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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24100: In Memoriam (473): António Cunha (Tony) (c. 1950 - c. 2022), ex-fur mil enf, 38ª CCmds, HM 241, CCS/BCAÇ 4514/72, e CCAÇ 6 (Bissau, Mansoa, Bolama e Bedanda, 1972/74): vivia nos EUA há mais de 40 anos (João Crisóstomo, Nova Iorque)


Tony Cunha (c. 1950-c. 2022)


1. Mensagem do João Crisóstomo (régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, Nova Iorque):

Data - sexta, 24/02, 18:43

Assunto - Uma triste notícia: a morte do Tony Cunha

Caro Luís Graça,

Sei que os meus e-mails são sempre enormes, mas não sou capaz de fazer por menos. E por isso também mais uma razão para usar antes de tudo o telefone… Depois então uso os e-mails e outras coisas assim que já são “alternativas”. De alguma maneira este tem as suas vantagens pois posso enviar-te algumas fotos que acho interessantes, cujas imagens te tencionava mostrar pelo WhatsApp.

Se vires que estou só a ser chato… eu não fico ofendido se enviares tudo para o respectivo destino ...

Mas primeiro uma notícia triste: Não sei se já sabes do falecimento de mais um nosso "camarada da Guiné", o António Cunha (Tony), membro da nossa Tabanca desde 13 de dezembro de 2018, no lugar de numero 782. (Guiné 61/74- P19287) (*).

Antes da pandemia eu tentei fazer um convívio com ele e outros camaradas em Newark. Mas não consegui despertar interesse suficiente. Com a ajuda do jornalista Fernando Santos, que esteve em Angola, tivemos então um almoço com o Jorge Ventura ( dos comandos , Angola) e Fernando Menezes que esteve em toda a parte, e cujo fim era preparar um convívio mais abrangente, com veteranos não só da Guiné como de Angola, Cabo Verde etc.

Mas entretanto veio o Covid . Não preciso dizer mais. Era por telefone que, na falta de encontros eu usava para manter os contactos e não deixar morrer a iddeia, que eu falava com o Tony : Ele tinha uma empresa de tipografia, sempre com muito trabalho, mas era nossa intenção encontrarmos-nos um dia.

Entretanto ele adoeceu . Na última vez que lhe falei ele sentia-se bastante mal.— pensei que tinha sido há escassos meses, mas agora depreendo que nem dei pelo tempo e já foi há mais de um ano. Agora porque não conseguia contactá-lo há tanto tempo, e nem o telefone da tipografia respondia, eu ontem liguei para o Fernando Santos, talvez ele me soubesse dar notícias (um dos livros dele foi impresso na tipografia do Tony). Foi ele que me disse do seu falecimento, não sei a data, mas creio que já há bastante tempo. Confesso que quase sinto remorsos de nunca o ter encontrado pessoalmente . Mas a vida é assim. Nem sempre nos é possível fazer tudo o que desejaríamos fazer. Paz à sua alma!

João Crisóstomo.

2. Comentário do editor:

João, obrigado. É mais uma triste notícia. Mas quantos antigos camaradas nossos, da Guiné, não têm morrido por esse mundo fora sem a gente sequer ter conhecimento ? Na nossa Tabanca Grande são 131, agora com o Tony Cunha, mas este número deveríamos acrescentar mais algumas dezenas: há amigos e camaradas que há muito não fazem prova de vida...

Por um pesquisa na Net, verifiquei, através do "Big Brother" americano (https://clustrmaps.com/)  que o nosso camarada, Antonio Cunha (Tony), ou melhor Antonio A Cunha, de quem nunca mais tive notícias, vivia num T2 em Arlington, ia fazer 72 anos de idade, em 31 de março (de 202...).  Era provavelmente casado com Denise M Cunha, de 69 anos. A sua pequena empresa, TD Printing Services, foi fundada em 1991.  Arlington fica no estado de New Jersey.

Estimamos que ele tenha nascido em 1950. E, pelo que nos conta o João, dos seus últimos contactos, julgamos que tenha morrido em 2022 ou 21.

À família enlutada apresentamos, mesmo que tardiamente, os votos de pesar dos amigos e camaradas da Guiné que se reunem à sombra do sagrado poilão da Tabanca Grande. (**)

(...) Enfim, já lá vão 44 anos, e não pensei muito naqueles tempos, até começar a ler os teus blogues. Já não me lembro de muita gente com quem convivi, lembro-me do Alferes Dino, do Furriel Fidalgo (que visitei em Setúbal), do Furriel Pires (a quem "salvei" a vida, levando-o aos fuzileiros, debaixo de fogo, quando foi ferido, e depois morreu num acidente de mota no Continente…), do doutor Nuno Ferreira (o meu médico quando cheguei a Bedanda).

Há mais de 40 anos nos Estados Unidos, nunca mais convivi com ninguém daquele tempo. Fui, aqui, reconhecido por um soldado do 4514 [ BCAÇ 4514/72], e é só… e tive um bom amigo ex-comando, chamado Nuno Álvares Pereira. Alguém o conhece?

Por favor não pares com os blogues. Mesmo que sejam acerca de pessoal que não conheço, todos são como família, na confraternização que nos une naquela Província que, embora pobre, nos enriqueceu na apreciação da amizade.

"Manga di abraço pra todo", tugas e não-tugas.

Tony


Contactos nos EUA:

Antonio Cunha (Tony)
President

TD PRINTING SERVICES
92 Park Avenue
North Arlington, NJ 07031 (...)

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Guiné 61/74 - P19282: O Nosso Livro de Visitas (198): Gostava de ter o livro da história da 38ª Companhia de Comandos (António Cunha, 'Tony', ex-fur mil enf, camarada da dáspora, empresário, North Arlington, New Jersey, USA)


O ex.fur mil Cunha esteve temporariamente colocado em Mansoa, em 1973, na 38ª CCmds. Acabou a comissão na CCAÇ 6, em Bedanda, onde era conhecido como o Furrel Mezinho Djaló. Vive em North Arlington, New Jersey, USA. E aceitou integrar a nossa Tabanca Grande. Vai ser apresentado, em próximo postem,  como o grã-tabanqueiro nº 782.



1. Mensagem de António Cunha (Tony),. nosso camarada da diáspora nos EUA (*)


Date: segunda, 3/12/2018 à(s) 01:20
Subject: 38ª Compendia de Commandos
Caro Luis Graça

Tenho recebido os seus blogues em e-mail, e leio-os, sempre, com avidez. Obrigado pela assiduidade.

Na passada quinta-feira, foi apresentado um livro editado acerca da 38ª Companhia de Comandos. O coração  "apertou" imediatamente. (**)

Não sendo eu um Comando, nem parte da Trigésima Oitava, esta Companhia foi-me sempre muito querida, porque, em parte, fiz parte dela.
Capa do livro 

Quando eles chegaram a Bissau, o Furriel Enfermeiro da Companhia, o Rogério (se não estou em
erro), foi para o Hospital Militar tirar um curso rápido de sangue. Eu fui "encomendado" para o ir substituir na Trigésima Oitava, enquanto o curso durava.

No dia em que cheguei, tinha a Companhia sofrida a primeira casualidade que, creio, consta no livro: o soldado que, a limpar a arma, tinha fatalmente disparado a única bala de que se tinha esquecido na câmara e atingiu o companheiro.

Nessa Companhia fiz de todos amigos, especialmente o Simão (enorme de corpo e de coração), o Pignatelli (com quem várias vezes fui jantar às "Libanesas") e, inclusivamente, o (na altura) Capitão Pinto Ferreira (que sempre me tratou com muita consideração).

Quando a Companhia sofreu o primeiro grande ataque no mato, na Mata do Morés, fui com a CC 11 recebê-los, creio que em Mansabá. Foi quando vesti pela primeira vez na minha comissão a farda camuflada, surpreendendo todos quando me apresentei.

Depois do IAO, o Furriel Enfermeiro não quis trocar comigo e voltei para o Hospital Militar, tendo sido enviado a dar instrução ao Batalhão de Caçadores 4514, em Bolama, e, quando de volta, fui "enviado" até ao fim da minha comissão para Bedanda, para a CCaç 6, onde as coisas estavam bem "quentes", e onde fiquei conhecido como "Furrié Mezinho Djaló".

Quanto ao livro publicado acerca da Trigésima Oitava, seria possível indicar-me como o posso adquirir? Não creio que seja "exclusivo" para Comandos, mas se for, por favor envie (creio que deve ter o e-mail) este e-mail ao coronel Pinto Ferreira (creio ter lido ser este o posto corrente), com o requerimento de um livro, da parte do Furriel Enfermeiro Cunha. A morada está na assinatura.

Uma vez mais, obrigado pelo entusiasmo na distribuição de notícias de todas as Tabancas. Há tantos anos fora de Portugal, todas as notícias relacionadas com aqueles tempos são sempre avidamente lidas.

Cumprimentos fraternais,

António Cunha (Tony)

2. Resposta do nosso editor LG, com data de 5 do corrente:


Tony: Obrigado pelo teu contacto!...Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, à boa maneira romana... Quero, antes de mais, convidar-te para integrar esta grande comunidade virtual, a Tabanca Grande, já com 781 membros (70, infelizmente já falecidos) em menos de 15 anos... Como já há um António Cunha, tu serás o António Cunha (Tony), tal como te conhecem nos Estados U nidos.

Quanto ao teu pedido, vou já encaminhá-lo para a pessoa certa, o camarada o ex-1º cabo 'comando' Amílcar Mendes, da 38ª CCmds... E se não te importares gostava de publicar a tua mensagem. Se me mandares duas fotos (, uma do antigamente e outra atual), com uma pequena apresentação (sou fulano de tal, assim assim...), passas a ser o camarada nº 782 a sentar-se à sombra do nosso mágico e fraterno poilão...

Bom Natal, mas até lá quero mais notícias tuas. Luís Graça

PS1  - Temos malta do teu tempo, em Mansoa (38 CCdms,  CAOP 1) e depois em Bedanda (CCAÇ 6), bem como do Hospital Militar de Bissau (HM 241) ... que vais gostar de reencontrar e recordar. O batalhão a que deste formação, em Bolama,  deve ser  o BCAÇ 4514/72, que esteve em Cadique (1973/74).

PS 2 - A "CC 11" que referes, não pode ser a 11ª CCmds (, que esteve em Angola, de 1967 a 1969). Devia ser uma companhia africana, talvez a CCAÇ 13 (Bissorã), a CCAÇ 15 (Mansoa) ou CCAÇ 16 (Bachile). A CART 11 / CCAÇ 11 estava na região de Gabu. A minha CCAÇ 12 estava no setor L1 (Bambadinca). A CCAÇ 14 devia estar em Cuntima, Farim.

___________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 29 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19147: O nosso livro de visitas (197): Conheci em Angola o cap inf António Jacques Favre Castel-Branco Ferreira, ex-cmdt da CCAÇ 2316 / BCAÇ 2835, que passou por Guileje (1968/69) e que esteve prisioneiro na Índia (1961/62), tendo falecido em 2014 (Fernando Sousa Ribeiro, ex-alf mil, CCAÇ 3535 / BCAÇ 3380, 1972/74)

(**) Vd. poste de 28 de novembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19243: Notas de leitura (1125): 38.ª COMPANHIA DE COMANDOS "Os Leopardos" - A História, coordenação de João Lucas (Belarmino Sardinha)