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terça-feira, 18 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24232: Frase do dia (7): "Amílcar Cabral tinha tanto de génio como de ingénuo", diz uma das personagens do conto "A doença do Alemão", de Luís Graça


Amílcar Cabral (1924-1973) > c. 1970 > 
Foto  do líder histórico do PAIGC,
incluída em 
O Nosso Livro de Leitura da 2ª Classe,
editado pelos Serviços de Instrução do PAIGC
(1970)


1. Excerto do conto "A doença do Alemão", de Luís Graça (*):

(...) Sei que fez a tropa (e a guerra) na Guiné. Não posso dar muitos pormenores, porque sou um zero à esquerda nessas matérias. Julgo que pertencia à engenharia militar. Tanto quanto me lembro das nossas conversas, ele não deixava de simpatizar com o Amílcar Cabral, filho de pai cabo-verdiano. Mas achava um disparate a ideia de união ou unidade entre a Guiné-Bissau e Cabo-Verde.

− O Amílcar Cabral tinha tanto de génio como de ingénuo − recordo-me de ele me ter dito uma vez.

− Ingénuo ?... − indaguei eu.

− E viu-se: deixou-se matar por um dos seus. Em vez de mandar limpar o sebo a esse tal Inocêncio Cani, não, deu-lhe uma segunda oportunidade para ele se regenerar...

O Arsénio tinha uma costela cabo-verdiana, pelo lado da mãe que, garantia ele, era bisneta de escravos...

− E eu trisneto, com muita muita honra, sem qualquer complexo... Tive pena que Cabo Verde tivesse entrado, em 1975, na  paranoia da dipanda, a reboque do PAIGC. Arrepiaram caminho, anos mais tarde, que a euforia revolucionária  não enche barriga...

− Dipanda ?!...

− Ah!, desculpa, é angolês, uma corruptela de independência...

Eu aqui não quis comentar, nem nunca disse que tinha tido amigos cabo-verdianos que apoiavam o PAIGC no Luxemburgo... Depois meteram a viola no saco, quando se deu o golpe de Estado do 'Nino' Vieira, em 1989, se bem recordo... Foi o fim de muitas ilusões... "A segunda morte do pai das nossas nacionalidades", chorava um dos meus amigos que era cantor, com discos publicados  na Holanda... E, para mim, também, embora eu nunca tivesse conhecido a realidade da Guiné-Bissau nem de Cabo-Verde, antes e depois da "luta de libertação", como eles gostavam de dizer... Mas o direito à independência, tanto da Guiné-Bissau, como de Cabo Verde, esse, sempre o reconheci. Como lá se chegou, num caso e no outro, isso eu já não discutia, era assunto para os guineenses, os cabo-verdianos, os portugueses  e os historiadores... E eu, afinal, era cidadão luxemburguês...(embora mantivesse a cidadania portuguesa). (...)


2. Comentário de António Graça de Abreu:

Que grande história! Mas uma frase lapidar, exemplar pelo rigor: "O Amílcar Cabral tinha tanto de génio como de ingénuo." (**)

Abraço,

António Graça de Abreu | 18 de abril de 2023 às 18:01 

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(**) Último poste da série > 31 de julho de 2022 > Guiné 61/74 - P23477: Frase do dia (6): Abençoadas Guiné e China que me deram este gosto pela poesia (António Graça de Abreu)

domingo, 31 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23477: Frase do dia (6): Abençoadas Guiné e China que me deram este gosto pela poesia (António Graça de Abreu)

1. Comentário de António Graça de Abreu ao poste P23472 (*)

Meu caro Luís: 

Mandei-te isto há três dias, mas nem estava propriamente a pensar na publicação no blogue. È um poema de Su Dongbo (1037-1101), um poeta famoso na China, do tempo do pai do D. Afonso Henriques. 

Claro que o rio é o Yangtsé, o terceiro maior rio do mundo. Tive a sorte de já descer o rio Yangtsé cinco vezes, a primeira em 1983 a última em 2018. 

Vai outro poema do mesmo poeta, ajuda a compreender o contexto. Creio que lido, trabalho traduzindo Grande Poesia.

Abençoadas Guiné e China que me deram este gosto pela poesia (**).




A Falésia Vermelha

por Su Dongbo (1037-1101)

O grande rio corre para leste,
as suas ondas varrem os heróis da História.
A oeste da antiga muralha,
entra-se na Garganta Vermelha,
outrora terras de Zhuge Liang (1)
nos recuados tempos dos Três Reinos.
Cumes aguçados perfuram o céu,
rápidos em fúria batem no casco dos barcos,
águas desfazem-se em mil pedaços de névoa, como neve.
Os pintores gostam de pintar as montanhas e os rios,
em memória dos grandes homens do passado.
Recordo, (há quantos séculos?),
a união ente o guerreiro Gong Chin
e a bela e esplendorosa Jiaoxiao,
lembro o chapéu azul de Zhuge Liang,
o estratega acenando com seu chicote de crina de cavalo,
conversando enquanto as chamas consumiam a frota de Cao Cao
e as cinzas se espalhavam pelos quatro ventos.
Tudo se desvaneceu com o fumo dos séculos,
mas eu gosto de sonhar com reinos desaparecidos.
Há quem ria diante do branquear dos meus cabelos.
Por resposta tenho uma taça de vinho
encharcada em luar, mergulhando nas águas do rio.

Tradução de António Graça de Abreu

[António Graça de Abreu: (i) docente universitário reformado, escritor, sinólogo (especialista em língua, literatura e história da China); (ii) natural do Porto, vive em Cascais; (iii) autor de mais de 20 títulos, entre eles, "Diário da Guiné: Lama, Sangue e Água Pura" (Lisboa: Guerra & Paz Editores, 2007, 220 pp); (iv) ex-alf mil, CAOP1, Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74; (v) é membro da nossa Tabanca Grande desde 2007, tem 314 referências no blogue]
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Nota do autor:

(1) Referência ao período dos Três Reinos (220-281) e à Falésia Vermelha situada nas margens do grande rio Yangtsé, onde se travaram algumas das maiores batalhas fluviais da história da China. Su Dongbo recorda o grande estratega militar Zhuge Liang (181-234) e o general Cao Cao (155-220), príncipe e poeta.
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(**) Último poste da série > 27 de julho  de 2022 > Guiné 61/74 - P23463: Frase do dia (5): "Todas as guerras sempre foram e continuarão a ser lutas de vontades... e não só das vontades dos combatentes" (Gen Bettencourt Rodrigues, in "África: a vitória traída", Lisboa, Ed. Intervenção, 1977, pág. 142)

quarta-feira, 27 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23463: Frase do dia (5): "Todas as guerras sempre foram e continuarão a ser lutas de vontades... e não só das vontades dos combatentes" (Gen Bettencourt Rodrigues, in "África: a vitória traída", Lisboa, Ed. Intervenção, 1977, pág. 142)

1. C
omentário do nosso editor Luís Graça ao poste P23462 (*):


Curiosamente, estou a reler o "testamento" do gen Bethencourt (ou Bettencourt) Rodrigues, inserido no livro "África: a vitória traída" (Lisboa, Editorial Intervenção, 1977, 276 pp.): apenas três (!) páginas são dedicadas às "Forças Armadas Portuguesas" (no CTIG) (pp. 129-131), e nelas tem este curtíssimo e lapidar parágrafo sobre a Força Aérea: 

"Os meios aéreos também não eram os mais adequados ao tipo de apoio que se pretendia e de que se carecia, sobretudo depois do aparecimento dos foguetes Strela" (sic) (pág.131)...

Não esconde, todavia, "a gravidade da situação militar que se vivia na Guiné no 1.º trimestre de 1974" (pág. 140)... 

E conclui com uma verdade de La Palisse: 

"Certo é que todas as guerras sempre foram e continuarão a ser lutas de vontades... e não só das vontades dos combatentes" (pág. 142). (**)

É um depoimento que merece ser retomado e analisado com tempo e vagar. 

Foto acima: O gen Bettencourt Rodrigues, em Madina do Boé, 16 de novembro de 1973. Créditos fotográficos: Página do Facebook de J. Raffelber, Raffelnews, Álbum Madina do Boé, 29 de janeiro de 2018 (detalhe, cm a devida vénia).

2. Registe-se, já agora, outro comentário sobre os "meios aéreos" de que as NT dispunham, no TO da Guiné (1961/7), da autoria do António J. Pereira da Costa, cor art ref, com duas comissões naquela terra "verde-rubra" (*):

(...) Aqui [
neste poste P23462] ficam indicados os meios da FAP atribuídos ao TO da Guiné.
Seria interessante saber quais foram os critérios de atribuição destes meios, para além da "pressão dos EUA". 

Claro que a questão "financeira" era determinante e das necessidades de instrução e treino que decorriam na metrópole. Excluindo os meios humanos, insubstituíveis e de difícil obtenção,  não se sabe o que terá levado a um "equilíbrio" entre o que se queria e o que era atribuído. Só assim será possível prosseguir na análise deste tema." (...)
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sábado, 16 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23435: Frase do dia (4): Quer queiramos, quer não, na Guiné era diferente de Angola e Moçambique... É a minha segunda pátria. Confesso que em Mampatá do Forreá sentia-me em casa e ainda hoje tenho lá "ermons", "sobrinhos" e até "filhos". Para outros sou "avô". Até já me ofereceram uma casa para eu ir para lá viver (José Teixeira, ex-1º cabo aux enf, CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70)

1. Comentário de José Teixeira ao poste P23429 (*):

(i) ex-1.º Cabo Aux Enf,  CCAÇ 2381 (Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70);

(ii)  um dos históricos do nosso blogue, integrando a Tabanca Grande desde 14/12/2005; 

(iii) autor de diversas séries (Estórias do Zé Teixeira; Crónicas de uma viagem à Guiné-Bissau: de 30 de abril a 12 de maio de 2013: reencontros com o passado; O meu diário); 

(iv) tem 374 referências no nosso blogue: é autor de vários livros, entre contos e poesia, o último dos quais "Palavras que o Vento (E)leva", 2022, 138 pp., edição da Poesia Impossível, a ser lançado em novembro próximo; 

(v) um fundadores e régulos da Tabanca Pequena de Matosinhos; 

(vi) voltou à Guiné-Bissau por diversas vezes; 

(vii) gerente bancário reformado; 

(viii) avô babado de três netos; 

(ix) mora em São Mamede de Infesta)


Quer queiramos, quer não, na Guiné era diferente de Angola e Moçambique. Afirmo isto porque tenho,  entre os meus amigos, como todos nós, gente que andou por essas bandas, com quem tenho dialogado. 

O teatro de guerra era pequeno, tanto quanto a "província". A maior parte dos que estavam no interior tinha o seu aquartelamento com tabancas ao lado, ou, como eu, vivia na própria tabanca. 

As operações, apesar de duras e violentas, eram de curta duração, na maioria dos casos. Alguns de nós, como eu, passávamos muito tempo na tabanca. A população recebia-nos bem -sabia acolher e conviver. 

Confesso que em Mampatá do Forreá sentia-me em casa e ainda hoje tenho lá "ermons" "sobrinhos" e até "filhos". Para outros sou "avô". Até já me ofereceram uma casa para eu ir para lá viver. Todos os dias tenho alguém a pedir-me amizade no FB dizendo-se filho de A, neto de B, etc. De Empada nem tanto porque a tabanca ficava ao lado do quartel e o convívio era menor, mas quando lá estive em 2005, 2011 e 2013 fui reconhecido, bem recebido e mimado.

Quando entrei no barco - O Niassa - para regressar a casa, lembro-me de ter dito cá para mim: "Adeus Guiné para sempre, jamais cá voltarei"... E, passados uns anos, a saudade daquela gente, a beleza daquela terra, começou a atormentar-me. Agora é a minha segunda Pátria.

Ainda há dias, filha do Chefe de tabanca de Mampatá, e creio que à data Régulo do Forreá, esposa do atual Régulo de Contabane, ao chegar a Lisboa, me telefonou para saber com estou e a minha "senhora" e para nos encontrarmos em breve.

Zé Teixeira
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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23429: Frase do Dia (3): Na verdade, nós saímos da Guiné, mas a Guiné não sai de nós (José Martins, ex-fur mil trms, CCAÇ 5, "Gatos Pretos", Canjadude, 1968/70)

 1. Comentário (*) de Martins (ex-Fur Mil Trms, CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), e nosso colaborador permanente, autor, entre outras, da série "Consultório Militar"; m histórico da Tabanca Grande, onde está desde 2005; tem jácerca de 460 referências. 

Caro Ramiro Figueira

Foi bom ter voltado a Canjadude e Che-Che, apesar de 
ser em pensamento, sítios por onde andei e onde permaneci dois anos, já lá vão mais de cinquenta.

Na verdade, nós saímos da Guiné, mas a Guiné não sai de nós.

Abraço.

Zé Martins (**)

13 de julho de 2022 às 09:27 (*)

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 13 de julho de 2022 > Guiné 61/74 - P23427: (Ex)citações (411): O calor e alguma ociosidade inerente levou-me a andar aqui pelo blogue a passear pela infinita quantidade de publicações que por cá há, com destaque para a região do Boé onde, em 1987, fui abrir uma missão com hospital de campanha, no âmbito dos Médicos Sem Fronteira (Ramiro Figueira, ex-Alf Mil Op Esp da 2.ª CART/BART 6520/72)

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23426: Frase do dia (2): Quando o General Bettencourt Rodrigues chegou à Guiné (21Set73), já a FAP tinha destruído as bases de apoio do PAIGC no estrangeiro, Kumbamori no norte, Kambera e Kandiafara no sul, faltava Koundara no leste, a alguns quilómetros de Buruntuma (António Martins de Matos, ex-ten pilav, BA12, Bissalanca, 1972/74)


Capa e contracapa do livro "Voando sobre um Ninho de Strelas", de Antonio Martins de Matos, 2ª edicão,  Lisboa, Sítio do Livro, 2020, 456 pp.


1. Dois curtos comentários (*), que selecionámos como a "frase do dia" (**)... São da autoria 
 do António Martins de Matos, ten gen  pilav ref (ex-ten pilav, BA 12, Bissalanca, 1972/74) e autor do livro de memórias "Voando sobre um Ninho de Strelas" (1ª edição, Lisboa: BooksFactory, 2018, 375.pp.; 2ª edicão,  Lisboa, Sítio do Livro, 2020, 456 pp.); tem 114 referências no nosso blogue.

Quando o General Bettencourt Rodrigues chegou à Guiné (21Set73), já a FAP tinha destruído as bases de apoio do PAIGC no estrangeiro, Cumbamori no norte, Kambera e Kandiafara no sul. Faltava Koundara no leste, a alguns quilómetros de Buruntuma. 

Uma primeira decisão, o novo Comandante-Chefe não nos autorizava idas ao estrangeiro, preferiu fazer uma nova revisão da matéria dada, lá pelos lados do Cantanhez. No início de 1974 foi o que se viu, ataques no leste a Copá, Bajocunda, Canquelifá, nem precisavam de entrar no nosso território.

Quanto à Directiva para o Apoio Aéreo, não tinha nada de novo, não era mais que a repetição das decisões da Reunião de Comandos de 15Mai73, então presidida pelo General Spínola.

12 de julho de 2022 às 11:38

Em aditamento ao meu comentário anterior, Bettencourt Rodrigues vinha da enorme Angola. Como Comandante Chefe da Guiné andou sempre atrás dos problemas, sem conseguir perceber a situação daquele território. Em 26Abril74 acabou preso pelo seu próprio staff, uma das muitas tristezas, para não dizer vergonhas, do 25Abril.

12 de julho de 2022 às 14:27
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(**) Último poste da série > 11 de julho de 2022 > Guiné 61/74 - P23422: Frase do dia (1): Faz hoje 55 anos que entrei para a tropa, em Santarém. Tinha 22 anos feitos, regressei com quase 26... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil at art, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)

segunda-feira, 11 de julho de 2022

Guiné 61/74 - P23422: Frase do dia (1): Faz hoje 55 anos que entrei para a tropa, em Santarém. Tinha 22 anos feitos, regressei com quase 26... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil at art, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)




Espinho > Silvade > Fevereiro de 1969 > Jantar de despedida antes da partida, a 18, para o TO da Guiné... Um grupo de sargentos e furriéis milicianos da CART 2479, futura CART 11, "Os Lacraus" (1969/70).

À esquerda, sentados: Canatário (armas pesadas), e Cândido Cunha; em pé Silva (transm.), Abílio Duarte e Pinto, atrás Macias e Pechincha (operações especiais); ao alto,  Sousa, ao centro 1º. Sarg Ferreira Jr. (já falecido), Renato Monteiro (1946-2021), Ferreira (vagomestre), Edmond (enfermeiro), Pais de Sousa (mecânico) e eu, sentado, à direita, Valdemar Queiroz (armado em finório) (nasceu em 30/3/1945; está assinalado com cercadura a amarelo). (*)

Para completar a classe de sargentos da CART 2479 (futura CART 11),  falta o 2º. sarg Almeida (o velho Lacrau) (já falecido), o fur mil Vera Cruz e o fur mil Aurélio Duarte  (também já falecido).

Foto (e legenda): © Valdemar Queiroz 2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Fez ontem 55 anos que entrei para a tropa. Eu e o Cândido Cunha entrámos da parte da tarde no Destacamento da EPC em Santarém.

Tinha 22 anos feitos e regressei da tropa com quase 26 anos. Por acaso já tinha emprego certo, as empresas eram obrigadas a manter no Quadro de Pessoal os trabalhadores a prestar serviço militar.

Mas, quantos milhares de jovens ficaram a "patinar" no início da sua vida profissional por terem de ir para a tropa e depois para a guerra?

País do caraças, que obrigava os jovens a ir para a tropa e para a guerra em vez de os utilizar no desenvolvimento do País.




Valdemar Queiroz [ex-fur mil at art, CART 2479 /CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)


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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 19 de dezembro de  2021 > Guiné 61/74 - P22821: Fotos à procura de... uma legenda (158): Tão meninos que nós éramos!... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)