Mostrar mensagens com a etiqueta torpedos bengalórios. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta torpedos bengalórios. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Guiné 63/74 - P3314: Estórias de Guileje (15): Coisas daquela guerra que era uma loucura e deixou muita gente maluca (Luís Candeias)

Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68)> Aspecto da construção, em 1968, de uma abrigo-caserna... Foto do saudoso Cap Ref José Neto (1927-2007).




Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > 17 de Maio de 2008 > III Encontro Nacional da Nossa Tertúlia > Dois homens de Guileje e membros da nossa Tabanca Grande: à direita, (i) o Cor Art Ref Coutinho e Lima, que vai lançar muito proximamente o seu livro com o seu depoimento sobre a sua (polémica) decisão de retirar as NT e a população civil de Guileje, em 22 de Maio de 1973, na altura em que era major e comandante do COP 5; e à sua esquerda, (ii) o ex-Fur Mil Op Esp José Casimiro Carvalho, da CCAV 8350 (aqui, na foto, agradecendo ao seu antigo comandante, em seu nome pessoal e da sua família, a decisão de abandonar Guileje, decisão essa que terá salvo a vida a muita gente).
Fotos: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2008). Direitos reservados.


1. Mensagem do Luís Candeias, com data de 15/1/08. Não estava esquecida, aguardava apenas... melhor oportunidade editorial:

O Luís António Ricardo Candeias (1) foi Fur Mil Inf (BII 18 e BII 19, Ponta Delgada e Funchal, 1973/74). Não chegou a ser mobilizado para o ultramar. Mas ouviu histórias (e estórias) da Guiné, como estas que aqui nos conta. (Guileje era já, de resto, fértil em histórias, estórias, historietas, anedotas, no meu tempo, Junho de 1969/Março de 1971, em Bissau ou na Zona Leste)...

O Luís Candeias é natural da Ilha de Santa Maria, Região Autónoma dos Açores, onde é controlador de tráfego aéreo. É amigo do nosso amigo e camarada Arsénio Puim, ex-Alf Mil Capelão, da CCS do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), miseravelmente denunciado por alguém de Bambadinca, um civil ou um militar, preso por pacifismo (?) pela PIDE/DGS no dia 1 de Janeiro de 1971, levado de helicóptero para Bissau e expulso do exército (2)... (LG)
Boa noite, Luís

Ao ver estas informações sobre os torpedos bengalórios (3), lembrei-me que, quando vim do Funchal para Ponta Delgada, encontrei aí vários Sargentos recém regressados da Guiné.

Recordo-me bem do Tavares de Melo, do Sabino e de um outro que acho que se chamava Oliveira. Este último era um senhor baixinho, de cabelo muito ralo, que tinha vindo de Guilejee onde tinha feito uma comissão numa altura em que tiveram que abandonar o aquartelamento várias vezes, só com a G3 (4).

Nas nossas conversas na Messe de Sargentos, contava-me ele que viviam permanentemente nas valas. Era na vala que ele tinha a máquina de escrever e que tratava das burocracias. Várias vezes ouvi-o muito zangado dizer que tinha arranjado umas rampas para lançamento de morteiros em cimento, onde colocavam as granadas de morteiro e ligavam os fios. Aquilo parece que permitia uns disparos diferentes que deixavam baralhadas as hostes contrárias.

Este facto ter-lhe-à merecido uma proposta de louvor que ficou em águas de bacalhau na sequência da revolução de Abril e a sua zanga vinha daí. O General Spínola que lhe prometera o louvor, não o chegou a dar e ainda por cima parece que levaram umas porradas por terem abandonado o aquartelamento para salvar a pele (5).

Também convivi de perto no Funchal com um capitão Faria, recém regressado da Guiné, e que acho que era este Capitão Sousa Faria, da CCAÇ 2548 aqui referido.

Tenho bem presente é que ele se fartava de me dizer que teve lá com ele um Furriel Enfermeiro que é meu conterrâneo (Valter Tavares) que ele dizia que era maluco.

Ao contar isso ao Valter e tentando entender o porquê daquela coisa do maluco porque o Valter que eu conheço não é maluco, contou-me que tinha sido por um disparo acidental da sua G3 dentro da caserna, numa operação de limpeza da arma.

Se a memória não me engana, isto aconteceu em Pirada.

Coisas daquela guerra que era uma loucura e que por isso deixou muita gente também maluca.

Um abraço

Luís Candeias
_________

Notas de L.G.:

(1) Sobre o Luís Candeias, vd. postev de 8 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2421: Em busca de... (15): Pessoal da companhia madeirense que esteve em Jemberem (1973/74) (Luís Candeia, amigo do Arsénio Puim)

(2) Sobre o Arsénio Puim, vd. postes de:

17 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1763: Quando a PIDE/DGS levou o Padre Puim, por causa da homília da paz (Bambadinca, 1 de Janeiro de 1971) (Abílio Machado)

5 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1925: O meu reencontro com o Arsénio Puim, ex-capelão do BART 2917 (David Guimarães)

12 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2433: Em busca de ... (16): Pessoal da CCAÇ 4946/73, madeirense + Arsénio Puim, ex-capelão, açoriano, BART 2917 (Luís Candeias)

16 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2444: Arsénio Puim, ex-Alf Mil Capelão, CCS/BART 2917, hoje enfermeiro reformado e um grande mariense (Luís Candeias)

(3) Sobre os misteriosos torpedos bengalórios, vd. postes de

19 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2061: A odisseia esquecida de Gandembel / Balana (Nuno Rubim / Idálio Reis)

13 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2436: Diorama de Guileje (2): a casota do gerador Lister... Agora só faltam os torpedos bengalórios (Nuno Rubim)

15 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2441: Diorama de Guiledje (3): Torpedos bengalórios (Idálio Reis /Nuno Rubim)

(4) Só pode ser a açoriana CCAV 8350, os Piratas de Guileje, que abandonaram Guileje no dia 22 de Maio de 1973, por decisão do comandante do COP 5, o então major Coutinho e Lima, juntamente com a população local e outras sub-unidades adidas.

Vd. Postes do José Casimiro Carvalho:

18 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1856: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (5): Gadamael, Junho de 1973: 'Now we have peace'

24 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1784: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (4): Queridos pais, é difícil de acreditar, mas Guileje foi abandonada !!!

14 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1759: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (3): Miniférias em Cacine e tanques russos na fronteira

13 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1727: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (2): Abril de 1973: Sinais de isolamento

25 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1699: Guileje, SPM 2728: Cartas do corredor da morte (J. Casimiro Carvalho) (1): Abatido o primeiro Fiat G91

25 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1625: José Casimiro Carvalho, dos Piratas de Guileje (CCAV 8350) aos Lacraus de Paunca (CCAÇ 11)

Vd. postes de ou sobre o Coutinho e Lima:

7 de Outubro de 2008 >Guiné 63/74 - P3277: Memórias literárias da guerra colonial (4): A retirada de Guileje - 22 de Maio de 1973 (Coutinho e Lima, Cor Art Ref)

10 de Abril de 2008 > 10 de Abril de 2008 >Guiné 63/74 - P2744: Fórum Guileje (14): Folclore (Cap Inf José Belo) ou Gratidão (Cor Art Coutinho e Lima) ? A homenagem da população local

23 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2673: Uma semana memorável na pátria de Cabral: 29/2 a 7/3/2008 (Luís Graça) (10): Guiledje: Homenagem ao Coronel Coutinho e Lima

27 de Setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2137: Antologia (62): Guileje, 22 de Maio de 1973: Coutinho e Lima, herói ou traidor ? (Eduardo Dâmaso / Luís Graça)

(5) Sobre as estórias desta série, vd. postes já publicados anteriormente:

14 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2437: Estórias de Guileje (1): Num teco-teco, com o marado do Tenente Aparício, voando sobre um ninho de cucos (João Tunes)

23 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2473 - Estórias de Guileje (2): O Francesinho, morto pela Pátria (Zé Neto † )

27 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2483: Estórias de Guileje (3): Devo a vida a um milícia que me salvou no Rio Cacine, quando fugia de Gandembel (ex-Fur Mil Art Paiva)

27 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2483: Estórias de Guileje (3): Devo a vida a um milícia que me salvou no Rio Cacine, quando fugia de Gadamael (ex-Fur Mil Art Paiva)

29 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2489: Estórias de Guileje (4): Com os páras, na minha primeira ida ao Corredor da Morte (Hugo Guerra)

30 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2492: Estórias de Guileje (5): Os nossos irmãos artilheiros Araújo Gonçalves † e Dias Baptista † (Costa Matos / Belchior Vieira)

31 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2493: Estórias de Guileje (6): Eurico de Deus Corvacho, meu capitão (Zé Neto † , CART 1613, 1966/68)

11 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2523: Estórias de Guileje (7): Um capitão, cacimbado, e um médico, periquito, aos tiros um ao outro... (Rui Ferreira)

18 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2552: Estórias de Guileje (8): Como feri, capturei e evacuei o comandante Malan Camará no Cantanhez (Manuel Rebocho, CCP 123 / BCP 12)

23 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2574: Estórias de Guileje (9): O massacre de Sangonhá, pela Força Aérea, em 6 de Janeiro de 1969 (José Rocha)

7 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2729: Estórias de Guileje (10): os trânsfugas de Guileje, humilhados e ofendidos (Victor Tavares, CCP 121/BCP 12, 1972/74)

31 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2905: Estórias de Guileje (11): A besta do Celestino (Zé Neto † , CART 1613, 1966/68)

(Por lapso, houve um salto na numeração dos postes, de 11 para 13)

12 de Junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2934: Estórias de Guileje (13): Com os páras, no corredor da morte: armadilhe-se o moribundo (Hugo Guerra)

6 de Setembro de 2008 >Guiné 63/74 - P3176: Estórias de Guileje (14): O meu (in)subordinado de transmissões (Zé Carioca)

(6) Vd. poste de 15 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2440: História do BCAÇ 2879, 1969/71: De Abrantes para Farim: O Batalhão dos Cobras (1) (Carlos Silva)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Guiné 63/74 - P2441: Diorama de Guiledje (3): Torpedos bengalórios (Idálio Reis /Nuno Rubim)

Guiné > Região de Tombali > Gandembel > CCAÇ 2317 (1968/69) > O artefacto apoiado ao muro (lado esquerdo) é um torpedo bengalório... Fazia parte integrante de inúmeras apreensões de material que os pára-quedistas obtiveram à volta de Gandembel/Ponte Balana. 

 Foto e legenda: © Idálio Reis (2007). Direitos reservados. 

  1. Mensagem do Idálio Reis, enviado ao Nuno Rubim com conhecimento à Tabanca Grande: 

 Antes do mais, cordiais saudações a todos vós. Na troca de correspondência que venho mantendo com o Nuno Rubim, a quem endereço um particular agradecimento pelo modo como se empenhou na elaboração desse primor, que é o diorama de Guileje, deixa-nos sempre muito sensibilizados este tipo de dedicação. Embora defrontando-se com a falta de elementos, mesmo assim conseguiu reconstruir Guileje, uma terra que bem conheceu. E é admirável, que passados tantos anos, consiga repor todas as infra-estruturas, com quase o mesmo grau de pormenor como ali não houvesse sinais de um qualquer efeito erosivo. Falei-lhe nos torpedos bengalórios (1). O Luís continua a ser um homem da investigação, ainda que não seja esta a matéria que seja mais exímio, conquanto o pareça. Do que me foi dado a conhecer, o torpedo bengalório utilizado pelo PAIGC era uma arma ofensiva que, dadas as suas características, servia para abrir uma clareira por efeito do poder explosivo, nomeadamente para danificar uma cerca de arame farpado. Parecia ser um artefacto artesanal, mas se acaso fosse devidamente colocado e o seu detonador bem concebido, era efectivamente terrível. Num dos ataques a Gandembel, 1 ou 2 unidades foram accionadas, que deterioram uma parte significativa da fiada externa da cerca. Dos despojos deixados, não havia mais nenhum. De todo o modo, julgo que esta(s) localização(ões) não foi(ram) a(s) melhor(es), já que o(s) guerrilheiro(s) incumbido(s) desta missão incorria(m) em perigos à beira do abismo, ainda mais que se aproximaram do local com maior vigilância: o paiol. A fotografia que envio, onde se vê esse artefacto apoiado ao muro (lado esquerdo), é parte integrante de inúmeras apreensões de material que os pára-quedistas obtiveram à volta de Gandembel/Ponte Balana.

 Um apertado abraço amigo do Idálio Reis.


  2. Resposta do Nuno Rubim: Caro Idálio Reis Mais uma vez o camarada e amigo me fornece indicações importantes. E estou sempre a aprender... No que se refere aos torpedos bangalore tenho vária informação, porque também os tivemos cá em Portugal. Mas era um modelo dos EUA. Quando, na minha 3ª comissão, no CIC (Centro de Instrução de Comandos), Grafanil, Luanda, frequentei no BENG o curso de Minas e Armadilhas, tendo obtido a classificação de Mestre, aí estudei, entre outros dispositivos, os torpedos bangalore, cuja origem remonta à 2ª Guerra Mundial ( embora na 1ª GG tivessem sido empregues uns dispositivos primitivos para obtenção dos mesmos fins : abrir brechas nas redes de arame farpado). Mas o camarada Idálio vem agora, a meu ver, clarificar totalmente a questão. E é a fotografia que envia ! Percebe-se agora que o que foi designado na altura por torpedo bengalório, utilizado pelo PAIGC, era afinal um sistema improvisado, artesanal ( como muito bem diz ) desenvolvido talvez por influencia soviética, já que tenho informação que os russos utilizaram um semelhante em operações na Crimeia, entre outras acções, durante a 2ª Guerra Mundial. E o que é que vemos ? Uma simples calha em forma de U, com petardos de explosivo ( provavelmente trotil ), dispostos uns a seguir aos outros e provavelmente ligados ( enrolados ) por cordão detonante. Depois era só aplicar, no 1º elemento de explosivo, um detonador pirotécnico com cordão lento ! Finalmente colocar a calha debaixo da rede de arame farpado e ... fogo ! É claro que o sapador corria grandes riscos ... Normalmente era efectuados ataques de diversão, utilizavam-se meios fumígenos, etc... para proteger o homem. Obrigado, camarada, por mais esta importante achega. 

 Um abraço Nuno Rubim ______________ 



domingo, 13 de janeiro de 2008

Guiné 63/74 - P2436: Diorama de Guileje (2): a casota do gerador Lister... Agora só faltam os torpedos bengalórios (Nuno Rubim)

Diorama de Guiledje > 2008 > A casota do gerador Lister: miniatura, da autoria de Nuno Rubim.

Fotos: © Nuno Rubim (2008). Direitos reservados 


 1. Mensagem do Nuno Rubim, com data de 11 de Janeiro: 

 Caro Luís: Nem de propósito ! Eu acabar o modelo da casa do gerador de Guileje e ir ao blogue ver se encontrava algo de novo sobre os torpedos bangalore (1). E dou de caras com o poste sobre o motor Lister ! (2) Tirei logo duas fotos ! Pois o Vítor Condeço foi de grande ajuda. E aqui vai o se pôde fazer. 

A casota do gerador (ainda sem telhado, que era em chapa de zinco ondulada), com o seu grupo Lister, dois bidões com as cores indicadas pelo Condeço (3) e dois jerricãs. Claro que no Diorama isso será dificilmente visível, mas que me deu um grande gozo fazê-la, lá isso deu ... E se eu tivesse a vista e as mãos de há vinte ou trinta anos ... 

 Um abraço, Nuno Rubim 

  2. Comentário de L.G.: 

 Nuno, a verdade é que ninguém sabe o que eram esses tais torpedos bengalórios, a que se refere o Idálio Reis... Alguém sabe ? Eu confesso a minha ignorância, mas na Wikipédia, na versão inglesa, encontrei uma definição, além de uma imagem (espero que isto dê uma ajudinha). Já agora, acrescentarei que em português, no Google, só encontrei duas referências ao termo "torpedos bengalórios" - uma das quais remetendo para o nosso blogue (1) - e cerca de 20 mil ao termo "bangalore torpedo"... Agora percebo que fizesse sentido o PAIGC usar estes engenhos explosivos para cortar o arame farpado ou abrir brechas nos nossos campos de minas... 

  "A Bangalore torpedo is an explosive charge placed on the end of a long, extendable, tube. It is used by combat engineers to clear obstacles that would otherwise require them to approach directly, possibly under fire. It is sometimes colloquially referred to as a Bangalore mine, bangers or simply a Bangalore. It has been estimated that the modern Bangalore torpedo is effective for clearing a path through wire and mines up to 15 metres long and 1 metre wide". 

 É descrita também a sua origem histórica e as suas primeiras utilizações no teatro de operações: 

  (...) "The Bangalore torpedo was first devised by Captain McClintock, of the British Army Bengal, Bombay and Madras Sappers and Miners at Bangalore India, in 1912. He invented it as a means of exploding booby traps and barricades left over from the Boer and Russo-Japanese Wars. The Bangalore torpedo would be exploded over a mine without the sapper having to approach closer than about three metres (ten feet). "(...) By the time of World War I the Bangalore torpedo was primarily used for clearing barbed wire before an attack. It could be used while under fire, from a protected position in a trench. "The torpedo was standardized to consist of a number of externally identical 1.5 metre (five foot) lengths of threaded pipe, one of which contained the explosive charge. The pipes would be screwed together using connecting sleeves to make a longer pipe of the required length, and a smooth nose cone would be screwed on the end to prevent snagging on the ground. It would then be pushed forward from a protected position and detonated, to clear a 1.5 metre (five foot) wide hole through barbed wire " (...).

Israel > Museu Batey ha-Osef > Um torpedo bengalório...

Fonte: Wikipedia (2008) (imagem do domínio público, copyleft)

_______________ 

 Notas de L.G.: 


 (...) Assunto - Torpedos bengalórios (...) "Dos 372 ataques/flagelações que Gandembel sofreu, o maior foi a 15 de Julho (de 1968) e, com consequências mais desastrosas, bem diferenciado dos 2 que tiveram lugar na 1ª quinzena de Setembro. É que quando se quer quantificar o arsenal que o IN fez utilizar, somente lhe posso reconhecer que foi variado e imenso, ter a sensação do tempo dispendido, avaliar o tipo de armamento posto nesse teatro e tentar reconhecer os resultados. Fui incapaz de reconhecer quanto armamento ou efectivos se cercaram de Gandembel. "A utilização dos 'torpedos bengalórios' fez-se incidir muito em especial em 15 de Julho, em que se tornou bem visível que houve destruição do arame farpado em frente ao paiol" (...). 


 (3) Vd. postes de: