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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Guiné 63/74 - P14205: Historiografia da presença portuguesa em África (56): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte VIII (Mário Vasconcelos): Mais 4 lojas de Bissau, três delas já com telefone















Fotos: © Mário Vasconcelos (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Mário Vasconcelos
1. Continuação da publicação de anúncios de casas comerciais, da Guiné. Reproduzidos, com a devida vénia, de Turismo - Revista de Arte, Paisagem e Costumes Portugueses, jan/fev 1956, ano XVIII, 2ª série, nº 2. (*).

Trata-se de uma gentileza do nosso camarada Mário Vasconcelos [,ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, COT 9 e CCS/BCAÇ 4612/72,Mansoa, e Cumeré, 1973/74; foto atual à direita] que descobriu um exemplar, já raro, desta edição, no espólio do seu falecido pai.

Dos 4 anúncios acima apresentados, registe-se a particularidade de se tratar de lojas já com telefone... [Recorde-se que a moderna sede
dos Correios e Telégrafos data de 1950 e é obra do arquiteto lourinhanense Lucínio Cruz, que pertencia ao Gabinete de Urbanização Colonial]:

(i) Luz António de Oliveira, telefone nº 67

(ii) Mamud ElAwar & Co Lda

(iii) Casa Humberto,. de Humberto Salgueiro Rosa, telefone nº 43

(iv) João Baptista Pinheiro & Irmão, telefone nº 102

Mamud ElAwar, tal como Aly. Souleiman e  Michel Ajouz, já aqui referidos, era então um dos mais conhecidos comerciantes da Guiné, de origem libanesa. O  Salim Hassan ElAwar devia ser seu irmão  (ou membro da família):tinha lojas em Bafatá e Cacine.

Não sabemos se o Mamud ElAwar era muçulmano (provavelmente era, pelo nome e apelido). Já o Michel Ajouz devia ser cristão maronita, por celebrar o natal cristão e ter uísque em casa para oferecer aos militares de Bissorã, como foi o caso do nosso camarada Manuel Joaquim, que passou com ele o natal de 1965.  (Os cristãos maronitas  são cerca de de 3,2 milhões em todo o mundo, obedecem ao Papa da Igreja Católica, mas têm uma liturgia própria; no Líbano, serão um pouco mais de 1 milhão, constituindo mais de 20% do total da população). (LG)

PS - Não sei se este Pinheiro e irmão eram famíliares do nosso camarada Carlos Pinheiro, um dos nossos cicerones de Bissau do nosso tempo. Tenho ideia que o Carlos tinha lá, em Bissau,  uma família de comerciantes, seus parentes. Havia também um Costa Pinheiro, que era um casa importanmte, Enfim, é um assunto que  o nosso camarada pode esclarecer, se assim o entender.

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Notas do editor:

Último poste da série > 26 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14191: Historiografia da presença portuguesa em África (51): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte VII (Mário Vasconcelos): Quem não se lembra da Casa António Pinto ou "Pintosinho". alegadamente a melhor e a mais moderna loja da província ?

Postes anteriores:

24 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14178: Historiografia da presença portuguesa em África (50): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte VI (Mário Vasconcelos): (i) João Said Handem (Gadamael); (ii) Jacinto Maria de Figueiredo Duarte (Bedanda, com filial no Chugué e Cafine); (iii) Michel Ajouz (Bissorã); e (iv) Hipólito da Costa Ribeiro (Fulacunda): compra e venda de mancarra, coconote, óleo de palma, fazendas, miudezas, mercearias...


24 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14178: Historiografia da presença portuguesa em África (50): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte VI (Mário Vasconcelos): (i) João Said Handem (Gadamael); (ii) Jacinto Maria de Figueiredo Duarte (Bedanda, com filial no Chugué e Cafine); (iii) Michel Ajouz (Bissorã); e (iv) Hipólito da Costa Ribeiro (Fulacunda): compra e venda de mancarra, coconote, óleo de palma, fazendas, miudezas, mercearias...

22 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14173: Historiografia da presença portuguesa em África (49): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte IV (Mário Vasconcelos): Há, pelo menos, 6 comerciantes libaneses em Bafatá: Jamil Heneni, Toufic Mohamed, Rachid Said, Fouad Faur, Salim Hassan Elawar e irmão

21 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14169: Historiografia da presença portuguesa em África (48): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte III (Mário Vasconcelos)

20 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14167: Historiografia da presença portuguesa em África (47): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte II (Mário Vasconcelos)

20 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14164: Historiografia da presença portuguesa em África (47): Revista de Turismo, jan-fev 1956, nº especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte I (Mário Vasconcelos)

domingo, 25 de janeiro de 2015

Guiné 63/74 - P14184: Dossiê Os Libaneses, de ontem (e de hoje), na Guiné-Bissau (8): Reencontrei o Michel Ajouz, de Bissorã, perto de Monte Real, cinco a seis anos depois, por volta de 1971/72... Ele andava a fazer termas, e eu na minha vida de delegado de propaganda médica... (Rogério Freire, ex-alf mil art, CART 1525, Bissorã, 1966/67)

1. Comentário de Rogério Freire (ex-alf mil art, minas e armadilhas, CART 1525, Bissorã, 1966/67) (*)

Caro Luís:

Vi a referência ao Michel Ajouz e ao meu nome e não posso deixar de contar uma história do "arco da velha".

Depois de regressar da Guiné, Bissorã, em finais de 1967, iniciei a minha atividade profissional como Delegado de Informação Médica (Propaganda Médica,  à moda antiga).

Uma das minhas zonas de trabalho era a região de Leiria. Num belo dia, creio que de 1971 ou 72, ao sair de Monte Real através do pinhal de Leiria a caminho da Marinha Grande, viajando a 80/90 km à hora, passo por um homem só,  que caminhava em direção a Monte Real e veio-me à memória o Sr. Michel Ajouz.

Fiquei de tal maneira incomodado com a visão que, passados uns bons 5 a 6 Km,  decidi voltar atrás e,  surpresa das surpresas, era mesmo... o Michel Ajouz!... Em pleno Pinhal de Leiria,  a fazer o seu passeio matinal.

Anúncio da casa comercial de Michel Ajouz, 1956 (*)


Foi uma grande alegria, ele lembrava-se perfeitamente de mim e da CART 1525 bem como dos outros alferes, o Rui, o Oliveira e o Silva bem como do Capitão Mourão [ Jorge Manuel Piçarra Mourão,]  que era ocasionalmente seu parceiro de bridge.

Fiquei a saber na altura que vinha às Termas de Monte Real à procura de alívio para as suas maleitas e depois de um grande abraço nos separámos.

Foi um dqueles acasos ... em pleno Pinhal de Leiria quem me diiria vir-me a encontrar com o Michel Ajouz, de Bissorã,  5 a 6 anos depois? (**)

E como dizia o nosso Pessa ..." E esta,  hem???!!!". 

(**)  22 de setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13639: Dossiê Os Libaneses, de ontem (e de hoje), na Guiné-Bissau (7): Vermeer teria gostado de pintar as libanesas de olhos verdes... (Valdemar Queiroz, ex fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)