sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P19032: Agenda cultural (649): Festival TODOS 2018: Lisboa, São Vicente, de 20 a 23 de setembro


Lisboa > São Vicente > Campo de Santa Clara > Oficinas Gerais de Fardamento do Exército (OGFE) > 20 de setembro de 2018, 19h00 > Início da 10ª edição do Festival Todos > Atuação do grupo de batucadeiras de Cabo-Verde "Ramedi Terra" (, que pertence à Associação de Mulheres Cabo-Verdianas na Diáspora em Portugal). Seguiu-se a abertura da exposição sobre as pessoas e a realidade do bairro de São Vicente, e o lançamento do livro TODOS (sinopse fotográfica das anteriores edições, de 2009 a 2017,), livro de distribuição gratuita. Houve depois um "cocktail de sabores do mundo", da Guiné-Bissau ao Bangladesh... Tudo no edifício da OGFE.

Foto: © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Festival TODOS 2018: 

"Criado em 2009, o TODOS-Caminhada de Culturas tem afirmado Lisboa como uma cidade empenhada no diálogo entre culturas, entre religiões e entre pessoas de diversas origens e gerações. O TODOS tem contribuído para a destruição de guetos territoriais associados à imigração, abrindo toda a cidade a todas as pessoas interessadas em nela viver e trabalhar."




Recortes com a devida vénia do sítio oficial do TODOS 

Programa de ontem:

  • 19h - 20h30 : Abertura da 10ª Edição do Festival nas Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento (Campo de Santa Clara) com Cocktail de sabores do mundo, inauguração da exposição de fotografia "São Vicente de Fora por dentro", actuação do grupo de batucadeiras de Cabo-Verde "Ramedi Terra" e lançamento do livro “TODOS”.

• 20h30 – "Vala Comum" (Teatro) de Andresa Soares na Escola Básica de Santa Clara - espectáculo pago (3€)

  • 21h00 – "Viagem Sentimental" (Dança Contemporânea) de Francisco Camacho na Casa dos Gessos do Museu Militar - espectáculo pago (3€)

• 22h00 – Orquestra Todos (Música) na Voz do Operário - Entrada livre

• 23h00 – Rita Só (DJ set) no DAMAS - Entrada livre

Fonte: Página do Facebook do TODOS


Nota do editor LG:

São 3 ou 4 dias que não perco, todos os anos, desde 2009. Vale a pena e recomendo este evento (que de  3 em 3 anos muda de cenário dentro da cidade de Lisboa: Martin Moniz / Intendente / Bem Formoso (de 2009 a 2011); Poço dos Negros / São Bento / Santa Catarina (de 2012 a 2014); Colina de Santana / Campo Mártires da Pátria (de 2014 a 2017).

 Para além da descoberta (e aprofundamento do conhecimento) das diferentes culturas e povos que vivem em Lisboa (, nas escolas do ensino básico da Grande Lisboa é possível encontrar hoje dezenas de diferentes etnias, da Guiné-Bissau ao Nepal, da China ao Brasil), o festival TODOS tem sido para mim (e para a Alice Carneiro) uma (re)descoberta da Lisboa, muitas vezes escondida (ou mesmo inacessível) aos olhos dos próprios lisboetas e dos seus visitantes.

Ontem, por exemplo, fomos aos eventos assinalados, acima,  a negrito.  Nunca tínhamos entrado, por exemplo,  na OGFE e muito menos na famosa Sala do Gesso, do Museu Militar... Em anos anteriores, por exemplo, na Colina de Santana, a Academia Militar abriu as suas portas aos participantes do TODOS. Diversos oficiais superiores das OGFE e do Museu Militar participaram, este ano,  na cerimónia de abertura do evento.

O festival proporciona fantásticas visitas guiadas pelos sítios onde decorre: este ano, em São Vicente. Ponto de encontro: jardim Botto Machado, no Campo de Santa Clara, junto à Feira da Ladra.
_________________

Nota do editor:

Último poste da série > 4 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P18984: Agenda cultural (648): lançamento do livro "Moçambique: guerra e descolonização, 1964-1975", de Manuel Bernardo, na biblioteca municipal de Faro, dia 18 de setembro de 2018, pelas 18h00

2 comentários:

Anónimo disse...

Pois é, em Lisboa tudo acontece...
Nada disto é acessível à grande maioria do povo Português.
Enquanto Portugal for só Lisboa!

Bons divertimentos culturais ao Luís e à Alice.
Bom fim de semana, com TODOS.

Abraço,
Virgilio Teixeira

Tabanca Grande Luís Graça disse...

Virgílio, a tua terra, o Porto, de que eu gosto muito, também pode "replicar" um evento deste tipo... O Porto é cada vez mais uma cidade "aberta"... Lisboa foi, a partir de finais do séc. XV, o grande porto europeu de "entrada e saída" para a primeira autoestrada da globalização... 15 por cento dos seus habitantes eram estrangeiros no sec. XVI, incluindo escravos da Guiné...

Vou agora para a "bicha" (, "fila, entenda-se... mas até há fado bicha, leia-se LGBTI, no festival TODOS, este ano...) da visita guiada, às 14h30, ao Palácio dos Marqueses de Lavradio...

Cito o prograama:

PALÁCIO DOS
MARQUESES
DE LAVRADIO

O Palácio dos Marqueses de Lavradio,
obra do arquiteto João Frederico
Ludovice para o 1º cardeal patriarca de
Lisboa, viria a ser doado por este ao seu
sobrinho, D. António de Almeida Soares
Portugal que, em 1753, viria a ser o 1º
marquês deste título.
O conjunto azulejar que reveste o
seu interior reflete a afirmação de
uma certa teatralização do gosto e
do orgulho de uma família. Sendo um
núcleo coerente, nele se reflete a
transformação da gramática decorativa
que marcara a azul e branco o período
anterior, surgindo cada vez mais
apontamentos de cor que dotam os
espaços de uma vivacidade que
pretende fazer esquecer a tragédia que,
no rescaldo do Terramoto, ensombrara
Lisboa.(...)

Guia: Alexandre Pais
Visita em colaboração com o Museu
Nacional do Azulejo
SEX 21 _ 14h30
Ponto de Encontro: Jardim Botto
Machado – Campo de Santa Clara, 26
[Duração: 1h45] Entrada livre
– condicionada à lotação disponível
M/6


Mais sobre o palácio:

http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/palacio-dos-marqueses-do-lavradio

(...) Pouco afetado pelo Terramoto de 1755, manteve-se na posse da família até que, em 1875, foi adquirido pelo Estado, tendo conhecido obras de adaptação para acolher os tribunais militares. Nele funciona atualmente a Direção de História e Cultura Militar. (...)