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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24027: (In)citações (228): Na morte do Francisco Silva (1948-2023), relembrando o cmdt do Pel Caç Nat 51, Nuno Gonçalves da Costa, assassinado por um dos seus homens, em Jumbembem, em 16/7/1973 (Manuel Luís R. Sousa, SAj Ref, GNR)

1. Comentário (*) do nosso camarada Manuel Luís R. Sousa (sargento-ajudante da GNR na situação de reforma; ex-soldado da 2.ª CCAÇ / BCAÇ 4512/72, Jumbembem, 1972/74; autor do livro "Prece de um Combatente - Nos trilhos e trincheiras da guerra colonial" (2012) (**): tem 46 referências no nosso blogue, e entrou para a Tabanca Grande em 31/3/2011.
 

A MORTE DO ALFERES NUNO GONÇALVES DA COSTA

por Manuel Luís Rodrigues Sousa

(excerto do meu livro "Prece de um Combatente", 2012, imagem da capa à esquerda).

Em março ou abril de 1973, Jumbembém foi reforçado com um pelotão de militares nativos, para suprir a falta do 1.º pelotão acabado de ser colocado em Canjambari, um quartel a sul de Jumbembém, a cerca de doze quilómetros, juntamente com outro pelotão de Cuntima, em substituição de uma companhia que dali foi retirada.

Desse pelotão de nativos, o Pel Caç Nat 51,  apenas os comandos, o alferes, Nuno Gonçalves da Costa,  e um furriel, eram de origem metropolitana.

Num dia em que se realizava a habitual coluna de reabastecimentos a Jumbembém, Cuntima e Canjambari, a 
16 de julho de 1973, um dos elementos deste pelotão pediu ao alferes Costa, ao seu comandante, para o deixar seguir na coluna de Jumbembém para Cuntima para visitar familiares.
Tratando-se de um militar rebelde e indisciplinado, como forma de o castigar, o alferes não autorizou a sua deslocação a Cuntima.

Perante esta recusa, o referido militar deslocou-se ao quarto do alferes, em fim de comissão e quase formado em medicina, com um futuro promissor pela frente, disparando contra ele dois ou três tiros de G3, atingindo-o na região do abdómen.

Foi-lhe prestada a assistência possível na enfermaria, enquanto se aguardava a evacuação por meios aéreos que entretanto foi pedida.

Passada pouco mais de uma hora veio a falecer, perante a impossibilidade de ser evacuado por falta desses meios aéreos, cujo uso era já particularmente restritivo, em consequência dos mísseis Strela ao dispor do PAIGC.

Este caso ilustra bem a perda do controlo aéreo na Guiné das Forças Armadas Portuguesas a que faço referência noutra parte do livro.

O referido alferes Costa era natural de Campos de Sá, S. Jorge, Arcos de Valdevez.

Após a sua morte, foi substituído pelo alferes Francisco Silva. Foi nestas circunstâncias que o alferes Silva chegou a Jumbembém. 

Que descansem em paz o alferes Silva, bem como malogrado alferes Costa. (****)

30 de janeiro de 2023 às 19:24

(Revisão e fixação de texto: LG)
__________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 30 de janeiro de  2023 > Guiné 61/74 - P24022: In Memoriam (467): Francisco Justino Silva (1948-2023), médico, ortopedista, ex-alf mil, CART 3492 / BART 3873, Xitole, e Pel Caç Nat 51, Jumbembem (1971/73) cerimónias fúnebres, hoje, em Porto Salvo, na igreja local, com velório a partir das 16h00; missa de corpo presente às 14h00 de 3.ª feira, seguindo o funeral para o cemitério de Carnaxide


(***) Vd. postes de:


(...) Presumo que o alferes devia estar deitado. Deve ter-se levantado e foi nessa altura que o homem pegou na G3 e, traiçoeiramente, disparou três tiros à queima-roupa sobre o oficial português.

Este último ainda foi levado para a enfermaria, onde se prestaram os primeiros socorros, ao mesmo tempo que foi pedido, com a maior urgência, a sua evacuação aérea. Como estava a perder muito sangue, foi pedido sangue e, voltou a ser pedido insistentemente, o máximo de urgência na sua evacuação, que tardava em aparecer.

E tanto tardou que o alferes não resistiu aos ferimentos e faleceu, sem que aparecesse qualquer meio aéreo para o socorrer. Esta situação indignou todo o pessoal da companhia, desde o soldado até ao comandante.

O nativo foi preso com arames nos pulsos, atrás das costas, enquanto os próprios elementos do Pel Caç Nat 51, bem como a milícia queriam fazer justiça pelas próprias mãos (linchá-lo). Valeu-lhe o nosso comandante, que ordenou:

- Não lhe toquem!

Mas, mal ele virava as costas, alguns militares mais revoltados descarregavam a sua ira em cima do assassino, que foi depois colocado na casa do motor (gerador), que se situava ao lado do tanque da água.

Ali permaneceu o prisioneiro até meio da tarde, altura em que o nosso comandante, penso que por causa da evacuação não se ter efectuado e achando que o comandante em Farim teve alguma culpa nesta falta, resolveu ir a Farim levar o corpo do alferes em sinal de protesto.

Deslocamo-nos então numa coluna motorizada (já não sei quantos nem quais pelotões), com o corpo do defunto numa viatura “Berliet” e uma bandeira nacional a cobri-lo, até Farim (sede do Batalhão 4512).

A coluna fez-se sem fazer a habitual picagem, tal era a revolta, desagrado e excitação que grassava em todo o pessoal da Companhia. Um risco acrescido, mas justificado pela hora tardia para o fazer.

Viam-se aqui e ali soldados e graduados com as lágrimas nos olhos, chocados com um desfecho fatídico que o alferes assassinado não merecia, porque todos eram conhecedores e concordantes de que ele era boa pessoa e bom para os nativos do Pel Caç Nat 51. Talvez bom demais,  ainda hoje o penso e digo! Segundo ouvi dizer na altura, ele, quando isso lhe era solicitado, inclusive emprestava dinheiro aos militares do seu pelotão.

A coluna chegou à entrada de Farim, abrandou mais um pouco e continuou a sua marcha, enquanto os militares que a compunham saltaram para o chão e acompanharam as viaturas a pé. Ao passar defronte ao edifício de comando, estava em posição de sentido e continência um graduado (ou era o comandante - Ten Cor Vaz Antunes -, ou o 2º comandante Major Menezes, já não me lembro bem).

Este é o relato com que fiquei gravado no pensamento desse dia.

Também trouxemos o nativo assassino que, pelo caminho fora na viatura onde seguia, alguns soldados, em certas alturas do percurso, continuaram a dar-lhe o “tratamento especial”, tendo o mesmo chegado a Farim num estado físico muito debilitado.

Disseram-me posteriormente que ficou preso em Farim e depois seria enviado para a “Ilha das Cobras”.

Para substituir o comando do Pel Caç Nat 51, foi destacado o alf mil at inf Francisco Silva (madeirense), que apareceu na 2ª Companhia do BCAÇ 4512 logo após esta tragédia. (...)


(****) Último poste da série > 27 de dezembro de  2022 > Guiné 61/74 - P23921: (In)citações (227): As cheias, estas e as outras (Hélder V. Sousa, ex-Fur Mil TRMS TSF)

sábado, 15 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19892: 15 anos a blogar desde 23/4/2004 (9): Relembrando o cobarde assassinato em Jumbembem, em 16/7/1973, do alf mil op esp / ranger Nuno Gonçalves da Costa, natural de Arcos de Valdevez, cmdt do Pel Caç Nat 51, substituído depois pelo Francisco Justino Silva, hoje médico ortopedista (Fernando Araújo, ex-fur mil op esp / ranger, 2ª CCAÇ / BCAÇ 4512, Jumbembem, 1972/74)


Lisboa > Belém > Monumento aos Combatentes do Ultramar > XXV Encontro Nacional dos Antigos Combatentes > 10 de junho de 2019 > Sob o olhar atento do Carlos Silva, régulo da Tabanca dos Melros, o Francisco Justino Silva, hoje ortopedista (. foto à  esquerda),  membro da nossa Tabanca Grande desde 26 de abril de 2010 (*), relembra os tempos em que foi substituir, em Jumbembem, em circunstâncias trágicas, o comandante do Pel Caç Nat 51: o seu interlocutor, um antigo milícia do seu tempo  (, à direita, na imagem), estava lá, nesse fatídico dia 16 de julho de 1973, em que foi cobardemente morto a tiro de G3 o alf mil op esp / ranger, Nuno Gonçalves Costa.

Dois camaradas, pelo menos,  da nossa Tabanca Grande conheceram e conviveram com o Nuno Gonçalves da Costa:

(i)  o  Luís Mourato Oliveira conviveu com ele, na 1ª metade do ano de 1973,  e com o seu Pel Caç Nat 51, em Cufar;

e (ii)  Fernando Costa Gomes de Araújo (ex-fur mil op esp / ranger, 2ª CCAÇ / BCAÇ 4512, Jumbembem, 1973/74): é deste último o relato do que aconteceu nesse dia 16 de julho de 1973, 2ª feira, relato esse  já publicado em poste, editado pelo Eduardo Magalhães Ribeiro (**), e que merece ser reproduzido na série "15 anos a blogar desde 23/4/2004" (***)

O Nuno Gonçalves da Costa era natural de Campos de Sá, freguesia de São Jorge, Arcos de Valdevez.  A sua morte é atribuída a "acidente com arma de fogo" (sic), forma eufemística das Forças Armadas classificarem não só os casos de acidente devidos a arma de fogo, como os de homicídio e suicídio no TO da Guiné.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


O assassinato do Alf Mil Op Esp/Ranger  Nuno Gonçalves Costa,  do Pel Caç Nat 51, em Jumbembem, em 16 de julho de 1973

por Fernando Araújo (*)



[ex-Fur Mil Op Esp/Ranger,  2ª CCAÇ do BCAÇ 4512, Jumbembem, 1973/74M foto à civil, à esquerda]


Jumbembem, 16Jul1973 – 08h00/09h00

Estava eu no meu quarto, quando ouvi, nas traseiras da instalação, três disparos de G3.

A primeira coisa que pensei foi que o alferes açoriano (cujo nome não me lembro) se tinha suicidado, pois, nos últimos tempos, vinha a dar sinais evidentes, não só de estar farto de permanecer em Jumbembem, como de graves complicações psicológicas.

Desloquei-me rapidamente para o local de onde ouvira as detonações, dando a volta às instalações do dormitório do meu quarto, cujas traseiras davam para as traseiras de outro edifício com quartos e fiquei muito surpreendido…

Ao contrário do que eu estava a pensar, não fora o alferes dos Açores a vítima dos tiros, mas sim o alf mil op esp Nuno Gonçalves Costa, do Pel Caç Nat 51 [, adido à 2ª CAÇ / BCAÇ 4512] ,  e que jazia no chão gravemente ferido, pois tinha sido ele o alvejado com as três balas.

A sua imagem ali tombado a esvair-se em sangue, mortalmente, ainda hoje a retenho no pensamento.

Motivo da morte: o alf mil Costa tinha aplicado como castigo (não sei a causa), um reforço a um nativo do Pel Caç Nat 51. O homem não conformado com a punição, foi à porta do seu quarto e disse-lhe:

–  Alferes, eu não fazer reforço!

Ao que ele retorquiu:

– Já te disse que vais cumprir o reforço!

Foram trocadas mais algumas palavras de que eu já não me lembro. O nativo tornou a reclamar:

– Alferes,  eu não fazer reforço!

–  Já te disse que sim e não se fala mais nisso!

Acabado este diálogo, o nativo deslocou-se à tabanca em busca da G3 que lhe estava atribuída. Passado algum tempo, talvez 30 minutos, regressou novamente para junto do quarto do alferes. Pousou a G3 à porta e, chamando-o novamente, disse-lhe:

–  Alferes, eu não fazer reforço!

O alferes voltou a afirmar que ele tinha de cumprir o castigo, com que o tinha sancionado. Presumo que o alferes devia estar deitado. Deve ter-se levantado e foi nessa altura que o homem pegou na G3 e, traiçoeiramente, disparou três tiros à queima-roupa sobre o oficial português.

Este último ainda foi levado para a enfermaria, onde se prestaram os primeiros socorros, ao mesmo tempo que foi pedido, com a maior urgência, a sua evacuação aérea. Como estava a perder muito sangue, foi pedido sangue e voltou a ser pedido,  insistentemente, o máximo de urgência na sua evacuação, que tardava em aparecer.

E tanto tardou que o alferes não resistiu aos ferimentos e faleceu, sem que aparecesse qualquer meio aéreo para o socorrer. Esta situação indignou todo o pessoal da companhia, desde o soldado até ao comandante.

O nativo foi preso, com arames nos pulsos, atrás das costas, enquanto os próprios elementos do Pel Caç Nat 51, bem como a milícia local, queriam fazer justiça pelas próprias mãos (isto é, linchá-lo). Valeu-lhe o nosso comandante, que ordenou:

– Não lhe toquem!

Mas, mal ele virava as costas, alguns militares mais revoltados descarregavam a sua ira em cima do assassino, que foi depois colocado na casa do motor (gerador), que se situava ao lado do tanque da água.

Ali permaneceu o prisioneiro até meio da tarde, altura em que o nosso comandante, penso que por causa da evacuação não se ter efectuado e achando que o comandante em Farim teve alguma culpa nesta falta, resolveu ir a Farim levar o corpo do alferes em sinal de protesto.

Deslocamo-nos então numa coluna motorizada (já não sei quantos nem quais pelotões), com o corpo do defunto numa viatura Berliet e com uma bandeira nacional a cobri-lo, até Farim (sede do BCAÇ 4512).

A coluna fez-se sem fazer a habitual picagem, tal era a revolta, desagrado e excitação que grassava em todo o pessoal da Companhia. Um risco acrescido, mas justificado pela hora tardia para o fazer.

Viam-se aqui e ali soldados e graduados com as lágrimas nos olhos, chocados com um desfecho fatídico que o alferes assassinado não merecia, porque todos eram conhecedores e concordantes de que ele era boa pessoa e bom para os nativos do Pel Caç Nat 51. Talvez bom demais,  ainda hoje o penso e digo! Segundo ouvi dizer na altura, ele, quando isso lhe era solicitado, inclusive emprestava dinheiro aos militares do seu pelotão.

A coluna chegou à entrada de Farim, abrandou mais um pouco e continuou a sua marcha, enquanto os militares que a compunham saltaram para o chão e acompanharam as viaturas a pé.

Ao passar defronte ao edifício de comando, estava em posição de sentido e continência um graduado (ou era o comandante, en Cor Vaz Antunes, ou o 2º comandante major Menezes, já não me lembro bem).

Este é o relato com que fiquei gravado no pensamento desse dia.

Também trouxemos o nativo assassino que, pelo caminho fora na viatura onde seguia, alguns soldados, em certas alturas do percurso, continuaram a dar-lhe o “tratamento especial”, tendo o mesmo chegado a Farim num estado físico muito debilitado.

Disseram-me posteriormente que ficou preso em Farim e depois seria enviado para a Ilha das Cobras [ou Ilha das Galinhas, que funcionava como campo prisional ? (LG)]

Para substituir o comandante do Pel Caç Nat 51, foi destacado o alf mil at inf Francisco Silva, madeirense, que apareceu na 2ª Companhia do BCAÇ 4512 logo após esta tragédia. [Era oriundo da CAÇ 3492, Xitole, 1971/73]

Com o meu pedido de desculpas por eventuais lapsos de memória, que poderão sempre ser corrigidos, mas esta é a visão dos factos que ainda mantenho hoje, passados mais ou menos  36 anos. Na minha agenda/diário, no dia 16 de Julho de 1973, 2º feira, anotei este fatídico evento, a morte do alf mil ranger Costa

Um abraço,
Fernando Araújo
Fur mil op esp / ranger
2ª CCAÇ do BCAÇ 4512
(Jumbembem, 1972/74)
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quinta-feira, 27 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17291: Álbum fotográfico de Luís Mourato Oliveira, ex-alf mil, CCAÇ 4740 (Cufar, dez 72 / jul 73) e Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, jul 73 /ago 74) (16): o Pel Caç Nat 67,em Cufar, 1973



Guiné > Região de Tombali > Cufar > 1973 >  A despedida do Pel Caç Nat 67 >  Em primeiro plano, o comandante do Pelotão, alf mil Gil da Silva Inácio, de alcunha,  o "Gringo" (1)


Guiné > Região de Tombali > Cufar > 1973 > > A despedida do Pel Caç Nat 67 >  Em primeiro plano, o comandante do Pelotão, alf mil Gil da Silva Inácio, de alcunha,  o "Gringo" (2)


Guiné > Região de Tombali > Cufar > 1973 > > A despedida do Pel Caç Nat 67 >  Em primeiro plano, o comandante do Pelotão, alf mil Gil da Silva Inácio, de alcunha,  o "Gringo" (3)


Guiné > Região de Tombali > Cufar > 1973 >  A despedida do Pel Caç Nat 67 >  "De malas aviadas"... (O Luís Mourato Oliveira já não se lembra para onde foi esta subunidade, talvez para o leste)


Guiné > Região de Tombali > Cufar > 1973 > Pel Caç Nat 67 >  O alf mil Luís Mourato Oliveira. do 3º pelotão da CCAÇ 4740, com militares do Pel Caç Nat 67

Fotos (e legendas): © Luís Mourato Oliveira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Luís Mourato Oliveira, nosso grã-tabanqueiro, que foi alf mil inf da CCAÇ 4740 (Cufar, 1973) e do Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, 1973/74). (*)

De rendição individual, foi o último comandante do Pel Caç Nat 52. Irá terminar a sua comissão no setor L1 (Bambadinca), em Missirá, depois de Mato Cão, e extinguir o pelotão em agosto de 1974.

Até meados de 1973 esteve em Cufar, a comandar o 3º pelotão da CCAÇ 4740, no 1º semestre de 1973. Tem bastantes fotos de Cufar, que começámos a publicar no poste anterior (*).

Hoje mostram-se algumas fotos do Pel Caç Nat 67 com cujo pessoal o Luís Mourato Oliveira confraternizou. O comandante do 67 era conhecido como o "Gringo", era uma figura popular no quartel de Cufar.



Crachá do Pel Caç Nat 67 (Cortesia do nossso camarada e grã-tabanqueiro,  Luís de Sousa, ex-sold trms, CCaç 2797 (Cufar, 1970-72) (**)


2. Temos  escassas referências sobre o Pel CAÇ Nat 67

O nosso camarada Armindo Batata, cmdt do Pel Caç Nat 51 escreveu:  "Os Pel Caç Nat 51 e 67, este de comando do alf mil [Joaquim] Esteves, passaram por Cacine em dezembro 1969/janeiro 1970, em trânsito para Cufar. O Pel Caç Nat 67 tinha guarnecido o destacamento do Mejo até à evacuação desta posição em janeiro de 1969." (***)

Por sua vez, Joaquim Esteves fez em tempos um comentário a um dos nossos postes: "Estive  em Cufar de dezembro de 1969 a  novembro de 1970 a comandar o Pel Caç Nat 67 (...), Joaquim Esteves, ex-alf mil cav" (comentário ao poste P5977, de 12 de março de 2010).

Vd. também a página da CCAÇ 4740 > Grupos especiais (destaque para os Pel Caç Nat 51 e 67).

O Luís Mourato Oliveira  também conviveu, na 1ª metade do ano de 1973, com o Pel Caç Nat 51 e o seu infortunado comandante,  o alf mil op  esp Nuno Gonçalves da Costa (, assassinado por um dos seus soldados, em Jumbembem, em 16/7/1973).
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