Foto nº 1
Foto nº 2
Foto nº 3
1. Mensagem de 13 do corrente, enviada pelo Armando Pires [, foto á direita, na sua casa de Miraflores, concelho de Oeiras...
Meu Caro Luís Graça.
Camarada.
Em primeiro lugar, informo que a minha ferramenta, o computador, obviamente, já se encontra em funcionamento. Assim sendo, apraz-me enviar-te as fotos, que me pediste, da presença do Dr. Soares Oliveira [, ex-alf mil med, BCAÇ 2861, Bula e Bissorã, 1969/70] no almoço da Tabanca de Matosinhos.
A primeira foto foi tirada à chegada ao restaurante. A partir da esquerda, estão: (i) o José Teixeira, 1º cabo enfermeiro da CCAÇ 2381; (ii) o ten cor capelão Augusto Pereira Batista, que no blogue já homenageei e que pertenceu ao meu batalhão; (iii) o João Rebola, fur mil da CCAÇ 2444, que estava em Bissorã quando nós lá chegámos, de quem me tornei amigo e que só reencontrei graças ao nosso blogue; e (iv) o Dr. Oliveira, que foi, tal como o capelão, convidado pelo Rebola a estar presente naquele almoço.
Na segunda foto, o Dr. Oliveira faz a sua apresentação à Tabanca. Ao seu lado tem o Eduardo Moutinho Santos, que foi alf mil da CCAÇ 2366.
A terceira foto não tem que enganar. Todos à mesa com o Dr. Oliveira ao lado do Moutinho, lá ao fundo, na cabeceira da mesa.
À margem, quero dizer-te que, por telefone, procurei convidar o Dr., não a fazer parte da Tabanca Grande, mas a escrever um texto sobre a sua experiência, enquanto médico, na guerra colonial. Ainda lhe disse, "o dr. escreve à mão, envia-me pelo correio, eu passo à máquina, mando-lhe para fazer correcções...", mas qual quê, só não levei um grande arraso porque ele faz o favor de me estimar.
Em forma de alerta, por razões que depois explicarei, tenho já pronto um "breve conto de natal" que espero poder enviar amanhã ou sábado, o mais tardar com pedido de publicação. Só falta o preciosismo de identificar um fulano que está na foto que irá em anexo.
Um abraço do
Armando Pires
2. Comentário (ou melhor, inconfidências) de L.G.:
Em forma de alerta, por razões que depois explicarei, tenho já pronto um "breve conto de natal" que espero poder enviar amanhã ou sábado, o mais tardar com pedido de publicação. Só falta o preciosismo de identificar um fulano que está na foto que irá em anexo.
Um abraço do
Armando Pires
2. Comentário (ou melhor, inconfidências) de L.G.:
Às vezes a vida, vista por dentro do blogue (leia-se: na casa das máquinas), parece mais um manicómio... Quem está do outro lado, de fora, na blogosfera, pode não se aperceber dos aspetos cómicos, hilariantes, dramáticos, patéticos e até trágicos do "making of" desta coisa que sai religiosamente (!) , todos os dias, há quase três mil dias (!), na Net, o 5º quinto mundo, depois da terra, do céu, do inferno e do purgatório...
Enfim, isso é outra "pequeníssima história" dentro da "pequena história" que nós procuramos, com honestidade e humildade, contar aqui todos os dias, em complemento da "grande história"... Há alguns privilegiados que, se um dia tiverem tempo e pachorra e não perderem o sentido de humor que têm, poderão contar essas "outras pequenas histórias" dos bastidores da Tabanca Grande... Eu, o Carlos Vinhal, o Virgínio Briote, o Magalhães Ribeiro, o Torcato Mendonça, o Hélder Sousa, o Zé Martins, o Humberto Reis, o Jorge Cabral, o Joaquim Mexia Alves, o Zé Manel Dinis, o Miguel Pessoa, atuais e antigos editores e colaboradores permanentes...
Mas vamos ao que interessa, neste caso a troca de correspondência, nos últimos dias, com o Armamdo Pires, "furriel, enfermeiro, ribatejano, fadista, radialista, jornalista", meu vizinho (ele, a residir, em Miraflores, Oeiras, eu, em Alfragide, Amadora) e que há dias pus, por indícios (alarmantes) da doença do alemão, a morar em Santarém (!)... Já lhe pedi desculpa, coisa que ele cristãmente aceitou, meio resignado... É que já não é a primeira vez que eu o mando para... Santarém, capital do gótico e do gado bravo...
Em véspera de Natal, ele vai-me permitir quebrar algumas regras (como as do sigilo e confidencialidade das fontes) que são caras aos jornalistas, como por ex. estas nossas conversas "off record"... Esta sequência é "surreal" e só vem demonstrar que o editor-mor do blogue anda mesmo "cacimbado" de todo, ao fim de tantas "comissões na Guiné" (quatro, a caminho de cinco!)...Aí vai um filme da tal conversa fiada:
Enfim, isso é outra "pequeníssima história" dentro da "pequena história" que nós procuramos, com honestidade e humildade, contar aqui todos os dias, em complemento da "grande história"... Há alguns privilegiados que, se um dia tiverem tempo e pachorra e não perderem o sentido de humor que têm, poderão contar essas "outras pequenas histórias" dos bastidores da Tabanca Grande... Eu, o Carlos Vinhal, o Virgínio Briote, o Magalhães Ribeiro, o Torcato Mendonça, o Hélder Sousa, o Zé Martins, o Humberto Reis, o Jorge Cabral, o Joaquim Mexia Alves, o Zé Manel Dinis, o Miguel Pessoa, atuais e antigos editores e colaboradores permanentes...
Mas vamos ao que interessa, neste caso a troca de correspondência, nos últimos dias, com o Armamdo Pires, "furriel, enfermeiro, ribatejano, fadista, radialista, jornalista", meu vizinho (ele, a residir, em Miraflores, Oeiras, eu, em Alfragide, Amadora) e que há dias pus, por indícios (alarmantes) da doença do alemão, a morar em Santarém (!)... Já lhe pedi desculpa, coisa que ele cristãmente aceitou, meio resignado... É que já não é a primeira vez que eu o mando para... Santarém, capital do gótico e do gado bravo...
Em véspera de Natal, ele vai-me permitir quebrar algumas regras (como as do sigilo e confidencialidade das fontes) que são caras aos jornalistas, como por ex. estas nossas conversas "off record"... Esta sequência é "surreal" e só vem demonstrar que o editor-mor do blogue anda mesmo "cacimbado" de todo, ao fim de tantas "comissões na Guiné" (quatro, a caminho de cinco!)...Aí vai um filme da tal conversa fiada:
(i) Meu caro Luís. Parte da resposta que te queria dar já lá está, em comentário. Aqui queria escrever outra parte que seria indelicado da minha parte escrever "lá". O dr. Oliveira é um impenitente infoexcluído. Não tem computador e apetece dizer que tem raiva a quem o tem. No telemóvel nem gravar números ele faz quanto mais enviar uma mensagem. Isto que te digo, contado por ele, vale mais do que dez partos no abrigo do Zé Manjaco. A história do manjaco ele contou-ma faz tempo. Quando decidi contá-la para nós, para lhe pedir autorização (coisa de velhos jornalistas, eu sei) tive de a imprimir, enviar-lhe por correio, com fotos e tudo, e esperar que me telefonasse. Para o entusiasmar a escrever, nem que fosse um único texto, eu tinha de estar ao pé dele, abrir o computador, mostrar-lhe o blogue e dizer, vá lá, doutor, escreva só uma coisinha, escreva mesmo à mão que eu depois trato do resto Ora, ele está "lá em cima".
Só o vejo uma vez por ano, quase todos os anos, nas férias. Ele e a mulher vão para a mesma praia que eu, quase sempre na mesma altura que eu e para próximo da casa onde estou.
Sobre a foto do almoço, esqueci-me de te dizer. Estou sem computador. Constipou-se e deu baixa ao hospital. É lá que está a fotografia que o Rebola me enviou. Se quiseres esperar, tudo bem. Se achares que dava mais jeito ser já, é só dizeres que eu telefono ao Rebola e peço-lhe para a enviar logo para ti.
abraços.
(ii) Caro Armando: Está tudo dito, o Soares de Oliveira deve ter uma década à nossa frente e essa diferença é muito grande, em termos de literacia informática. Fico sempre entusiasmado quando vejo no blogue referência aos nossos médicos e enfermeiros. Consegui pôr alguns a escrever no blogue...Mas é óbvio, tenho que respeitar o ritmo, a idade e a história de vida de cada um... É uma geração "alérgica" ao PC [, Personal Computer]... A foto mandarás quando a tua "enxada" vier do "hospital"... Não tem pressa... Já agora, vim a subir as escadas, a caminho do meu gabiente, com um antigo aluno, jovem, brilhante, o dr. Ricardo Mexia, que acaba de ser colocado como autoridade de saúde na tua cidade, Santarém. Ele vive aqui em Lisboa, e trabalha aí. Toma boa nota. Um abraço. Luís
(iii) Tens toda a razão, Luís. O dr. Oliveira leva 75 anos de idade. Mas, para te ser franco, e fica, aqui entre nós, eu creio que aquilo ali também há um bocadinho de preguiça. Não intelectual, mas daquela que é usada pelos que "compram tudo feito". Ele costuma-me dizer: "ó pá, eu se quisesse meter lâmpadas nos candeeiros tinha ido para electricista". Ele é tão bom homem e tem tanta graça, que tudo lhe perdoo. Um dia hei-de contar-te a história de como ele pensava que as rodas dos automóveis se trocavam com uma chave inglesa. Contou-me ele (sim, ele conta-me) e ri-se às gargalhadas. Pronto, logo que tiver o PC, segue a foto.
Quanto ao dr. Mexia, grato pela indicação mas uma ligeira correcção. Ele "trabalha aí", não, ele trabalha lá. Embora perto, só raramente vou a Santarém. Os meus amigos, apesar da idade, continuam a ser mais da noite. Infelizmente, os meus pais já há muito faleceram. É a vida. Um grande abraço.
(iv) Ok, Armando, tinha a (falsa) ideia de continuares a morar em Santarém... Aquele abraço. Luis
(v) Eu bem sei que tens um mundo de gente para "aturar". Para "decorar". Mas lá vai, de novo.
Há 40 anos que moro no concelho de Oeiras. Sou quase teu vizinho, aqui em Miraflores, muito próximo daquele teu amigo que visitas, na Avenida "dos leões". Bom fim de semana.
(vi) Eh! pá, que grande porra!!!... Desculpa lá!!!... Sou distraído comó camandro!!!... Não é que venho mesmo da tal avenida dos leões, em Miraflores, onde fui visitar o tal meu amigo, arquiteto, que acaba de ser operado ao coração!... E eu a mandar-te prá lezíria!!!... De facto, meu caro Armando, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca é que é... Grande! Grande de mais para a minha camioneta!!!...
Ennfim, daqui vai um Alfa Bravo apertado para o teu doutor, deixa-o em paz, que ele tem esse direito, e convida mas é o teu amigo e camarada João Rebola, esse sim, para engrossar as nossas fileiras. E o nosso capelão, por que não ?!... Festas felizes, quentes e boas, para ti e para todo o maralhal da Tabanca de Matosinhos. LG
Só o vejo uma vez por ano, quase todos os anos, nas férias. Ele e a mulher vão para a mesma praia que eu, quase sempre na mesma altura que eu e para próximo da casa onde estou.
Sobre a foto do almoço, esqueci-me de te dizer. Estou sem computador. Constipou-se e deu baixa ao hospital. É lá que está a fotografia que o Rebola me enviou. Se quiseres esperar, tudo bem. Se achares que dava mais jeito ser já, é só dizeres que eu telefono ao Rebola e peço-lhe para a enviar logo para ti.
abraços.
(ii) Caro Armando: Está tudo dito, o Soares de Oliveira deve ter uma década à nossa frente e essa diferença é muito grande, em termos de literacia informática. Fico sempre entusiasmado quando vejo no blogue referência aos nossos médicos e enfermeiros. Consegui pôr alguns a escrever no blogue...Mas é óbvio, tenho que respeitar o ritmo, a idade e a história de vida de cada um... É uma geração "alérgica" ao PC [, Personal Computer]... A foto mandarás quando a tua "enxada" vier do "hospital"... Não tem pressa... Já agora, vim a subir as escadas, a caminho do meu gabiente, com um antigo aluno, jovem, brilhante, o dr. Ricardo Mexia, que acaba de ser colocado como autoridade de saúde na tua cidade, Santarém. Ele vive aqui em Lisboa, e trabalha aí. Toma boa nota. Um abraço. Luís
(iii) Tens toda a razão, Luís. O dr. Oliveira leva 75 anos de idade. Mas, para te ser franco, e fica, aqui entre nós, eu creio que aquilo ali também há um bocadinho de preguiça. Não intelectual, mas daquela que é usada pelos que "compram tudo feito". Ele costuma-me dizer: "ó pá, eu se quisesse meter lâmpadas nos candeeiros tinha ido para electricista". Ele é tão bom homem e tem tanta graça, que tudo lhe perdoo. Um dia hei-de contar-te a história de como ele pensava que as rodas dos automóveis se trocavam com uma chave inglesa. Contou-me ele (sim, ele conta-me) e ri-se às gargalhadas. Pronto, logo que tiver o PC, segue a foto.
Quanto ao dr. Mexia, grato pela indicação mas uma ligeira correcção. Ele "trabalha aí", não, ele trabalha lá. Embora perto, só raramente vou a Santarém. Os meus amigos, apesar da idade, continuam a ser mais da noite. Infelizmente, os meus pais já há muito faleceram. É a vida. Um grande abraço.
(iv) Ok, Armando, tinha a (falsa) ideia de continuares a morar em Santarém... Aquele abraço. Luis
(v) Eu bem sei que tens um mundo de gente para "aturar". Para "decorar". Mas lá vai, de novo.
Há 40 anos que moro no concelho de Oeiras. Sou quase teu vizinho, aqui em Miraflores, muito próximo daquele teu amigo que visitas, na Avenida "dos leões". Bom fim de semana.
(vi) Eh! pá, que grande porra!!!... Desculpa lá!!!... Sou distraído comó camandro!!!... Não é que venho mesmo da tal avenida dos leões, em Miraflores, onde fui visitar o tal meu amigo, arquiteto, que acaba de ser operado ao coração!... E eu a mandar-te prá lezíria!!!... De facto, meu caro Armando, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca é que é... Grande! Grande de mais para a minha camioneta!!!...
Ennfim, daqui vai um Alfa Bravo apertado para o teu doutor, deixa-o em paz, que ele tem esse direito, e convida mas é o teu amigo e camarada João Rebola, esse sim, para engrossar as nossas fileiras. E o nosso capelão, por que não ?!... Festas felizes, quentes e boas, para ti e para todo o maralhal da Tabanca de Matosinhos. LG
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Nota do editor:
Último poste da série > 9 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10778: Os nossos médicos (44): Cumprir as normas, sempre (Valente Fernandes, ex-Alf Mil Médico do BCAV 8323)