Último poste da série> 23 de abril de 2023 > Guiné 61/74 - P24244: Efemérides (385): Convite para participação na homenagem aos antigos combatentes da guerra do ultramar da Freguesia de Paus, Concelho de Resende, vivos e caídos em campanha, dia 29 de Abril de 2023, que contará com uma represenção do nosso Blogue
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 25 de abril de 2023
Guiné 61/74 - P24249: Efemérides (386): Homenagem aos combatentes do concelho da Lourinhã, no dia 25 de Abril de 2023
Último poste da série> 23 de abril de 2023 > Guiné 61/74 - P24244: Efemérides (385): Convite para participação na homenagem aos antigos combatentes da guerra do ultramar da Freguesia de Paus, Concelho de Resende, vivos e caídos em campanha, dia 29 de Abril de 2023, que contará com uma represenção do nosso Blogue
quarta-feira, 28 de abril de 2021
Guiné 61/74 - P22148: Efemérides (347): AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste, com sede na Lourinhã, evoca os 47 anos da revolução do 25 de Abril e o final da Guerra Colonial (Jaime Silva, ex-alf mil, pqdt, BCP 21, ANGOLA, 1970/72)
No dia 25 de abril 2021, pelas dez horas da manhã, um grupo
de combatentes da Lourinhã comemorou os 47 anos da revolução de Abril e o final
da Guerra Colonial.
O ato simbólico foi realizado junto ao monumento erguido em
memória dos combatentes mortos na Guerra Colonial do concelho da Lourinhã, ato
restrito a cerca de meia dezena de combatentes e alguns familiares, em virtude
das restrições sanitárias impostas pelas DGS.
Usaram da palavra o Presidente da AVECO, Fernando Castro, e
Jaime Silva, ambos alferes milicianos que cumpriram uma comissão de serviço
obrigatório em Angola.
No momento, foi realçada, não só a importância e o papel
fundamental dos militares de Abril no derrube da ditadura e na implantação da
democracia em Portugal, mas também reforçar como a revolução de Abril nos
permite hoje, viver numa sociedade mais justa, aberta e desenvolvida, apesar
das desigualdades sociais, particularmente para os mais pobres no acesso à
saúde, educação, trabalho, cultura, desporto e lazer!
Mais ainda, foi relembrado como naquele tempo de ditadura a grande maioria da população do concelho vivia numa pobreza extrema a diversos níveis, por exemplo: os homens trabalhavam de sol a sol no campo, sem qualquer regalia ou apoio social; a jorna e a força dos braços era a única forma de sustento da família, sempre numerosa; os homens só ganhavam a jorna quando trabalhavam no campo e os invernos pareciam muito longos e chuvosos com largos períodos sem trabalho e sem “o pão para a boca” (como se dizia).
Lourinhã > Largo António Granjo > Monumento aos Combatentes do Ultramar > 2014 > Aspeto parcial do monumento, inaugurado em 2005
Ouvia-se muitas vezes as mulheres da aldeia dizer, quando
falavam umas com as outras a lavar a roupa no rio:
- O “meu” já vai para um mês que só trabalhou três
quartéis. Como é que a gente pode viver assim? Olha, vai para o “rol” da
mercearia. O pior, é que, quando vendermos a seara, o ganho fica todo lá. Como
é que os pobres podem levantar a cabeça! Estamos condenados!
Foi evocada a frase comum dos mais velhos quando perante a
adversidade diziam: “o que é preciso é ter saúde e sorte, que Deus não dá
tudo”, tal o estado de resignação da gente
desafortunada!
Na minha intervenção lembrei também, a propósito da atual crise provocada pela Covid - 19 que, por volta do ano de 1955, quando andava na escola, houve no concelho um surto de varíola (“bexigas doidas”, como era designado pelo povo).
No Seixal, a minha aldeia, foi uma “arrazia”. Ocorreu até um episódio em que um dia o delegado de saúde do concelho da Lourinhã, Dr. José Carvalho, ali se deslocou para consultar uma criança nossa colega de escola, chamado pelo pai que era pescador e como pertencia ao sindicato dos pescadores, era o único que tinha direito a consulta médica para a filha.
Entretanto uma mulher que, mal viu o médico entrar na casa
do nosso vizinho, alertou as outras mães para a sua presença e mal o Dr. Carvalho
ultrapassou a soleira da porta, foi confrontado com este alarido todo. Não teve
outro remédio de, mesmo ali, e em plena rua, observar o estado das outras
crianças, todas, já, em tronco nu. Eu fui uma delas! O médico foi embora… e as
nossas mães lá nos continuaram a tratar com o único e milagroso remédio (o
mercúrio crómio) que tinham às mãos para curar as “bexigas doidas”.
A segunda parte da cerimónia os combatentes evocaram o fim
da Guerra Colonial e os seus longos e pesados treze anos de duração. Recordaram
que mais de um milhão de portugueses foram mobilizados para combater em África
e cujas consequências se saldou em mais de oito mil mortes, cento e vinte mil
feridos, quatro mil estropiados e, estima-se que, cerca de cem mil combatentes ficaram
a sofrer de stress pós traumático de guerra.
Lembraram e nomearam todos os jovens do concelho da Lourinhã que tombaram durante a Guerra, em Angola (9), na Guiné (6) e em Moçambique (5) e recordou-se, particularmente, o 1.º combatente da Lourinhã a morrer na guerra em consequência dos ferimentos que recebeu em combate.
Trata-se do Soldado Atirador Joaquim Alexandre Neto Martins, natural dos Casais de Porto Dinheiro em 12.6.1961. Pertencia à Companhia de Caçadores n.º 105 do Batalhão de Caçadores n.º 96. Foi mobilizado no Regimento de Infantaria n.º 7 em Leiria. Faleceu no Hospital Central de Luanda, vítima de ferimentos em combate. Ficou sepultado no cemitério Novo de Luanda, uma vez que a “Pátria”, nessa altura, não suportava as despesas com a trasladação dos corpos, cabendo às famílias suportar esses custos.
A cerimónia encerrou com a colocação de uma coroa de flores junto ao Monumento e com a leitura de um poema de Manuel Alegre que cumpriu uma comissão de serviço como Alferes Miliciano no Norte de Angola e cuja mensagem traduz de uma forma sublime o que cada um de nós, combatentes em Angola, Guiné ou Moçambique, sentíamos naquele “tempo de combate”.
"Nambuangongo meu amor”
“Em Nambuangongo tu não viste nada
não viste nada nesse dia longo longo
a cabeça cortada
e a flor bombardeada
tu não viste nada em Nambuangongo.
Falavas de Hiroxima tu que nunca viste
em cada homem um morto que não morre.
Sim nós sabemos Hiroxima é triste
mas ouve em Nambuangongo existe
em cada homem um rio que não corre
Em Nambuangongo o tempo cabe num minuto
em Nambuangongo a gente lembra a gente esquece
em Nambuangongo olhei a morte e fiquei nu. Tu
não sabes mas eu digo-te: dói muito.
Em Nambuangongo há gente que apodrece
Em Nambuangongo a gente pensa que não volta
cada carta é um adeus em cada carta se morre
cada carta é um silêncio e uma revolta.
Em Lisboa na mesma isto é a vida corre.
E em Nambuangongo a gente pensa que não volta
É justo que me fales de Hiroxima.
Porém tu nada sabes deste tempo longo longo
tempo exatamente em cima
do nosso tempo. Ai tempo onde a palavra vida rima
com a palavra morte em Nambuangongo”
Lourinhã, 27 de abril 2021
Jaime Silva
CONCELHO DA LOURINHÃ RELAÇÃO DOS COMBATENTES FALECIDOS NA GUERRA DO ULTRAMAR ANGOLA |
NOMES | POSTO | FREGUESIA | FALECIMENTO |
Joaquim Alexandre Neto Martins | Soldado | Ribamar/C.P. Dinheiro | 12.06.1961 |
João Cláudio Fernandes | Soldado | Atalaia | 05.07.1963 |
Leonel Lourenço dos Santos | Soldado | Marteleira | 10.08.1963 |
João António Fonseca Martins | Soldado | Lourinhã | 14.01.1964 |
Joaquim Domingos Santos Oliveira | Soldado | Reguengo Grande | 24.05. 1964 |
Frutuoso Brás Ferreira | 1.º Cabo | Reguengo Grande | 30.08.1964 |
João dos Santos Correia | Soldado | Pena Seca | 07.07 1970 |
Arsénio Bonifácio da Silva | Soldado | Seixal | 04.09.1972 |
Henrique Luís Rodrigues | Soldado | Pena Seca | 01.03.1973 |
MOÇAMBIQUE |
NOMES | POSTO | FREGUESIA | FALECIMENTO |
Manuel Filipe Henriques | 1.º Cabo | Casal das Barrocas | 02.10.1967 |
Henrique Lino Antunes Marques | Furriel | Marteleira | 07.02.1968 |
Avelino augusto Corado | Soldado | Paço | 30.10.1969 |
Jorge Maceira Santos | Soldado | Reguengo Grande | 26.09.1970 |
Israel António Onofre | Alferes | Moita dos Ferreiros | 11.01.1972 |
GUINÉ |
NOMES | POSTO | FREGUESIA | FALECIMENTO |
José António Canôa Nogueira | Soldado | Lourinhã | 23.01.1965 |
José Henriques Mateus | Soldado | Areia Branca | 09.07.1966 |
Albino Cláudio | Soldado | Ribamar | 23.07.1968 |
Alfredo Manuel Martins Félix | Soldado | Toxofal | 26.01.1970 |
Carlos Alberto Ferreira Martins | Soldado | Toledo | 15.04.1971 |
José João Marques Agostinho | 1.º Cabo | Reguengo Grande | 05.05.1973 |
Fonte: Jaime Silva (2014). vd. poste P13118
____________
Nota do editor:
Último poste da série> 25 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P22035: Efemérides (346): No Dia Mundial da Árvore, lembrando o castanheiro do Barriguinho a que cheguei fogo involuntariamente (Francisco Baptista, ex-Alf Mil Inf)
sábado, 29 de junho de 2019
Guiné 61/74 - P19929: Convívios (904): AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste, 7 de julho próximo, no Moledo, Lourinhã
Convite da AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste, com sede na Lourinhã. Corrija-se a ementa: onde se lê "Sebre-mesa: Arrôs doce" deve ler-se "Sobremesa: Arroz Doce". O convívio vai ser no Moledo, Lourinhã (*). O monumento aos combatentes do ultramar, ali erigido, data de 23 de janeiro de 2005 (**)
Rua dos Bombeiros Voluntários - Centro Coordenador dos Transportes - Piso 1 – Sala 2
2530-147 LOURINHÃ
Telef: 261469457
Correio electrónico: avecombatentes@gmail.com
Curiosamente, nesta pequena e bonita freguesia do concelho da Lourinhã, distrito de Lisboa, situada no planalto das Cesaredas, nenhum combatente morreu, ao que eu saiba, por doença, acidente ou combate em África, durante a guerra colonial (1961/74)... Na "Rocha do Moledo", ficou gravado um poema de um camarada da APVG - Associação de Veteranos de Guerra, que pela foto não consigo identificar...
Aqui fica a minha homenagem aos camaradas do Moledo, e a todos os demais, do nosso Portugal e da nossa diáspora, numa altura do ano em que costumamos lembrar e evocar os nossos queridos mortos... LG
Foto (e legenda): © Luís Graça (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
)**) Vd. poste de 31 de outubro de 2011 > Guiné 63/74 - P8972: Homenagem aos mortos e aos vivos da(s) guerra(s) do ultramar: um exemplo, o monumento do Moledo da Lourinhã, inaugurado em 2005
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Guiné 63/74 - P16533: Convívios (771): III Encontro de Paraquedistas, Bombarral, 2 de outubro de 2016, comemorativo dos 60 anos da criação das tropas paraquedistas em Portugal (1956-2016).
III Encontro de Paraquedistas, Bombarral, 2 de outubro de 2016, comemorativo dos 60 anos da criação das tropas paraquedistas em Portugal (1956-2016).
Inciativa com apoio da AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste,l com sede na Lourinhã, e Associação de Pára-quedistas Tejo Norte, com sede em Oeiras, além do município do Bombaral.
Prazo para inscrições: até 28 de setembro de 2016
___________
Nota do editor:
Último poste da série > 22 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16515: Convívios (770): Encontro do pessoal da CCAÇ 2797 e Pel Canh S/R 2199 (Cufar, 1970/72), dia 8 de Outubro de 2016, no Porto (Luís de Sousa)
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Guiné 63/74 - P16343: Convívios (764): Moledo, Lourinhã, 14 de agosto de 2016: encontro de combatentes, 5º aniversário da AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste... Estamos todos convidados!
Cartaz pormocional do convívio da AVECO - Associação dos Veteranos do Oeste, da autoria do nosso amigo e camarada António Basto. Moledo da Lourinhã é uma terra fascinante, a 70 km de Lisboa que merece uma visita. (*)
Foi aqui, em Moledo [, do baixo latim "Moletu(m)", rochedo], que Pedro e Inês fizerem o seu ninho de amor. Inês teve aqui um palácio, entretanto demolido no séc. XVI. Tem igreja renascentista e é a povoação do país com mais esculturas por metro quadrado (**), Os seus moinhos de vento, de oprigem árabe, também são um motivo de atração. Tem igualmente monumento aos combatentes do Ultramar. Fica situado no planalto das Cesaredas.
Lourinhã > Moledo > Arte Pública > 25 de agosto dfe 2015 > Inês, peça de Joana Alves, em pedra da região... E o nosso editor com a mãosinha... "na mama firme da bajuda".
Foto (e legenda): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados
1. A AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste, com o NIPC 510 083 617, tem sede na Rua dos Bombeiros Voluntários, Edificio do Centro Coordenador de Transportes, Piso 1, Sala 2, Lourinhã, e é uma Instituição Particular de Caracter Cultural e Social.
É uma Associação que agrega antigos combatentes (Veteranos) da Guerra Colonial e das Missões de Paz, de todos os Ramos das Forças Armadas.
(i) o apoio social, médico e jurídico, a defesa de direitos e das justas reivindicações de todos os associados, e a obtenção de assistência específica aos ex-combatentes e seus familiares, portadores de deficiência por perturbação pós-stress traumática de guerra (PTSD);
(ii) promoção de actividades lúdicas e culturais para os seus associados e familiares.
(iii) não tem fins lucrativos e é independente de ideologias políticas, étnicas, religiosas e económicas.
2530-147 LOURINHÃ
Telefone: + 351 261 46 9457
Notas do editor:
(*) Último poste da série > 28 de julho de 2016 > Guiné 63/74 - P16340: Convívios (763): Tabanca da Linha, 21 de julho de 2016: Parte II - (E)ternos namorados (fotos de Manuel Resende)
(**) Vd. poste de 27 de agosto de 2015 > Guiné 63/74 - P15046: Memória dos lugares (316): Moledo, Lourinhã: a capital do amor, o palco dos amores de Pedro e Inês, ardentes, altamente explosivos, perigosos, clandestinos, subversivos, e de lesa-pátria... Também local (fabuloso, de visita obrigatória) de arte pública, para ver com os olhos... e mexer com mãos (, que nos perdoem a Inês e o Pedro lá no céu dos eternos amantes!) - fotos de Luís Graça
domingo, 19 de junho de 2016
Guiné 63/74 - P16215: Convívios (755): AVECO- Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste , nas festas do concelho da Lourinhã (23 a 26 de junho de 2016)... Mas também a banda de música Melech Mechaya (a 25, sábado, 23h30)
(refrão)
(refrão)
O recinto das festas é no Estádio do Sporting Clube Lourinhanense. A entrada é livre. Que não falta a alegria e a sã camaradagem aos nossos veteranos do Oeste e seus amigos e familiares. Boas festas populares para todos os nossos leitores!
____________
Nota do editor:
Último poste da série > 16 de junho de 2016 > Guiné 63/74 - P16209: Convívios (755): Grande ronco no 31ºConvívio Anual da CART 3494 em Arcozelo – Vila Nova de Gaia (Sousa de Castro)
sábado, 11 de junho de 2016
Guiné 63/74 - P16192: Efemérides (230): O 10 de junho de 2016, em Belém: um herói vivo, cor inf cmd Raul Folques e um grupo de grã-tabanqueiros que não costumam faltar a este convívio de antigos combatentes, entre outros, António Fernando Marques, Arménio Estorninho, Carlos Silva, E. Magalhães Ribeiro, Fernando Jesus Sousa, Francisco Silva, João Carlos Silva, Joaquim Nunes Sequeira, José Nascimento, Mário Fitas, Miguel & Giselda Pessoa, e Silvério Lobo
Também encontrei o Victor Barata, fundador, administrador e editor do blogue Especialistas da BA 12, Guiné 1965-74, e nosso grã-tabanqueiro da primeira hora, mas infelizmente esqueci-me de tirar uma foto com ele (e o irmão)... Transmitiu-me uma ideia que fica aqui registada: as relações entre os especialistas MMA, da BA 12, Bissalanca, com os pilotos, nomeadamente dos Fiat G-91, eram boas, mas poderiam ter sido excelentes... É uma opinião. Mas eu poderia dizer o mesmo: a distância (social), no Exército, entre os combatentes e os seus comandantes (nomeadamente a nível de batalhão) era, em geral, muito grande e talvez perniciosa.
Os nossos oficiais superiores, nomeadamente no exército, nunca perceberam que essa distância podia comprometer, irremediavelmente, o desempenho operacional. Com a exceção de Spínola, ao nível dos generais, e talvez das tropas especiais (BCP 12, fuzileiros, etc.), ninguém, percebeu ou estava interessado em perceber isso; que um líder é aquele que vai à frente, mostrando o caminho...
Nunca tive um comandante de batalhão que me mostrasse o caminho, e a única vez em que um tenente coronel alinhou ao meu lado, no mato, fui eu, fomos nós, que lhe mostrámos o caminho. Esse oficial superior chamava-se Polidoro Monteiro, mas contavam-se pelos dedos os líderes militares, os grandes comandantes operacionais, como o Raul Folques, o Alpoim Calvão ou o capitão Comando graduado Bacar Jaló ou o ten cor pqdt Araújo e Sá... Ao nível dos graduados subalternos, milicianos (oficiais e sargentos), a seleção e a formação não terão sido menos desastrosas... Em suma, fomos todos entregues aos bichos... Ou melhor, e para não ser tão radical: às vezes, eu tive a sensação de que estávamos entregues aos bichos...
Foto nº 17 > O guião da AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste, com sede na Lourinhã
Foto nº 18 > Em primeiro plano, o António Basto, um dos dirigentes da AVECO
Lisboa, Belém, Forte do Bom Sucesso, Monumento aos Combatentes do Ultramar > XXIII Encontro Nacional de Combatentes > 10 de junho de 2016 > Alguns camaradas com quem falei e a quem fotografei...
Úçtimo poste da série > 11 de junho de 2016 > Guiné 63/74 - P16191: Efemérides (229): O 10 de junho de 2016, em Belém: diz o "alfero Cabral", sempre bendito entre as mulheres, que hoje era muito mais difícil a um homem escolher a arma e a especialidade...(Mário Fitas, ex-fur mil inf op esp, CCAÇ 763, "Os Lassas", Cufar, 1965/67)