Caros companheiros.
Como eu gosto, um pouco à balda, recuperei uns quantos comentários e estou a apresentá-los como rescaldo do nosso IV Encontro.
Devem ter reparado no meu silêncio, apenas ocasional, já que pedi ao Luís dispensa de publicação de postes referentes ao Encontro, para tentar recuperar tempo perdido, desculpem, ganho, a organizar o Encontro.
Aproveito para recusar todas as injustas acusações de que fui alvo, acusado de ter sido o maior responsável pela organização do Encontro. Na verdade, não fosse o Mexia Alves no terreno, bem podíamos ir todos abonados de Ração de Combate, como então se dizia.
Foi bom o Convívio, mas melhor foi no fim receber as vossas amáveis palavras de parabéns. Se com elas queriam dizer, continuem, já que estamos embalados, OK, tudo bem.
Mas atenção, aceitam-se voluntários para a organização do próximo evento, mais ou menos no centro do nosso rectângulo português. Apareçam e façam melhor, é possível.
Sem seguir a cronologia ou a importância dos intervenientes, aqui ficam alguns comentários.
1. Henrique MatosCaro Luís e co-editores
Ainda o IV Encontro Nacional do Nosso Blog
Regressado à base já tenho em dia o que muito se escreveu no Blog nestes 15 dias de ausência. Sobre o nosso encontro está quase tudo dito, mas falta referir a tertúlia que se formou com os que pernoitaram em Monte Real.
Foi assim que, superiormente comandados pelo camarigo Mexia Alves, nos juntamos numa esplanada e continuamos a conversa por largas horas.
Foi muito agradável conhecer mais de perto os novos nestas andanças, Miguel Pessoa, Giselda e o Jorge Rosales e ter mais à mão o casal Vinhal.
Pena que ninguém se lembrou registar para a posteridade estes resistentes.
Junto uma fotografia de um trio que se entende muito bem. Eu no meio de dois Jorges: Cabral, o maior de Missirá e Rosales, por aquilo que já percebi, o maior de Porto Gole.
Abraço de gratidão aos organizadores e ao pessoal da tabanca.
Henrique Matos
2. Jorge CabralAmigos!
Pela quarta vez o nosso Encontro aconteceu. E aconteceu Alegria! Aconteceu Amizade! Aconteceu Magia!
O que nos leva quarenta anos volvidos a comungar este profundo sentimento de Camaradagem? De que temos Saudades?
Não da fome, não da sede, não do medo, nem dos tiros, nem das minas. O que recordamos é um Tempo de Fraternidade, de Partilha, de Solidariedade. Um tempo em que éramos naturalmente Camaradas, Amigos e Irmãos.
Hoje somos todos Homens diferentes. Fizemos os nossos percursos, assumimos opiniões distintas, temos diversas posições políticas. Porém, tudo isso se anula, nestes nossos Encontros Mágicos, porque o que nos separa se transforma em supérfluo, perante o Tudo que nos une. E há, claro... a Guiné, essa terra
que primeiro se estranha e depois se entranha para usar o slogan do Poeta.
Amigos!
Obrigado a Todos e juro que o Alfero Cabral comparecerá Sempre, armado de Alegria e com o bornal carregado de Abraços.
Jorge Cabral
Ps.: Fado no Mato Cão? Alinho já!
3. José Manuel Matos DinisCamaradas, (de ambos os géneros, na medida em que já há muitas Senhoras a encostar as caras aos maridos em frente dos monitores).
Como refere o Luis, o blogue é grande!
Vejam só: frequentei um colégio que um camarada nosso, mais avançado que eu na idade, também frequentou. Lembro-me dele, de casaco aperaltado e porte elegante.
O seu irmão Zé era da minha turma. Depois, já eu era rapaz para 18/19 anos, ainda jogámos à bola. Ele era craque, tinha pontificado na mais simpática equipe daquele tempo, a Académica. Eu jogava a ponta, que era um sítio de que ninguém se lembrava. Se a bola passava por mim, chutava para onde estava virado. Se a parava e queria fazer um bonito, tropeçava, atrapalhava-me, e os companheiros tratavam-me do piorio.
O Rosales era um Senhor. Grande sentido estratégico, grandes aberturas, noção total do campo, era um doutor no E.P. fino e muito respeitado, com um jogo tranquilo, de quem apreciava a bola e evitava pontapeá-la.
Moramos a dois passos, mas nunca mais o vi, julgo eu.
A Ortigosa proporcionou o encontro. Apesar de umas diferençazitas do ponto de vista estético, ficou combinado aparecermos a treino.
Abraços
J. Dinis
4. Santos OliveiraEsfumaram-se e desmistificaram-se muitos dos meus mitos. Aqui, foi tudo real.
Encontrei a cumplicidade que vivi nos buracos onde dormi pela Guiné; também dei umas quantas voltas à Sala para testemunhar, a mim mesmo, que era real o que se me apresentava.
Calculo não ter dado uma palavra a cada um (lamento-o) mas as que troquei, foram-me extremamente valiosas e recompensadoras. Encontrei alguém, que como eu, também não tem identidade (militar)e que igualmente tenta sobreviver a essa revolta. Encontrei, encontrei, encontrei...
Emocionei-me, mas vivi este Dia, não como mais um, mas como O DIA.
Parabéns ao Luis, parabéns a toda a Equipa Organizadora... destacando os que assumiram o papel de
Judas que arrecadavam a
massa.
Bem Hajam!
Santos Oliveira
5. Manuel AmaroParabéns aos organizadores.
Parabéns aos músicos e aos cantores.
Obrigado Luís Graça.
Estes convívios, toda esta organização, está muito para além, de todos os ditos, escritos e filmes, sobre a dita guerra 1963/74.
Eu consegui ouvir fado, mesmo com uma sala ruidosa, eu consegui conversar com pessoas que sabia que existiam, mas com quem nunca tinha falado.
Eu realizei duas voltas à sala com o único objectivo de verificar o nível, a intensidade do convívio, bem como o ar de felicidade dos participantes.
Cheguei a emocionar-me.
E depois, além da Guiné, há tantos pontos de contacto... então esse jovem é teu filho?... estiveste nesse casamento?... A Lena foi minha aluna... este Portugal é uma aldeia...
E nós, todos nós, transportamos essa riqueza, que existe sem se ver e que se solta quando menos se espera... nestes convívios.
Um Abraço
Manuel Amaro
6. Torcato MendonçaFui ver o
poste de cima já com 15 comentários. Safa. Antes de abrir vi a 1.ª foto deste.
É um Hino à Alegria; à boa disposição, à felicidade. É um exemplo a ser seguido num afasta azedumes. O Carlos dá o exemplo e a sua Dina corrobora. Este Editor e os outros parecem ter sido escolhidos a dedo pelo Editor - Mor. Exemplos... que os Ajudantes de ocasião igualam...
O Carlos, sabendo eu ter dito:
- Só ponho ao meu peito a Bandeira do meu País, (o Miguel pessoa enviou os
crchats, agradeci e mandei fazer. Coloquei o meu na Ortigosa).
já no decorrer do almoço aparece o Carlos Vinhal junto de mim e diz:
- Como só colocas ao peito a nossa Bandeira mas gostas da Guiné, trouxe-te este novo
crachat.
Igual ao anterior só que a bandeira da Guiné fora substituida pelo mapa daquele País. Está guardado junto das recordações agradáveis como o fruto de um Amigo que trata a Vida com amor, alegria e solidariedade. De bem com ela.
É com este espirito que o Blogue tem que continuar. Se um fulano se azeda, olha para a foto do Vinhal que o Luis Graça tirou, pensa na idade de uma das Senhoras que acompanhava o Virgínio Briote ou a boa disposição do MR e, com exemplos destes eu digo:
- Obrigado Camaradas, companheiros que um dia estiveram na Guiné e um dia um de vós - o Luís Graça - fundou um blogue, outros o seguiram e geraram um espaço onde o calor humano, a amizade têm lugar, além dos eteceteras que só os Homens, certos homens, conhecem... o menos bom bate na parede com o efeito do Lion Brand da indiferença e estrebucha até se finar...
Obrigado a Vocês e um abraço do Torcato.
7. Luís GraçaAh! Grande Pira de Mansoa! Grande Eduardo! Grande MR! Grande Amigo e Camarada! Grande Co-editor!... E, por que não? Grande Ranger!
Gostei tanto da prosa como do verso. Vejo que estiveste inspirado e transpirado na escrita, possivelmente com uma ajudinha do São João que no Porto tem outro encanto.
Pois é, meu querido amigo e camarada, nunca é fácil falarmos de nós, das nossas emoções, sentimentos, atitudes, comportamentos!... Mas tu ousaste e conseguiste-o... Gostei muito do teu poste, da tua crónica... Para além de outras qualidade e atributos que possuis, és um bom observador... Está lá tudo, ou quase tudo, no teu texto sobre a Operção Ortigosa.
No sábado, fiquei logo esperançado que voltasses à escrita poética, quando te vi com o Cancioneiro de Mansoa na mão, distribuindo cópias em papel aos camaradas presentes!...
No meio deste tabancal imenso, faltou-nos tempo para dar um pouco mais de atenção a todos e cada um dos nossos amigos e camaradas... Contigo falei dois ou três minutos, com a tua Fernanda, que conheci ali mesmo, até menos do que isso... É indecente. Mas espero que ambos me perdoem.... 130 criaturas de Deus a divir por seis horas e picos, dá 20 cabeças por hora, 3 minutos
per capita... Por muito boa vontade, que tu, eu, o Virgínio, o Carlos, o Joaquim e o Miguel tivessem não chegávamos para todas as encomendas...
O mais importante foi sentir que toda (ou quase toda) a gente se sentiu em casa... É o melhor elogio que se pode fazer desta ideia de Tabanca Grande, sem portas nem janelas, sem barreiras arquitectónicas e outras (sociais, políticas, ideológicas, culturais, étnicas, psicológicas, etc.).
Obrigado pelo teu contributo, obrigado pelo que sacrificaste do teu tempo em prol do bem comum... Obrigado por compreendares e concretizares o espírito do blogue...
Luís
8. António G. MatosChegou a altura não dos arrependimentos, tão pouco de frustações mas a altura de dirigir umas palavras a todos aqueles que, pela organização ou pela mera presença, levaram ao sucesso o Encontro Nacional do Nosso Blog, edição 2009.
Só fazem falta os que estão presente, diz-se, e nesse sentido constato que a minha vida, não me permitindo estar fisicamente na Ortigosa, não me possibilitou o contacto directo, cara-a-cara, com os 129 camaradas que não conheço.
Não, não é engano! Dos 130 presentes, eu conheço o Raul Albino ...
A vida é mesmo assim e um compromisso que me deveria ocupar até à 1 da tarde, de atraso em atraso, libertou-me cerca das 18 horas inviabilizando de todo a minha deslocação ao evento.
Fiquei-me pelo telefonema que consegui com o Mexia Alves, transmitindo-lhe um abraço extensivo a todos os outros.
António Matos
9. Carlos ValentimAinda não tinha expressado, aqui, o meu sincero e fraterno agradecimento pela forma como fui recebido, juntamente com a minha companheira, no Vosso IV Encontro Nacional. Não conseguirei expressar a minha dívida de gratidão, e o meu agradecimento profundo pela forma como nos acolheram. Muito Obrigado!!!
Hoje vou inaugurar um novo espaço museológico na Escola Naval, do qual sou director. A porta está aberta a todos!
Após este período, em que tenho que lançar notas finais dos alunos, e "limpar" o que falta para findar mais um Ano Lectivo, espero enviar a breve trecho um pequeno artigo sobre Teixeira da Mota e a Guiné dos "loucos" anos de 1969 e 1970, para o vosso, nosso blog, que não pára de aumentar em visitantes e factos interessantes.
Parabéns a todos, que todos os dias, a cada instante, realizam e fazem este espaço de amizade, com muita luz e côr.
Um abraço amigo,
Com amizade,
Carlos Valentim
10. Houve ainda camaradas que no decorrer do Convívio se nos dirigiram.A mim directamente por telefone ou mensagem: Luís Borrego, Hélder Sousa, Paulo Santiago e Luís Faria, que deixaram um abraço para todos os presentes e a certeza de que tudo fariam para estarem presentes no próximo Encontro.
11. Aproveito para deixar mais umas fotos ainda não vistas
Germana, esposa do Carlos Silva, fardada a preceitoBelarmino Sardinha e Torcato Mendonça posam para a câmaraCasal Lígia Maria e David Guimarães sempre presentes nos nossos EncontrosOutro casal que nunca diz não aos nossos Convívios, Fernando Franco e Margarida. Alheia ao fotógrafo, Graciela, esposa do camarada António SantosUm abraço sentido entrs os camaradas Graça de Abreu e Juvenal AmadoMagalhães Ribeiro, Vasgo da Gama e Santos Oliveira, unidos por um abraçoO nosso camarada Torcato Mendonça acompanhado de sua esposa Ana de LourdesNesta foto, um casal de operacionais. Isabel acompanhou o marido António José Pereira da Costa por terras da Guiné, tendo estado inclusive em MansabáJorge Cabral, uns dos camaradas mais carismáticos da nossa Tertúlia, autor da série Estórias CabralianasJuvenal Amado, um camarada com quem tive oportunidade de ter uma longa conversa.José Carlos Neves, Fernando Oliveira e esposa Maria Manuela. O primeiro meu companheiro de trabalho e o segundo meu vizinho dos tempos de juventude.José Eduardo Alves, esposa Maria da Conceição; Elisabete e marido Ribeiro Agostinho; dois casais idos de Leça da Palmeira.__________
Nota de CV:
Vd. último poste da série de 30 de Junho de 2009 >
Guiné 63/74 - P4607: III e IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (16): Micro-filme com imagens de Monte Real (dias 17Maio2008 e 6Junho2009)