domingo, 9 de dezembro de 2012

Guiné 63/74 - P10777: Álbum fotográfico de Humberto Reis, ex-fur mil op esp, CCAÇ 12 (Bambadinca, 196971) e de Luís R. Moreira, ex-alf mil, sapador, CCS/BART 2917, e BENG 447 (Bambadinca e Bissau, 1970/72): A famosa autogrua Galion...



Foto nº 1 



Foto nº 1 - A




Foto nº 1 - B


Foto nº 2 



Foto nº 2 - A

Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCAÇ 12 (1969/71) > Estrada Xime-Bambadinca > 23 de novembro de 1969 > A famosa autogrua Galion (*), desembarcada no Xime, em LDG,  e fornecida pela Engenharia Militar para operar no porto fluvial de Bambadinca... Atascada, no final da época das chuvas... junto à bolanha de Samba Silate, antes de Nhabijões, dois topónimos de má memória para muitos de nós que andámos por aquelas paragens...

Na primeira foto, em segundo plano (foto nº 1), aparece o Tony Levezinho, sem a camisa do camuflado, de óculos de sol, de mezinho ao peito... Ainda na mesma foto (nº 1-A, pormenor), vê-se um capitão em cima da Galion (o Humberto diz que o Figueiras, da CCS). E ao fundo, uma nesga da famosa estrada (!) Xime-Bambadinca (Mais tarde, será construída uma nova, alcatroada)... E no foto nº 1-B (pormenor), surge de costas, um major, de boina camuflada (!), que eu não consigo identificar (seria o 2º comandante do BENG 447, que trouxe a "encomenda" ?... Será que veio mesmo em coluna auto por aquelas bandas mal afamadas?... De qualquer modo, sabemos que o 2º comandante do BENG 447 esteve em Bambadinca por essa ocasião).

Na  foto nº 2 , temos em grande plano uma das rodas da Galion atascada,,, E,  em segundo plano, aparece o Humberto Reis, de cigarro na boca, óculos de sol, lenço ao pescoço, impecavelmente fardado, como mandava... a puta da sapatilha!. (Foto nº 2-A, pormenor; os outros militares, não os consigo identificar, não eram gente da CCAÇ 12, que montava a segurança à coluna).

A Galion veio para substituir as pequenas autogruas de marca Fuchs (segundo oportuno comentário do nosso camarada Vasco Ferreira (*), e que eu creio que eram duas, pintadas de azul),   existentes até então no cais de Bambadinca , por ocasião do início do ambicioso projecto de reordenamento de Nhabijões, um dos maiores da Guiné naquele tempo (cerca de 300 casas).

Fotos: © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados.




Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BART 2917 (1970/72) > Cais de Bambadinca, 1970... A autogrua Galion a (des)carregar vacas...Fotos do álbum do Luís FR. Moreira, ex-alf mil sapador da CCS do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), que viria a ser gravado ferido em mina A/C em 13/1/1971, à saída do reordenamento de Nahbijões. É um dos nossos grã-tabanqueiros mais antigos.
Fotos: © Lusi R. Moreira (2005). Todos os direitos reservados.


1. A propósito destas duas fotos do Luis R. Moreira, escreveu o Humberto Reis, em 20 de setembro de 2005, na I Série do nosso blogue:

(...) A Galion a carregar vacas no cais fez-me lembrar o episódio dela no percurso do Xime para Bambadinca. A Galion veio numa LDG [ Lancha de Desembarque Grande] desde Bissau até ao Xime. E daí para Bambadinca ia pelos seus próprios meios. Passou bem pelo destacamento da Ponte do Rio Undunduma, mas quando chegou a meio da bolanha a estrada não aguentou o peso e cedeu. Resultado, a Galion desequilibrou-se e ficou meio enterrada na bolanha.

Julgo que isto se passou em 23 de Novembro de 69 (, na véspera do aniversário do Tony) Tenho este episódio documentado mas, como era hábito naquele tempo, está em diapositivo e não em fotografia. (...)

(...) Lembro-me que foi dos primeiros episódios a que assistiu o nosso amigo, na altura capitão periquito da CCS [do BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70], o Figueiras, (co-organizador do habitual almoço anual que este ano que teve lugar na ria Formosa) que alguns conheciam como tenente da carreira de tiro de Tavira. (..:).


E o Tony Levezinho acrescentou o seguinte, no mesmo poste: (...)

(...) Foi todo o dia 24 [ou 23 ?]  de Novembro [de 1969] na tentativa desesperada de desatascar a Galion antes que a noite caísse. Os esforços revelaram-se infrutíferos e assim não tivemos outra alternativa que não a de convidar a mosquitada da bolanha a juntar-se a nós para comemorarmos todos (em silêncio, como a situação de emboscada impunha) o meu 22º aniversário [, a 24].

À falta de Champanhe serviram-se rodadas de Repelente que, a julgar pela sua ineficácia, funcionou como uma iguaria de entrada para os mosquitos, antes que estes chegassem à nossa pele, já depois de perfurarem até aquela capa de borracha que, creio, chamávamos ponche. (...) Recordo este episódio apenas porque se tratou da celebração mais picante que eu alguma vez tinha experimentado ao longo de toda a minha carreira. (...)

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