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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Guiné 61/74 - P22667: Convívios (920): XI Encontro dos "Ilustres TSF", levado a efeito no passado dia 20 de Outubro em Lisboa (Hélder Valério de Sousa, ex-Fur Mil TRMS)

Lisboa, 20 de Outubro > XI Encontro dos Ilustres TSF > Foto de família > Sentados: Marques, Miguel, Martinho, Cruz e Eduardo. De pé: Lã e Hélder


1. Em mensagem de 26 de Outubro de 2021, o nosso camarada Hélder Valério de Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), dá.nos conta do XI Encontro dos Ilustres TSF levado a efeito no passado dia 20.

XI ENCONTRO DOS “ILUSTRES TSF”

Caros amigos

Nestes tempos mais recentes fomos surpreendidos pelo falecimento inesperado de pessoas com que interagimos aqui no nosso Blogue: foi o Torcato Mendonça, foi o Zé Dinis, foi o Victor Barata. Já outros também nos deixaram, mas referi estes por serem os mais próximos e também porque com eles tive um relacionamento mais aprofundado.

Para contrariar sentimentos negativos e/ou angustiantes derivados desses funestos eventos, e depois de ultrapassados diversos obstáculos, 7 dos elementos a que me costumo referir como sendo os “Ilustres TSF” conseguiram promover um Encontro, o XI Encontro, no passado dia 20.

Esse Encontro ocorreu em Lisboa, num restaurante na Avenida Almirante Reis e depois dele ainda houve tempo para uma visita pedonal, desde o Martim Moniz, passando pela “Manteigaria Silva” para apreciar (e obter) “o melhor bacalhau do mundo”, percorrendo depois alguns locais da Baixa Pombalina, utilizando os chamados “elevadores de Lisboa” até ao Miradouro do Chão de Loureiro, descendo à Mouraria e percorrendo a Rua do Capelão. Visita a locais históricos e de cunho cultural. Já várias vezes, quando dou notícia destes eventos deste Grupo, costumo também escrever que “um dia”, falarei de todos e cada um do “Ilustres TSF”. Não é hoje, não é aqui.

Por hoje apenas deixo nota deste XI Encontro, do gosto e alegria manifestados pelos participantes, das dificuldades e esforços que foram necessários efetuar para que fosse uma realidade. Os “Ilustres” foram 15. Neste Encontro estiveram 7, aqueles que conseguiram resolver os obstáculos com que agora quase todos nos deparamos: responsabilidades e ocupações familiares, problemas de saúde, com consultas médicas, intervenções cirúrgicas, problemas com maior ou menos gravidade.

Na foto ilustrativa que envio temos então, em baixo e da esquerda para a direita, Fernando Marques, de Alhandra a viver em Lisboa e que foi um dos dois dos “Ilustres” que não foi mobilizado, Mário Miguel, de Barcelos que esteve em Moçambique, Manuel Martinho, de Vila das Aves, que esteve na Guiné, Fernando Cruz, do Porto, que esteve em Moçambique e Eduardo Pinto, de Viseu a viver em Lisboa, que esteve na Guiné. Em cima, pela mesma ordem, Carlos Lã, de Faro, que esteve em Angola e Hélder Sousa que vive em Setúbal e esteve na Guiné.

Hélder Sousa
Fur. Mil. Transmissões TSF

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Nota do editor

Último poste da série de 21 DE OUTUBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22649: Convívios (919): Convívio do pessoal da 35.ª C. Comandos, dia 27 de Novembro de 2021, em Ançã, Coimbra (Ramiro Jesus, ex-Fur Mil CMD)

sexta-feira, 27 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20782: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (32): O tempo de serviço militar passado em Lisboa (Hélder V. Sousa, ex-Fur Mil TSF)

1. Mensagem do nosso camarada Hélder Valério de Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de hoje, 25 de Março de 2020:

Caros amigos e camaradas, saúde!

Espero que consigam manter a física e a mental, pois temos que vencer esta provação com a mesma determinação com que se viveram "tempos anteriores".
Com serenidade e sem bravatas, pois já vi pela net um camarada Guiné a "argumentar" que tinha estado na Guiné, que tinha "bebido água da bolanha" e que por tal não tinha medo nenhum desse tal COVID-19 e que por isso achava mal que se adiassem almoços.

Como tinha prometido, envio então um texto relativo à minha segunda fase da incorporação militar, a correspondente ao 2.º Ciclo do CSM, ocorrido em 1969 (da última semana de Setembro à segunda de Janeiro do ano seguinte) no então BT, em Lisboa.

Em 2009 estiveram 10 dos 15 reunidos. Em 2012 foram só 6.
Mas depois recuperou-se a dinâmica e nos Encontros seguintes já estivemos sempre 8 ou 9, pese embora os 3 já falecidos e o elemento que vive nos Açores, em São Miguel e o elemento de Elvas que se nega a "alinhar" com estas "novas tecnologias".

Abraços
Hélder Sousa

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O TEMPO DE SERVIÇO MILITAR PASSADO EM LISBOA

Caros amigos
Nestes tempos de “isolamento social” ocorreu-me que já há 6 anos escrevi para uma série a que foi dado o título de “A cidade ou vila que mais amei ou odiei no meu tempo de tropa antes de ser mobilizado para o CTIG”.
Não gostei do título mas lá comecei com as minhas recordações. Esse primeiro artigo foi sobre Santarém (P12815) onde fui incorporado no 3.º Turno de 1969, em 15 de Julho desse ano, para frequentar o 1.º Ciclo do CSM.

Continuo a pensar que o pretendido seria mais como interagíamos com as localidades por onde passámos, com as suas gentes, etc., do que com os episódios da “vida militar” que por lá vivemos. Mas considero que uma coisa e outra estão intimamente relacionadas e é “impossível” não referir ambos os aspectos.
Ora bem, no final da “recruta” saiu-me a especialidade de TSF. Na ocasião não estava a perceber o que seria nem em que é que consistia. De todos os mancebos que então estavam nesse 1.º Ciclo do CSM em Santarém, e seriam cerca de cinco centenas, essa especialidade “saiu” a dois deles.

Deste modo, no final de Setembro, não recordando a data exacta pois não tenho aqui a Caderneta Militar ao alcance, mas foi certamente na última semana desse mês em 1969, lá me apresentei no “Quartel de Sapadores”, o BT, em Lisboa (foto com a entrada com vista do ano passado, 2019, onde já não se vê nem o “BT” do meu tempo nem o “Regimento de Transmissões” que foi a sua designação mais tarde).


É então sobre Lisboa que me deveria pronunciar, como vivi esses tempos do 2.º Ciclo do CSM, de Setembro de 1969 ao início de Janeiro de 1970. Mas também mais semana e meia em Abril de 70 quando voltámos lá para fazer os testes finais e ordenar a classificação e mais tarde ainda, de meados de Setembro ao início de Novembro, como adstrito ao Quartel de Adidos a aguardar transporte para a Guiné, que só foi marcado para 26 de Outubro, embora a saída fosse apenas em 3 de Novembro (episódio que contei no P2438).

Falar sobre Lisboa é fácil, embora possa ser uma conversa comprida. Por isso refiro apenas que, para além de ser a Capital do País e dispor de um conjunto de monumentos, equipamentos, jardins e outras coisas para ver e visitar, era o local onde me movimentava com algum à-vontade já que diariamente fazia o percurso de Vila Franca para Lisboa, onde estudava e onde “crescia” socialmente.
Nesse 2.º Ciclo do CSM já não me lembro ao certo quantos fomos no total, para além de que os TSF eram 15, tenho a ideia que os TPF eram 10 ou 12 e haviam ainda outros que iriam ter outras qualificações.

No período em causa, naturalmente como sucedeu noutros locais, ocorreram episódios ou peripécias interessantes, as quais podem consubstanciar histórias próprias. Uma delas já por aqui relatei (P3981), em que acabei por dar vários aspectos que esse episódio proporcionou.
Mas também podia descrever como passávamos o tempo na caserna tocando e cantando (não fosse o grosso dos TSF oriundos dos conjuntos musicais que havia por esse tempo), fazendo patifarias e partidas aos mais incautos.

Assim, rapidamente, lembro-me de uma manhã de muito frio e de cerrado nevoeiro, em Dezembro de 1969, aquando da alvorada, estávamos a formar na parada do Quartel (foto da parada vista do interior), em frente à porta da caserna (a nossa caserna era a 2.ª porta à esquerda) e fomos informados que o Comandante ia passar revista. Como habitualmente isso não sucedia, havia sempre um ou outro mais dorminhoco que se baldava a essa formação e nós lá íamos suprindo a sua falta com um “pronto” ou “presente” aquando da chamada. Ao tomar conhecimento dessa informação fui rapidamente à caserna avisar o(s) dorminhoco(s) do dia, o Canudo e/ou o Lã, já não recordo bem e disse “é pá, rápido, levantem-se que o Comandante vai passar revista à formatura. Vá, depressa, que está um frio e um nevoeiro do caraças” e tive como resposta “ai tá nevoero? Atão ele na vê e na dá pela minha falta” e acto contínuo puxou mais a roupa para cima da cabeça. Não tenho presente como se fez, mas lá se safaram….



Outro aspecto interessante é que à época também estavam por lá uns Tenentes a fazer tirocínio, o que nos permitiu, com essa contemporaneidade, travar algum (relativo, é claro!) relacionamento o qual, no caso dos que fomos depois contemplados com a Guiné, foi útil, em termos de simpatia, pois um deles era o Comandante do STM e o outro (por acaso eram cunhados) era o Comandante da Companhia de Transmissões.

Também o período em que essa estadia no BT decorreu, coincidiu com o que se designou por “eleições de 69” (em 26 de Outubro desse ano) e, como devem calcular, nunca faltou no BT folhetos de propaganda das listas da Oposição (emblema da CDE). “Alguém” conseguiu que isso fosse possível, apesar das tentativas goradas para o impedir.


Para mim os arredores do Quartel não eram estranhos. Conhecia relativamente bem a Graça, percorri a Av. General Roçadas, a Praça Paiva Couceiro e desta para a esquerda pela Morais Soares até à Praça do Chile ou para a direita até à Parada do Cemitério do Alto de S. João onde tinha ali perto, no Bairro Lopes, um amigo da minha aldeia. Para “tratar de assuntos à civil e do foro civil” ia até uma casa na Rua de Angola (placa toponímica), que ficava perto da morada de um Oficial do Exército, um Major, que chefiava uma corporação policial e que, por tal, tinha sempre um polícia à porta. Calculo que nunca lhes passasse pela cabeça e por isso não davam importância, que o militar que entrava e o civil que saía e depois vice-versa, pudesse não estar “sintonizado” com a política governamental…


Relativamente aos meus camaradas de Curso de TSF, fomos depois paulatinamente autodesignados por “Ilustres TSF” pois se “TSF” há muitos, de facto “Ilustres” só nós mesmos. Sobre eles, todos e cada um, darei conta em artigo próprio, se isso for autorizado.
para ilustrar o texto envio algumas fotos.

Ilustres TSF em Setúbal, 2009 - Martinho, Marques, Fanha, Batalha, Miguel, Lã, Cruz, Camilo, Hélder e Eduardo

Ilustres TSF em Lisboa, 2012 - Marques, Lã, Miguel, Hélder, Cruz e Eduardo

Abraços
Hélder S.
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Nota do editor

Último poste da série de 19 de fevereiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18332: A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei, no meu tempo de tropa, antes de ser mobilizado para o CTIG (31): Abrantes, sede do antigo RI 2 - Regimento de Infantaria 2, mais tarde Escola Prática de Cavalaria (2006) e hoje Regimento de Apoio Militar de Emergência

domingo, 23 de dezembro de 2018

Guiné 61/74 - P19323: Estou vivo, camaradas, e desejo-vos festas felizes de Natal e Ano Novo (10): José Manuel Cancela, ex-Soldado Apontador de Metralhadora da CCAÇ 2382 e Hélder Valério de Sousa, ex-Fur Mil TRMS TSF


1. Mensagem do nosso camarada e amigo José Manuel Cancela (ex-Soldado Apontador de Metralhadora da CCAÇ 2382, Bula, Buba, Aldeia Formosa, Contabane, Mampatá e Chamarra, 1968/70), com data de 21 de Dezembro de 2018:

Olá,amigos Tabanqueiros. 
Aqui vai a prova que estou cá, e continuarei. 

Um grande abraço a todos, com votos de festas felizes.
José Manuel Cancela

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2. Mensagem do nosso camarada Hélder Valério de Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 6 de 29 de Abril de 2018:

Caros Amigos
Acho que a proposta que foi feita para aproveitarmos esta Quadra para fazer "prova de vida" foi uma boa iniciativa e tenho pena que esteja com fraca resposta. Por isso vou tentar dar o meu pequeno contributo.

Sim, de facto "estou vivo" e agora com melhor ânimo, já que as análises e outros "elementos auxiliares de diagnóstico" têm dado resultados bons. Não é uma decisão definitiva, afinal a intervenção foi há apenas (vai fazer) 10 meses e é preciso, segundo o urologista, passar mais algum tempo para declarar a "morte dos bichinhos" mas lá que anima, isso sim.

Não quero fazer falsas promessas (deixo isso para os decisores do poder), apenas afirmo a minha intenção de poder aprofundar a minha colaboração com o Blogue.

Entretanto, umas "Festas Felizes"!

Abraços
Hélder V. Sousa
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Nota do editor

Último poste da série de 22 de dezembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19320: Estou vivo, camaradas, e desejo-vos festas felizes de Natal e Ano Novo (9): Faz hoje 47 anos que parti para o CTIG, com o meu BART 3873, e a minha CART 3494 (António Bonito, ex-fur mil)

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19125: 'Então, e depois? Os filhos dos ricos também vão pra fora!'... Todos éramos iguais, mas uns mais do que outros... Crónicas de uma mobilização anunciada (7): as "cunhas" e os TSF...(Hélder Sousa, ex-Fur Mil de Trms, TSF, Piche e Bissau, 1970/72)


Porto > Ribeira > 27 de maio de 2015 > VI Encontro dos "Ilustres TSF" > Em baixo o C. Lã. De pé, da esquerda para a direita: A. Calmeiro (já entretanto falecido), M. Rodrigues, E. Pinto, J. Reis, H. Sousa, M. Martins, F. Cruz, e F. Marques. Faltou o  Nelson Batalha que   já não compareceu por razões de saúde, e que viria a morrer,  entretanto, um ano e meio depois (*)


Foto (e legenda): © Hélder Sousa (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem comnplementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Hélder Sousa:

[Foto à esquerda: O camarada, amigo, grã-tabanqueiro, colaborador permanente do nosso blogue Hélder Sousa (ex-Fur Mil de Transmissões TSF, Piche e Bissau, 1970/72): desembarcou, em Bissau, do T/T Ambrizete, em rendição individual, em 9 de novembro de 1970, e regressou 2 anos depois, exatamente a 10 de novembro de 1972. Ei-lo aqui, no "Pelicano", em Bissau, é o primeiro da esquerda, de perfil; à direita o Nelson Batalha (1948-2017) e ao centro  o Fernando Roque, que não era TSF mas TPF. A foto é do Hélder Sousa que é, também, o régulo da Tabanca de Setúbal, e tem mais de 140 referências no nosso blogue]


Data: domingo, 21/10/2018 à(s) 02:11
Assunto: As "cunhas"....

Caros amigos

Tenho acompanhado as várias publicações do nosso blogue e, dentro destas, esta última série, relacionada com o tema 'Então e depois? Os filhos dos ricos também vão p'ra fora!'... Todos éramos iguais, mas uns mais iguais do que outros... Crónicas de uma mobilização anunciada, que acho interessante e que pode ser tratada com mais ou menos ligeireza e com mais ou menos profundidade. (**)

Porque as escritas (e as leituras das mesmas...) serão mais eficazes se não forem muito extensas, vou tentar abordar o tema pelo prisma de forma "mais ligeira e menos aprofundada".

Cumprir ou não a "comissão de serviço por imposição" era um dilema que se colocava realmente mas não era tema alimentado por largas maiorias.

Havia quem entendesse que era dever defender os "seus" territórios ameaçados pela cobiça internacional. Conheci alguns.

Havia quem quisesse dar corpo à missão que a Pátria lhe impunha. Conheci alguns.

Havia quem pensasse que não deveria ir para África mas... o peso na consciência de "faltar ao dever", o anátema de "cobardia", o não saber quando e como voltar a estar com amigos e família, acabava por ter o peso suficiente para fazerem o "cruzeiro das suas vidas". Conheci bastantes.

Havia ainda quem achasse que sim, porque sim.

E havia também outros....

Nesta amálgama de possibilidades então muitos foram, pobres, remediados e ricos, e alguns, também pobres, remediados e ricos, 'não foram'. Refractaram-se, desertaram, ou ficaram por cá, resguardados...  Poderemos pensar que esses, os de cá, tinham "cunhas". Talvez, acredito que isso possa ter acontecido com muitos mas seguramente não com todos. Conheci alguns.

E então eu? Como foi?

Para mim foi um "percurso normal".  Fui incorporado no CSM em Santarém, na 3ª incorporação de 1969, em plena época de exames, a meio de Julho.

Vi recusado o pedido de dispensa para comparecer a exames na 2ª quinzena e por isso não me parece que tenha tido 'facilidades'.

No ano anterior, no Verão de 1968, com o dinheiro que amealhei na apanha do tomate, aproveitei o "Turismo Estudantil" e fui até Paris, Bruxelas e Londres. Menos "turismo" e mais "prospecção" para uma eventual "retirada da circulação". Quando chegou a incorporação, a opção foi "cumprir".

Fiz uma recruta empenhada, com bom aproveitamento geral, e já vos dei conta num 'post' daquela série "A terra que mais gostei ou odiei" (***),  que tive uma classificação tão boa que me colocou em condições de ser 'convidado' a passar ao COM mas não aceitei porque entretanto saiu a especialidade TSF, que me disseram ser muito boa, e como tal,  perante a quase certeza de poder vir a ser um "COM atirador"...., continuei o meu percurso no CSM.

Como me "saiu" TSF? Não faço ideia!

Os meus pais não tinham dinheiro suficiente para 'comprar' ninguém, não tinham conhecimentos capazes de o fazerem, por isso desconheço realmente como foi. Aliás, nesse Turno, em Santarém, apenas 'saíram' dois TSF, os outros 13 (pois o 2º Ciclo do CSM para TSF comportou 15 elementos) foram de Vendas Novas, Tavira e Caldas da Rainha.

Gosto de pensar que poderá ter sido numa informação que dei de ter construído,  com o meu vizinho do andar de baixo da casa onde vivia,  uma comunicação a partir de duas chaves de "morse" que um primo dele nos arranjou ...

Em Lisboa, no então BT [, Batalhão de Telegrafistas], fiz o 2º Ciclo, após isso fui fazer um estágio para Tancos, na EPE [, Escola Prática de Engenharia].

Findo o estágio houve exames para classificação. Dos 15 fiquei em 7º. Fui para o Porto, para o então RTm dar instrução.

Entretanto as mobilizações dos camaradas do meu Curso estavam a ser conhecidas a 'conta-gotas', pois do final de Abril de 1970 ao final de Agosto, dos 15 apenas tinham partido 6 e nós sabíamos que no dia 3 de Setembro entrariam todos os que estavam a acabar o seu percurso formativo e que assim estariam à nossa frente para 'marcharem'.

Pensava eu, assim, que tendo ainda dois dos meus camaradas à minha frente para serem mobilizados e com o acrescento dos que aí vinham, que a mobilização já não se daria e, caso isso tivesse acontecido, não teria havido "cunha" nenhuma... Mas não foi assim, já que no dia 1 de Setembro, dois dias antes do "reforço" da lista para mobilização, saiu a "rifa" a 7 de nós, do meu Curso, com passaporte para a Guiné.

Na Guiné, dos 7 que para lá foram, 3 arrumaram-se por Bissau.Eu e outros 3 fomos para o "mato". 

Não me parece que aqui tenha funcionado alguma "cunha". Fui para Piche com uma missão específica, que não vem agora aqui ao caso, embora o meu Capitão que chefiava o STM (Serviço de Telecomunicações Militares) onde me incorporei, tivesse garantido antes que nenhum de nós iria chefiar Postos em 'zonas problemáticas' e,  no meu caso concreto, em compensação, como a zona seria 'problemática', quando terminasse a missão iria para zonas mais pacíficas, como Bissau, Bolama, Teixeira Pinto, por exemplo.

Não foi assim! Quando regressei de Piche fui 'requisitado' para a Companhia de Transmissões para integrar o Serviço de Escuta. Esta história já dei conta em 'post' faz muito tempo. (****)

O meu desempenho na "Escuta" poder-se-à dizer que me foi agradável. Não me vou alongar em motivos, poderá ficar para outra ocasião, mas não foi por "cunha", foi bem vivido.

Portanto, quanto a mim, desconhecendo na verdade como me "saiu" TSF, foi um percurso 'limpo, sem cunhas'. 

Conheci "filhos de ricos" que foram mobilizados e que foram para a Guiné. Conheci "filhos de não ricos" que ficaram por cá, alguns talvez com 'cunhas', mas outros nem por isso. Conheci alguns "filhos de patriotas" que procuraram fazer as suas vidas em lugares mais saudáveis do que os difíceis climas africanos. E também outros "meninos de suas mães" que foram para fora.

Por isso digo: "há de tudo"!

Um abraço
Hélder Sousa
__________

Notas do editor:


(****)  Vd. poste de 12 de janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5636: Histórias em tempos de guerra (Hélder Sousa) (8): Como fui parar ao Centro de Escuta

Vd. também  poste de 26 de abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1702: A guerra também se ganhava (ou perdia) nas ondas hertzianas (Helder Sousa, Centro de Escuta e de Radiolocalização, Bissau)

Ver ainda poste de 11 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1652: Tertúlia: Três novos candidatos: José Pereira, Hélder Sousa e Jorge Teixeira

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18595: Convívios (854): Encontro dos "Ilustres TSF" em Campanhã - Porto (Hélder Valério Sousa, ex-Fur Mil TSF)


Convívio dos Ilustres TSF em Campanhã - Porto
Da esquerda para a direita: Lã, Martinho, Eduardo, Reis, Hélder, Cruz, Miguel e Marques.

 
1. Mensagem do nosso camarada Hélder Valério de Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 6 de 29 de Abril de 2018:

Caros amigos:

Hesitei em dar conta deste evento por não ser propriamente do âmbito do nosso Blogue mas como aparecem notícias de encontros vários, atrevo-me a fazê-lo.

Para este Encontro apareceram 8 elementos. Muitos? Poucos? Depende....
Na realidade, o que chamamos de "Ilustres TSF" (não sei dizer quem, quando, como e porquê, sugeriu esta designação) é o conjunto de 'mancebos' que no já longínquo ano de 1969 (fará para o próximo ano e Encontro 50 anos!), se encontraram no então BT, em Sapadores, à Graça, em Lisboa, para fazerem o 2.º Ciclo do CSM com a especialidade de "TSF".

Eram 15, que vieram do 1.º Ciclo do CSM, em Julho de 1969, de vários locais da recruta: Caldas da Rainha, Santarém, Vendas Novas e Tavira. Por sua vez eram oriundos, à época, de vários pontos do País: o Carlos Lã, de Faro; o José Canudo, de Elvas; o Nelson Batalha, de Setúbal; o José Alves, dos Açores; o Fernando Marques, de Alhandra; o Hélder Sousa, de Vila Franca de Xira; o António Calmeiro, de Tinalhas; o António Camilo, de Castelo Branco; o José Fanha, de Torres Novas; o Eduardo Pinto e o Luís Dutra, de Viseu; o Fernando Cruz e o José Reis, do Porto; o Manuel Martinho de São Martinho do Campo e o Mário Miguel, de Barcelos.

Desses 15 dois deles, o José Reis e o Fernando Marques não chegaram a sair de cá. Dos outros 13, foram 2 para Moçambique, 4 para Angola e os restantes 7 (mais de 50% dos mobilizados) para a Guiné (e aqui já temos pontos comuns com o conteúdo do Blogue).
Neste espaço de tempo já faleceram 3. Curiosamente todos estiveram na Guiné. O Dutra, o Calmeiro e o Batalha.

Durante vários anos os nossos Encontros foram esporádicos (o 1.º ocorreu, salvo erro, em 1990 ou 91) e só agora, mais recentemente temos procurado manter uma regularidade anual. Este ano foi no Porto. Para o ano [, 2019], comemorando os 50 anos, será em Lisboa, para uma visita ao local onde nos conhecemos, o BT [, Batalhão de Transmissões]. Já temos dia: 4.ª feira, 19 de Abril. Veremos quantos seremos!

Se for do interesse do Blogue poderei avançar com mais alguns apontamentos dos "Ilustres".
Por agora segue assim, acompanhado da "foto de grupo", tirada à mesa na "Casa Inês", ali perto de Campanhã onde, da esquerda para a direita se podem ver o Lã, o Martinho, o Eduardo, o Reis, o Hélder, o Cruz, o Miguel e o Marques.

Abraços
Hélder Sousa
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Nota do editor

Último poste da série de 1 de Maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18588: Convívios (853): XXX Encontro do pessoal do BART 3873 (Bravos e Sempre Leais) (Bambadinca, 1971/74), dia 26 de Maio de 2018 em S. Pedro do Sul (Sousa de Castro)

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Guiné 61/74 - P17942: In Memoriam (308): Nelson Batalha (1948-2017), um dos 15 "ilustres TSF" do meu curso, meu padrinho de casamento, meu grande amigo e camarada... Natural de Setúbal, ferido em Catió, e depois de 10 anos a lutar contra o Alzheimer, acaba de cambar o Rio Caronte... A título póstumo, passa a integrar a nossa Tabanca Grande, sob o lugar nº 759 (Hélder Sousa, régulo da Tabanca de Setúbal)



Foto nº 1 > Setúbal > Encontro dos "Ilustres TSF" > 2009 > Nelson Batalha (à direita) , com José Fanha (, à esquerda)


Foto nº 2 > Nelson Batalha (à direita): em Bissau, no Pelicano, provavelmente em finais de 1971, em que estou com ele e com o Fernando Roque (ao centro)...


Foto nº 3 > Nelson Batalha: no Hospital de Setúbal, num dos últimos internamentos. [Registe-se o gesto de grande ternura da  esposa  Maria José.  O casal tem dois filhos, um rapaz e uma rapariga.]

Fotos (e legendas): © Hélder Sousa (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do nosso colaborador permanente, amigo e camarada Hélder Valério de Sousa (ex-fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72; régulo da Tabanca de Setúbal):


Data: 6 de novembro de 2017 às 18:38

Assunto: Falecimento do nosso "camarada da Guiné" Nelson Batalha


Caros amigos e camaradas:

Caso entendam que este mail 'tem cabimento', façam o favor de o utilizar.

Sei que o "nosso Blogue" não pode, nem deve, ser um repositório de aniversários e obituários. Também não sou um "datista", daqueles que vivem obsecados pelas datas das efemérides e dos seus acontecimentos pessoais.

Mas, e há sempre um "mas", por estas alturas "elas", as datas, vêm ter comigo e nessa ocasião vêm as recordações.

Em 26 de Outubro passado ocorreu a data "oficial" da minha partida para a Guiné. Por razões que já por aqui contei, o barco, o cargueiro Ambrizete, nesse dia dos 'adeuses' às famílias,  fez-se ao largo da baía de Cascais para, segundo a terminologia que ouvi e recordo, "fazer agulhas" e regressou a Lisboa para reparações.

Por tal motivo a real data da partida foi a 3 de Novembro, depois das 22:00. A chegada a Bissau foi no dia 9 de Novembro, manhã cedo. A partida definitiva da Guiné foi a 10 de Novembro, dois anos depois.

Mesmo que não queira, estas datas estão tão próximas que quando uma delas surge as outras vêm por arrasto.

Mas este ano há um novo elemento a registar. Exactamente uma semana antes, a 19 de Outubro, faleceu um dos meus camaradas de Curso de TSF, a cujo conjunto de elementos costumamos auto-designarmos por "Ilustres TSF".

Trata-se do Fur Mil TSF Nelson Batalha, meu companheiro, conjuntamente com o Manuel Martinho, dessa viagem que costumamos também por designar "o cruzeiro das nossas vidas".

O Batalha, portanto também "nosso camarada da Guiné",  esteve em Catió, para onde foi depois de jogar às moedas comigo para ver quem ia para Catió ou para Piche. Em Catió foi ferido [, com um estilhaço de canhão s/r] num ataque que ocorreu em 14 de Abril de 1971 e evacuado para o HM de Bissau. Depois disso foi para a "Escuta" para onde também fui um mês mais tarde, conjuntamente com outros "Ilustres" e onde desempenhámos as nossas funções até ao final da comissão.

O Batalha é meu padrinho de casamento [e a esposa, Maria José, a madrinha].

Desde já há bastante tempo que a sua saúde e o 'discernimento' se vinham a deteriorar.

Ainda o levei a um dos nosso primeiros Encontros [Pombal, 28 de abril de 2007]a ver se o animava e se o "estar com malta daquele tempo" o ajudava, mas a verdade é que o seu estado se foi agravando,  sendo que nos últimos dois anos já os passou internado num Lar da Santa Casa da Misericórdia, em Setúbal, com intermitentes passagens pelo Hospital.

Finalmente encontrou descanso.

Cada vez que o ia visitar ao Lar vinha de lá cada vez mais constrangido.  Em grande parte pela impotência para poder fazer o que quer que fosse para tentar reverter aquela situação e também por verificar a inevitabilidade dum desfecho que acabou por ocorrer em sofrimento.

Dos 15 jovens que em finais de Setembro, depois das respectivas recrutas na 3ª incorporação no 1º Ciclo do CSM, se apresentaram no então BT em Lisboa para fazer o 2º Ciclo do CSM na especialidade de TSF, 3 deles já 'fizeram a travessia de Caronte': 

(i) foi o Luís Dutra, na sequência de problemas pulmonares, ao que parece motivado pelo tabaco;

(ii) foi o António Calmeiro (*), após várias 'batalhas' com uns bichinhos que às vezes lhes chamam de metástases;

(iii) foi agora o Nelson Batalha na sequência de um processo degenerativo e de "Alhzeimer".


O curioso é que todos eles estiveram na Guiné. E tendo em conta que dos tais 15 do Curso ficaram por cá 2 e foram mobilizados 13, sendo que 7, portanto mais de 50%, foram para a Guiné, isso dá que pensar.... 

Meus amigos, façam o favor de viver com alegria os tempos que nos restam pois bem sabemos que a 'nossa vez' está para chegar.e cada vez mais próxima.

Hélder Sousa

PS - Envio três fotos de grupo com o Nelson Batalha: (i)  no Encontro em Setúbal, em 2009, com José Fanha; (ii) em Bissau, no Pelicano, provavelmente em finais de 1971, em que estou com ele e com Fernando Roque;  (iii) no Hospital de Setúbal, num dos últimos internamentos.


Pombal > Restaurante "O Manjar do Marquês" > 28 de abril de 2007 > II Encontro Nacional da Tabanca Grande > Nesta foto (parcial, do Grupo), o nosso camarada Nelson Batalha está assinalado com a elipse encarnada. (A amarelo e a verde, respetivamente, aparecem dois representantes da CCAÇ 2402/ BCAÇ 2851 (1968/70), o Raul Albino e o Maurício Esparteiro)... Outros grã-tabanqueiros são facilmente reconhecidos. Fo o único encontro da Tabanca Grande em que compareceu o Nelson Batalha (1948-2017), e já com os primeiros indícios da doença que o há-de vitimar.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2007). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Viseu > VII Encontro dos "Ilustres TSF" > 20 de abril de 2016 (**) > O Nelson Batalha terá ido aos dois primeiros encontros da... Tabanca de Setúbal.


Viseu  > VII Encontro dos "Ilustres TSF" >  20 de Abril de 2016 > No "Bar de Gelo", por ser talvez mais difícil reconhecer as personagens, temos, da esquerda para a direita. M. Martins, E. Pinto, J. Reis, H. Sousa, M. Rodrigues, C. Lã, F. Cruz, J. Fanha e F. Marques. (O Nelson Batalha também já não pôde comparecer, por razões de saúde). (**)

 

Porto > Ribeira > 27 de maio de 2015 > VI Encontro dos "Ilustres TAF" > Em baixo o C. Lã. De pé, da esquerda para a direita: A. Calmeiro (já entretanto falecido), M. Rodrigues, E. Pinto, J. Reis, H. Sousa, M. Martins, F. Cruz, e F. Marques. (O Nelson Batalha  já não compareceu por razões de saúde...). (**)


Foto (e legenda): © Hélder Sousa (2016). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

2. Comentário do editor:

Meu caro Hélder, a estatística da morte é (e sempre foi) para nós muito pesada, ontem, no teatro de operações da Guiné, e hoje, já  aos km 60/70/80 da picada da vida...

No caso dos 15 "ilustres TSF" do teu curso do 2º Ciclo do CSM, três "baixas mortais" representam 20% do total... Depois do Dutra e do Calmeiro, chega agora a triste notícia da morte do Nelson Batalha, depois de mais de uma dezena de anos de doença crónica degenerativa (*).

Vejo a tua impotência, a tua desolação, a tua dor que, desde há muito, partilhavas connosco, sempre que falavas do Nelson Batalha(*)... Finalmemnte, ele fez a cambança do Rio Caronte... que os vivos não podem atravessar nos dois sentidos (para a mitologia grega, só os heróis, "mais do que homens, menos que deuses", tinham o privilégio de poder "cambar", para lá e para cá...)-

Estamos contigo, com a família (, a esposa Maria José, os dois filhos, um dos quais, o rapaz, a viver na Holanda) , os amigos e os camaradas do Nelson. E o Nelson  não vai ficar na "vala comum do esquecimento", vai ficar connosco, sob o simbólico e sagrado poilão da nossa Tabanca Grande. Temos um lugar para ele,o nº 759.

Ele e tu e os "ilustres TSF" que ainda estão vivos bem o mereceis. E o Nelson, que foi ferido na Guiné, em Catió. e lutou na fase final  da sua vida contra o Alzheimer, bem o merece: não é o Panteão Nacional, bem sabes, é bem melhor, muito melhor, é a nossa Tabanca Grande, acolhedora, quente e fraterna, onde estão os amigos e camaradas da Guiné e o repositório das suas memórias. (***)

____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 5 de agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3112: História de vida (13): O meu amigo Nelson Batalha (Helder Sousa)

(...) Acontece que este meu amigo não tem passado muito bem (acho que é vulgar dizer-se isso sobre quem esteve em teatro de guerra...), tem problemas de alzheimer (ainda não muito desenvolvidos) e nunca recuperou bem depois de ter acabado a sua profissão (era Despachante Alfandegário), sendo que da guerra da Guiné ainda guarda no corpo alguns estilhaços que foram absorvidos pela massa muscular, estilhaços esses adquiridos em Catió aquando do ataque a esse aquartelamento/povoação em Abril de 1971 (salvo erro a 13 ou 14).

Isto vem a propósito do seu aniversário, que foi no passado dia 15 de Junho, e que mais uma vez me deixou um pouco deprimido pela impotência que sinto em não o poder ajudar mais. (...)


(**) Vd. poste de 7 de maio de  2016 > Guiné 63/74 - P16062: Convívios (740): VII Encontro de Os Ilustres TSF, ocorrido no passado dia 20 de Abril em Viseu (Hélder V. Sousa, ex-Fur Mil TRMS TSF)

(...) Não sei dizer como, quando e quem começou a chamar "Ilustres TSF" aos jovens a quem,  depois de fazerem o 1.º Ciclo do CSM no 3.º Turno de incorporação em 1969, lhes calhou em sorte essa especialidade (TSF), tirada a partir do final de Setembro desse ano no então BT à Graça/Sapadores, em Lisboa.

Isso agora não importa, o que para o caso deve ser notado é que esse grupo foi constituído por 15 'jovens mancebos', de locais muito dispersos do País e que hoje ainda persistem em manter os laços, fortes e indestrutíveis, que então os uniu e que os motiva a procurar materializar estes Encontros.

Acontece que os problemas de saúde também vêm atormentando os seus membros. Dos 15, tanto no 6.º Encontro no ano passado, no Porto, como no 7.º Encontro, este ano recentemente ocorrido em Viseu, foram 9 os presentes.

Um já faleceu (vítima de doença 'incurável'...), um outro anda travando batalhas sucessivas com uns 'bichinhos' desse tipo, outro (meu padrinho) está incapaz de se juntar a nós com problemas originados pelo "senhor alemão", outros têm outros tipos de problemas, pelo que a consciência que temos vindo a tomar de que é imprescindível manter esta chama (da amizade, do convívio) viva tem conseguido vencer obstáculos.

No Porto, o ano passado em 27 de Maio, conseguiu-se com que, ao fim de décadas, nos reencontrássemos nessa cidade. Foi bastante bom, o dia estava quente, o 'Porto turístico' lá estava para nos mostrar o que evoluiu (com os ganhos e perdas que isso acarreta).  (...)

Como tudo correu bem e como nos apercebemos de que este tipo de Encontros nos fazem bem, nos 'rejuvenescem', decidimos logo ali não deixar passar muito tempo para que novo Encontro ocorresse e desse modo ficou aprazado que este ano de 2016 seria em Viseu.

E assim foi. Lá estivemos novamente 9, sendo que esta ano o A. Calmeiro não teve possibilidade de participar por motivo dos tratamentos que anda a fazer mas no lugar da sua falta apareceu o J. Fanha, o que muito nos alegrou. (...)


(***) Último poste da série > 24 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17899: In Memoriam (307): Ivo da Silva Correia (Fajonquito, c. 1974 - Bissau, 21/10/2017)... Era filho de um camarada nosso, da CCAÇ 3549 (Fajonquito, 1972/74). Morreu sem conhecer o pai português... É tarde, mas ainda vamos a tempo de lançar uma petição pública para que estes pobres "filhos do vento" vejam reconhecido o seu direito a serem também portugueses, além de guineenses... O "Ibu" passa a ser, a título póstumo, o membro nº 758 da nossa Tabanca Grande!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17573: Inquérito 'on line' (122): o aerograma era "seguro e rápido" ? ... Da minha experiência não tenho razões de queixa, mesmo sabendo que tinha ficha na PIDE/DGS (Hélder Sousa, ex-fur mil, TSF, Piche e Bissau, 1970/72)



Guiné > Bissau > s/d [1970-1972] > O Hélder Sousa no seu quarto em Bissau... Na parede, um poster (um pouco insólito) do 'Che'  Guevara, um ícone da juventude da época, mas também um grande amigo do PAIGC... Sabendo-se que o  Hélder tinha "ficha" na PIDE/DGS (, é ele que o diz), pode perguntar: "Como é que um homem do reviralho vai parar à arma das transmissões e, para mais, do STF ?"...Isso só quer quiser que os "psicoténicos" do exército estavam acima da PIDE/DGS ?... Seria mesmo ?... Está na altura de dar à PIDE/DGS a devida conta, peso e medida... Não era assim tão omnipotente, omnipresente e omnisciente como alguns a julgavam ou pintavam...

Foto: © Helder Sousa (2007). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Comentário do nosso colaborador permanente Hélder Valério de Sousa (ex-fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72, ribatejano a viver em Setúbal, com página pessoal no Facebook)


E pronto, também já votei!

Desta vez não me apercebi das habituais objecções/sugestões do nosso António José [Pereira da Costa] mas realmente fiquei um pouco sem saber exactamente como responder.

É que, como por aqui já foi referido, é possível ter todas as opiniões.

"Era seguro e rápido".... 

Pois teria sido seguro a maior parte das vezes e para a maior parte das pessoas, nalgumas outras situações nem tanto. Quanto a rápido, pois também está visto que 'variou' embora, dadas as circunstâncias, também se possa considerar rápido.

"Era seguro mas não rápido"...

É tudo uma questão de relativização. A 'segurança' é a mesma da primeira questão, já a rapidez deve aqui entrar em linha de conta com o facto onde se estava. Em Bissau ou sede de Batalhão era seguramente mais rápido do que num Destacamento qualquer.

"Era rápido mas não seguro"...

Sobre a 'rapidez' os pontos acima mostram que o conceito depende então de onde se estava. Quanto à 'segurança' aqui podemos dividir em dois campos principais: o da violação da correspondência para verificação do conteúdo escrito, fosse lá motivado porque motivo fosse, ou para 'apropriação indevida' de qualquer conteúdo extra. Sobre isto acho que se pode considerar que, na generalidade, não houve assim tantas razões de queixa, pelo menos de extravio, embora isso não seja garantia de que a correspondência não tivesse sido lida por pessoas além do destinatário.

"Não era nem seguro nem rápido"....

Trata-se de considerar negativamente qualquer das situações e sobre isso a minha opinião é que "depende". Algumas vezes, sim, a maior parte das vezes, não.

"Não sei / já não me lembro"....

A questão mais fácil. Ao responder aqui, cumprimos o dever de participar no inquérito e descarregamos considerações.

Ora bem, a minha experiência foi de que não tive razões de queixa.

Escrevi e recebi aerogramas. Escrevi e recebi cartas. Com fotos. E chegaram todos e todas. Mais ou menos rápido, dependendo de estar em Bissau ou em Piche mas sem grandes razões de queixa.

Logo em Novembro, resolvi escrever um aerograma com uma série de observações que poderiam ser tomadas em conta como "subversão",  dirigido a uma jovem "católica progressista" e chegou sem problemas.

De um modo geral também não me alongava em grandes considerandos, apenas a superficialidade das circunstâncias: calor, bom tempo, muita chuva, saúde... etc.

Já agora.... sem querer alimentar qualquer tipo de polémica ou coisa parecida, tenho a ideia que um camarada que esteve comigo no CSM [, Curso de Sargentos Milicianos,] em Santarém e depois teve uma 'especialidade' diferente da minha, estava colocado na Repartição de Sargentos e Praças e na véspera da minha partida para a Guiné me esclareceu (vou 'vender' pelo mesmo preço, tanto quanto me recordo) que a "prestimosa polícia política" classificava os mancebos que tinha "debaixo de olho" como "suspeitos", "activistas", "comunistas" e "anarquistas" e que tinha visto a minha ficha de mobilização e lá figurava uma determinada 'categoria'.

Nunca quis confirmar isto. Embora na altura me interrogasse pela ordem da escala de 'perigosidade'.

Hélder Sousa

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Nota do editor:

(*) Vd. poste de  1 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17567: Inquérito 'on line' (121): O aerograma ?... "Era rápido mas não seguro" (José Brás)... "Acabou por justificar a existência do Movimento Nacioanal Feminino" (António J. Pereira da Costa)... "A malta chegava a solidarizar-se e fretar a avioneta civil para trazer o correio" (Henrique Cerqueira)

domingo, 11 de junho de 2017

Guiné 61/74 - P17454: (De) Caras (71): Também eu fiz parte dessa rede de "contrabando de ternura" que permitia, aos nossos familiares, fazer-nos chegar a Bissau e ao 'mato' as suas "encomendinhas"... (Hélder Sousa, ex-fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72; criado em Vila Franca de Xira e a residir hoje Setúbal)

1. Comentário deixado no poste P17453 (*), pelo nosso colaborador permanente Hélder Valério de Sousa (ex-fur mil trms TSF, Piche e Bissau, 1970/72, ribatejano a viver em Setúbal, com página pessoal no Facebook)


Uma história deliciosa (não só por causa do bacalhau...) que demonstra bem a capacidade inventiva do 'português típico' que é capaz de descortinar uma saída qualquer para os 'milhentos' problemas com que muitas vezes se depara.

Essa cadeia de solidariedade, de boas vontades, funcionou. E funcionou bem.

Em Vila Franca de Xira, onde vivi até ir para a Guiné e ainda algum (pouco) tempo depois, havia (e ainda há) um rapaz do meu tempo (1 ou 2 anos mais velho),  o Orlando Levezinho, que julgo ser primo do Tony. Tocava num daqueles conjuntos que proliferavam na década de sessenta e acho que ainda hoje está ligado a actividades musicais.

Mas o que me levou a fazer este comentário foi o apelo do Luís para que aparecessem mais histórias de remessas de produtos que chegavam por diversas formas e meios.

É claro que para quem estava em Bissau as coisas eram muito mais facilitadas, mas no interior também chegavam coisas. Acontece é que para o Levezinho a cadeia de solidariedade era mais complexa mas, mesmo assim, não teve quebras...

Uma das formas como as coisas chegavam era pelo 'portador'.

Quando se regressava de férias lá havia umas 'lembranças', fosse em bacalhau, chouriços, queijos, etc.

Quando fui para a Guiné (já contei aquando da minha apresentação aqui) fui portador de um garrafão de água-pé, castanhas e outras coisas, pois calculava-se que chegaria lá a tempo para o S. Martinho e de facto assim aconteceu pois cheguei no dia 9 de Novembro.

Essa 'encomenda' foi para o meu conterrâneo José Augusto Gonçalves, colega de turma na EICVFXira [, Escola Industrial e Comercial de Vila Franca de Xira] que era Fur Mil no Pelotão de Transmissões (tratava da montagem dos rádios e assistência à aparelhagem),  cujo quarto (que ele partilhava com outros dois Fur Mil,  o Vítor Ferreira, também de Vila Franca e meu parceiro/competidor de bilhar na "Brasileira", e o já aqui várias vezes referido Pechincha, da CART 11) fui usufruir.

Mais tarde, também foi a minha vez de receber alguma coisa, desta vez por intermédio de um tripulante do T/T "Niassa". Era avisado por carta (ou aerograma) de que isso ia acontecer, estava atento à chegada dos navios, entrávamos em contacto e lá recebia a encomenda.

Também tinha a sorte de ter um primo (aí já em terceiro grau...) na Base Aérea [,BA 12, em Bissalanca], o Sargento Salgado Valério (acho que era Valério Salgado, não sei bem) e que também de vez em quando recebia coisas por via aérea e que me facultava parte quando calhava.

Mas a maior parte e mais interessante, eram as encomendas que o meu camarada das Transmissões e da Escuta, o Fur Mil Nelson Batalha,  recebia.

O seu pai era funcionário de um Despachante aqui de Setúbal, o Fernando Pedrosa, que foi dirigente do Vitória de Setúbal e também com responsabilidades federativas.

Algumas vezes foi possível enviar, já quando estávamos em Bissau, na Escuta, umas caixas isotérmicas em barcos que passavam por Setúbal, por exemplo o "Ana Mafalda". Nessas caixas iam imensas coisas variadas que o Nelson partilhava connosco. Fruta da época (lembro-me bem dos melões, que o pessoal nativo dizia ser "papaia da metrópole"), compotas, bolachas, enchidos, etc..

Havia também patês variados de coisas que não estava habituado, como veado, javali e outros (isso agora é corriqueiro mas na época o que havia eram os de sardinha e atum e de presunto) e também várias espécies de salsichas, da Baviera, suecas, etc, que provinham das amostras que os fornecedores deixavam na Alfândega e que,  pronto!,  lá seguiam até à Guiné.... para se fazer o teste e aprova de qualidade.

Quando estive no interior, no 'mato', em Piche, lembro-me que de vez em quando havia quem recebesse coisas da 'Metrópole' mas não me lembro qual o meio utilizado.

Abraços
Hélder Sousa

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Nota do editor:

Vd. poste de  10 de junho de 2017 > Guiné 61/74 - P17453: (De) Caras (77): O "contrabando" da... ternura ou como o "fiel amigo", o bacalhau, chegava à Bambadinca, ao Tony Levezinho, utilizando uma vasta rede de intermediários, do navio-tanque da Sacor à Casa Fialho - Parte II

sábado, 7 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16062: Convívios (740): VII Encontro de Os Ilustres TSF, ocorrido no passado dia 20 de Abril em Viseu (Hélder V. Sousa, ex-Fur Mil TRMS TSF)

Viseu - 20 de Abril de 2016 - VII Encontro de Os ilustres TSF

 
1. Mensagem do nosso camarada Hélder Valério de Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 6 de Maio de 2016:

Meus caros amigos e camaradas
Já faz algum tempo que não tenho tido contribuição com textos ou notícias para o Blogue, limitando-me, aqui e ali, a enviar os parabéns aos aniversariantes, e um ou outro comentário. Tem sido assim, mais ou menos como 'prova de vida', mas pouco mais.

E tem passado por aqui muita coisa.
Com interesse, e susceptível de promover comentários mais desenvolvidos ou textos complementares ou de réplica. São caso disso, por exemplo e sem ser exaustivo, os artigos do Tony Borié, do Jorge Araújo, do José Teixeira, do Francisco Baptista, do António Tavares e também do José Dinis, com os seus textos subtilmente apolegéticos dos valores do '24 de Abril', da diabolização do MFA e sobre a 'decadência nacional', no entendimento que tal ocorre fruto da 'descolonização' e como corolário dos outros dois "pecados" referidos.

Mas o que me impulsionou agora a escrever, foi outra coisa. Foi a 'morte', ou melhor, a 'vida'!
Há alguns dias, um comentário do António Graça de Abreu, verberava o tom por vezes 'lamechas', de sofrimento, (no seu entender) que alguns camaradas impregnavam nas suas recordações e que melhor do que isso seria celebrarmos a vida, a alegria de estarmos vivos e podermos usufruir disso.
Ele tem razão!
Não tanto porque os sentimentos que perpassam pela esmagadora maioria dos que estiveram em "missão de soberania", em "policiamento de fronteiras", etc., e de suas famílias, não possa ser o da lembrança dos sacrifícios, das angústias, dos sofrimentos, dos desgostos, ao invés da extrema alegria por terem podido participar na defesa da integridade do solo pátrio, mas sim porque, de facto, com o (pouco) tempo que nos vai restando é a "Vida" que devemos celebrar.

Isto tudo, em conjunto, reforçado pela notícia do falecimento desse generoso e empenhado camarada José Eduardo Alves e também ainda 'tocado' pelo falecimento do meu cunhado ('jovem' de 72 anos e que fumou muito quando isso era corrente e socialmente bem aceite...), lembrei-me de vos enviar duas manifestações de "viver a Vida" com a alegria dos reencontros e do gosto e satisfação que isso sempre proporciona e que, nestes dois casos, se referem aos 6º e 7º Encontros dos "Ilustres TSF".

Não sei dizer como, quando e quem começou a chamar "Ilustres TSF" aos jovens que depois de fazerem o 1.º Ciclo do CSM no 3.º Turno de incorporação em 1969, lhes calhou em sorte essa especialidade (TSF), tirada a partir do final de Setembro desse ano no então BT à Graça/Sapadores, em Lisboa.

Isso agora não importa, o que para o caso deve ser notado é que esse grupo foi constituído por 15 'jovens mancebos', de locais muito dispersos do País e que hoje ainda persistem em manter os laços, fortes e indestrutíveis, que então os uniu e que os motiva a procurar materializar estes Encontros.

Acontece que os problemas de saúde também vêm atormentando os seus membros. Dos 15, tanto no 6.º Encontro no ano passado, no Porto, como no 7.º Encontro, este ano recentemente ocorrido em Viseu, foram 9 os presentes. Um já faleceu (vítima de doença 'incurável'...), um outro anda travando batalhas sucessivas com uns 'bichinhos' desse tipo, outro (meu padrinho) está incapaz de se juntar a nós com problemas originados pelo "senhor alemão", outros têm outros tipos de problemas, pelo que a consciência que temos vindo a tomar de que é imprescindível manter esta chama (da amizade, do convívio) viva tem conseguido vencer obstáculos.

No Porto, o ano passado em 27 de Maio, conseguiu-se com que, ao fim de décadas, nos reencontrássemos nessa cidade. Foi bastante bom, o dia estava quente, o 'Porto turístico' lá estava para nos mostrar o que evoluiu (com os ganhos e perdas que isso acarreta). Envio duas fotos ilustrativas desse evento, uma tirada na Ribeira, com Gaia ao fundo e a outra, clássica, no restaurante, que é afinal o local onde se reúnem as memórias.

Como tudo correu bem e como nos apercebemos de que este tipo de Encontros nos fazem bem, nos 'rejuvenescem', decidimos logo ali não deixar passar muito tempo para que novo Encontro ocorresse e desse modo ficou aprazado que este ano de 2016 seria em Viseu.

E assim foi. Lá estivemos novamente 9, sendo que esta ano o A. Calmeiro não teve possibilidade de participar por motivo dos tratamentos que anda a fazer mas no lugar da sua falta apareceu o J. Fanha, o que muito nos alegrou.

Como seria de esperar, correu bem. Muito bem. A alegria esteve presente, o rememorar episódios passados em comum (como o caso das "bolachas de m... e de que já relatei aqui no Blogue), outros passados entre as diferentes experiências dos diversos locais por onde se esteve.

O E. Pinto que nos recebeu e organizou os momentos do Encontro surpreendeu-nos com uma visita particular e irrepetível ao "Bar de Gelo" no "Palácio do Gelo", uma visita guiada à "Cava de Viriato", outra ao Clube Viseense visitar o espaço que esse Clube dedicou ao local da estreia de "Os Tubarões" e, para 'memória futura', ainda fomos contemplados com uma garrafa de vinho do Dão rotulada especialmente para o efeito.

Como seria de esperar, a alegria foi grande, a satisfação também e, não menos importante, manteve-se e consolidou-se a amizade entre nós.

Devemos, como diz o AGAbreu, celebrar a Vida e foi o que fizemos e pretendemos continuar a fazer.

Abraços
Hélder Sousa

As fotos:

Ribeira do Porto - 27 de Maio de 2015 - Em baixo o C. Lã. De pé, da esquerda para a direita: A. Calmeiro, M. Rodrigues, E. Pinto, J. Reis, H. Sousa, M. Martins, F. Cruz, e F. Marques.

Ribeira do Porto - 27 de Maio de 2015 - A mesma equipa num Restaurante local

Viseu - 20 de Abril de 2016 - À mesa

Viseu - 20 de Abril de 2016 - No "Bar de Gelo", por ser talvez mais difícil reconhecer as personagens, temos, da esquerda para a direita. M. Martins, E. Pinto, J. Reis, H. Sousa, M. Rodrigues, C. Lã, F. Cruz, J. Fanha e F. Marques.

A Garrafa comemorativa. Um presente inestimável.
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Nota do editor

Último poste da série de Guiné 63/74 - P16058: Convívios (739): XX Encontro do pessoal da CCAÇ 2660, dia 4 de Julho de 2016 em Paredes