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quarta-feira, 4 de junho de 2025

Guiné 61/74 - P26882: Efemérides (457): Comemoração do Dia de Portugal e Cerimónia de inauguração do Memorial em Homenagem aos Combatentes de Leça da Palmeira mortos na Guerra do Ultramar, a levar a efeito no próximo dia 28 de Junho de 2025

Leça da Palmeira > Parque Eng Fernando Pinto de Oliveira


COMEMORAÇÃO DO DIA DE PORTUGAL E CERIMÓNIA DE INAUGURAÇÃO DO MEMORIAL EM HOMENAGEM AOS COMBATENTES DE LEÇA DA PALMEIRA MORTOS NA GUERRA DO ULTRAMAR

DIA 28 DE JUNHO DE 2025

PROGRAMA

O Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes vai promover, em colaboração com a Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, a cerimónia em epígrafe que terá lugar no próximo dia 28 de junho (sábado) e que conta com as presenças do Presidente do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, Tenente Coronel Armando Costa, do Presidente da Junta da União de Freguesias de Matosinhos, Sr. Paulo de Carvalho e da Presidente da Câmara, Dra. Luísa Salgueiro.

A cerimónia decorrerá conforme o seguinte programa:

10H30 – Concentração na entrada do parque público Fernando Pinto de Oliveira, em frente ao edifício da Junta de Freguesia de Leça da Palmeira.

10H35 - Início da cerimónia militar:

- Hino Nacional;

- Inauguração e bênção do Memorial;

- Toque de Sentido;

- Chamada dos nomes dos combatentes da freguesia mortos na Guerra do Ultramar;

- Deposição de coroa de flores;

- Toque de Silêncio;

- Toque de Homenagem aos Mortos;

- Minuto de silêncio;

- Evocação religiosa;

- Toque de Alvorada;

- Toque a Descansar;

- Intervenções alusivas ao ato: do Presidente do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, do Presidente da Junta de Leça da Palmeira e da Presidente da Câmara;

- Hino da Liga dos Combatentes;

- Fim da cerimónia.

O PRESIDENTE
Armando José Ribeiro da Costa
Tenente Coronel

OBS: A comemoração do dia 10 de junho de 2025 foi adiada para 28 de junho devido ao programa das festividades do dia do Senhor de Matosinhos que tem este ano o feriado municipal em 10 de junho.
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Nota do editor

Último post da série de 2 de junho de 2025 > Guiné 61/74 - P26874: Efemérides (456): Comemoração do 99.º aniversário do Núcleo de Torres Vedras da Liga dos Combatentes e homenagem aos antigos combatentes do Concelho (João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil)

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Guiné 61/74 - P26874: Efemérides (456): Comemoração do 99.º aniversário do Núcleo de Torres Vedras da Liga dos Combatentes e homenagem aos antigos combatentes do Concelho (João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil)



1. Mensagem do nosso camarada João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil, CMDT do Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, 1968/71) com data de 1 de Junho de 2025:

Boa tarde,
Esta manhã, ocasionalmente, assisti à cerimónia do Núcleo da Liga dos Combatentes de Torres Vedras, que comemorou 99 anos, e prestou homenagem aos mortos deste concelho, condecorando também alguns ex-combatentes.
Este Núcleo (do qual não sou associado) ao que tenho acompanhado pelo jornal Badaladas, tem várias actividades e convívios.

Aproveitei para uma pequena reportagem fotográfica que, julgo, terá interesse para publicar no Blog, presumindo que esta intromissão será bem recebida por este Núcleo.

Grande abraço
João Rodrigues Lobo


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Nota do editor

Último post da série de 9 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26784: Efemérides (455): Cerimónia da inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do Dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, levadas a efeito no passado dia 3 de Maio de 2025 (Carlos Vinhal)

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26784: Efemérides (455): Cerimónia da inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do Dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, levadas a efeito no passado dia 3 de Maio de 2025 (Carlos Vinhal)

Realizou-se em Matosinhos, no passado dia 3 de Maio de 2025, a cerimónia de inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos, promovida pelo Núcleo e pela Câmara Municipal de Matosinhos e que contou com as presenças do Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário, da Presidente da Câmara, Dra. Luísa Salgueiro e do Vice-Presidente da Câmara, Dr. Carlos Mouta, entre outras entidades.

A cerimónia iniciou-se pelas 10h30, perante o testemunho de muitas dezenas de pessoas presentes em frente ao Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, localizado ao lado do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Leixões, onde se encontravam posicionados os Porta-Guiões dos Núcleos de Matosinhos, Porto, Penafiel, Lixa e Marco de Canavezes, uma Guarda de Honra composta por sócios combatentes do Núcleo e um clarim dos Bombeiros Matosinhos-Leça da Palmeira.
O orador deu indicações para se proceder à audição do Hino Nacional que foi cantado por todos os presentes.


De seguida, realizou-se a inauguração do Monumento pela Presidente da Câmara e pelo Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Presidente do Núcleo e Arquiteto Rocha dos Santos e o Diácono, Sr. Daniel Basto, procedeu à sua bênção.
Posteriormente iniciou-se a cerimónia de homenagem aos mortos caídos pela Pátria: em seguida foi feita a deposição de coroas de flores no Monumento pelas seguintes entidades: Presidente da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Leça do Balio, Presidente da Junta da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Presidente da Junta União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Câmara Municipal de Matosinhos e Liga dos Combatentes. O clarim dos Bombeiros Matosinhos-Leça da Palmeira executou os principais toques de homenagem.
O Diácono Sr. Daniel Basto fez a evocação religiosa.

Seguiram-se as intervenções alusivas à cerimónia e que foram feitas pelo sócio combatente Arquiteto Rocha dos Santos, pelo Presidente do Núcleo, pelo Secretário Geral da Liga dos Combatentes e pela Presidente da Câmara.
Procedeu-se à imposição da Medalha Comemorativa das Campanhas a 9 sócios combatentes do Ultramar e à entrega de 3 Testemunhos de Apreço aos associados com 50 anos de sócio. Foram igualmente condecorados pelo Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário, com a Medalha de Bons Serviços (grau prata), nos termos do Regulamento das Recompensas da Liga dos Combatentes dois dirigentes: sócio combatente Sargento Mor José Gomes e sócio efetivo Sargento Chefe Domingos Batoca.
Foi também entregue ao sócio combatente Sargento Mor Carlos Narra um Testemunho de Apreço pelos bons serviços prestados ao Núcleo nos três anos em que prestou serviço efetivo na Liga dos Combatentes.

O Secretário Geral da Liga dos Combatentes procedeu à entrega, a uma sócia avó, do Diploma “Dos Avós aos Netos” e dos cartões dos seus netos sócios, inserido no “Programa dos Avós aos Netos”, pretendendo-se, com esta iniciativa, incutir nos mais novos os valores da portugalidade e da cidadania, que decorrem do próprio estatuto da Liga.
A cerimónia terminou com a audição do Hino da Liga.

Pelas 13H00, no Hotel Tryp Expo, em Leça da Palmeira, com a Sala Caravela completamente lotada, deu-se início ao almoço de confraternização. O Presidente do Núcleo, antes do almoço, deu as boas vindas a todos os presentes e informou os participantes do programa previsto para depois do café.

De seguida, mandou o clarim subchefe dos Bombeiros Matosinhos-Leça da Palmeira tocar para o início da 2.ª refeição.

O programa para este dia prosseguiu com a entrega por parte do Presidente do Núcleo de duas lembranças aos sócios Dr. Jorge Magalhães e Arquiteto Rocha dos Santos, pelo seu contributo voluntário através da prestação de ações relevantes ao Núcleo e à Liga dos Combatentes. Entregou igualmente ao Secretário Geral da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário, a Medalha do Núcleo e um donativo do Núcleo para a Liga Solidária, com o objetivo de apoiar a construção de Residências Seniores para os combatentes e famílias mais idosos de que são exemplos as de Estremoz e Porto.

Seguiu-se a animação musical com a atuação do Quinteto de metais mais percussão da Banda de Moreira da Maia de que faz parte o Vogal do Núcleo, Sargento Chefe Domingos Batoca. O seu desempenho foi brilhante e muito apreciado por todos os participantes que interagiram com grande satisfação com as músicas apresentadas.


Para encerrar o programa estabelecido, o Secretário Geral da Liga dos Combatentes e o Presidente do Núcleo cortaram o bolo, cantou-se os parabéns ao Núcleo e foi lançado o Grito da Liga.

De entre as muitas entidades presentes, destacam-se o Secretário Geral da Liga dos Combatentes, a Presidente da Câmara e o Vice-Presidente da Câmara, o Deputado da Assembleia da Républica, Dr. Eduardo Pinheiro, o Comandante da Divisão Policial da PSP de Matosinhos, o Comandante do Destacamento da GNR de Matosinhos, o Presidente da Junta da União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, o Presidente da Junta da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, os representantes dos Núcleos do Porto, Maia, Penafiel, Lixa e Marco de Canavezes e o Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leça do Balio, representante do Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leixões, representante do Lar dos Pescadores de Matosinhos, familiares dos matosinhenses falecidos no Ultramar, sócios familiares e amigos, combatentes e público em geral.

Como notas relevantes deste dia fica, em primeiro lugar, a concretização da inauguração do Monumento aos Combatentes do Ultramar, que será um exemplo representativo e emblemático da presença de muitas centenas de cidadãos matosinhenses na Guerra do Ultramar.
Neste dia, igualmente passamos o testemunho aos vindouros, o sacrifício dos 70 jovens militares matosinhenses, vidas que foram tiradas e que recordamos, e os que ainda estão vivos e lutaram pela sua bandeira.
Em segundo lugar, o destaque da disponibilidade, a dedicação e o empenho evidenciados pelos nossos dirigentes que tudo fizeram para que a concretização deste dia memorável para o Núcleo fosse um êxito e, mais uma vez, a evidência da importância da realização destas cerimónias para fortalecer os laços de amizade e de união entre dirigentes, sócios, familiares e amigos envolvidos pela sua demonstração de adesão aos objetivos da Liga: defesa dos valores morais e históricos de Portugal, promoção da solidariedade social e do apoio mútuo aos mais carenciados.

Texto e fotos do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes
Fixação do texto, selecção e edição das fotos da responsabilidade do editor CV

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Notas do editor

Vd. post de 10 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26671: Efemérides (452): Cerimónias de inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do Dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes (Carlos Vinhal)

Último post da série de 5 de maio de 2025 > Guiné 61/74: P26766: Efemérides (454): O fim da guerra do Vietname foi há 50 anos ("Diário de Lisboa", 30 de abril de 1975)

terça-feira, 29 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26741: Notas de leitura (1793): Um Trajeto de Vida, por Rui Sérgio; 5 Livros, 2021 (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 29 de Abril de 2024:

Queridos amigos,
Há um bom par de anos, ao fazer determinada recensão, deplorei a imensidade de gralhas, no mínimo três por página, e ainda por cima a história era um tanto mirabolante e com dados etnográficos e etnológicos longe da verosimilhança. Caiu-me o Carmo e a Trindade, não se devem fazer reparos tais em ambiente de camaradagem, como se o trabalho da recensão fosse obra de amiguismos, nada de pôr a má literatura pelas ruas da amargura, havia que dourar a pílula. 

Aprendi com a lição, e com estes dois livros do Dr. Rui Sérgio o que posso dizer é que me surpreendeu que no meu tempo (1968/1970) ia-se a Galomaro de jipe entregar coisas e seguia-se para Bafatá para levantar o correio, era uma estopada, mas era tudo tomado como o recreio; a retirada de Madina do Boé deu imensa força ao PAIGC, e toda aquela região do Cossé, Badora e Duas Fontes tornou-se um vespeiro, a guerrilha atravessou o Corubal, inevitavelmente houve que fazer um forte investimento militar, Galomaro passou a ser sede de um batalhão, formaram-se pelotões de milícias para evitar mais desastres, a guerrilha destruía as tabancas Fulas. 

Nesse sentido, revela-se muito útil ver estas imagens que Rui Sérgio dá à estampa a propósito da sua estadia em Galomaro. Quanto a um trajeto de vida, limito-me a contar a história, não falo em nenhum pesadelo de gralhas nem na linguagem grosseira usada com os oficiais do quadro permanente que estiveram na Guiné.

Um abraço do
Mário



Rui Sérgio, médico em Galomaro, romancista com memórias guineenses

Mário Beja Santos

Graças ao apoio que me é dado pela Biblioteca da Liga dos Combatentes em Lisboa, tive acesso a duas obras de Rui Sérgio [foto à direita], aviso que há mais livros, todos eles publicados pela 5 Livros, no Porto. 

Começando por o livro mais recente, editado no início de 2023, ficamos a saber que este alferes miliciano médico estacionou sobretudo em Galomaro, então denominado setor L5, apoiou o BCAÇ 3872 e o BCAÇ 4518. 

A obra é fundamentalmente um álbum fotográfico, o autor não deixa de aludir à africanização da guerra, era no seu posto médico que se preparavam as unidades africanas para aprenderem a prestar os primeiros socorros. “Tinham todos de saber fazer um penso oclusivo, uma ligadura ou penso compressivo, um torniquete, um membro superior ou inferior, para impedir a sangria por feridas perfurantes, uma manápula, uma imobilização da tibiotársica. Saber injetar intramuscularmente substâncias farmacêuticas.” 

Seguem-se imagens associadas à reconstrução de aldeias, à atividade dos pelotões milícias na região de Galomaro, curso de primeiros socorros; e depois um conjunto apreciável de instantâneos sobre gente com quem Rui Sérgio conviveu, sobre a vida do quotidiano em Galomaro, imagens de lavadeiras, colunas de abastecimento, bem como imagens isoladas de Bagancia-Duas Fontes, Cancolim, Saltinho, Xitole e Dulombi.

O romance Um Trajeto de Vida foi publicado em finais de 2021, vamos ficar a saber que há um jovem que aos 24 anos tirou o seu curso superior de Medicina na Universidade do Porto com altas classificações, o autor dá-nos o retrato do Dr. Penedo Couto: 

“Nem gordo, nem magro, nem alto nem baixo, bem parecido, encafuado numas calças boca-de-sino, com um blazer de cor azul marinho de botões dourados e de trespasse sobre a camisa de riscas, com colarinho de bicos, com nó de gravata monocromática azul petróleo, envolvendo um pescoço de colo curto, segurando uma cabeça de testa alta, rosto redondo de lábios rasgados e mordisqueiros, com olhos castanhos-vivos e brilhantes a encimar uma face bem escanhoada, dividida por um nariz bem centrado de perfil helénico que confere uma harmonia estética que dá nas vistas.” 

Chama-se Rodrigo. É-nos apresentada a família, de posses, há motorista e há Jaguar, a criada de quartos é doida por este menino, ele tem uma irmã. O pai trabalha numa import-export. Há viagens, a gastronomia é farta e variada. Rodrigo irá conhecer Soraia Cruz, aluna das Belas Artes do Porto, seguem-se amores arrebatados em Paris, tiro e queda, há uma passeata por Londres, regresso a Paris, confirma-se uma atração sem limites, já estão no Porto, embora venham de famílias nitidamente conservadoras, resolvem viver juntos, a menina está grávida, o Rodrigo tem um internato exigente, nasce uma filha daquela paixão assolapada, a Bruna, em 10 de junho de 1971.

No Natal o Rodrigo recebe a convocatória para o serviço militar, soldado-cadete em Mafra, Rodrigo aproveita para dizer que Portugal era governado na altura em que começou a guerra por um líder de grande craveira e com um jogo de cintura e maleabilidade a todos os títulos invejáveis. Portugal era respeitado em qualquer parte do mundo e a nossa moeda muito apreciada. 

Finda a recruta fez a especialidade no Hospital da Estrela e na Escola de Saúde Militar em Lisboa. Numa tentativa pedagógica, com a preocupação de inserir o leitor sobre as doenças tropicais, vai falar-nos da Guiné e do centro de deteção de doenças parasitárias, segue de avião para Bissau, abre-se a porta do avião e é um calor de estufa, apresenta-se ao chefe de serviço de saúde civil. Ficamos a saber qual a atividade deste alferes miliciano médico. 

“O meu trabalho consistia em pesquisar em lâminas, da picada de sangue de militares, a maioria de regresso à metrópole, de manifestações palúdicas no cumprimento do serviço militar obrigatório.”

Fala-nos da cidade, não faltarão as comezainas, muitas ostras, militares por toda a parte. E o Rodrigo cheio de saudades da Soraia e da Bruna, dos pais, da irmã, das tias e dos amigos. Procura esclarecer-se sobre aquela guerra, diz ele orquestrada por países de Leste, Cuba e também pela Suécia. 

Rodrigo arranjou habitação, Binta fazia a limpeza da casa, iremos saber que se tinha perdido de amores por um soldado metropolitano, o João Madeira morreu mas deixou a Binta grávida. Havia um jardineiro, o Braima, e passou a ser importante na vida do Rodrigo o Joãozinho, o filho da Binta. Habituou-se às chuvas tropicais, à praga de gafanhotos, à multiplicidade de cores, cheiros e pregões.

O chefe dos serviços de saúde civil apresentou ao general Spínola o plano de deteção de doenças tropicais a quatro batalhões de regresso à metrópole, havia que ir a Teixeira Pinto, Bolama, Bambadinca e Nova Lamego, as primeiras correram muito bem, seguiram do Xime para Bambadinca e a 30 km de Nova Lamego houve emboscada. 

Enquanto faz o seu trabalho no Leste, Rodrigo cogita sobre as crueldades e os horrores da guerra, como é que é possível haver gente a instigar as guerras, como é que ele podia acreditar em gente cuja ideologia era fomentar guerras? As ideologias marxistas eram as principais fomentadoras da guerrilha, chineses, checos e russos fomentavam todo o tipo de atrocidades, os outros países não reagiam, havia muita gente interessada em vir comer os despojos. 

E regressa a Bissau, a Soraia vem visitar o seu apaixonado, o pai de Rodrigo também vem, seguem-se as preocupações de regularizar a situação do Joãozinho, legalizou-se a Binta Camará, o passo seguinte seria o pedido da pensão de sangue para o Joãozinho. Depois o casal e o pai de Rodrigo viajaram até aos Bijagós, o médico ia fazer a sua itinerância de saúde civil a Bubaque, foram umas férias deliciosas, mais comezaina com ostras fresquíssimas, presunto fatiado, não falta farinheira de Arganil e linguiça.

A guerra recrudescia, chegaram os mísseis terra-ar, surgiu a guerrilha urbana, isto é, estoirou uma bomba na esplanada de um restaurante em Bissau. Começaram os planos para levar a Binta Camará e o Joãozinho para a metrópole. Entretanto, estava em formação o Movimento dos Capitães, o autor fala numa tremenda rivalidade entre os milicianos que iriam fazer parte de um quadro especial de oficiais e os meninos da Academia, onde não faltavam os oficiais do ar condicionado, são tratados por cagarolas e traidores ao juramento que tinham feito para com a pátria. O autor informa que em Bissau se liam capítulos de um livro que o general Spínola tinha em preparação, onde se preconizava uma saída política para acabar com a guerra.

A família de Rodrigo regressa a Lisboa, o pai de Rodrigo viaja até à Madeira para falar com os pais do falecido João Madeira e dá-lhes a saber que há um neto e há a Binta Camará, mais comezaina, o casal madeirense houve a história com os olhos marejados de lágrimas, depois sentam-se todos à mesa e temos a lista do ágape: espetada de vitela em pau de louro, acompanhada de batata-doce e rodelas de ananás e banana frita, depois doce de maracujá e tudo regado com vinho maduro tinto do Douro.

A guerra toma nova dimensão, agudiza-se com os acontecimentos de Guidaje, Guileje e Gadamael. Na varanda da casa de Rodrigo discute-se o futuro da Guiné, ficamos a saber que os meninos da Academia Militar eram na sua maioria uns esquerdalhos. Rodrigo vem de férias em Agosto de 1973, os oficiais do quadro permanente já estão a movimentar-se, Soraia está novamente grávida, Rodrigo, em Bissau, fica a saber que Mariama, a substituta de Binta, gosta de Braima e Braima gosta de Mariama, haverá um final feliz para esta história. 

Rodrigo volta a fazer uma itinerância militar em Bafatá a fim de rastrear um batalhão que regressava à metrópole. Depois a vida volta ao normal e na varanda da casa dele discute-se o futuro da Guiné com outros personagens. O Rodrigo vai ser evacuado com uma hepatite. Virá o 25 de Abril, Rodrigo e família não se entendem com aquela revolução e toma-se a decisão de Rodrigo se ir especializar m oncologia hematológica e transplantes medulares num hospital parisiense.

E finda aqui a história.


Rápidos de Cusselinta, rio Corubal
O posto médico de Galomaro
Uma coluna de abastecimento ao Xitole
O médico Rui Sérgio no seu quarto em Galomaro

Cinco imagens tiradas do livro Para memória futura, Guiné 1973-1974, 2023
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Nota do editor

Último post da série de 25 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26726: Notas de leitura (1792): Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné: As turbulentas duas primeiras décadas na Guiné, ainda é difícil falar dela como colónia (6) – 2 (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26671: Efemérides (452): Cerimónias de inauguração do Monumento Concelhio aos Combatentes do Ultramar, do Dia do Combatente e do 16.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes (Carlos Vinhal)

CONVITE DO NÚCLEO DE MATOSINHOS DA LIGA DOS COMBATENTES

CERIMÓNIAS DE INAUGURAÇÃO DO MONUMENTO CONCELHIO AOS COMBATENTES DO ULTRAMAR, DO DIA DO COMBATENTE E DO 16.º ANIVERSÁRIO DO NÚCLEO DE MATOSINHOS DA LIGA DOS COMBATENTES

PROGRAMA


O Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes e a Câmara Municipal de Matosinhos, vão promover as cerimónias em epígrafe, que terão lugar no próximo dia 03 de Maio (sábado) em que estarão presentes, a Presidente da Câmara, Dra. Luísa Salgueiro e o Presidente da Liga dos Combatentes, Tenente General Chito Rodrigues e que terá o seguinte programa:

10h25 – Receção às entidades convidadas e concentração dos participantes na Rua Augusto Gomes, ao lado do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Leixões (gaveto da Rua Augusto Gomes com a Rua Alfredo Cunha).

10h30 - Início da cerimónia militar:
- Hino Nacional;
- Inauguração e bênção do Monumento;
- Toque de Sentido;
- Deposição de coroa de flores;
- Toque de Silêncio;
- Toque de Homenagem aos Mortos;
- Minuto de Silêncio;
- Evocação religiosa;
- Toque de Alvorada;
- Toque a Descansar;
- Intervenções alusivas ao ato;
- Condecorações;
- Testemunhos de Apreço;
- Hino da Liga dos Combatentes;
- Fim da cerimónia.

12h30 – Almoço no Hotel Tryp Expo em Leça da Palmeira:
- Na Sala Caravela (Piso 1):
- Almoço e animação musical.

O PRESIDENTE
Armando José Ribeiro da Costa
Tenente Coronel

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Comentário do editor CV:

Em 2014, ainda no mandato do saudoso Dr. Guilherme Pinto, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, procedeu-se à inauguração de um Memorial aos Combatentes da Guerra do Ultramar do Concelho de Matosinhos, com a presença do Presidente da Direcção Central da Liga dos Combatentes, Tenente General Joaquim Chito Rodrigues. Confesso que na altura senti uma certa vergonha pelo que se estava a inaugurar, ainda por cima por fazer parte da comissão que trabalhava junto do Presidente da Câmara. Fomos todos apanhados de surpresa quando vimos aquele minúsculo Memorial de pé, a abanar com o vento, já que estava um dia de temporal. Exigimos no momento que se procedesse aos trabalhos de consolidação daquilo.

O monumento então inaugurado nunca foi do agrado dos Antigos Combatentes do Concelho, começando pela escolha do material empregue, aço corten, popularmente conhecido por "chapa enferrujada", quer pelas suas dimensões, cerca de 1,70 de altura, que passava despercebido a quem passava pelo local.
Após muitas reclamações, tentou-se dar-lhe alguma dignidade com um arranjo ajardinado envolvente, mas às tantas as cebes estavam com metade da altura do Monumento.

Finalmente, ao fim de 11 anos, o bom senso saiu vitorioso, estando neste momento em curso obras tendo em vista dar aos Combatentes matosinhenses um Memorial mais digno do seu esforço em África.
O editor, que não conhece o projecto final, pelo que já pôde ver no terreno, ficou com a esperança de que a obra, a inaugurar no próximo mês de Maio, fique do agrado de todos.

Foi este o Memorial inaugurado no dia 25 de Abril de 2014[1]

Carlos Vinhal
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Nota do editor

[1] Vd. post de 2 de Maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13084: Efemérides (151): Inauguração do Memorial aos Combatentes da Guerra do Ultramar - 1961-1974 do Concelho de Matosinhos (1) (Carlos Vinhal)

Último post da série de 5 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26556: Efemérides (451): Memórias do dia 2 de Março de 1970. O infortúnio levou a que o Fur Mil António Carvalho da CCAÇ 14, numa acção de neutralização de minas antipessoais, calcasse uma não detectada (Eduardo Estrela, ex-Fur Mil)

segunda-feira, 17 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26593: Notas de leitura (1781): "Guiné - Antes, Durante e Depois", por Clemente Florêncio; edição de autor, 2023 (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 24 de Novembro de 2023:

Queridos amigos,
Poderia dizer que quanto à pesquisa de livros escritos por camaradas nossos, apelo insistentemente que me emprestem o que sai, não encontro praticamente nada nas livrarias, trata-se de edições de autor, não posso adivinhar como se distribuem tais obras. Podia resignar-me a dizer que a mais não sou obrigado, mas não me conformo, faço telefonemas a Beltrano e Sicrano, tenho sorte com o apoio que recebo da Biblioteca da Liga dos Combatentes, mas aproveito esta oportunidade para renovar o meu pedido de que me indiquem obras sobre a nossa guerra da Guiné publicadas pelos nossos camaradas, mantenho a intenção de deixar referência a tudo o que se publica, mas não tenho condições de adivinho. Quem me puder ajudar, não hesite.

Um abraço do
Mário



A Guiné de Clemente Fidalgo Florêncio, BCAÇ 600, 1963/1965, Bissau e Buba

Mário Beja Santos

Confesso ao leitor que me desunho para ter acesso a obras que falem da Guiné, relacionadas com a guerra e seus protagonistas. Tenho feito aqui sucessivos apelos para que me emprestem obras, a generalidade delas são edições de autor, não detetáveis nos escaparates das livrarias. 

A resposta é modestíssima. Tenho tido uma imensa ajuda da Biblioteca da Liga dos Combatentes, assim que o Dr. João Horta, o bibliotecário, me badala que chegou matéria-prima fresca marcho para o Bairro Alto, devolvo o que ele me emprestou e consulto o que lhe chegou. 

Desta vez a safra foi muito minguada, havia uma edição de autor, datada de fevereiro de 2023, obra produzida na Gráfica Central de Almeirim, intitulada "Guiné – Antes, Durante e Depois", por Clemente Florêncio. 

Como não havia dados, no conteúdo da obra sobe o autor, liguei para o cartão que o camarada Clemente deixou na Liga, O Treino, café-cervejaria em Fazendas de Almeirim. Liguei e passaram ao camarada Florêncio. Expliquei ao que vinha, disse-me que pertencera à CCS/BCAÇ 600, desde outubro de 1963, fora colocado no Quartel-General, nas transmissões, os últimos meses passaram-se em Buba e assim nos despedimos.

É uma obra sóbria, diz quando chegou à Guiné, reporta um conjunto de dados históricos, dá ênfase aos acontecimentos que antecedem a eclosão da guerra, diz que manteve sempre interesse sobre o que se passava na Guiné, mesmo a partir da independência, a Guiné e a sua história são lembrança permanente. Intervém agora, não quer que aquela guerra seja esquecida, e dá-nos um poema que escreveu em Buba, em setembro de 1965, intitulado "Obrigado Guiné":

“Por tudo o que me deste/Pela liberdade que me deste/De te conhecer/De conhecer tuas gentes/E seus costumes e sentimentos/Obrigado Guiné/Por não me roubares a memória/E assim recordar/O dia em que parti/Ao teu encontro Guiné/Pelo mar imenso/Sete dias e noites navegando/Olhando o céu azul/Os peixes voadores voando/Os navios que se cruzavam/Levando-me a pensar/Para onde me levas ó mar/Sinto um enorme horror/Ó tempestade amansa/Não me leves a saudade e a esperança/Que belo conhecer/Tanto tipo de humanos/A beleza crioula das mulheres finais e airadas/Em batuques sem par/Maravilhosos, deslumbrantes/Com o ritmo infantil e envolvente/Com a sua linguagem terna e doce/Na quietude dos velhos/Engelhados e solenes/Na viveza dos rapazes negros e sadios/Na cadência do angustiado sofrer/Nas canções e danças africanas/Na imprevidência de viver o dia de hoje/Ao sabor fatalista/Do que há de vir a acontecer/Obrigado Guiné/Foi belo conhecer/As tuas bolanhas, os teus rios/As tuas matas/Escuras de tão alto capim/Sacudidas pelo vento/Que causa ruídos/Cala-te vento/Não me distraias/Deixa-me pensar/O que hei de fazer/Para um dia voltar/Já poucas horas me restam/Para outro caminho seguir/Já tenho vontade de voltar/Mesmo antes de partir/Se algo aqui sofri/Nunca te culpei… Não/O que eu quero é levar-te/Dentro do meu coração.”

Rememora acontecimentos posteriores à independência, algo misturados com recordações, mantém-se atento às transformações positivas, e recua até às suas lembranças, os pombos verdes de cor, as onças, os jagudis, a vida dura dos guineenses, a exuberância das festas, e deixa para o fim uma recordação futebolística:

“Em 1965, o Benfica de Bissau foi campeão de futebol da Guiné, e por isso, nós jogadores, tivemos direito a um jantar-convívio na sede do clube, alguns elementos usaram da palavra, discursaram durante o jantar. 

‘Recordo perfeitamente que o último a discursar, foi o nosso capitão de equipa, de seu nome Orlando Camará. Começou por agradecer ao clube o reconhecimento do trabalho de grupo, agradeceu depois a todos os colegas de equipa o bom trabalho, e voltando-se para mim disse:

 - E tu, Clemente, obrigado por tudo o que nos deste. Sei que brevemente vais partir para a tua terra, mas eu nunca mais me vou esquecer de ti. Sei que um dia, quando fores velhinho, te recordarás de tanto que correste e saltaste para ser campeão. Ficas no meu coração.’ 

Tal como previas, estou velhinho e mal posso andar, e recordo tudo isso como se tivesse sido ontem. Saudades imensas de ti e de tudo. Até breve, Clemente”.

E depois adiciona duzentos provérbios e conta uma história contada numa taberna para nos falar do fandango, do tocador de gaita de beiços, ou do harmónio ou concertina. É um livro compósito, como se vê, despede-se desejando-nos muita saúde, que Deus nos proteja da fome e do frio e tudo mais é vaidade em excesso. 

Aqui fica o essencial da sua mensagem, tanta saudade da Guiné como das memórias que nele permanecem daquele início da guerra, terá feito esta edição de autor porque elas ainda lhe mexem com o sangue. E nada mais há a dizer.

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Nota do editor

Último post da série de 14 de março de 2025 > Guiné 61/74 - P26584: Notas de leitura (1780): Philip J. Havik, um devotado historiador da Guiné: Negros e brancos na Guiné Portuguesa (1915-1935) (4) – 2 (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Guiné 61/74 - P26534: Facebook...ando (69): A União de Freguesias de Freigil e Miomães, no Concelho de Resende, Honram os seus Combatentes do Ultramar (Fátima's)



Freigil e Miomães Honram Combatentes do Ultramar em Cerimónia de Memória e União

22 de fevereiro de 2025

A freguesia da União de Freguesia de Freigil e Miomães em Miomães (Resende) reuniu-se num dia simbólico para homenagear os combatentes da Guerra do Ultramar (1961-1975), numa iniciativa organizada pelas professoras Fátima Silva e Fátima Soledade, integrada no projeto “Heróis da Guerra do Ultramar do Concelho de Resende”. A cerimónia, apoiada pela Junta de Freguesia e pela Liga dos Combatentes, destacou-se pelo respeito e emoção.

Eucaristia e Símbolos Comoventes:
A missa na Igreja de Miomães, presidida pelo Pároco Coronel Capelão, Padre António Loureiro, começou com o tema “O Amor a Portugal”, interpretado por jovens. Na procissão, crianças levaram ao altar objetos simbólicos: boina, rádio, caderneta militar e aerograma, relembrando a vida nos campos de batalha e a ligação às famílias. Após a comunhão, um ex-combatente consagrou os soldados a Nossa Senhora, com uma criança depositando flores no altar.

Memórias que Ecoam:
Foi exibido um filme documental sobre os combatentes locais, seguido da leitura emocionante do testemunho de Albino Pinto, veterano de Angola (1963-1965), narrado pela filha. A homenagem incluiu a música “Para os Braços da Minha Mãe”, interpretada por dois jovens ao piano, honrando o papel das famílias.

Monumento à Resistência:
O momento culminante foi a inauguração de um *Monumento aos Combatentes*, erguido junto ao cemitério e à igreja. O monumento, descerrado sob aplausos, simboliza a memória coletiva da comunidade.

Palavras que Unem:
Autoridades locais destacaram a importância de “nunca esquecer o sacrifício” dos que serviram, enquanto representantes da Liga dos Combatentes reforçaram o dever de preservar a história.

Convívio e Continuidade:
O evento encerrou com partilha de iguarias e histórias numa tenda montada ao lado da igreja. Miomães, sem mortos em combate, mas com vidas dedicadas, provou que a memória permanece viva.

“Em tempos de esquecimento, Miomães escolheu lembrar.”

(Créditos: Projeto “Heróis da Guerra do Ultramar do Concelho de Resende”, Colaboração Núcleo de Lamego da LC)
Fotos: Gentil Pereira
#LigaCombatentes#ValoresPerananentes #
#Resende #HistóriaViva #Ultramar #MemóriaColetiva

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1 - Reportagem fotográfica alusiva à cerimónia do dia 15 de Fevereiro de 2025
Freguesia de Freigil
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2 - Reportagem fotográrica alusiva à cerimónia do dia 22 de Fevereiro de 2025
Freguesia de Miomães

Nota do editor CV:
Com a devida vénia ao Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes

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Notas do editor:

Vd. post de 14 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26389: Efemérides (448): Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar da União de Freguesias de Freigil e Miomães do Concelho de Resende (Fátima's)

Último post da série de 6 de dezembro de 2024 > Guiné 61/74 - P26239: Facebook...ando (68): Na morte de Lúcia Bayan, que disse numa entrevista: "Eu gosto muito, sempre, de relembrar um provérbio que eu aprendi em criança, porque eu nasci e cresci em África, que diz que enquanto o leão não tiver voz só vamos ouvir a história do caçador" (Ana Archer)