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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21324: Blogpoesia (694): poemas para dizer em voz alta, em casa, na varanda, na rua, ou à beira-mar, em tempos de pandemia: António Gedeão, Li Bai, David Mourão Ferreira e Viriato da Cruz (seleção de Mário Gaspar, António Graça de Abreu, Mário Beja Santos e Luís Graça respetivamente)

Lisboa > Bairro da Graça > Festival Todos 2019 > 29 de setembro de 2019 > Janelas. 

Foto (e legenda);  Luís Graça (2019)


Janelas de Lisboa

Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.

Por uma entra a luz do sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas,
que andam no céu a rolar.

Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza,
que inunda de canto a canto.

Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.

Todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!

Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.

[Seleção de Mário Vitorino Gaspar, 
1/9/2020, 23h24. Sem indicação de fonte]

   


O poeta Li Bai (China, séc. VIII), "bebendo ao luar". 
Foto: origem desconhecida.  Cortesia:
facebook de António Graça de Abreu

Bebendo ao luar

por Li Bai [701-762]

Tradução de um dos mais famosos poemas de Li Bai,  por António Graça de Abreu
 

月下獨酌
花間一壺酒
獨酌無相親
舉杯邀明月
對影成三人
月既不解飲
影徒隨我身
暫伴月將影
行樂須及春
我歌月徘徊
我舞影零亂
醒時同交歡
醉後各分散
永結無情遊
相期邈雲漢

Um jarro de vinho entre as flores,
bebo sozinho, sem amigos.
Levanto o copo e convido o luar,
com a minha sombra somos três.
Ah, mas a Lua não sabe beber,
a sombra só sabe acompanhar meu corpo.
O luar por amigo, a sombra por escrava,
vamos todos fruir a Primavera, festejar.
Eu canto e passeiam no ar
os raios de luar.
Eu danço e volteia no espaço
a sombra de mim.
Lúcidos, nós três desfrutámos prazeres suaves,
bêbados, cada um segue seu caminho.
Que possamos repetir muitas vezes
nosso singular festim
e nos encontremos, por fim,
na Via Láctea.


[ Seleção: Anjos Silva Mendes | António Graça de Abreu, 
26/8/2020, 23h12]

 

Adiamento

por David Mourão-Ferreira [1927-1996]

Olhar-te bem nos olhos: que voragem!
Ouvir-te a voz na alma: que estridência!
É tão difícil termos coragem
de nos vermos enfim sem complacência.

É tão difícil regressar de viagem,
e descobrir no rastro tanta ausência…
Mas os meus olhos, súbito, reagem.
À tua voz chega o silêncio e vence-a.

Nos pulsos vibra ainda o mesmo rio
que no delta dos dedos se extasia
e moroso reflui ao coração.

O gesto de acusar-te? Suspendi-o.
Mas foi só aguardando melhor dia
em que tenha lugar a execução.

David Mourão-Ferreira
in, “Obra poética” a págs. 171/172
Editorial Presença, lISBOA, 2001

[Seleção: António Beja Santos, 

27/08/2020, 19:14]


















Maqueso, "makèzú", noz de cola... Cortesia de 

Makèzú


makèzú

— «Kuakié!... Makèzú, Makèzú...»

..........................................................

O pregão da avó Ximinha

É mesmo como os seus panos,

Já não tem a cor berrante

Que tinha nos outros anos.

 

Avó Xima está velhinha

Mas de manhã, manhãzinha,

Pede licença ao reumático

E num passo nada prático

Rasga estradinhas na areia...

 

Lá vai para um cajueiro

Que se levanta altaneiro

No cruzeiro dos caminhos

Das gentes que vão p’ra Baixa.

 

Nem criados, nem pedreiros

Nem alegres lavadeiras

Dessa nova geração

Das «venidas de alcatrão»

Ouvem o fraco pregão

Da velhinha quitandeira.

 

— «Kuakié!... Makèzú, Makèzú...»

— «Antão, véia, hoje nada?»

 

— «Nada, mano Filisberto...

Hoje os tempo tá mudado...»

 

— «Mas tá passá gente perto...

Como é aqui tás fazendo isso?»

 

— «Não sabe?! Todo esse povo

Pegô um costume novo

Qui diz quê civrização:

Come só pão com chouriço

Ou toma café com pão...

 

E diz ainda pru cima,

(Hum... mbundo kène muxima...)

Qui o nosso bom makèzú

É pra veios como tu».

 

— «Eles não sabe o que diz...

Pru quê qui vivi filiz

E tem cem ano eu e tu?»


— «É pruquê nossas raiz

Tem força do makèzú!...»


In: Viriato da Cruz, "Poemas", 1ª edição. Lisboa, Casa dos Estudantes do Império, Colecção de Autores Ultramarinos, 1961

[ Seleção: Luís Graça, 4 set 2020;  "maquezo", do quimbundo  makezu, plural de dikezu, noz de cola,  fruto mascado ou de que se faz uma bebida; fruto sagrado na cultura bantu]

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segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Guiné 61/74 - P20171: Fotos à procura de... uma legenda (118): Seleção das minhas fotos do Festival Todos 2019... Parte I: enquanto vou ali e já venho (Luís Graça)



Foto nº  78


Foto nº 54


Foto nº 252


Foto nº 386


Foto nº 199


Foto nº 19



Foto nº 15 

Foto nº 5


Foto nº 548


Foto nº 543

 

Foto nº 82


Foto nº 181

 

Foto nº  35



Foto nº 36

 

Foto nº 32

Foto nº 37


Foto nº 24


Foto nº 561



Foto nº  549


Foto nº 560


Festival Todos 2019, Lisboa, São Vicente: Largo da Graça e imediações


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Há mais de meio século que conheço Lisboa. Ou penso que conheço. Trabalhei e vivi aqui. Vim a Lisboa pela primeira vez aos oito anos, Mas Lisboa surpreende-me sempre que a revisito, com tempo e vagar. 

O Festival Todos, desde 2009, tem funcionado, para mim, como uma caixinha de surpresas, nesse aspeto. Permite-me o acesso a lugares e a gentes da cidade que nos são menos familiares, a começar pela Mouraria e a acabar agora pela Graça...

Enquanto vou ali e já venho (, espero, já na 4ª feira), deixo-me com as minhas fotos, ou uma seleção  das  570 que fiz este fim de semana... Ficaria lisonjeado se as quiserem comentar. Amanhã vou estar no estaleiro, de papo para o ar. Espero voltar, melhor do joelho. Até 4ª ou 5ª... Alfabravo, Luís.

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Nota do editor:

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Guiné 61/74 - P20162: Agenda cultural (702): Festival TODOS 2019: "A rapariga mandjako": hoje às 21h00, amanhã às 20h00, na Escola Básica de Santa Clara, Campo de Santa Clara, 200, São Vicente, Lisboa

Sugestão do editor LG (*)

Festival TODOS 2019 > Teatro > Escola Básica de Santa Clara > Campo de Santa Clara, 200 / 200E

Datas > 20 set 21h; 21 set 20h >  Entrada livre




A RAPARIGA MANDJAKO.
espetáculo de Rui Catalão e Joãozinho da Costa

Sinopse:

 A rapariga mandjako 
De Rui Catalão, com Joãozinho da Costa
Dramaturgia e encenação: Joãozinho da Costa e Rui Catalão
Luzes: João Chicó
Produção: [PI] Produções Independentes
Coprodução: Câmara Municipal da Moita / Centro de Experimentação Artística; Fiar – Festival Internacional de Artes de Rua

[PI] Produções Independentes é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.

“Cuida da tua irmã.” Joãozinho da Costa cresceu em plena guerra civil e tinha 11 anos quando deixou Bissau, na sequência do golpe de Estado que derrubou o governo de Kumba Yalá. Veio com os irmãos para Portugal, onde se juntou ao pai, e nunca mais voltou. 16 anos depois, convidei-o para regressar a esses anos de transição entre dois mundos, entre duas idades e logo na primeira semana de trabalho ele anunciou-me que ia regressar à Guiné para visitar a mãe. É a primeira vez que irá revê-la, desde que veio para Portugal. O mais espantoso foi ter-me dito que durante estes anos todos nunca lhe ocorreu regressar.

A frase de despedida da mãe – “cuida da tua irmã” – ainda hoje ressoa na sua memória. Porque é que ela lhe disse semelhante coisa, quando o Joãozinho era ainda uma criança, pouco maior do que a irmã, e tinha até irmãos mais velhos? O que viu a mãe nele para lhe legar essa responsabilidade?

“A rapariga mandjako” relata o despertar de Joãozinho para a consciência de si mesmo e das suas acções, a partir do momento em que o pai lhe faz uma proposta de noivado com uma rapariga da sua etnia. A sua recusa leva-o a aproximar-se de outra rapariga que conhece no Vale da Amoreira, e que lhe é apresentada como “Jennifer Lopez”.

Essa rapariga vai encaminhá-lo por um labirinto de identidades e estados emocionais, em que ele se esquiva das tradições e superstições da cultura mandjako e procura integrar-se nos padrões de comportamento da vida moderna. Até finalmente descobrir, no verso de um Bilhete de Identidade, que a rapariga mandjako de que ele julgava fugir é a mesma rapariga moderna que ele julgou encontrar.

“A rapariga mandjako” é o terceiro solo que faço com intérpretes do Vale da Amoreira, depois de “Medo a caminho” com Luís Mucauro e “Adriano já não mora a aqui”, com Adriano Diouf. Recolha de memórias pessoais desde a infância, as três peças centram-se no crescimento dos protagonistas, e de como fizeram a transição da juventude para a idade adulta.


Joãozinho da Costa trabalha comigo desde que nos conhecemos em 2016, num workshop organizado no CEA - centro de experimentação artística da Moita. Desde então vem participando em todas as minhas peças colectivas: “E agora nós”, “Jornalismo amadorismo hipnotismo” e “Último Slow”, assim como prestações pontuais em “Judite” e “Assembleia”. [Rui Catalão]

Fonte:  Produções Independentes  > A rapariga mandjako (com a devida vénia...)
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Guiné 61/74 - P20159: Agenda cultural (701): Festival TODOS 2019: Lisboa, São Vicente, 19-22 setembro: "Avizinhar o mundo". Uma mão cheia de eventos este fim de semana: arte urbana/instalação, cinema, culinária do mundo, dança, encontros / experiências / conversas / performances, fotografia, música, novo circo, teatro, visitas guiadas...

Capa do programa > Cortesia do sítio da
Câmara Municipal de Lisboa
1. Somos fãs de (e apoiamos) este festival  (vd. referências no nosso blogue), numa cidade (e num país) em cuja matriz histórica e cultural estão a descoberta, a aproximação  e o acolhimento do(s) outro(s).  

Aqui ficam sugestões para este fim de semana para quem tiver pernas para andar, olhos para ver, ouvidos para ouvir, boca para falar, tacto para tocar, olfacto para cheirar, gosto para saborear, imaginação para descobrir, coração para acolher e amar, razão para compreender, enfim, corpo e alma para "avizinhar o mundo"... Porque "avizinhar o mundo é preciso"... Oxalá, inshallah, enxalé... a gente ainda vá tempo!...

Eu lá estarei, eu e a Alice, entre os "vizinhos" e "fregueses" de São Vicente mesmo que 3ª feira eu vá à faca: tenho uma artroscopia programada. No joelho esquerdo... Sequelas da vida, das andanças, da idade, quiçá da guerra... Boa saúde, bom fim de semana.  LG

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O TODOS - Caminhada de Culturas celebra, desde 2009, Lisboa como cidade intercultural através das artes performativas contemporâneas. Este ano, é a 11ª edição do festival.

Promovido entre a Academia de Produtores Culturais e a Câmara Municipal de Lisboa, o TODOS tem contribuído para a destruição de guetos territoriais associados à imigração, convidando os públicos ao convívio entre culturas de todo o mundo, na capital portuguesa.


Datas: de 19 (quinta-feira)  a 22 (domingo) de setembro de 2019
Locais: Lisboa: Graça, São Vicente e Santa Engrácia: 
Rua Voz do Operário / Campo de Santa Clara, 
Largo da Graça / Miradouro Sophia de Mello Breyner Andresen
Rua da Graça / Jardim  Cerca da Graça

TODOS 2019 | avizinhar o mundo

PROGRAMA COMPLETO EM PDF 
PARA DOWNLOAD AQUI

TODOS 2019 > Editorial (reproduzido com a devida vénia...)

Conhecemos a D. Conceição, moradora na Graça, num almoço em Lisboa com a comunidade filipina. Perguntámos-lhe o que ali fazia e respondeu-nos: “Há anos atrás o meu marido ficou muito doente e quem me ajudou a cuidar dele foram duas vizinhas nossas, filipinas. A minha gratidão para com estas vizinhas tornou-me próxima delas e sempre que posso venho almoçar e celebrar a vida com esta comunidade”. A compaixão e o amor, a atenção e o cuidado para com o outro, aproximaram estas mulheres de origens, culturas e línguas tão diversas. Um exemplo perfeito da urgência em avizinhar o Mundo.

Recuperada e soprada aos quatro ventos nesta 11.ª edição do TODOS, a palavra avizinhar, antiga e algo esquecida, é rica em significados: tornar vizinho, aproximar, estar perto. É isso que desejamos a cada ano e com cada vez maior intensidade – avizinhar-nos do Mundo a partir da janela da nossa casa, a partir da nossa rua, que não queremos jamais despojada de vizinhos. Pois será no abraço ao outro, bem como naquele que dele recebemos, os dois desejavelmente acolhedores e cúmplices, de gente que se conhece no território do quotidiano, que depositamos a esperança na nossa própria humanidade.

A programação deste ano celebra uma das ideias e palavras-chave do TODOS: o outro. Mas não um outro abstrato, não: o outro que está mesmo aqui, tão próximo e tão semelhante. Qualquer que seja a sua cultura de origem e/ou antiguidade no território que partilhamos, o vizinho é o semelhante mais próximo, aquele com quem o diálogo é uma feliz inevitabilidade. O TODOS de 2019 é, assim, e por excelência, um lugar de encontro entre os moradores e os trabalhadores de São Vicente e as populações estrangeiras que ali possam chegar, de modo a reforçar, ou a criar, se possível, sempre que possível, laços de vizinhança.

A partir de inquietações transversais a todas as culturas, propomos momentos artísticos e de convívio propícios ao avizinhamento entre pessoas muito diferentes entre si mas comuns caminhantes nesta nossa cidade. A partir das palavras dos poetas e do “eu poético” que habita em cada um de nós, ponderamos a Liberdade, o Racismo, a Fraternidade, a Paz, a Viagem. Num mundo repleto de imagens há que escutar as palavras, ainda assim. Escutámo-las. As palavras de desabafo, as palavras das canções (incluindo as de embalar), as palavras dos diários, as palavras das entrevistas que fizemos a centenas de pessoas de várias origens e idades.

De entre as muitas e variadas histórias que nos contaram, umas mais sussurradas que outras, a água, a seca, a fome e as doenças, mas também os direitos das mulheres, o direito ao trabalho, a liberdade, as guerras e as perseguições étnicas, emergem como preocupações principais de gentes dos quatro cantos do Mundo. Por essas questões se mata, se casa, se foge, se ama e se odeia; se imigra, se emigra, se viaja e se pede asilo político, se caminha em busca de um qualquer eldorado, esteja ele onde estiver.

Somos, cada vez mais, uma Humanidade de viajantes, de caminhantes movidos por anseios de aventura, de felicidade, de prosperidade, de futuro, por vezes perseguindo coisas aparentemente simples como a paz, um teto, trabalho, dignidade. Caminhamos pelo Mundo com garrafas de plástico eterno que nos vão sobreviver, na esperança da própria esperança, sonhando com uma vida nova, noutro lugar, onde estão ou por onde passam pessoas iguais a nós, ou parecidas, ou então muito diferentes, de quem é preciso avizinharmo-nos. O TODOS dá uma mãozinha, a partir de São Vicente.

Vd. também página do Facebook do Todos
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Nota do editor:

Último poste da série > 9 de setembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20136: Agenda cultural (700): Convite para a sessão de autógrafos do livro "A Minha Guerra a Petróleo", da autoria de António José Pereira da Costa, dia 13 de Setembro de 2019, pelas 14h00, na Feira do Livro do Porto patente nos Jardins do Palácio de Cristal (António José Pereira da Costa)

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19032: Agenda cultural (649): Festival TODOS 2018: Lisboa, São Vicente, de 20 a 23 de setembro


Lisboa > São Vicente > Campo de Santa Clara > Oficinas Gerais de Fardamento do Exército (OGFE) > 20 de setembro de 2018, 19h00 > Início da 10ª edição do Festival Todos > Atuação do grupo de batucadeiras de Cabo-Verde "Ramedi Terra" (, que pertence à Associação de Mulheres Cabo-Verdianas na Diáspora em Portugal). Seguiu-se a abertura da exposição sobre as pessoas e a realidade do bairro de São Vicente, e o lançamento do livro TODOS (sinopse fotográfica das anteriores edições, de 2009 a 2017,), livro de distribuição gratuita. Houve depois um "cocktail de sabores do mundo", da Guiné-Bissau ao Bangladesh... Tudo no edifício da OGFE.

Foto: © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Festival TODOS 2018: 

"Criado em 2009, o TODOS-Caminhada de Culturas tem afirmado Lisboa como uma cidade empenhada no diálogo entre culturas, entre religiões e entre pessoas de diversas origens e gerações. O TODOS tem contribuído para a destruição de guetos territoriais associados à imigração, abrindo toda a cidade a todas as pessoas interessadas em nela viver e trabalhar."




Recortes com a devida vénia do sítio oficial do TODOS 

Programa de ontem:

  • 19h - 20h30 : Abertura da 10ª Edição do Festival nas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento (Campo de Santa Clara) com Cocktail de sabores do mundo, inauguração da exposição de fotografia "São Vicente de Fora por dentro", actuação do grupo de batucadeiras de Cabo-Verde "Ramedi Terra" e lançamento do livro “TODOS”.

• 20h30 – "Vala Comum" (Teatro) de Andresa Soares na Escola Básica de Santa Clara - espectáculo pago (3€)

  • 21h00 – "Viagem Sentimental" (Dança Contemporânea) de Francisco Camacho na Casa dos Gessos do Museu Militar - espectáculo pago (3€)

• 22h00 – Orquestra Todos (Música) na Voz do Operário - Entrada livre

• 23h00 – Rita Só (DJ set) no DAMAS - Entrada livre

Fonte: Página do Facebook do TODOS


Nota do editor LG:

São 3 ou 4 dias que não perco, todos os anos, desde 2009. Vale a pena e recomendo este evento (que de  3 em 3 anos muda de cenário dentro da cidade de Lisboa: Martin Moniz / Intendente / Bem Formoso (de 2009 a 2011); Poço dos Negros / São Bento / Santa Catarina (de 2012 a 2014); Colina de Santana / Campo Mártires da Pátria (de 2014 a 2017).

 Para além da descoberta (e aprofundamento do conhecimento) das diferentes culturas e povos que vivem em Lisboa (, nas escolas do ensino básico da Grande Lisboa é possível encontrar hoje dezenas de diferentes etnias, da Guiné-Bissau ao Nepal, da China ao Brasil), o festival TODOS tem sido para mim (e para a Alice Carneiro) uma (re)descoberta da Lisboa, muitas vezes escondida (ou mesmo inacessível) aos olhos dos próprios lisboetas e dos seus visitantes.

Ontem, por exemplo, fomos aos eventos assinalados, acima,  a negrito.  Nunca tínhamos entrado, por exemplo,  na OGFE e muito menos na famosa Sala do Gesso, do Museu Militar... Em anos anteriores, por exemplo, na Colina de Santana, a Academia Militar abriu as suas portas aos participantes do TODOS. Diversos oficiais superiores das OGFE e do Museu Militar participaram, este ano,  na cerimónia de abertura do evento.

O festival proporciona fantásticas visitas guiadas pelos sítios onde decorre: este ano, em São Vicente. Ponto de encontro: jardim Botto Machado, no Campo de Santa Clara, junto à Feira da Ladra.
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Nota do editor:

Último poste da série > 4 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P18984: Agenda cultural (648): lançamento do livro "Moçambique: guerra e descolonização, 1964-1975", de Manuel Bernardo, na biblioteca municipal de Faro, dia 18 de setembro de 2018, pelas 18h00

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17745: Agenda cultural (582): Festival TODOS, 9ª edição: 8, 9 e 10 de setembro: Lisboa, Campo de Santana... Lisboa, cidade aberta e intercultural





Criado em 2009, o TODOS-Caminhada de Culturas:

(i) tem afirmado Lisboa "como uma cidade empenhada no diálogo entre culturas, entre religiões e entre pessoas de diversas origens e gerações"; 

(ii) tem contribuído para "a destruição de guetos territoriais associados à imigração, abrindo toda a cidade a todas as pessoas interessadas em nela viver e trabalhar."

O evento apresenta um vasto programa intercultural e multidisciplinar, uma caminhada de culturas, onde não faltam:
  • a gastronomia, 
  • o teatro,
  • a música, 
  • a dança, 
  • a fotografia, 
  • os graffitti, 
  • e as visitas guiadas.

O coração da celebração da interculturalidade nesta 9ª edição do festival será a
 Colina de Santana / Campo dos Mártires da Pátria:
  • Antigo Hospital Miguel Bombarda e espaços vizinhos;
  • Rua Luciano Cordeiro;
  • Jardim do Campo de Santana;

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16509: Os nossos passatempos de verão (15): jardim e miradouro do Torel, na colina de Santana, em Lisboa, simplesmente uma das mais belas e amigáveis cidades do mundo



Lisboa > 9 Setembro de 2016 > Colina de Santana > Jardim e miradouro de Torel > Vista sobre a baixa e o estuário do Rio Tejo (1): à direita,  o elevador de Santa Justa; e à esquerda, o Arco da Rua Augusta...


Lisboa > 9 Setembro de 2016 > Colina de Santana > Jardim e miradouro de Torel > Vista sobre a baixa e o estuário do Rio Tejo (2)

Lisboa > 13 Setembro de 2015 > Colina de Santana > Jardim e miradouro de Torel >  Palacetes de gosto revivalista, do séc,. XIX

´
Lisboa > 13 Setembro de 2015 > Colina de Santana > Jardim e miradouro de Torel > Vista sobre a sétima colina e o miradouro de São Pedro de Alcântara


Lisboa > 13 Setembro de 2015 > Colina de Santana > Jardim e miradouro de Torel > Vista sobre o antigo convento e a igreja do Carmo.




Lisboa > 9 Setembro de 2016 > Um dos mais belos jardins e miradouros da capital, na encosta de uma das sete colinas > Mural "Do great things" / "Façam coisas grandes"... Homenagem a um grande poeta (*)... [Junto ao mural, a nossa grã-tabanqueira Alice Carneiro].

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2016). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O jardim e miradouro é o de Torel, na encosta da colina de Santana... O mural "Do great things" ["Façam coisas grandes"], com 6 m x  4 m (c. 24 metros quadrados)  tem a assinatura  de Odeith, Sérgio Odeith ... O  grande poeta, homenageado, é o Fernando Pessoa...

O jardim do Torel está situado junto ao campo dos Mártires da Pátria  (ou campo de Santana), na encosta virada para a a Baixa lisboeta e a avenida da Liberdade. O sítio, denomiando Torel,  é um espaço ocupado por um conjunto de palacetes de arquitetura  revivalista (século XIX). Tem duas entradas: a principal pela rua de Júlio de Andrade, perto do Elevador do Lavra;  e uma outra, mais abaixo, na Rua do Telhal. A provável origem do nome terá a ver com a família,  presumivelmente de ascendência holandesa, que habitou o local.

O  Jardim do Torel passou a estar aberto ao público nos anos de 1960. Até então era propriedade privada. Depois de ter sido alvo de uma intervenção de requalificação e restauro, é um hoje um dos belos sítios da cidade. Imagine-se que até tem uma praia urbnana, iniciativa da junta de freguesia de Santo António que, em 2014, ano da inuaguração., recebeu 80 mil visitantes...

Infelizmente continua a ser desconhecido de  muita gente... O Festival Todos - Caminhada de Culturas, edições de 2015 e 2016, deu o devido  protagonismo a este espaço nobre da cidade.

Camarada, lisboeta ou de visita a Lisboa: um dia destes, vem até aqui... Para não te cansares, apanha o Elevador do Lavra, que é o elevador mais antigo da cidade.

Sérgio Odeith, nativo da Damaia, Amadora, Portugal. considerado um dos melhores "graffiters" (, por favor, não confundam com grafiteiro!) do mundo, é o autor deste gigantesco mural,  com o nosso Fernando Pessoa pintado no jardim do Torel...

Foi com esta peça que Portugal participou, em 2015,  na campanha global de lançamento do Windows 10, da Microsoft. Na altura o artista português, distinguido pela Microsoft,  disse; “Já pintei a Amália, o Carlos Paredes e o Eusébio. Faltava-me o Fernando Pessoa. Não há muitos mais portugueses que tenham feito grandes coisas e agora, com esta campanha ‘Do Great Things’, surgiu a oportunidade”.

Amigos e camaradas: chegado ao fim o verão de 2016, pomos  um ponto final no nosso passatempo, a que ninguém ligou grande atenção (e muito menos acertou na resposta....). Se o poste não suscitou o interesse de muitos, espero ao menos que alguns possam descobrir, um dia destes, durante o outono que aí, mais esta jóia da cidade que amamos no singular e que, às vezes, maltratamos, no plural... Lisboa, simplesmente, uma das cidades mais belas e amigáveis do planeta... LG

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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16469: Agenda cultural (498): Festival Todos 2016, na sua 8ª edição: A não perder, espectáculo de teatro documental, "Portugal não é um país pequeno", Academia Militar, Rua Gomes Freire, amanhã, sábado (17h00) e domingo (19h00): entrada gratuita, limitada à lotação do espaço (140 lugares)...


Lisboa > Festival Todos 2016 > Campo de Santana / Campo dos Mártires da Pátria > Antigo palácio do Patriarcado de Lisboa (séc. XVIII/XIX),  ao lado da embaixada alemã  > É aqui que tudo começa: secretariado do festival, quatro  fabulosas exposições de fotografia, "visita à luz da vela" de mais um futuro hotel de charme de Lisboa... (Uma das exposições é do grande fotógrafo português Luís Pavão,conservador de fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa.   que eu tive o privilégio e a honra de conhecer ontem pessoalmente e de com ele comversar sobre a "nossa" Guiné e o nosso blogue...).

Homens poderosos como o cardeal Cerejeira aqui viveram, trabalharam, rezaram, transpiraram e.... conspiraram. Uma oportunidade única para visitar o palácio (e este e outros, além de hospitais, conventos, quartéis, etc,. na colina de Santana e suas imediações), no âmbito do Festival Todos 2016,

O TODOS -  Caminhada de Culturas foi criado em 2009,  tendo vindo deste então a afirmar Lisboa como uma cidade empenhada no diálogo intercultural, interreligioso, interétnico, intersectorial, intersocial e intergeracional.

O TODOS tem contribuído para a destruição de guetos territoriais associados à imigração,  e marginalidade,  e fortemente estigmatizados, como é o caso por exemplo do Intendente / Anjos / Mouraria ou o Poço dos Negros / Calçada do Combro, ajudando a abrir  toda a cidade a todas as pessoas que nela querem (e gostam de ) viver e trabalhar.



O autor e ator André Amálio., a atuar ontem, na Academia Militar, no 1º dia do festival Todos 2016... UIm espetáculo que vale a pena...


Fotos (e legenda): © Luís Graça (2016). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

Teatro Documental >  PORTUGAL NÃO É UM PAÍS PEQUENO
André Amálio | Hotel Europa PORTUGAL


Sábado, 10 Set – 17h00
Domingo, 11 Set – 19h00

Duração 90 min | M/12 | Academia Militar – Rua Gomes Freire 
[Requisitar previamente o ingresso na porta de armas, um hora ou meia hora antes do início do espetáculo]





Cartaz do festival Todos 2016, Lisboa, Colina de Santana, Campo dos Mártires da Pátria, de 8 a 11 de setembro de 2016. Ver aqui o desdobrável com o programa em formato pdf


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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16464: Agenda cultural (497): Festival Todos 2016, Lisboa, Colina de Santana, Campo dos Mártires da Pátria, de 8 a 11 de setembro de 2016: Destaque para a peça de teatro documental "Portugal não é um país pequeno", de e com André Amálio, na Academia Militar, Rua Gomes Freire, hoje (21h00), sábado (17h00) e domingo (19h00): entrada gratuita, limitada a lotação do espaço (140 lugares)... Há também visitas guiadas à Academia Militar no âmbito do festival. Muitas dezenas de eventos: Festival Todos... para Todos, em 8ª edição


Cartaz do festival Todos 2016, Lisboa, Colina de Santana, Campo dos Mártires da Pátria, de 8 a 11 de setembro de 2016.~




"Criado em 2009, o TODOS-Caminhada de Culturas tem afirmado Lisboa como uma cidade empenhada no diálogo entre culturas, entre religiões e entre pessoas de diversas origens e gerações. O TODOS tem contribuído para a destruição de guetos territoriais associados à imigração, abrindo toda a cidade a todas as pessoas interessadas em nela viver e trabalhar."



Destaque: 

Teatro Documental 

PORTUGAL NÃO É UM PAÍS PEQUENO 
André Amálio | Hotel Europa PORTUGAL 

8 SET – 21h00 | 10 SET – 17h00 11 SET – 19h00 [duração 90 min] M/12

Academia Militar – Rua Gomes Freire 

Sinopse1

Portugal sofreu a mais longa ditadura fascista da Europa (48 anos), 
e o mais persistente império colonial (500 anos). 
Partindo dos testemunhos de antigos colonos portugueses entrevistados pelo autor, 
este espetáculo de teatro documental reflete sobre a ditadura 
e a complexidade do fim do colonialismo português. 
Reproduzindo fielmente as suas palavras, 

André Amálio explora situações onde pessoas reais contestam 
e reconstroem identidades culturais. 
Um contributo para a reescrita da história 
e transmissão da memória entre  gerações.

Sinopse2:

Espectáculo que reflete sobre a ditadura e a presença portuguesa em África, 
em particular a vida dos antigos colonos portugueses 
através dos seus testemunhos reais. 

O texto deste espectáculo foi criado através de um processo de verbatim, 
que significa copiado palavra por palavra, 
o que se traduziu na escrita de um texto de teatro
 que utiliza fielmente as palavras das pessoas entrevistadas 
sobre a sua vida em África no Período Colonial Português. 

A metodologia seguida combinou a recolha de testemunhos dessas pessoas 
e uma detalhada pesquisa de historiográfica, 
criando um texto que retrata a complexidade da história recente em Portugal, 
no caso do fim do colonialismo português. 

 Com este trabalho quero investigar histórias reais 
que se tornaram memórias 
e que com o tempo foram herdadas; 
estou interessado em situações onde as pessoas reais 
contribuem para contestar e reconstruir identidades culturais; 
estou interessado na forma como o teatro pode contribuir para a reescrita da história, 
dando voz a um grupo silenciado, 
trabalhando assim na transmissão da memória entre gerações.

André Amálio

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15145: Memória dos lugares (320): Academia Militar, Palácio da Bemposta, Lisboa, visita no âmbito do Festival Todos 2015 (Parte I)













Lisboa > Academia Militar > Palácio  da Bemposta ou Paço da Raínha, na Rua do Paço da Rainha  > Festival Todos , 7ª  edição, 2015 > 12 de setembro de 2015 >  Visita guiada, pelo cor art Vitor Lourenço, professor da Academia Militar >

Painéis de azulejos, no "hall" de entrada do palácio, representando as várias armas (c. 1918). Autoria do  pintor português Jorge Colaço (Tânger, 1868 — Caxias, 1942), mais conhecido por ser autor  dos azulejos da estação de São Bento no Porto (1903), entre muitos outros paineis de azulejos espalhados por diversos edifícios e lugares, em Portugal e lá fora. (*)



Lisboa > Academia Militar > Palácio  da Bemposta ou Paço da Raínha, na Rua do Paço da Rainha  > Fachado do palácio.


Lisboa > Academia Militar > Palácio  da Bemposta ou Paço da Raínha, na Rua do Paço da Rainha  > Busto, no exterior, a Catarina de Bragança (1638-1705), rainha consorte de Inglaterra (1662-1685), pelo seu casamento Carlos II, da casa dos Stuart. Foi ela que mandou constrfuir o palácio da Bemposta.


Lisboa > Academia Militar > Palácio  da Bemposta ou Paço da Raínha, na Rua do Paço da Rainha  > Espaço interior



Lisboa > Academia Militar > Palácio  da Bemposta ou Paço da Raínha, na Rua do Paço da Rainha  >  Palestra do cor art ref Vítor Lourenço sobre o palácio, a sua fundadora e os azulejos de Jorge Colaço.




Lisboa > Academia Militar > Palácio  da Bemposta ou Paço da Raínha, na Rua do Paço da Rainha  > Festival Todos , 7ª  edição, 2015 > 12 de setembro de 2015 >  Visita guiada, pelo cor art ref Vitor Marçal Lourenço, professor da Academia Militar.

É aqui a sede da Academia Militar (,  antiga Escola do Exército,  fundada en 1837), que  tem como patrono o general Bernardo de Sá Nogueira, Marquês de Sá da Bandeira. Há também  um polo na Amadora.

O seu lema é: "Dulce et decorum est pro Patria mori"  (É doce e honroso morrer pela Pátria). Na escadaria de acesso ao piso superior (biblioteca. museu, galeria de comandantes...) estão inscritos os nomes dos antigos alunos mortos durante a guerra colonial (1961/74), nos vários teatros de operações. Publica-se abaixo a lista dos "filhos da Escola do Exército e da Academia Militar", falecidos na "campanha do ultramar, 1961-74)(**)

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados.

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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 20 de setembro de  2015 > Guiné 63/74 - P15132: Memória dos lugares (319): Cais do Xime no tempo da CART 2520 (José Nascimento, ex-Fur Mil)


(**) Mortos na Campanha do Ultramar . 1961 - 1974 (alguns dos quais no TO da Guiné, e com "marcador" próprio no nosso blogue):

Cap. Inf. Abílio Eurico Castelo da Silva

Ten. Inf. Jofre Ferreira dos Prazeres

Alf. Pqd. Manuel Jorge Mota da Costa

Ten. Cav. Jorge Manuel Cabeleira Filipe

Ten. Pil. Av. António Seabra Dias

Ten. Inf. Casimiro Augusto Teixeira

Ten. Pil. Av. Carlos António Alves

Ten Pqd. Luís Ramos Labescat da Silva

Alf. Inf. Helder Luciano de Jesus Roldão

Cap. Inf. Óscar Fernando Monteiro Lopes

Cap. Cav. António Lopo Machado do Carmo

Cap. Inf. Isidoro de Azevedo Gomes Coelho

Cap. Inf. António Afonso da Silva Vigário

Cap. Inf. Cirilo de Bismarck Freitas Soares

Cap.Inf. Francisco Xavier Pinheiro Torres de Meireles

Ten. Inf. Manuel Bernardino da Silva Carvalho Araújo

Cap. Pqd. Luís António Sampaio Tinoco de Faria

Alf. Inf. José Manuel Ribeiro Baptista

Cap. Inf. José Jerónimo da Silva Cravidão

Ten. Pil. Av. Manuel Malaquias de Oliveira

Alf. Inf. Augusto Manuel Casimiro Gamboa

Alf. Cav. Estevão Ferreira de Carvalho

Cap. Inf. Artur Manuel Carneiro Geraldes Nunes

Alf. Art. Henrique Ferreira de Almeida

Cap. Inf. Adelino Oliveira Nunes Duarte

Cap. Cav. Luís Filipe Rei Vilar

Maj. C.E.M. Raúl Ernesto Mesquita da Costa Passos Ramos

Maj. Inf. Alberto Fernando de Magalhães Sousa Osório

Maj. Art. Joaquim Pereira da Silva

Cap. Cav. Jaime Anselmo Alvim Faria Afonso

Cap. Inf. Fernando Assunção Silva

Cap. Art. Pedro Rodrigo Branco de Morais Santos

Ten. pil. Av. Cláudio Santos Pereira Ascenção

Ten. Pil. Av. Rui Fernando Movilla de Matos André

Ten. Cor. Pil. Av. José Fernando de Almeida Brito

Maj. Pil. Av. Fernando José dos Santos Castelo

Maj. Pqd. Manuel António Casmarrinho Lopes Morais

Cap. Pil. Av. António Caetano Abrantes

Cap. Pil. Av. Custódio Janeiro Santana

Cap. Pil.Av. António Figueiredo Rodrigues

Cap. inf. António Alberto Rita Bexiga

Cap. Pil. Av. Herminio da Silva Baptista

Maj. Inf. Jaime Frederico Mariz Alves Martins

Cap. Pil. Av. Hugo de Assunção Ventura

Ten. Cor. Art. Nuno Álvares Pereira

Ten. Pil. Av. Emilio José Alves Lourenço

Cap. Pqd. João Manuel da Costa Cordeiro

Cap. Pil. Av. Fernando Fernandes

Alf. Cav. Luís António Andrade Âmbar