1. Mais alguns anúncios de casas comerciais, da Guiné, que foram publicados na revista Turismo, jan/fev 1956, ano XVIII, 2ª série, nº 2.
Tudo indica que, neste nº especial da revista, dedicado à província portuguesa da Guiné) (*), toda a gente tenha querido "aparecer na fotografia". Referimo-nos às "forças vivas" da colónia, e nomeadamente as da esfera económica, os pequenos comerciantes e demais empresários, portugueses, caboverdianos e libaneses, que operavam na Guiné.
Na amostra de hoje, temos:
(i) o José Zauad (que, pelo apelido, parece ser libanês), que tinha estabelecimento comercial em Campeane, na região de Tombali!...
(ii) o Armindo G. Ferreira, estabelecido em Cadique, Catió, também na região de Tombali;
(iii) o José David Doutel, de Cadique. Salancaur, Catió, região de Tombali;
(iv) e, por fim, o António R. Silva Ribeiro, que seria de Bissorã, e não de Comissorã (mais do que provável gralha tipográfica).
Todos se dedicavam ao "comércio geral: compra e venda de produtos da província"... Em 1956, era já "politicamente correto", escrever-se "província" e não "colónia", como mandava a reforma administrativa ultramarina de 1951.
Como temos vindo a observar, estes anúncios são um preciosidade, pelas inesperadas informações que nos trazem de gentes e de lugares que vão ser varridos pela guerra, oficial ou oficiosamente iniciada em Tite, região de Quínara, em 23 de janeiro de 1963...
[Foto à direita: Mário Vasconcelos, ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, COT 9 e CCS/BCAÇ 4612/72, Mansoa, e Cumeré, 1973/74]
Fotos: © Mário Vasconcelos (2015). Todos os direitos reservados [Edição: LG]
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Como temos vindo a observar, estes anúncios são um preciosidade, pelas inesperadas informações que nos trazem de gentes e de lugares que vão ser varridos pela guerra, oficial ou oficiosamente iniciada em Tite, região de Quínara, em 23 de janeiro de 1963...
Refletem, por outro lado, o clima de relativa tranquilidade e prosperidade em que então se vivia, em 1956... No texto a seguir, apresentam-se alguns dados sobre a economia da época, de acordo com a citada revista Turismo, de jan/fev de 1956.
O grosso das exportações (87%, em tonelagem) ía para duas oleaginosas, o amendoim e o coconote. Por outro lado, numa década (1941-1950), as importações passavam de 49 mil contos para 128 mil (um aumento de 260%). As exportações, por sua vez, passavam, no mesmo período, de 65 mil para 118 mil contos (um aumento de 180%).
[Foto à direita: Mário Vasconcelos, ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, COT 9 e CCS/BCAÇ 4612/72, Mansoa, e Cumeré, 1973/74]
Fotos: © Mário Vasconcelos (2015). Todos os direitos reservados [Edição: LG]
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Nota do editor:
Último poste da série > 20 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14167: Historiografia da presença portuguesa em África (47): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte II (Mário Vasconcelos)
Último poste da série > 20 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14167: Historiografia da presença portuguesa em África (47): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte II (Mário Vasconcelos)