de edições "heróicas", nesses termos (pagas por nós próprios…)… Também nós, então, em 2012, estávamos já na situação de dificuldade material para conseguirmos continuar a editar livros tradicionais, em papel e tinta, impressos, e pagos, em tipografia, como havíamos feito desde 1995, durante dezassete anos (1995-2012)… 

Esse seu segundo volume já veio a ser editado por uma editora privada (Falcata Editores), suportado pelo próprio autor. E a edição dos volumes seguintes constatamos que já não foi possível. Assim foi deixada por publicar uma obra notável e meritória, e restou um espólio inédito que se faz votos de que possa ser salvo e preservado para o Futuro, para que possa chegar aos vindouros, e iluminar esse Futuro. O Exército Português tem disso obrigação, e fazemos votos de que a cumpra.

A correspondência que então trocámos com Nuno Rubim, a partir de 2012, reflecte estas dificuldades, mutuamente sentidas, para se conseguir fazer e publicar trabalho válido e útil (e desinteressado), num país e num mundo em que o que constatamos que existe é, sempre e cada vez mais, sobretudo, ignorância e oportunismo, e dissipação de dinheiro público. E em que, por isso, aquilo que cada vez mais se pode sentir é indignação e revolta por essa miséria e por essa vergonha. Alguma dessa correspondência merece ser aqui transcrita, e continuar a ser divulgada para o futuro.

Em 19.07.2013 Alfredo Pinheiro Marques escreveu: 

"Meu caro Coronel Nuno Rubim, e querido Amigo: Num momento importante, como este, em que vejo que o meu caro e Exº. Amigo, contra ventos e marés (com coragem, e com teimosia, e com brio, e com amor...) teimou, e teimou mesmo… e -- mesmo pagando do seu bolso…! (tal como eu próprio tenho vindo a fazer, desde há muitos anos...), -- conseguiu que fosse mesmo editado, e saísse dos prelos, para o público, o segundo volume, sobre "Navios e Embarcações", da sua grande obra "A Organização e as Operações Militares Portuguesas no Oriente", daqui lhe envio imediatamente um grande abraço de solidariedade, e de felicitações. Este é um exemplo -- é mais um exemplo, da sua parte (e... quantos mais exemplos o meu Exº. e querido Amigo já não deu, na História e na historiografia de Portugal…? -- um exemplo, enfrentando, e lutando, contra esta situação em que todos nós nos encontramos, no meio deste descalabro e desta vergonha em que tudo isto veio a cair (no meio desta miséria e desta anedota trágica daquilo que é hoje em dia considerado como sendo a "comunidade científica historiográfica portuguesa", bizantinamente instalada no "dolcefarniente" das entidades públicas e universitárias, gastando em ordenados e em congressos e em vaidades e em insignificâncias doutorais, pseudo-eruditas e incompetentes, os últimos dinheiros públicos de um país infelizmente falido, mendigo, e de mendigos). Aceite um grande abraço, deste seu amigo Alfredo Pinheiro Marques".

Nuno Varela Rubim respondeu, nesse mesmo dia: 

"Muito obrigado pelas suas considerações amigas. Pode ter a certeza que continuarei a "lutar" pelos propósitos que afinal nos animam a nós dois: dar a conhecer aquilo que os "soi disant" "sábios" deste pobre país não conseguem produzir porque não estudam e não estão para trabalhar, apenas copiam, sentados que estão a comer à borla nas manjedouras do estado ... Grande abraço. Nuno Rubim".

Em 27.07.2013 o Centro de Estudos do Mar (CEMAR), numa sua nota de informação publicamente divulgada, acerca desse livro, escreveu: 

"(…) Os trabalhos históricos do Coronel Nuno José Varela Rubim (o especialista da História da Artilharia, e de outras matérias da História Militar Portuguesa) são de uma superior qualidade e utilidade, e só num país tão desgraçado como aquele em que, infelizmente, se tornou Portugal é que é possível que as obras de um investigador como este (o nosso melhor especialista, na sua própria área científica!), tenham que andar a ser meritória (e heroicamente…) pagas em grande medida pelo próprio Autor (!) (para, assim, apesar de tudo, poderem sair para a luz do dia…!), enquanto tantos e tantos dinheiros públicos, desde há tantos e tantos anos, andam a ser dissipados, e deitados à rua, para pagar tantas e tantas pantomineirices bizantinas e pós-modernas, ditas "culturais" e "científicas", ou "artísticas", só porque são "universitárias" e "académicas" e utilizadas para o "regular funcionamento das instituições" (mas cuja epocalidade e insignificância, na verdade, estão à vista de toda a gente… e de que o futuro só vai rir…). (…)".

Em 31.07.2013, numa mensagem pessoal, Alfredo Pinheiro Marques escreveu: 

"(…) Muitos e muitos parabéns pelo seu livro (e agradecimentos pela oferta). Recebi-o, hoje, de manhã… e, neste momento, já o tenho quase todo lido…! (tive que parar, pois já me doem os olhos, de os usar ininterruptamente…). Quando a leitura é verdadeiramente interessante, é assim que eu funciono. O meu caro Amigo está de parabéns, por tudo, e só é pena é que neste desgraçado país tenhamos que andar assim, com o nosso próprio esforço, e sem os meios que vemos, à nossa volta, a ser dissipados, miseravelmente, sempre pelos mesmos, do costume, que nada sabem, e nada de bom e de útil vão nunca fazer. (…)".

Em 27.04.2022, numa última mensagem que lhe enviámos, escrevemos: 

(…) saber como vai, e de conversarmos também sobre as formas possíveis de divulgarmos e chamarmos a atenção para a importância dos seus trabalhos históricos sobre a artilharia, as tapeçarias de Pastrana, etc., e assim contribuirmos para ajudarmos a divulgá-los e fazê-los chegar ao futuro, bem acima, e fora, desta miserável "comunidade científica" que reina mediocremente em Portugal, sempre enredada nas encenações do respectivo teatrinho corporativo, e incapaz de dar valor às obras e às pessoas que verdadeiramente o têm. (…).

A proximidade, o intercâmbio e o diálogo com o Cor Art 
Com Nuno José Varela Rubim, e a sua presença no nosso Conselho Consultivo e Científico, são algo de que o Centro de Estudos do Mar (CEMAR) e o seu director se orgulham, e que consideramos como das satisfações mais honrosas e saborosas que tivemos ao longo destas décadas. E só lamentamos não ter podido desenvolver mais (também devido às nossas próprias dificuldades, que se foram sempre avolumando, devido às censuras e silenciamentos que contra nós foram sempre também sendo movidas).

Em 1995 o livro de Alfredo Pinheiro Marques "A Maldição da Memória do Infante Dom Pedro e as Origens dos Descobrimentos Portugueses", nas suas páginas iniciais, teve uma dedicatória em que se afirmou que ele era dedicado, também, e sobretudo, 

"Aos combatentes de todas as guerras ultramarinas portuguesas, particularmente as que, como as marroquinas e as africanas, se arrastaram para além de toda a razoabilidade, sem sentido e sem horizontes, desligadas da população, impostas pelas conveniências mesquinhas de elites anacrónicas, justificadas e legitimadas pelos historiadores ao serviço do Poder".

Pode, portanto, dizer-se, com inteira propriedade, que esse livro foi, sobretudo, então, desde logo (embora ainda não o conhecessemos…) oferecido e dedicado a Nuno Varela Rubim.

A menção acerca de Alfredo Pinheiro Marques que, depois, esse oficial do Exército Português deixou escrita no seu livro de 2012 "A Organização e as Operações Militares Portuguesas…", tem, desde então, sido considerada pelo autor de "A Maldição da Memória…" como uma das mais honrosas da sua carreira historiográfica, ao longo de quarenta anos.

E o sentimento e a apreciação são mútuos: "coragem científica" foi a do oficial do Exército Português Nuno Varela Rubim, na historiografia portuguesa.

"HISTÓRIA, MEMÓRIA E EXEMPLO DO PASSADO, PARA LIBERTAÇÃO DO FUTURO"

"(…) Ser ignorante do Passado é como ser uma criança para sempre (…)”… [ Marco Túlio Cícero, 106 a.C - 43 a.C ]

"(…) Que os homens não aprendem muito com as lições da História é a mais importante de todas as lições que a História tem para ensinar (…)”… [ Aldous Huxley, 1959 ]

https://www.youtube.com/user/CentroEstudosDoMar