Foto nº 1 > Tavira > CISMI > Julho de 1968 > A chegada ao quartel da Atalaia dos novos instruendos do 1º Ciclo do CSM, vindos de todo o país, num comboio ronceiro. Fila do pessoal para receber fardamento. Foto do Fernando Hipólito, gentilmente cedida ao César Dias e ao nosso blogue.
Esta cena podia passar-se também à porta do RI 5, nas Caldas da Rainha. Esta rapaziada, chamada pela Pátria para cumprir o serviço militar obrigatório (em tempo de guerra...), em finais da década de 1960 já tem um outro "look", a começar pelo vestuário... Tem outras habilitações literárias, outra postura...
Esta cena podia passar-se também à porta do RI 5, nas Caldas da Rainha. Esta rapaziada, chamada pela Pátria para cumprir o serviço militar obrigatório (em tempo de guerra...), em finais da década de 1960 já tem um outro "look", a começar pelo vestuário... Tem outras habilitações literárias, outra postura...
Presume-se que as belas cabeleiras, à moda dos "Beatles", já tinham ficado ingloriamente no chão do barbearia lá da terra ou, "in extremis", de Tavira... Muitos fotam tosquiados à máquina zero, suprema humilhação para um jovem da época!... Não, já não é a mesma malta que parte, de caqui amarelo e mauser, para defender as Índias & as Angolas, uns anos antes ... O velho Portugal onde tínhamos nascido, estava a mudar, lenta mas inexoravelmente. E a nova geração, a nossa geração, nascida no pós-II Guerra Mundial, já não estava disposta a suportar os mesmos sacrifícios dos seus pais e irmãos mais velhos.
Foto (e legenda). © Fernando Hipólito (2014). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: logue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 2 > Tavira > Quartel da Atalaia > CISMI > Parada > Outubro de 1968 >"Os 'galardoados' com a especialidade de atirador de infantaria que tinham acabado a recruta integrados no 6º Pelotão da 3ª Companhia" > Da esquerda para a direita, de pé:
(i) Estrela (1), Fonseca (2), Pereira (3), João (4), Torres (5), Chichorro (6) e Joaquim Fernandes (7) (futuro fur mil, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71);
(ii) Santos (1a), Chora (2a), Salas (3a), Paulo (4a), Loureiro (5a), Saramago (6a)
Foto (e legenda): © Eduardo Francisco Estrela (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 3 > Bilhete de identidade militar do César Vieira Dias, sold do CSM nº 197356/68, emitido em 16/7/1968. Ao alto do lado esquerdo, há um nº, o 847, escrito a lápis, que deveria corresponder ao número interno do CISMI, atribuído ao César Dias na recruta...
Foto (e legenda): © César Dias (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto (e legenda): © César Dias (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 4 > Tavira > CISMI > 1972 > António Alves da Cruz, em farda nº 3, junto às salinas, tendo o antigo Convento das Berrnardas ao fundo....
Foto nº 6 > Tavira > CISMI > 4ª Companhia > 3º Pelotão > 16/6/1972 > Salinas... O antigo Convento das Bernardas ao fundo... Um pelotão com 38 elementos...
Fotos (e legendas): © António Alves da Cruz (2023). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 7 > Tavira > CISMI > 1968 > O César Dias, natural de Torres Novas (á esquerda) e o António Branquinho, filho de Évora (à direita)... Ambos foram parar à Guiné... O Branquinho à CCAÇ 2590 (mais tarde, em 18/1/1970, CCAÇ 12) (Contuboel e Bambadinca, 1969/71).
Foto: © César Dias (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 8 > Tavira > CISMI > 1968 > 3ª companhia (instrução de especialiade: Atirador de infantaria) > O Branquinho é o 3º da primeira fila a contar da direita... O Levezinho é o 3º da 2ª segunda, a contar também da direita. Não consigo identificar o Fernando Hipólito.
Foto nº 8A > Tavira > CISMI> 1968 > 3ª companhia (instrução de especialidade: Atirador de infantaria) > Lado esquerdo do grupo
Foto nº 8B >Tavira > CISMI> 1968 > 3ª companhia (instrução de especialidade: Atirador de infantaria) > Lado direito do grupo > O Branquinho é o 3º da primeira fila a contar da direita... O Levezinho é o 3º da segunda fila, a contar também da direita. "Na foto 8B quase identifico todos, foram meus camaradas na recruta no 7º. Começando á direita o aspirante Coelho que tinha sido nosso também na recruta, depois um desconhecido, depois o Levezinho, depois o Hipólito e mais um desconhecido. Em baixo:à direita o Simões Santos (já falecido), depois o Freitas, depois o Branquinho, e o Quarteira. Estes que identifiquei foram do 7º pelotão da 3a companhia incluindo o Aspirante Coelho que conseguiu granjear a simpatia de todos." (César Dias).
Fotos: © Fernando Hipólito (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 9 > Tavira > CISMI > 1968 > Pormenor do jantar do dia do juramento de bandeira. (1)... O Tony Levezinho, visto de perfil, tendo em frente (lado direito da foto, a olhar para a máquina) o César Dias, que por sua vez tem à sua direita o Fernando Hipólito... Os três tiveram destinos diferentes: o Hipólito foi para Angola, o Levezinho e o Dias para a Guiné, um para Bambadinca e outro para Mansoa
Foto nº 9A >Tavira > CISMI > 1968 > Pormenor do jantar do dia do juramento de bandeira... (2)
Foto nº 10A >Tavira > CISMI > 1968 > Desfile do juramento de bandeira... "2º Pelotão da 3ª Companhia do 3º turno de 1968.Eu estou na 3ª fila, em 1º plano, com óculos escuros que usava desde 1965. Alguém consegue identificar mais algum elemento? Agradeço a ajuda" (Comentário de Humberto Reis)
Foto nº 10B >Tavira > CISMI > 1968 > Desfile do juramento de bandeira > "Humberto Reis, deves estar a fazer confusão, na foto nº 10 assinalado a amarelo é o Filipe pois o pelotão que está a desfilar é o 7º, ele também usava óculos." (César Dias)
Fotos (e legendas): © César Dias (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto nº 11> Tavira > CISMI > Quartel da Atalaia > 1968 > "Há 49 anos dava entrada no CISMI - 4.ª companhia. Deixo de lado as coisas menos boas para olhar com ternura o tempo de juventude. Foto: regresso da Semana de Campo. À excepção do cabo miliciano (...) todos os recrutas são naturais de S. Miguel - Açores.
Da esquerda para a direita: Carlos Alberto Pereira Rangel; José Luís Vasconcelos Botelho; cabo miliciano; Domingues e eu, Carlos Cordeiro [saudoso membro da nossa Tabanca Grande, 1946-2018; fez a sua comissão em Angola, como fur mil at inmf, no Centro de Instrução de Comandos, 1969/71 ].
Fonte: Facebook > Grupo dos Antigos Militares do CIQ-CISMI, Tavira e QG Évora > Carlos Cordeiro > 17 de janeiro de 2017 (com a devida vénia..:)
Fiz-lhe uma primeira seleção de fotos (e de postes) sobre Tavira, com destaque para o CISMI (Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria) que funcionava no Quartel de Atalaia. (O CISMI foi criado em 1939 e extinto em 1989.)
Ninguém sabe ao certo quanto sargentos milicianos formou aquele centro de instrução durante a guerra do ultramar / guerra colonial. Muitos e muitos milhares, a maior parte atiradores de infantaria. Muitos de nós passámos por lá. E quase todos temos uma relação de amor-ódio em relação àquela terra e àquele quartel.
Como em tudo na nossa vida, houve coisas boas e más...Cada um de nós fará o balanço, o deve e o haver... A verdade é que alguns de nós já voltaram lá, em "romagem de saudade", ao "local do crime"... Masoquistas ? Nem por isso, a Taviráfrica também foi uma aventura... (Por analogia com a "Máfrica", Mafra, EPI, a grande fábrica de oficiais milicianos de infantaria, chamo Taviráfrica a Tavira...).
Para o Humberto (e os demais leitores) fizemos uma primeira seleção dos inúmeros postes que temos no blogue sobre Tavira (n=77) e o CISMI (n=58)...
Temos muitos "tavirenses" na Tabanca Grande, o quer dizer que Tavira (ou a Taviráfrica) era uma boa porta de entrada para a Guiné.... O nosso convite para revisitar Tavira, o CISMI, o quartel da Atalaia, a carreira de tiro, e os arredores, é também uma forma de avivar memórias, coisa que só faz bem aos nossos neurónios.
Todos os comentários serão bem vindos, Será uma pena a malta levar para o outro mundo as lembranças desse tempo e lugar...
Lembranças de Taviráfica, do CISMI e do quartel da Atalaia -
Parte I
Listagem de postes: data, númeiro, título, autor(es), link
15 de julho de 2024 > Guiné 61/74 - P25746: (De)Caras (301): Quem seria o instruendo nº 821, do 3º turno de 1968, 3ª Companhia de Instrução, Centro de Instrução de Sargentos Milicianos (CISMI), Tavira ? Pergunta ao César Dias, que era o nº 847/3ª, desse turno (Eduardo Estrela, ex-fur mil, CCAÇ 14, Cuntima e Farim, 1969/71)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2024/07/guine-6174-p25746-decaras-301-quem.html
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2024/07/guine-6174-p25746-decaras-301-quem.html
28 de agosto de 2023 > Guiné 61/74 - P24595: Álbum fotográfico do António Alves da Cruz, ex-fur mil at inf, 1ª C/BCAÇ 4513/72 (Buba, 1973/74) (1): Das salinas de Tavira ao CTIG
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2023/08/guine-6174-p24595-album-fotografico-do.html
27 de abril de 2021 > Guiné 63/74 – P22145: Estórias avulsas (105): Pequeno almoço às 2 horas da manhã (Joaquim Ascenção, ex-Fur Mil Arm Pes Inf, CCAÇ 3460, Cacheu, 1971/73)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2021/04/guine-6374-p22145-estorias-avulsas-105.html
31 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21719: (Ex)citações (382): Tavira, CISMI, por quem nenhum de nós morreu de amores... (João Candeias da Silva / Carlos Silva / Luís Graça)
28 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21702: (De)Caras (167): o ten inf Esteves Pinto (1934-2020), que foi instrutor de alguns de nós no CISMI, em Tavira, e que morreu no passado dia 18, com o posto de cor inf ref
14 de março de 2020 > Guiné 61/74 - P20732: Memória dos lugares (402): Tavira, o CISMI, e Cacela A Velha... (Eduardo Estrela, ex-fur mil at inf, CCAÇ 14, Cuntima, 1969/71)
13 de março de 2020 > Guiné 61/74 - P20728: Em busca de... (302): instruendos do CISMI, Tavira, a tirar a especialidade de atiradores de infantaria, 6º Pelotão / 3ª Companhia, outubro de 1968: "Eu, o Torres, o Joaquim Fernandes, o Loureiro e o Saramago fomos todos para o CTIG...mas dos outros gostava de saber do paradeiro"... (Eduardo Francisco Estrela, ex-fur mil at inf, CCAÇ 14, Cuntima, 1969/71; vive em Cacela)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2020/03/guine-6174-p20724-em-busca-de-302.html
25 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13330: In Memoriam (191): António Manuel Martins Branquinho, natural de Évora (1947-2013), ex-fur mil at inf, CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71)... Para que a sua memória não fique na "vala comum do esquecimento"
24 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12770: CISMI - Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria, Tavira, 1968: Guia do Instruendo (documento, de 21 pp., inumeradas, recolhido por Fernando Hipólito e digitalizado por César Dias) (5) : Quinta e última parte (pp. 19-21): O jornal "Atalaia" , a rádio "CISMI"... e as 29 capelas e igrejas de Tavira
2 de maio de 2019 > Guiné 61/74 - P19736: (Ex)citações (352): In illo tempore, o Alferes José Cravidão, no CISMI de Tavira (Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil da CCAV 703 / BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2019/05/guine-6374-p19736-excitacoes-352-in.html
1 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17532: O nosso livro de visitas (191): Américo Santos, ex-Fur Mil TRMS, retratado, enquanto recruta do CSM, em foto publicada no nosso Blogue (Américo Santos, Fur Mil TRMS / César Dias, Fur Mil Sap Inf)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2017/07/guine-6174-p17532-o-nosso-livro-de.html
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2019/05/guine-6374-p19736-excitacoes-352-in.html
1 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17532: O nosso livro de visitas (191): Américo Santos, ex-Fur Mil TRMS, retratado, enquanto recruta do CSM, em foto publicada no nosso Blogue (Américo Santos, Fur Mil TRMS / César Dias, Fur Mil Sap Inf)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2017/07/guine-6174-p17532-o-nosso-livro-de.html
25 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13330: In Memoriam (191): António Manuel Martins Branquinho, natural de Évora (1947-2013), ex-fur mil at inf, CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71)... Para que a sua memória não fique na "vala comum do esquecimento"
3 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12673: Manuscrito(s) (Luís Graça) (18): Gostei de voltar a Tavira (Parte I): A estação da CP
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2014/02/guine-6374-p12673-manuscritos-luis.html
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2014/02/guine-6374-p12673-manuscritos-luis.html
24 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12770: CISMI - Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria, Tavira, 1968: Guia do Instruendo (documento, de 21 pp., inumeradas, recolhido por Fernando Hipólito e digitalizado por César Dias) (5) : Quinta e última parte (pp. 19-21): O jornal "Atalaia" , a rádio "CISMI"... e as 29 capelas e igrejas de Tavira
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2014/02/guine-6374-p12770-cismi-centro-de.html
5 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12678: Manuscrito(s) (Luís Graça) (19): Gostei de voltar a Tavira (Parte II): O quartel da Atalaia (ex-CISMI -Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2014/02/guine-6374-p12678-manuscritos-luis.html
5 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12678: Manuscrito(s) (Luís Graça) (19): Gostei de voltar a Tavira (Parte II): O quartel da Atalaia (ex-CISMI -Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2014/02/guine-6374-p12698-manuscritos-luis.html
Também andei por Tavira no verão de 67, 3º turno de Armas Pesadas de Infantaria. Tenho algumas memórias do dia em que fizemos fogo para a ilha de Tavira a partir da costa.O comandante de companhia era o capitão Madeira, natural de Cabo Verde, e de Pelotão era o alferes Chumbinho, exigente mas que nos tratava, com respeito, por "senhor instruendo".
Também fui dos que escolheram Armas Pesadas a pensar que ficaria mais resguardado mas tinha uma secção distribuída como qualquer Atirador e muitas vezes o Pelotão todo, é a vida.
(iii) Henrique Cerqueira
Tavira... Já aqui comentei que foi a minha pior experiència de vida militar.
Conto assim um pequeno episódio logo na minha receção a Tavira.
Viemos em 1971 os recentes recrutas das Caldas da Rainha para Tavira tirar a especialidade. Como chegamos a Tavira por volta das 21:00 horas já não havia jantar para a malta e então muito "convenientemente" para o exército foi-nos excecionalmente permitido licença de sair até á meia-noite.
Lá formamos uns grupinhos e fomos aos cafés tentar aconchegar o estômago. Num dos cafés alguém da malta tinha no saco uma lata de salsichas e toca a perguntar ao dono do café se nos podia aquecer a lata e nos fornecer pão para acompanhar.
O dono (que por acaso era um Sargento como em quase todo o comércio da altura estava nas mãos de sargentos ou oficiais do Q.P.)então ele logo disse muito solicitamente que sim senhor e que entendia a nossa causa (falta de dinheiro).
Lá comemos as salsichas e torradas de pão de forma e uns sumitos. No final o tal "simpático dono" debita-nos doze cachorros quentes. Nós reclamamos... e a seguir fomos passar o resto da noite á prisão do quartel e fomos obrigados a pagar os tais cachorros.
O Sargento até era do quartel e por mero acaso também tinha uma tasca quase em frente ao quartel que mais tarde vim a descobrir que alguma comida do refeitório era estrategicamente desviada para os petiscos que lá vendiam aos instruendos ...logo se vê.
Enfim naquela altura a maioria dos civis comerciantes ou não viviam as custas dos instruendos e não tinha pejo nenhum em explorar a malta. Em alguns casos até os pais com filhas casadoiras as enfiavam pelos olhos dentro da malta . Não sei se lembram dos "Casamentos de Parada" tão famosos em Tavira.
Pra juntar á "Festa" a grande maioria dos oficiais e sargentos de instrução em Tavira eram desumanos e desrespeitadores (isto para ser brando nos adjetivos ). Creio que hoje em dia será diferente, mas para mim Tavira nunca mais em termos pessoais.
4 de fevereiro de 2014 às 12:29
(iv) José Marcelino Martins
Saudades de Tavira e do Rio Séqua.
4 de fevereiro de 2014 às 14:41
(v) Luís Graça
Henrique: Obrigado pelo teu comentário... Dois meses e meio, em Tavira, na tropa, em finais de 1968, não dão para viver e guardar na memória grandes peripécias, paixões, amizades, acontecimentos galvanizantes, figuras marcantes, lugares...
A instrução era puxada, e o corpinho ressentia-se...
Lembro-me do meu comandante, o tenente Esteves, um típico militar da época.. lembro-me de ouvir falar do Robles e do Trotil, mas não sei se ainda lá estavam nessa altura...
Lembro-me isso, sim, de um filho da puta de um alferes instrutor, dos vellhinhos, algarvio, que nos humilhava, obrigando-nos a chafurdar na merda da feira do gado, enquanto namorava, à janela,, uma gaja da terra...
Lembro-me do idiota do comandante do RI1 (coronel do tempo da guerra do Solnado...) que nos proibiu a inauguração de uma exposição (documental) sobre a a II Guerra Mundial com o argumento, tonto, de que para guerra já bastava a nossa, lá no ultramar...
Lembro-me da velha e anafada prostituta, andaluza, de olho azul, que morava perto do quartel da Atalaia, e que tirava os três aos infantes...
Lembro-me da amázia (?) de um sorja ou de um tenente qualquer que nos acompanhava nos exercícios de campo, vendendo-nos sandochas e bebibas... Acho que tinha uma carroça...
Tavira era triste como era triste o meu/nosso país em 1968... Não sei se lá chorei, mas devo ter rangido os dentes, algumas vezes. De raiva...
Dos "casamentos na parada" ouvi falar, mas não sei se era lenda... Nunca assisti a nenhum, ou então nunca liguei... A verdade é que aquelas miúdas, de sangue fenício, romano e bérbere, eram verdadeiros "lança-chamas"...
Concordo com o teu juízo: os nossos instrutores, na tropa, na época, estavam longe de ser as melhores pessoas do mundo... Acho que merecíamos muito mais e melhor, aqueles de nós a quem calhou, na rifa, a fava da Guiné... Alguns eram mesmo uns pobres diabos, sádicos, prepotentes, mesquinhos, fanfarrões, boçais, incultos... que nem para soldados básicos eu os queria na Guiné...
4 de fevereiro de 2014 às 21:44
(vi) Henrique Cerqueira
Camarada Luís Graça: retratas na perfeição tudo aquilo que se passava na altura. E olha que não me queixo da dureza da verdadeira (?) instrução, mas tão somente de pessoas e te digo mais que houve mais cenas de desumanidade praticadas por instrutores nossos.
Uma das muitas que me aconteceu foi por exemplo em plena serra do Caldeirão eu estar com tanta fome que de noite arrisquei uma sortida junto da cozinha de campanha e apanhei uma terrina com patas de galinha e pescoços (penso que aí no sul lhe chamam de pipis?) que eram para as petiscadas dos tipos e vai daí comi aquilo tudo mesmo cru .
Já para não voltar a falar de humilhações praticadas por oficiais milicianos e sargentos durante essas noites de semana de campo. Ainda hoje com 64 anos e bem vacinado contra comportamentos erróneos eu me arrepio todo e ao ler o teu comentário eu me emocionei.
Infelizmente eu associo Tavira as esses comportamentos selváticos que na altura se praticavam em alguns dos quarteis que nos deveriam transformar em Homens preparados para defender o país. Mas não o fizeram e nada ,absolutamente nada me ensinaram que pudesse aproveitar para a vida militar. Ou seja talvez me tenham apurado muito mais o meu instinto de sobrevivência ,daí eu já ter escrito mais que uma vês que na Guiné eu tudo fiz para "viver e sobreviver ".
Quem quiser que entenda como melhor achar. Luís, desculpa lá mas isto hoje deu mesmo para o desabafo. (...)
4 de fevereiro de 2014 às 22:06
PS - Em relação aos casamentos na parada eu penso que era no sentido figurado. Mas na verdade a malta era obrigado a casar por ordem militar e em Tavira quando os paizinhos se iam queixar que as suas "donzelas" tinham sido "desonradas" por este ou aquele instruendo. Aconteceu pelo menos com dois camaradas meus. Daí se dava o nome de "Casamento na parada".
5 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12678: Manuscrito(s) (Luís Graça) (19): Gostei de voltar a Tavira (Parte II): O quartel da Atalaia (ex-CISMI -Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2014/02/guine-6374-p12678-manuscritos-luis.html
5 de fevereiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12678: Manuscrito(s) (Luís Graça) (19): Gostei de voltar a Tavira (Parte II): O quartel da Atalaia (ex-CISMI -Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria)
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2014/02/guine-6374-p12698-manuscritos-luis.html
Tavira > Quartel da Atalaia > Antigo CISMI, hoje RI 1 > 1 de fevereiro de 2014 > Belo exemplar da nossa arquitetura militar, fica situado na Rua Isidoro Pais. Imóvel classificado como de interesse público, segundo o excelente síio da Câmara Municipald e Tavira,
O Quartel da Atalaia, um dos mais antigos do país, foi começado a construir em 1795, sob o reinado de D. Maria I. Mas a sua construção foi entretanto interrompia e só retomada em 1856 devido á conjuntura nacional desfavorável (ida da corte para o Brasil, invasões napoleónicas, revolução liberal de 1820, guerra civuil de 1828-1834, etc.).
"Com a extinção das Ordens Religiosas, é entregue ao exército o antigo Convento de Nossa Senhora da Graça, que alguns de nós também conheceram. O Quartel da Atalaia, ainda por concluir, serviu ainda de hospital das vítimas de peste de cólera que se abateu sobre a cidade (e grande parte do país, a começar pela capital) em 1833, em plena guerra civil.
Em boa verdade o edifício só ficará concluído nos primeiros anos do século XX, sendo então para lá transferida a guarnição de Tavira. Sofreu alguns alterações funcionais em 1950, 1954 e 1970.
Foto (e legenda): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Foto (e legenda): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Alguns comentários
(i) Eduardo Estrela:
Sobre Tavira, e o sítio onde fizemos os fogos, no último trimestre de 1968, escreveu o Eduardo Estrela o seguinte comentário ao poste P20732:
(...) "Bom dia Luís! É uma alegria enorme ouvir falar da nossa terra com tanto carinho e amor. Obrigado pelas tuas palavras elogiosas. Façamos votos que haja coragem de preservar a autenticidade desta parte do Algarve denominada Sotavento.
Seguindo o percurso da EN 125, no sentido Tavira-Vila Real Sto. António, passamos Conceição de Tavira e, cerca de 3 km mais á frente, há uma estrada à direita que vai ter ao sítio do Lacem. Foi neste sítio, local de confluência dos concelhos de Tavira e Vila Real, que fizemos os fogos reais, numa arriba sobranceira á ria e ao mar. Dista de Cacela Velha em linha recta, mais ou menos 1 km.
O fabuloso tasco da Fábrica era do Costa, onde se comiam todas as iguarias da Ria, com a particularidade de saberem divinalmente. O Costa era compadre do meu sogro, pois era padrinho de baptismo duma das minhas cunhadas. 'O mundo é pequeno e a nossa Tabanca... é grande.' (...)
14 de março de 2020 às 13:13
(ii) Manuel Carvalho:
(i) Eduardo Estrela:
Sobre Tavira, e o sítio onde fizemos os fogos, no último trimestre de 1968, escreveu o Eduardo Estrela o seguinte comentário ao poste P20732:
(...) "Bom dia Luís! É uma alegria enorme ouvir falar da nossa terra com tanto carinho e amor. Obrigado pelas tuas palavras elogiosas. Façamos votos que haja coragem de preservar a autenticidade desta parte do Algarve denominada Sotavento.
Seguindo o percurso da EN 125, no sentido Tavira-Vila Real Sto. António, passamos Conceição de Tavira e, cerca de 3 km mais á frente, há uma estrada à direita que vai ter ao sítio do Lacem. Foi neste sítio, local de confluência dos concelhos de Tavira e Vila Real, que fizemos os fogos reais, numa arriba sobranceira á ria e ao mar. Dista de Cacela Velha em linha recta, mais ou menos 1 km.
O fabuloso tasco da Fábrica era do Costa, onde se comiam todas as iguarias da Ria, com a particularidade de saberem divinalmente. O Costa era compadre do meu sogro, pois era padrinho de baptismo duma das minhas cunhadas. 'O mundo é pequeno e a nossa Tabanca... é grande.' (...)
14 de março de 2020 às 13:13
(ii) Manuel Carvalho:
Também andei por Tavira no verão de 67, 3º turno de Armas Pesadas de Infantaria. Tenho algumas memórias do dia em que fizemos fogo para a ilha de Tavira a partir da costa.O comandante de companhia era o capitão Madeira, natural de Cabo Verde, e de Pelotão era o alferes Chumbinho, exigente mas que nos tratava, com respeito, por "senhor instruendo".
Quando íamos iniciar o fogo de canhão sem recuo 10,6 vimos que estavam na zona dois barcos pequenos com um pescador cada. o Chumbinho disse que resolvia o problema com uma canhoada e resolveu embora um oficial superior que lá estava tivesse dito "não me arranje problemas",
Ainda hoje me rio com a cena dos dois homens a remar cada um para seu lado e nem a recolha do material fizeram.
Na ilha havia um silvado que foi incendiado com uma granada de fósforo e depois apagado com uma normal que atirou areia para cima do lume.Alguém pôs um burnal velho atrás do canhão para vermos o efeito e vimos que não é lugar para se estar.
Também fui dos que escolheram Armas Pesadas a pensar que ficaria mais resguardado mas tinha uma secção distribuída como qualquer Atirador e muitas vezes o Pelotão todo, é a vida.
(iii) Henrique Cerqueira
Tavira... Já aqui comentei que foi a minha pior experiència de vida militar.
Conto assim um pequeno episódio logo na minha receção a Tavira.
Viemos em 1971 os recentes recrutas das Caldas da Rainha para Tavira tirar a especialidade. Como chegamos a Tavira por volta das 21:00 horas já não havia jantar para a malta e então muito "convenientemente" para o exército foi-nos excecionalmente permitido licença de sair até á meia-noite.
Lá formamos uns grupinhos e fomos aos cafés tentar aconchegar o estômago. Num dos cafés alguém da malta tinha no saco uma lata de salsichas e toca a perguntar ao dono do café se nos podia aquecer a lata e nos fornecer pão para acompanhar.
O dono (que por acaso era um Sargento como em quase todo o comércio da altura estava nas mãos de sargentos ou oficiais do Q.P.)então ele logo disse muito solicitamente que sim senhor e que entendia a nossa causa (falta de dinheiro).
Lá comemos as salsichas e torradas de pão de forma e uns sumitos. No final o tal "simpático dono" debita-nos doze cachorros quentes. Nós reclamamos... e a seguir fomos passar o resto da noite á prisão do quartel e fomos obrigados a pagar os tais cachorros.
O Sargento até era do quartel e por mero acaso também tinha uma tasca quase em frente ao quartel que mais tarde vim a descobrir que alguma comida do refeitório era estrategicamente desviada para os petiscos que lá vendiam aos instruendos ...logo se vê.
Enfim naquela altura a maioria dos civis comerciantes ou não viviam as custas dos instruendos e não tinha pejo nenhum em explorar a malta. Em alguns casos até os pais com filhas casadoiras as enfiavam pelos olhos dentro da malta . Não sei se lembram dos "Casamentos de Parada" tão famosos em Tavira.
Pra juntar á "Festa" a grande maioria dos oficiais e sargentos de instrução em Tavira eram desumanos e desrespeitadores (isto para ser brando nos adjetivos ). Creio que hoje em dia será diferente, mas para mim Tavira nunca mais em termos pessoais.
4 de fevereiro de 2014 às 12:29
(iv) José Marcelino Martins
Saudades de Tavira e do Rio Séqua.
4 de fevereiro de 2014 às 14:41
(v) Luís Graça
Henrique: Obrigado pelo teu comentário... Dois meses e meio, em Tavira, na tropa, em finais de 1968, não dão para viver e guardar na memória grandes peripécias, paixões, amizades, acontecimentos galvanizantes, figuras marcantes, lugares...
A instrução era puxada, e o corpinho ressentia-se...
Lembro-me do meu comandante, o tenente Esteves, um típico militar da época.. lembro-me de ouvir falar do Robles e do Trotil, mas não sei se ainda lá estavam nessa altura...
Lembro-me isso, sim, de um filho da puta de um alferes instrutor, dos vellhinhos, algarvio, que nos humilhava, obrigando-nos a chafurdar na merda da feira do gado, enquanto namorava, à janela,, uma gaja da terra...
Lembro-me do idiota do comandante do RI1 (coronel do tempo da guerra do Solnado...) que nos proibiu a inauguração de uma exposição (documental) sobre a a II Guerra Mundial com o argumento, tonto, de que para guerra já bastava a nossa, lá no ultramar...
Lembro-me da velha e anafada prostituta, andaluza, de olho azul, que morava perto do quartel da Atalaia, e que tirava os três aos infantes...
Lembro-me da amázia (?) de um sorja ou de um tenente qualquer que nos acompanhava nos exercícios de campo, vendendo-nos sandochas e bebibas... Acho que tinha uma carroça...
Tavira era triste como era triste o meu/nosso país em 1968... Não sei se lá chorei, mas devo ter rangido os dentes, algumas vezes. De raiva...
Dos "casamentos na parada" ouvi falar, mas não sei se era lenda... Nunca assisti a nenhum, ou então nunca liguei... A verdade é que aquelas miúdas, de sangue fenício, romano e bérbere, eram verdadeiros "lança-chamas"...
Concordo com o teu juízo: os nossos instrutores, na tropa, na época, estavam longe de ser as melhores pessoas do mundo... Acho que merecíamos muito mais e melhor, aqueles de nós a quem calhou, na rifa, a fava da Guiné... Alguns eram mesmo uns pobres diabos, sádicos, prepotentes, mesquinhos, fanfarrões, boçais, incultos... que nem para soldados básicos eu os queria na Guiné...
4 de fevereiro de 2014 às 21:44
(vi) Henrique Cerqueira
Camarada Luís Graça: retratas na perfeição tudo aquilo que se passava na altura. E olha que não me queixo da dureza da verdadeira (?) instrução, mas tão somente de pessoas e te digo mais que houve mais cenas de desumanidade praticadas por instrutores nossos.
Uma das muitas que me aconteceu foi por exemplo em plena serra do Caldeirão eu estar com tanta fome que de noite arrisquei uma sortida junto da cozinha de campanha e apanhei uma terrina com patas de galinha e pescoços (penso que aí no sul lhe chamam de pipis?) que eram para as petiscadas dos tipos e vai daí comi aquilo tudo mesmo cru .
Já para não voltar a falar de humilhações praticadas por oficiais milicianos e sargentos durante essas noites de semana de campo. Ainda hoje com 64 anos e bem vacinado contra comportamentos erróneos eu me arrepio todo e ao ler o teu comentário eu me emocionei.
Infelizmente eu associo Tavira as esses comportamentos selváticos que na altura se praticavam em alguns dos quarteis que nos deveriam transformar em Homens preparados para defender o país. Mas não o fizeram e nada ,absolutamente nada me ensinaram que pudesse aproveitar para a vida militar. Ou seja talvez me tenham apurado muito mais o meu instinto de sobrevivência ,daí eu já ter escrito mais que uma vês que na Guiné eu tudo fiz para "viver e sobreviver ".
Quem quiser que entenda como melhor achar. Luís, desculpa lá mas isto hoje deu mesmo para o desabafo. (...)
4 de fevereiro de 2014 às 22:06
PS - Em relação aos casamentos na parada eu penso que era no sentido figurado. Mas na verdade a malta era obrigado a casar por ordem militar e em Tavira quando os paizinhos se iam queixar que as suas "donzelas" tinham sido "desonradas" por este ou aquele instruendo. Aconteceu pelo menos com dois camaradas meus. Daí se dava o nome de "Casamento na parada".
Agora um aparte. As miúdas Algarvias da altura até que eram tentadoras, lá isso eram .
4 de fevereiro de 2014 às 22:15
(vii) César Dias:
Luis, também eu estive 6 meses em Tavira, recruta na 3ª Companhia e na especialidade de Sapador na 2ª Companhia, e pelos vistos estivemos no mesmo turno, com o tal tenente Esteves do qual me recordo como se divertia ao anunciar á sexta feira os cortes nos fins de semana "o militar é a parte válida do povo e como tal não há fim de semana para ninguém". Eu penso que ficámos retidos algumas vezes porque foi nessa altura que Salazar caiu da cadeira. Sobre esse Alferes, lembro-me que era Algarvio e também dava instrução de provas fisicas ao meu pelotão, deves-te lembrar do meu pelotão, pois andavam todos com um estropo de corda ao ombro, fazia parte da farda. Tudo o que referes avivou-me a memória já muito fraca, mas foi a parte de Tavira que conheci. (...)
4 de fevereiro de 2014 às 23:58
(viii) José Manuel Lopes:
Estive em Tavira, 3 meses. Recordo os bons e maus momentos que lá passei, o alferes Luz, algarvio, que nos deu cabo do coiro e do juizo.
Recordo que estive 3 meses sem ver o meu Douro, meus pais e irmãos, no principio com a desculpa que a Régua era muito longe, e quando o comboio lá chegasse estava na hora de apanhar o de regresso.(ainda havia comboios), depois porque aprendi a gostar do Algarve, das sua praias, da agua quente daquele mar, das lindas meninas queimadas pelo sol e até porque melhorei muito o meu ingles aprendido no liceu. Foi bom e há...!? ainda não tinha 20 anos!!!
4 de fevereiro de 2014 às 22:15
(vii) César Dias:
Luis, também eu estive 6 meses em Tavira, recruta na 3ª Companhia e na especialidade de Sapador na 2ª Companhia, e pelos vistos estivemos no mesmo turno, com o tal tenente Esteves do qual me recordo como se divertia ao anunciar á sexta feira os cortes nos fins de semana "o militar é a parte válida do povo e como tal não há fim de semana para ninguém". Eu penso que ficámos retidos algumas vezes porque foi nessa altura que Salazar caiu da cadeira. Sobre esse Alferes, lembro-me que era Algarvio e também dava instrução de provas fisicas ao meu pelotão, deves-te lembrar do meu pelotão, pois andavam todos com um estropo de corda ao ombro, fazia parte da farda. Tudo o que referes avivou-me a memória já muito fraca, mas foi a parte de Tavira que conheci. (...)
4 de fevereiro de 2014 às 23:58
(viii) José Manuel Lopes:
Estive em Tavira, 3 meses. Recordo os bons e maus momentos que lá passei, o alferes Luz, algarvio, que nos deu cabo do coiro e do juizo.
Recordo que estive 3 meses sem ver o meu Douro, meus pais e irmãos, no principio com a desculpa que a Régua era muito longe, e quando o comboio lá chegasse estava na hora de apanhar o de regresso.(ainda havia comboios), depois porque aprendi a gostar do Algarve, das sua praias, da agua quente daquele mar, das lindas meninas queimadas pelo sol e até porque melhorei muito o meu ingles aprendido no liceu. Foi bom e há...!? ainda não tinha 20 anos!!!