Mostrar mensagens com a etiqueta autogruas. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta autogruas. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24617: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (9): ex-alf mil cav Jaime Machado, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) - Parte V: o porto fluvial de Bambadinca, uma das portas de entrada no Leste, a par do porto fluvial do Xime


Foto nº 22 > Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Bambadinca: porto fluvial... Entardecer. O Jaime Machado, de perfil.

Fotos nº 23 e 23A > Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Bambadinca: porto fluvial... Até aqui chegavam os "barcos turras", ou sejam, as embarcações  de cabotagem das casas comerciais (Casa Gouveia, Ultramarina, e outras) que traziam e levavam pessoas, produtos agrícolas, etc., mas també,m material de e para a tropa...(a partir de 1972, muitos deles ao serviço da Companhia Terminal)


Fotos nº 24 e 24A > Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Bambadinca: porto fluvial... Cais acostável, na margem esquerda do rio Geba Estreito



Fotos º 25 e 25A > Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) >. Cais acostável: foto anterior a novembro de 1969, quando a velha autogrua Fuchs foi substituída por uma autogrua Galion, mais potente.

Fotos: © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


1. Continuação da publicação de uma seleção das melhores fotos  do álbum do nosso camarada Jaime Machado, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) (*), que vive na Senhora da Hora, Matosinhos [foto atual à direita], e foi contemporâneo de alguns membros da Tabanca Grande,,, I nosso editor LG, por exemplo,  ainda esteve com ele, desde julho de 1969 a fevereiro de 1970... 
 

Estas fotos são já da época do comando e CCS/BCAÇ 2852 (Bambadeinca, 1968/70).

E mais: são fotos anteriores a novembro de 1969... Já aqui recordámos que, a partir de 24 de novembro de 1969, a administração do porto de Bambadinca passou a dispor dum autogrua mais potente, a Galion, que veio substituir a autogrua Fuchs (que se sê nas fotos nº 21 e 25).

Na história do BCAÇ 2852, lê-se que no dia 25/11/1969, o 2º comandante do BENG 447 visitou a sede do batalhão, visita essa que só pode estar relacionada com a entrega da autogrua Galion, permitindo melhorar as operações de carga e descarga no estratégico porto fluvial de Bambadinca.

autogrua Galion veio de LDG de Bissau até ao Xime (agora com um novo cais de acesso, a partir de outubro de 1969, se não erro) e depois foi escoltada pela CCAÇ 12 até a Bambadinca, numa viagem cheia de peripécias que nos obrigou a dormir no mato, devido a um enorme atascanço a meio do troço (ainda não havia estrada alcatroada!)...

Nessa dia, 24 de novembro de 1969, o nosso querido camarada e amigo Tony Levzinho celebrava as suas 22 primaveras com a companhia infernal da mosquitada,

Xime e Bambadinca "alimentavam o ventre do leste"... Por aqui passaram milhares e milhares de homens, e grandes quantidades mantimentos, munições, viaturas, peças de artilharia e outro material de guerra. 


Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > novembro de 1973 > A grua móvel hidráulica Galion 125... Podia levantar cerca de 12,5 toneladas. Era construida pela famosa empresa norte-americana Galion Iron Works and Manufacturing Company, fundada em 1907, no Ohio, EUA.

Foto (e legenda): © Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné
____________

Notas do editor:

Último poste da série > 2 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24609: Por onde andam os nossos fotógrafos ? (8): ex-alf mil cav Jaime Machado, cmdt Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70) - Parte IV: a morte à saída da Missão do Sono em Bambadinca, na madrugada do dia 1 de janeiro de 1970

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Guiné 61/74 -P22274: O nosso livro de visitas (211): João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, PTE - Pelotão de Transportes Especiais, Batalhão de Engenharia nº 447 (Bissau, 1968/71)


Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Alguns dos camaradas que cumpunham o pelotão... Presumimos que o João Rodrigues Lobo é o elemento, de óculos, vestido à civil, na segunda fila (LG).


Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PT) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Alguns dos camaradas que cumpunham o pelotão...  O João Rodrigues Lobo  é  o elemento, de óculos, vestido à civil, na segunda fila (LG).



Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Mais uma foto de grupo.



Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Viaturas e motoristas


Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Revista das viaturas


Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 >  Um coluna de viaturas



Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 >  Convívio do pessoal (I)


Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 >  Convívio do pessoal (II)



Guiné > BIssau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Natal de 1969



Guiné > Bissau > BENG 447 > Pelotão de Transportes Especiais (PTE) >  Dezembro de 1968 / Janeiro de 1971 > Imposição das Medalhas Comemorativas das Campanhas da Guiné, pelo comandante do batalhão, ten cor eng  JOão António Lopes da Conceição. Na fotio à direita, o alf mil João Rodrigues Lobo.


Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso leitor e camarada João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, PTE/BENG 447 (Bissau, 1968/71):

Data - 10 jun 2021 21:57
Assunto - Camaradas da Guiné


Bom dia,

Passei pelo vosso ou "nosso" blog e vi que Luis Graça é da Lourinhã, aqui tão perto de Torres Vedras onde resido e onde vou por vezes.

Navegando pelo blog,  vi algumas referências ao BENG 447 onde fui Alferes Miliciano de dezembro de 1968 a janeiro de 1971 ( 3 natais!).

Hoje, 10 de junho, ao ver as cerimónias militares, vendo os antigos combatentes, recordei-me daqueles tempos e dos meus camaradas.

Cinquenta e dois anos depois.  fui ver o meu álbum de recordações, de onde destaco as fotos que vos envio a seguir. Éramos todos um bocadinho mais novos mas talvez nos recordemos uns dos outros-

Todos deram o seu melhor contributo no Pelotão de Transportes Especiais (PTE) do Batalhão de Engenharia (BENG 447) onde a sã camaradagem prevaleceu.

E, até o tenente coronel Lopes da Conceição nos colocou a medalha comemorativa das campanhas da Guiné.

Julgo que os camaradas fotografados não se devem opor a que as fotografias saiam no vosso blog. (Eramos tão novinhos que já ninguém nos reconhece...).

Os melhores cumprimentos,
Rodrigues Lobo



Capa do livro "A Engenharia Militar na Guiné - O Batalhão de Engenharia". Coord. Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar. Lisboa : Direcção de Infraestruturas do Exército, 2014, 166 p. : il. ; 23 cm. PT 378364/14 ISBN 978-972-99877-8-6. Índice da obra: ver aqui.

[Cortesia de Nuno Nazareth Fernandes].


2. Comentário do editor LG:

Meu caro João, Vejo que, para além da Guiné, temos mais afinidades. Como costumamos dizer, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

Numa breve pesquisa na Net, verifiquei que foste condiscípulo do Jaime B, Serra, no Externato Ramalho Ortigão (ERO). O ilustre caldense tem meia dúzia de referências no nosso blogue. Há 4 anos atrás tive a oportunidade de o conhecer pessoalmente e o grato prazer de com ele partilhar fotos do nosso blogue, respeitantes aos expedicionários a Cabo Verde, durante a II Guerra Mundial, para a exposição do 1º centenário do escritor leiriense Manuel Ferreira (1917-1992), inaugurada no museu José Malhoa, Caldas da Rainha, em 18 de julho de 2017.

Independentemente disso, somos estremenhos, e vizinhos, tu de Torres Vedras, eu da Lourinhã.

Fico feliz pela tua visita e partilha de fotos do teu álbum. Estive no CTIG,  de finais de maio de 1961 a março de 1971, integrando uma companhia do recrutamento local, a CCAÇ 12, que esteve adida a Bambadinca (BCAÇ 2852 e BART 2917). Nos dias em que  lá dormia, dormia em excelentes instalações construídas pelo BENG 447, salvo erro em 1968...

Por outro lado, temos alguns camaradas   que pertenceram ao BENG 447, como o ex-cap mil art  Fernando Valente (Magro), que é de 1970/72, ou o Nuno Nazareth Fernandes, ex-alf mil, e também radialista no PIFAS) ou o José Nunes, ex-1º cabo mecânico auto electricista. 1968/70. 

Temos, na Tabanca Grande,  mais malta que passou pelo BENG 447, em 1971, como o Luís R. Moreira, ex-alf mil sapador, CCS/BART 2917. (No mesmo, e local, no reordenamento de Nhabijões, em 13 de janeiro de 1971, caímos os dois em duas minas anti-carro, diferentes,  no o espaço de duas horas...O Luís R. Moreira foi evacuado para o HM 241 e foi depois transferido para o BENG 447.)

Mas há mais malta que foi transferida para o BENG 447:  por exemplo, o Jorge Silva, ex-fur mil, CART 2716 / BART 2917 (Xitole, 1971/72) e depois BENG 447 (Bissau, 1972/73). Era de rendição inidvidual.

Por outro lado, podes ter estado, tu e/ou alguns dos homens do teu pelotão, "atascado", comigo, em 23/24 de novembro de 1969, na estrada Xime-Bambadinca, aquando do "transporte especial" da autogrua Galion, desembarcada no Xime e  destinada ao porto fluvial de Bambadinca. Foi a CCAÇ 12 que montou a segurança.







Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 (Bambadinca) > CCAÇ 12 (1969/71) > Estrada Xime-Bambadinca > 23 de novembro de 1 > A famosa autogrua Galion (*), desembarcada no Xime, em LDG, e fornecida pela Engenharia Militar para operar no porto fluvial de Bambadinca... Atascada, no final da época das chuvas... junto à bolanha de Samba Silate, antes de Nhabijões, dois topónimos de má memória para muitos de nós que andámos por aquelas paragens.

Fotos (e legendas): © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Nas fotos acima, estão assinalados, com cercadura a amarelo, dois oficiais que muito provavelmente seria do BENG 447, e que terão acompanhado o delicado transprote desta enorme autogrua, Vê-se um capitão em cima da Galion, em camisa de manga curta e quico camuflado. E na outra foto, de costas, um major, também de quico camuflado. Há uns amos atrás (*), pus a hipotese de ser o então  2º comandante do BENG 447... Sabemos, pela história do BCAC 2852 (Bambadicna, 1968/70), que por essa altura esteve lá, em serviço, esse oficial supeior....

João, queres acrescentar alho mais a esta legenda ?

Enfim, todo este paleio é só para reforçar o nosso convite para que fiques aqui, enter nós, por mais tempo, como membro (registado) da Tabanca Grande ... Entre vivos e mortos somos já 840...E tu pdoes ser o 841,se na volta do correio me mandares as duas fotos da praxe, tipo passe, uma do "antigamente"# e outra mais atual... Porque a tua apresentação, essa, está feita (***).

Mantenhas. Luís Graça



Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BART 3873 (1972/74) > Novembro de 1973 > Porto fluvial de Bambadinca > A autogrua Galion a operar.

A grua móvel hidráulica Galion 125 devia levantar cerca de 12,5 toneladas. Era construida pela famosa empresa norteamericana Galion Iron Works and Manufacturing Company, fundada em 1907, no Ohio. 

Foto (e legenda): ©  Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



3. Ficha de unidade > Batalhão de Engenharia n." 447 . [ Tem cerca de 9 dezenas de referências no blogue
 ]


Identificação: BEng 447
Cmdt:
TCor Eng João Carlos Câncio da Silva Escudeiro
TCor Eng Raul Brito Subtil
Maj Eng José Fernando Lopes Gomes Marques
TCor Eng Fernando Gouveia de Morais Branquinho
TCor Eng Bernardino Pires Pombo
TCor Eng João António Lopes da Conceição
TCor Eng Manuel Francisco Rodrigues Fangueiro
TCor Eng Alberto da Maia Ferreira e Costa

2.° Cmdt:
Maj Eng José Fernando Lopes Gomes Marques
Maj Eng Eduardo Luís Afonso Condado
Maj Eng Alípio António Piçarra Diogo da Silva
Maj Eng Luís António dos Santos Maia
Maj Eng Manuel Francisco Rodrigues Fangueiro
Cap Eng José Pedro de Sá Morais Marques
Maj Eng Manuel Augusto da Silva Dantas

Divisa: "Que a tamanhas empresas se oferece"
Início: OlJul64
Extinção: 140ut74

Síntese da Actividade Operacional

Foi constituído a partir de lJu164, integrando todos os elementos de Engenharia então existentes na Guiné, vindo sucessivamente a integrar uma companhia de comando, uma companhia de serviços, uma companhia de construções, uma companhia de Engenharia e um pelotão de transportes especiais e expedição, sendo considerada uma unidade da guarnição normal da Guiné.

O comandante do BEng foi simultaneamente comandante da Engenharia da Guiné e chefe da delegação do Serviço de Fortificações e Obras Militares.

Executou a construção e reparações em aquartelamentos de carácter permanente e semi-permanente, incluindo edifícios e construções especiais e de que e destacam edifícios de comando, casernas, armazéns de depósitos, paióis, oficinas, enfermarias e abrigos, bem como procedeu à electrificação de aquartelamentos e construção de centrais eléctricas e depósitos de armazenamento de água e ainda da rede dupla de arame farpado de Bissau.

Em colaboração com as Obras Públicas da Guiné, procedeu à construção de estradas com revestimento a alcatrão num total de 520 Km, dos quais 241,35 km competiram exclusivamente ao BEng, e ainda de 71 km de estrada sem revestimento de alcatrão e também as pontes de Saltinho e Bafatá.

Forneceu ainda a equipagem e manutenção das jangadas de João Landim, S. Vicente e Farim e ministrou a instrução e formação de pessoal indígena nas especialidades de pedreiro, carpinteiro, canalisador, electricista e operador de máquinas de terraplanagem.

Em 140ut74, após entrega das instalações e dos equipamentos, o batalhão foi desactivado e extinto.

Observações: Tem História da Unidade (Caixa n." 124 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM - Arquivo Histórico Militar).

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 6.º Volume - Aspectos da Actividade Operacional: Tomo II - Guiné - Livro I (1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2014),
667/668.


Companhia Mista de Engenharia nº 447

Identificação CEng 447
Unidade Mob: RE 1 - Lisboa
Crndt: Cap Eng Fernando Edgard Collet-Meygret de Mendonça Perry da
Câmara

Partida: Embarque em 14Jul63; desembarque em 20Jul63
Extinção: Em OlJul64 (como subunidade independente)

Síntese da Actividade Operacional

Foi constituída pelo comando, um pelotão de equipamento mecânico, dois pelotões de sapadores e um pelotão de pontoneiros, este desembarcado em 22Abr63 , ficando instalada em Brá (Bissau).

Inicialmente, procedeu à construção do respectivo aquartelamento e iniciou o apoio de Engenharia ao CTIG, em especial na região de Bissau. O pelotão den pontoneiros garantiu ainda as ligações fluviais por barco em diversos pontos.

Em lJul64, foi integrada no BEng 447, então criado, passando a constituir a sua Companhia de Engenharia e sendo extinta como subunidade independente.

Observações: Não tem História da Unidade.

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 6.º Volume - Aspectos da Actividade Operacional: Tomo II - Guiné - Livro I (1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2014), pag. 567


(**) Vd. poste de 21 de novembro de 2014n > Guiné 63/74 - P13924: (Ex)citações (250): a autogrua Galion e o cais de Bambadinca, quatro anos depois, em novembro de 1973

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17068: Álbum fotográfico de Luís Mourato Oliveira, ex-alf mil, CCAÇ 4740 (Cufar, dez 72 / jul 73) e Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, jul 73 /ago 74) (11): Bambadinca, o porto fluvial, onde atracavam os heróicos e lendários "barcos turras"


Foto nº 1 


Foto nº 1A


Foto nº 1B


Foto nº 2


Foto nº 2 A


Foto  nº 2B

Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > c. 1973/74 > Rio Geba Estreito, porto fluvial, visto da margem esquerda (do lado de Finete e Missirá)...

Parece que a grua do nosso tempo (novembro de 1969, a autogrua Galion)  terá sido substituída (?)... Ou então não aparece na foto... È possível que, com o aumento do tráfego fluvial, o porto de Bambadinca se tenha modernizadio em  termos de equipamentos... A grua, com cabine, era mais potente que a Galion (?)... Pelo menos parece ter um braço maior....


Foto nº 2 C


Foto nº 2 D

Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > c. 1973/74 > Rio Geba Estreito, porto fluvial, visto da margem direita

Fotos (e legenda): © Luís Mourato Oliveira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Continuação da publicação do extenso e valioso álbum fotográfico do Luís Mourato Oliveira, nosso grã-tabanqueiro, que foi alf mil da CCAÇ 4740 (Cufar, 1972/73) e do Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, 1973/74). (*)


Lisboeta, com família do lado materno na Lourinhã (Miragaia e Marteleira), hoje bancário aposentado, cicloturista, o Luís Mourato Oliveira esteve na Guiné, em rendição individual de 1972 1974. Foi, portanto, um dos últimos "guerreiros do Império"... 

Foi, seguramente, o último comandante do Pel Caç Nat 52. Ele irá terminar a sua comissão em Missirá e extinguir o pelotão em agosto de 1974. Também visitava Bambadinca (a cujo batalhão estava adido) e Fá Mandinga e dava a devida importância aos convívios (entre militares e entre estes e a população).

Em meados de 1973 (por volta de julho), o Luís Mourtao Oliveira veio de Cufar, no sul, região de Tombali, para o CIM de Bolama, para fazer formação específica antes de ir comandar, em agosto, o Pel Caç Nat 52, no setor L1, zona leste (Bambadinca), região de Bafatá, subunidade que era composto maioritariamente por fulas. Enfim, terras que vários de  nós conheceram bem, do "alfero Cabral" ao Beja Santos, do Joaquim Mexia Alves ao Henrique Matos.

Recorde-se que a missão principal do destacamento do Mato Cão era proteger as embarcações que circulavam no Rio Geba Estreito, entre o Xime e Bambadinca. As condições de alojamento e segurança eram precárias.

Sobre o Mato Cão, que era um lugar mítico, temos já mais de 70 referências... Pertencia ao subsetor do Xime.

O Luís Mourato Oliveira conheceu os dois últimos batalhões de Bambadinca, o BART 3973 (1972/74) e o BCAÇ 4518/73 (que "fechou  a guerra").

Pelas fotos acima publicadas, fica-se com uma ideia da dimensão (e importância) do porto fluvial de Bambadinca que, a par do Xime, era o grande porto de entrada de abastecimentos do leste. O porto fluvial de Bambadinca eram sobretudo demandado pelas embarcações civis, fretadas pela Intendência. Os lendários e heróicos "barcos turras", como a tropa lhes chamava, que tinham passar por pontos sensíveis como a Ponta Varela e o Mato Cão, no Geba Estreito... . Na foto nº 2C são visíveis as amplas instalações (armazéns) do pelotão de intendência de Bambadinca.

Ao Xime aportavam sobretudo as LDG (Lanchas de Desembarque Grande) com homens e material (incluindo viaturas, armamento, equiamentos mais pesados, etc.) que depois seguiam a estrada (alcatroada) do leste que, no final da guerra, ia praticamente até à fronteira com a Guiné-Conacri: Xime, Bambadinca, Bafatá, Nova Lamego, Piche, Buruntuma...
____________

Nota do editor:

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15282: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte XVI: A tabanca, a bolanha e o porto fluvial de Bambadinca ("cova do lagarto", em mandinga)


Foto nº 1 > Bambadinca, vista do depósito de água: lado norte / nordeste: tabanca, estrada para o rio e acesso à estrada (alcatroada) Bambadinca-Bafatá


 Foto nº 2  > Vista do quartel de Bambadinca: lado norte /noroeste (?)


Foto nº 3 > Tabanca de Bambadinca e rio Geba: Vista do lado norte / nordeste: a rua principal, com o edifício dos correios ao centro, e o início da rampa de acesso ao quartel e posto administrativo... Bambadinca, alémdos CTT,  tinha escola primária, capela e diversos estabelecimentos comerciais.


Foto nº 4 > Quartel de Bambadinca: vista de norte / nordeste de parte da tabanca e ao fundo o rio Beba


 Foto nº 5 > Quartel de Bambadinca: vista da grande bolanha, a sul/sudeste...


 Foto nº 6 > Bambadinca: porto fluvial



Foto nº 7 > Bambadinca: porto fluvial... Cais acostável


Foto nº 8 > Bambadinca: porto fluvial,. Cais acostável (foto anterior a novembro de 1969, quando a velha autogrua Fuchs foi substituída por uma autogrua Galion)




Foto nº 9 > Bambadinca: porto fluvial... Entardecer


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca >  Pel Rec Daimler 2046 (1968/1970) >  Tabanca, bolanha e porto fluvial (no Rio Geba Estreito)


Foto (e legenda): © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Continuação da publicação do belíssimo álbum fotográfico do Jaime Machado, ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, maio de 1968 / fevereiro de 1970, ao tempo dos BART 1904 e BCAÇ 2852) (*).


[foto atual à esquerda o Jaime Machado reside em Senhora da Hora, Matosinhos; sua avó paterna era moçambicana; mantém com a Guiné-Bissau uma forte relação afetiva e de solidariedade, através do Lions Clube; voltou à Guine-Bissau em 2010]

Sobre as fotos do porto fluvial de Bambadinca (nºs 6 a 9), vs, os postes P13918 e P13956. Estas fotos são já da época do comando e CCS/BCAÇ 2852 (1968/70). (**)

São fotos anteriores a novembro de 1969... Já aqui recordámos que, a partir de 24 de novembro de 1969, a administração do porto de Bambadinca passou a dispor dum autogrua mais potente, a Galion, que veio substituir a auto grua Fuchs (que se sê na foto nº 8).

Na história do BCAÇ 2852, lê-se que no dia 25/11/1969, o 2º comandante do BENG 447 visitou a sede do batalhão, visita essa que só pode estar relacionada com a entrega da autogrua Galion, permitindo melhorar as operações de carga e descarga no porto fluvial de Bambadinca.

A autogrua Galion veio de LDG de Bissau até ao Xime (, agora com um novo cais de acesso, a partir de outubro de 1969, se não erro) e depois foi escoltada pela CCAÇ 12 até a Bambadinca, numa viagem cheia de peripécias que nos obrigou a dormir no mato, devido a um enorme atascanço a meio do troço (,ainda não havia estrada alcatroada!)...

Nessa dia, 24 de novembro de 1969, o nosso querido camarada e amigo Tony Levzinho celebrou as suas 22 primaveras com a companhia infernal da mosquitada,

Xime e Bambadinca "alimentavam o ventre do leste"... Por aqui passaram milhares e milhares de homens, e grandes quantidades mantimentos, munições, viaturas e outro material de guerra. (LG)

______________


29 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13956: (Ex)citações (253): de facto sou eu, estou a preparar o embarque de um jipe Willys com destino a Bissau (devidamente canibalizado)...E aproveito para recordar a BOR, embarcação civil que fazia transporte de tropas com uma pequena escolta de fuzileiros (Ismael Augusto, ex-alf mil manut, CCS/BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70)

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13924: (Ex)citações (250): a autogrua Galion e o cais de Bambadinca, quatro anos depois, em novembro de 1973



Foto nº 1


Foto nº 2

Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > BART 3873 (1972/74) > Porto fluvial de Bambadinca > A autogrua Galion e os barcos civis de transporte de mercadorias (e passageiros) que faziam o percurso Bissau-Bambadinca-Bissau, os chamados "barcos turras"...

A grua móvel hidráulica Galion 125 devia levantar cerca de 12,5 toneladas. Era construida pela famosa empresa norteamericana Galion Iron Works and Manufacturing Company, fundada em 1907, no Ohio. (LG)

Fotos: © Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados.


1. Mensagem do nosso camarada Jorge Araújo [ex-fur mil op esp, CART 3494, Xime, Enxalé e Mansambo, 19723/74]


Data: 20 de Novembro de 2014 às 15:19
Assunto: P13918 - (Ex) citações - quando os barcos chegavam ao porto fluvial de Bambadinca...


Caro Luís,

Acabo de ler o Post em título (*). Na sequência da sua leitura, retive que em 25 de novembro de 1969 chegou ao cais de Bambadinca [, vinda do Xime, por estrada,]  uma autogrua Galion... Vai fazer na próxima 3.ª feira quarenta e cinco anos!...

Considerando que em nenhuma das imagens publicadas este equipamento pesado nos aparece de forma nÍtida, tomei a liberdade de te enviar uma foto da Galion,  datada de novembro de 1973. quatro anos depois da sua inauguração [, foto nº 1], e ainda uma outra do cais, com algumas das embarcações que sulcavam o Geba entre Bambadinca-Bissau e volta [,foto nº 2].

Até Breve.

Um abraço,
Jorge Araújo.
________________

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 19 de novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13918: (Ex)citações (249): Quando os barcos chegavam ao porto fluvial de Bambadinca: fotos de Jaime Machado e legendas de Beja Santos

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13918: (Ex)citações (249): Quando os barcos chegavam ao porto fluvial de Bambadinca: fotos de Jaime Machado e legendas de Beja Santos


Foto nº 1 A 


Foto nº 1 


Foto nº 2 A


Foto º 2 


Foto n~º 3 A


Foto nº 3

Guiné > Zona leste > Bambadinca > c. 1968/69 > Bambadinca e o seu porto fluvial [Fotos nº 1 e 2];  vista parcial de Bambadinca, rio Geba e bolanha de Finete, a partir do cima da rampa de acesso ao aquartelamento e posto administrativo.  A partir de 24 de novembro de 1969, a administração do porto de Bambadinca passou a dispor dum autogrua mais potente, a Galion, que veio substituir a auto grua Fuchs (que se sê na foto nº 1 A). Na história do BCAÇ 2852, lê-se que no dia 25/11/1969, o 2º comandante do BENG 447 visitou a sede do batalhão, visita essa que só pode estar relacionada com a entrega da autogrua Galion, permitindo melhorar as operações de carga e descarga no porto fluvial de Bambadinca.

A autogrua Galion veio de LDG de Bissau até ao Xime, e depois foi escoltada pela CCAÇ 12 até a Bambadinca, numa viagem cheia de peripécias que nos obrigou a dormir no mato, devido a um enorme atascanço a meio do troço (,ainda não havia estrada alcatroada!)... Nessa dia, 24 de novembro de 1969, o nosso querido camarada e amigo Tony Levzinho  celebrou as suas 22 com a companhia infernal da mosquitada,.. (LG)


1. Bambadinca, mesmo quando o porto do Xime ganhou projecção, a partir de finais de 1969, era o escoadouro de mercadorias do Leste, manteve durante a guerra um papel de primeira grandeza no aprovisionamento de todos os aquartelamentos [. Foto nº1 ]. Consigo distinguir o Ismael Augusto [, ex-alf mil manut, CCS/BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70], respondia por tudo quanto fossem viaturas e peças. É o primeiro à esquerda [Foto nº 1 A]. 

Hoje tudo desapareceu, restam umas estacas.

Um outro ângulo do porto de Bambadinca, em tempo de azáfama [Foto nº 2]. Tanto era possível aqui chegar um batelão que levava mancarra, como embarcações com passageiros e carga (foi o que me coube, numa viagem de 10 horas, de Bissau até aqui, passando meteoricamente por Porto Gole, em 2 de Agosto de 1968), como vários comboios de carga ou LDP ou LDM com equipamento militar [, e até LDG, pelo menos até 1967]

A partir de Outubro de 1969, a situação mudou com as obras do porto do Xime que o tornaram mais atractivo para o transporte de material militar e tropas. E com o alcatroamento [,mais tarde, em 1971/72] e a capinação abundante das bermas, entre o Xime e Amedalai, reduziram-se substancialmente os riscos de emboscadas e mina.

Esta Bambadinca a caminhar para o rio Geba já não existe [Foto nº 3]. Esta estrada graciosa transformou-se num caminho cheio de capim, nas bermas agonizam edifícios que há 40 anos fervilhavam de vida, com comércios de todo o tipo. São verdes com que hoje não se captam imagens, era o verde da Fuji.

Ao fundo, do lado direito, o Bairro Joli e Santa Helena [, Foto nº 3 A]; no fundo, do lado esquerdo, sente-se o porto de Bambadinca e, mais adiante ,a bolanha de Finete. 

Vivi este ambiente que o Jaime Machado captou do extremo do quartel, num amplo balcão. Como gosto desta minha Bambadinca.


Fotos: Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70)  [, foto atual à direita]

[Edição: LG]

Legendas:  Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70)
______________

Nota do editor:

Último poste da série > 19 de novembro de  2014 > Guiné 63/74 - P13914: (Ex)citações (248): Ainda a embarcação "Bubaque", antiga LP4, antiga traineira de pesca algarvia... Comprada como sucata à Marinha, foi a embarcação da carreira regular Bissau-Bambadinca- Bissau (Ambasciatore Manuel Amante da Rosa)