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segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Guiné 61/74 - P27289: Tabanca da Diáspora Lusófona (37): João e Vilma vão-se casar... pela Igreja, no próximo dia 12, domingo, às 10h30, St Cyril Church, Nova Iorque. Cerimónia presidida pelo Arcebispo Dom Gabriele Caccia, Observador Permanente do Vaticano na ONU. A Tabanca Grande está toda convidada...




Nova Iorque > 2013 > Vilma e João: "just married", há 12 anos atrás... Uma linda história de amor. Profano. A partir de domingo, dia 12, será sacro-profano. Voltam a casar-se mas desta vez aos olhos (e com a benção) de Deus e da Santa Madre Igreja.


(Cortesia: LusoAmericano, 24 de abril de 2013, pág. 23)


1. Mensagem,  recebida hoje,às 13:06,  do João Crisóstomo.


Caro Luís Graça, Carlos Vinhal, e demais caríssimos camaradas, ( da Guiné e outras lutas)


Mais uma jornada…

Eu considero-me um felizardo porque em toda a minha vida tenho tido a sorte de encontrar gente boa que me tem concedido a sua amizade, amizades que muitas vezes se traduziram em ajuda preciosa em momentos difíceis, que a minha vida, não sendo diferente dos outros, tem tido de tudo.

Consciente de que amizade e bons amigos são o melhor que a vida nos pode dar, eu tenho tentado conservar estas boas amizades. Quando um amigo por qualquer motivo fica fora do meu radar eu não desisto enquanto não sei o que se passa, para se possível reatar o contacto e amizade. 

Reencontrei muitos amigos assim, depois de longas separações. Num destes casos fui tão afortunado que ao fim de 40 anos de separação, contentes de nos reencontrarmos, acabamos por casar para não nos separamos outra vez.

Os meus amigos são para mim a minha segunda família. E esta engloba camaradas de escola e outros lugares de aprendizagem que frequentei; colegas de trabalho — e foram variados muitos e variados nos quatro cantos do mundo; e até muitos amigos que apareceram como por simples acaso. 

E eu tenho uma incorrigível mania: sempre que eu encontro alguém que me parece uma pessoa invulgar/especial eu logo troco informações e contactos na esperança de que tenha feito mais uma amizade. Por isso dizem que eu tenho muitas amizades em toda a parte.

Quanto ao serviço militar, especialmente a minha “experiência” na Guiné… foi um maná, pelo elevado número de grandes amizades que me proporcionou. Eles são também parte ( e uma parte muito querida) da "minha segunda família".

E é nesta vertente que eu quero partilhar com todos vocês mais uma etapa da jornada da minha vida.

Não os vou chatear outra vez a contar pormenores da minha história, a história da minha vida. Concordo e aceito que tem sido um pouco invulgar: e permito-me duas linhas para alguém para quem eu ainda seja um desconhecido: tive uma meninice e juventude difícil, como sucedeu a tantos de nós; tive a mesma experiência que vocês tiveram na Guiné; seguida por vivências na Inglaterra, França, Alemanha e Brasil antes de me radicar definitivamente nos Estados Unidos. 

O acaso levou-me a vir a ser mordomo para a Senhora Jacqueline Kennedy Onassis. Sem grandes habilitações literárias, trabalhei sempre duro, especialmente em restaurantes, onde fiz de faxineiro a Maitre D" ao mesmo tempo que frequentava escolas direcionadas para línguas, algo de que sempre gostei e que foi a razão primeira das minhas andanças pelo mundo.

Isto tudo para partilhar com todos vocês—vocês todos que são a minha segunda família - uma notícia muito pessoal, mas excitante mesmo: vou casar no próximo domingo, dia 12 de outubro.

Eu explico:

Após o meu divórcio em 1997 (do meu primeiro casamento foi em Londres em 1971) eu jurei nunca mais me tornar a casar. Sucede que entre os indivíduos/amigos que eu tentava reencontrar, contava-se uma jovem que eu tinha conhecido em Londres. E durante muitos anos, sem qualquer outro motivo que não fosse o reatar uma amizade, como sucedeu com tantos outros (as) eu vim a descobrir que esta jovem se encontrava em Paris.

E, inesperadamente, quando nos reencontramos, foi "amor à segunda vista”. Convenci-a a vir comigo para Nova Iorque onde logo nos casamos. O facto de me ter levado 40 anos a encontrar esta minha amiga despertou a curiosidade do New York Times que relatou a nossa história, logo repetida por todo o mundo e tivemos os tais “15 minutos de fama” a que, dizem, toda a gente tem direito.

Mas casamos apenas pelo civil. É que em Londres, depois do meu primeiro casamento, também apenas pelo civil, eu fiquei numa posição aflitiva: eu queria dizer à minha família que eu tinha casado , mas se lhes dissesse que tinha casado só pelo civil ia causar uma tragédia; eu receava que a minha mão não aguentasse a tristeza que isso lhe causaria. 

Saído da tropa havia pouco tempo ainda, eu estava muito alheio a Igrejas. Mas convenci a minha esposa a termos um casamento religioso, mesmo simples, que me permitisse dar a notícia, confirmando com uma foto que estávamos casados na Igreja. E assim sucedeu. Uma cerimónia simples, sem missa nem as “preparações” que eu nem sabia eram precisas para um casamento religioso. Mas eu pensei que era válido e sempre me considerei casado pela Igreja.

Agora, para casar outra vez, tinha de ser apenas pelo civil. E assim foi. Mas ao contar a minha história a um prelado amigo este logo concluiu que o meu primeiro casamento religioso não tinha validade. E aconselhou-me a tratar de arranjar a nulidade de casamento. 

Eu pensei fazê-lo, para logo decidir não me incomodar: a burocracia ainda era muita, e as despesas equivalentes. E dizia eu para os meus botões ": então se o meu casamento não foi válido, para que vou eu perder tempo e dinheiro a invalidar uma coisa que nunca foi válida?”

Sucede que há uns meses atrás a minha esposa recebeu um pedido invulgar: um sobrinho seu, de 64 anos, decidiu ingressar na igreja católica e pediu-lhe para ela ser a sua madrinha de baptismo. E lá fomos nós à Eslovénia. 

Mas de alguma maneira senti-me pouco confortável e quando voltámos a Nova Iorque, procurei o bispo da minha diocese. O juíz que ele apontou para investigar as circunstâncias do meu primeiro casamento, feitas as devidas diligências, concluiu que o senhor padre que nos casou até foi uma pessoa simpática, mas nem sequer fez qualquer registo do nosso “casamento".

 Quanto à foto que eu lhe mostrava … ele podia arranjar uma igual no dia seguinte…. Deu-me o "certificado de nulidade’ e que eu podia casar agora com quem quisesse…

E aqui está a minha (nossa) história, que com grande alegria partilho com todos vocês. Se alguém estiver por aqui perto, estão todos convidados…

Aqui está o convite:

CONVITE

Vilma Kracun Crisóstomo e João Francisco Crisóstomo
Solicitam o prazer da sua companhia na celebração da nossa união religiosa.

Domingo, 12 de Outubro de 2025, às 10.30 AM
St Cyril Church, 62, St Marks Place, New York , NY 10003

A sua presença é o melhor e suficiente presente para nós.
Trajo informal, tendo em mente o caracter religioso do momento.

No próximo dia 12 de Outubro Vilma e eu vamos cimentar a nossa união com um casamento religioso, que não nos foi possível até hoje dado que eu sou/estava divorciado. O meu primeiro “casamento religioso” foi agora confirmado nulo.

Sua Excelência o Senhor Arcebispo Dom Gabriele Caccia, Observador Permanente do Vaticano nas Nações Unidas que desde sempre nos tem concedido o favor da sua amizade aceitou presidir ao nosso casamento.

Ficaremos muito contentes , honrados e muito gratos também pelo favor da sua presença neste dia tão especial para nós os dois.

Após a Missa reunir-nos-emos no salão da Igreja para para um convívio celebratório.

Ficamos gratos pelo favor duma resposta até 5 de Outubro 2025


Tel: 1- 718 899 7776; cel: 1 917 257 1501; 1 347 944 4254 
(no “texts” please )




Nova Iorque > Igreja Eslovena de São Ciro > Homenagem a dois grandes humanistas lusófonos  > 7 de abril de 2024 >  Arcebispo dom Gabriele Caccia e padre franciscano frei Krisolog durante a Missa.  Serão, no próximo dia 12, os  dois que vão celebrar o nosso casamento.

. .

Nova Iorque >  Igreja Eslovena de São Ciro > Homenagem a dois grandes humanistas lusófonos > 7 de abril de 2024 >    Vilma e João Crisóstomo,  padre franciscano frei Krisolog,  embaixadora Ana Paula Zacarias e dom Gabriele Caccia.

Fotos (e legendas): © João Crisóstomo  (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



2. Comentário do editor LG:



João, não páras de me/nos surpreender... Fico feliz por ti, a Vilma e demais família e amigos. O casamento é sempre um bom barómetro...E o divórcio, outro. Doze anos depois pegas na corda, e, zad!, "dás o nó",  "enforcas-te" de vez. (Não traduzas isto para a Vilma. É uma expressão muito nossa, muito idiomática, estúpida, da gíria dos machos.)

A cerimónia religiosa que agora vão realizar, tu e a Vilma, é ritual de reforço do vosso amor.  Tenho pena de não estar aí por perto para testemunhar a vossa alegria. Mas mesmo que pudesse, não tenho o passaporte em dia nem muito menos o visto para entrar no teu/vosso país. 

Vou dar a notícia aos nossos comuns amigos:  2ª feira, dia 13, vamos estar na caldeirada anual, na festa de Ribamar, Lourinhã, honrando uma tradição que foi inaugurada pelo nosso querido e saudoso Eduardo Jorge (1952-2025). 

Tira umas chapas da festa. Best wishes.

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Guiné 61/74 - P27281: Tabanca da Diáspora Lusófona (36): O meu "Labor Day" (1 de setembro) e um "party" luso-esloveno-americano (João Crisóstomo, Queens, Nova Iorque)

 


Foto nº 1 > Nova Iorque > Queens > 1 de setembro de 2025, "Labor Day" > Ser solidário (1): O João e a Vilma


 
Foto nº 2  > Nova Iorque > Queens > 1 de setembro de 2025, "Labor Day" > Ser solidário (2)


Foto nº 3 > Nova Iorque > Queens > 1 de setembro de 2025, "Labor Day" > Ser solidário (3)



Foto nº 4 > Nova Iorque > Queens > Setembro de 2025 > Party luso-esloveno-americano (1)


Foto nº 5 > Nova Iorque > Queens > Setembro de 2025 > Party luso-esloveno-americano (2)


Foto nº 6 > Nova Iorque > Queens > Setembro de 2025 > Party luso-esloveno-americano (3)


Foto nº 7 > Nova Iorque > Queens > Setembro de 2025 > Party luso-esloveno-americano (4)

Fotos (e legendas): © João Crisóstomo (2025). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Mensagem do João Crisóstomo, régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona:

Data - terça, 16/09, 01:08
Assunto - Sinal de vida


Caro Luis Graça,

Envio-te meia dúzia de fotos de dois eventos recentes. Com franqueza receio que este tipo de notícias e fotos nem sejam pertinentes para o blogue; pois pode dar uma impressão errada, tanto mais que recentemente, (aliás há bastante tempo já) nem tudo têm sido rosas. 

Mas, um dia de cada vez, vamos fazendo o melhor que se pode, incluindo tentar partilhar e viver com os "nossos próximos” mais próximos… Mas… faz o que bem entenderes.
A verdade é que estes “parties” nos ajudam muito a nós mesmos. De certa maneira os maiores beneficiados somos nós.

As primeiras 3 fotos são dum “party" no dia 1 de Setembro (o correspondente ao 1º de Maio em Portugal): uma espécie de “ snack” às 16.00 pm  com salada de fruta, um grande bolo, e outros variados, refrigerantes etc. Foi a melhor maneira que encontrei para dar um pouco de vida e alegria a alguns dos séniores (e alguns familiares que os visitavam nesse dia) que moram num “assisted living building” (**) na nossa rua (otos nºs 1, 2 e 3),

As outras fotos são dum “party de "parabéns e boas-vindas” a dois jovens amigos da Eslovénia ( que conhecíamos de anteriores visitas a Nova Iorque) e que agora vieram trabalhar e viver nos Estados Unidos (Fotos nºs 4, 5, 6, e 7)) 

 Este foi um evento mais “abrangente”, meio português, meio esloveno … como podes verificar pelas cores dominantes: na mesa maior, comprida, as cores são verde e vermelho (foto nº 5), assim como no muro contrário, na foto em que eu e a Vilma estamos com os dois “homenageados” (foto nº 6) ( e até parecemos dois anões… o que não nos atrapalha, pois logo de pequeno , talvez para que eu não tivesse preconceitos de ser pequeno, me folham pondo na cuca que os homens não se medem aos palmos…). 

Já na mesa contra o muro oposto, as cores são as da bandeira eslovena (Foto nº 5). Nessa mesa podes ver dois tachos grandes: um tacho de caldeirada de bacalhau e um tacho de arroz de marisco, ambos um sucesso . Mas como na Eslovénia o forte mesmo é a carne, houve uma travessa de “Ribs” (porco) e duas travessas de galinha : uma de galinha assada e outra de galinha picante com muito alho. E ratatouille,  salada russa, que eles aqui teimam em chamar "salada francesa”, e salada de batata à eslovena; e salada de alface, que para surpreza minha a Vilma , que faz sempre uma salada fabulosa, desta vez teimou que fosse mesmo bem simples, até o tomate e cebola foram apresentados separados… Ela lá sabe das suas razões…

O vinho branco era o nosso vinho verde. O vinho tinto e champanhe, que foram oferta dum dos convidados , era esloveno. Pelo que me diziam e pelas canções eslovenas que de repente todos ( excepto eu…) se puseram a cantar ( berrando) e parecia não acabarem mais, eu deduzo que valeu a pena!

(Revisão / fixação de texto: LG)
_________________

Notas do editor LG:

(*) Último poste da série > 13 de julho de 2025 _ Guiné 61/74 - P27011: Tabanca da Diáspora Lusófona (35): O meu "Four of July", aniversário da grande Nação Americana, em que os cachorros quentes ("hot dogs") e hambúrgeres grelhad
os da tradição foram substituídos pelo nosso bom bacalhau (João Crisóstomo, Nova Iorque)

(**) O que é um "Assisted Living Building" em Nova Iorque?

Resposta com a ajuda do assistente de IA / Gemini:

Um "assisted living building" (ou "assisted living residence") em Nova Iorque é uma unidade habitacional para pessoas idosas ou com deficiência que necessitam de algum apoio nas atividades diárias, mas que não precisam do nível de cuidados médicos intensivos de um lar de idosos (nursing home). Portanto, não se confunde com o nosso "centro de dia para idosos"  ou "lar de terceira idade"

As principais características incluem:

(i) Habitação: os residentes vivem nos seus próprios apartamentos ou quartos privados dentro de um complexo com áreas comuns.

(ii) Cuidados 24 horas: oferecem supervisão e assistência contínua, incluindo pessoal disponível a qualquer hora para emergências.

(iii) Serviços incluídos: geralmente, os serviços abrangem > Assistência Pessoal: ajuda com a higiene pessoal (banho, vestir), mobilidade e outras atividades da vida diária; | Gestão de Medicação: apoio na toma correta dos medicamentos; | Refeições: fornecimento de refeições diárias, geralmente em refeitórios comuns; | Limpeza e Manutenção: serviços de limpeza do alojamento e tratamento de roupas; | Atividades Sociais e Recreativas: programas para promover o convívio, o bem-estar físico e mental.

(iv) Regulação: no Estado de Nova Iorque, estas residências são licenciadas e reguladas pelo Departamento de Saúde do Estado (New York State Department of Health) para garantir a segurança e a qualidade dos cuidados. O objetivo é proporcionar um ambiente que se assemelhe a uma casa, promovendo a dignidade, autonomia e independência dos residentes.

(***) O "Labor Day", equivalente ao nosso 1º de Maio , "Dia do Trabalhador", é feriado federal nos EUA. Celebra-se na primeira segunda-feira ("monday") de setembro: (i) homenageia a luta dos trabalhadores americanos por melhores condições de vida e de trabalhao; e (ii) e marca o fim não oficial do verão.

A data é comemorada com desfiles, piqueniques e eventos ao ar livre, sendo uma oportunidade de descanso e lazer para as famílias.

O " Labor Day" surgiu no século XIX como resultado da luta do movimento operário em prol de melhores condições de trabalho e redução da jornada de trabalho

O final do século XIX ,nos EUA; foi um período de intensa industrialização, marcado por longas jornadas de trabalho (frequentemente de 12 horas diárias, sete dias por semana), baixos salários e condições de trabalho insalubres e perigosas (acidentes de trabalho, doenças profissionais...). Coemnaçaram a ganhar força os sindicatos, com orgamização de greves e manifestações.

É nesse cenário que que surge a ideia do "Labor Day"...A primeira celebração do Labor Day ocorreu em 5 de setembro de 1882, em Nova York, organizada pela Central Labor Union (CLU). Milhares de trabalhadores marcharam da Prefeitura até a Union Square, em um evento que combinou um desfile com um piquenique para as famílias dos trabalhadores.

O Estado do Oregon foi o primeiro a aprovar uma lei para reconhecer o feriado em 1887. Tornou-se feriado federal, de àmbito nacional, em 1894, após a greve de Pullman, que trouxe as condições de trabalho para a luz da ribalta. Foi dos mais dramáticos conflitos sociolaborais da história americana:

A greve, que começou como um protesto contra cortes salariais e a alta dos preços das rendas de casa. numa cidade-empresa controlada pela Pullman Palace Car Company. Espalhou-se rapidamemnte por todo o país, aralisando os transportes ferroviário.

A resposta do governo federal não se fez esperar e foi dura, com o envio de tropas para reprimir a greve. Houve mortes. P Presidente Grover Cleveland acabou por assinou a legislação que estabelecia o Labor Day como um feriado nacional legal, em 28 de junho de 1894. Mas at+e essa dat Até 1894, mais da metade dos Estados já havia adotado a data.

No essencial, o "Labor Day" celebra as conquistas históricas do movimento operário (a jornada de trabalho de oito horas, salários mais justos, saúde e segurança do trabalho, direito à organização sindical).

Na cultura da América, simboliza também omo o fim, não oficial, do verão. Sendo um fim de semana com ponte (o feriado é sempre à segunda), é uma oportunidade para uma última viagem de verão, churrascos, piqueniques e eventos ao ar livre. As escolas e universidades geralmente iniciam seu ano letivo após o Labor Day.
.
A escolha de da primeira segunda feira de setembro para o Labor Day nos EUA foi, em parte, uma tentativa de distanciar o feriado das conotações socialistas e anarquistas do 1º de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores. O 1º de maio tem suas raízes na revolta de Haymarket, ocorrida em Chicago em 1886, e está associado a uma tradição mais politizada e de protesto do movimento operário internacional. 


(Pesquisa, condensação, revisão / fixação de texto: LG)

domingo, 13 de julho de 2025

Guiné 61/74 - P27011: Tabanca da Diáspora Lusófona (35): O meu "Four of July", aniversário da grande Nação Americana, em que os cachorros quentes ("hot dogs") e hambúrgeres grelhados da tradição foram substituídos pelo nosso bom bacalhau (João Crisóstomo, Nova Iorque)








EUA, Nova Iorque > Queens > Casa do João & Vilma > A "máquina de cortar bacalhau" e algumas peças do núcleo museológico" do casal.

Fotos (e legenda): © João Crisóstomo  (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de João Crisóstomo, régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona

Data - domingo, 6/07/2025, 23:52 (há 6 dias)

Assunto - O Meu "Four of July" 

Meus caros:

Só para dar sinal de vida…

Este poste, embora destinado primeiramente aos camaradas luso-americanos, é extensivo a todos os camaradas que, mesmo não sendo luso-americanos, façam uma visita aos nossos blogues. Pois para dar sinal de vida e dar um abraço a quem queremos bem qualquer ocasião é boa.

Os Estados Unidos estão celebrando hoje mais um aniversário e não foram circunstâncias várias (incluindo de saúde,  que os oitentas já se fazem sentir) esta ocasião seria motivo para eu passar parte do dia ao telefone tentando cavaquear um pouco com os meus camaradas luso-americanos.

Tal não me foi possível, mas no caso de os nossos editores acharem que vale a pena incluir o que segue, aqui vai com um abraço para todos.

Se tivesse tido ocasião de falar ao telefone com os meus amigos, muito provavelmente não deixaria de lhes contar como passei o meu "Four of July”. É que embora não tivesse sido nada de especial, este não deixou de ser curioso ou invulgar por ter misturado diversos sabores e lembranças,  Guiné, Eslovénia, Estados Unidos e Portugal. Mesmo arriscando ser insonso, que os meus dotes de narrador não dão para mais, deixem-me explicar:

No passado dia 22 de junho, a “Academia de Bacalhau de Long Island” festejou o seu 14º aniversário. Depois dum bom almoço, entremeado com vários brindes (“Gavião do Penacho, de bico pra cima... de bico pra baixo....vai acima ,vai abaixo…etc. etc. ";  no caso de não saberem ou não se lembrarem o que são, vejam o poste P22494 de 28 de Agosto de 2021), festejando o aniversário da Academia e dos aniversariantes do mês de junho, entre os quais eu me contava, procedeu-se ao leilão dum enorme e belo cabaz que o recheio era bom: vários chouriços; pão caseiro (bem português, feito em casa dum dos compadres, que à semelhança da Tabanca, neste caso também somos todos simples compadres, sem títulos); um presunto, duas garradas de vinho, uma caixa de bolos sortidos etc.

E, no final, o leilão dum bacalhau. Pois não querem saber que a Vilma decidiu que o bacalhau desta vez tinha de ser nosso? E lá foi cobrindo os lances, arrematando sempre até que os outros competidores acharam que estavam a perder o seu tempo e o bacalhau veio mesmo para nossa casa.

O problema foi quando cheguei a casa. "Como vou cortar agora este bacalhau em postas "?,  pensei eu. E comecei a cogitar como me desenrascar, até que me veio uma ideia : usar uma catana, cópia duma que trouxe da Guiné que tenho guardada há bastante tempo. É que nas paredes do meu apartamento constam alguns artefactos da Guiné, Timor Leste, etc., como recordações.

Entre estas recordações constava uma catana, que com as minhas várias mudanças de Pilatos para Herodes ( Inglaterra, França, Alemanha, Brasil, e USA) acabei por perder. Mas aqui há uns anos atrás um vizinho, surpreendido com o meu interesse por uma catana que ele me mostrou e me lembrava a que eu tinha trazido da Guiné, logo ma ofereceu.

 E foi a solução: com duas tábuas e um buraco que consegui perfurar no fim da lâmina da catana arranjei uma engenhoca a imitar um utensílio que tenho visto em lojas quando compro bacalhau. E deu certo…

Os cachorros quentes ("hot dogs") e hambúrgueres grelhados que são a tradição neste dia de aniversário da Nação Americana,  foram pois substituídos pelo nosso bom bacalhau. Eu até já me tinha esquecido que um dia, na véspera da Natal, em vez do "bacalhau com todos”, eu quis mostrar à Vilma que o bacalhau também podia ser cozinhado sem água, preparado apenas com azeite, camadas de cebola, bacalhau e batatas.

A Vilma gostou e foi a lembrança desse prato que a levou a arrematar com sucesso o bacalhau em leilão e a trazê-lo para casa. Que este ano o aniversário da América tinha de ser celebrado também com sabores portugueses e eslovenos. 

E assim foi. A comida eslovena foi representada por uma belíssima salada em que ela é perita: alface, "arugula" (Eruca sativa) (ou rúcula),e agriões, rodelas de cebola e ovos cozidos, "avocados" (abacate) e maçã, feijão e batata cozida…estava mesmo uma delícia. E a vertente portuguesa estava bem representada pelo prato de bacalhau que um dia lhe preparei e que ela não esqueceu mais.

Bom, eu tinha de arranjar maneira de dizer aos meus camaradas que, mesmo escrevendo pouco eu não deixo de ler e seguir com interesse o nosso querido e fabuloso blogue "Luis Graca & Camaradas da Guiné", o blogue da "Magnífica Tabanca da Linha” e de vez em quando ainda outros, perseverados com tanto carinho pelos seus editores e por tantos camaradas que os alimentam com a sua participação. Bem hajam!

De coração um abraçø grande de amizade e gratidão a todos vocês.

João Crisóstomo, Nova Iorque, 4 de julho de 2025
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Nota do editor LG:

Último poste da série > 23 de maio de 2025 > Guiné 61/74 - P26836: Tabanca da Diáspora Lusófona (34): João Crisóstomo reconhecido, pela "Tribuna Portuguesa / Portuguese Tribune", da Califórnia, como "Personalidade do Ano 2024"... Outras nomeações: a Sousa Mendes Foundation foi a "Associação do Ano 2024" , e a inauguração do Museu Aristides de Sousa Mendes, em Carregal do Sal, o "Evento Cultural do Ano 2024".

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26836: Tabanca da Diáspora Lusófona (34): João Crisóstomo reconhecido, pela "Tribuna Portuguesa / Portuguese Tribune", da Califórnia, como "Personalidade do Ano 2024"... Outras nomeações: a Sousa Mendes Foundation foi a "Associação do Ano 2024" , e a inauguração do Museu Aristides de Sousa Mendes, em Carregal do Sal, o "Evento Cultural do Ano 2024".




Recortes de imprensa >  "Tribuna Portuguesa",  de 15 janeiro de 2025 > Editorial, por Miguel V. Ávila, pág, 2. (Reproduzido com a devida vénia...)


1. Pelo muito que fez (e continua a fazer) pela causa da reabilitação da memória de Aristides Sousa Mendes e a consagração do "Dia da Consciência" mas também pelo aumento da visibilidade, mediática, social e cultural,  da comunidade luso-americana, o nosso amigo e camarada, régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, a viver em Nova Iorque, foi considerado  "Personalidade do Ano de 2024" pelo prestigiado jornal, bilingue, "Tribuna Portuguesa" / "Portuguese Tribune", que se publica na Califórnia, desde 1979.(Quinzenal, independente, é o único jornal  que se publica hoje, em português, na costa oeste dos EUA; foi fundado em setembro de 1979 pelo açoriano João P. Brum. )

(...) "Em 2004, este jornal iniciou o reconhecimento anual dos “Melhores do Ano”. Depois dos primeiros anos serem uma simples lista com poucas categorias que ocupavam apenas uma página, a atual lista já ocupa agora cinco páginas desta edição. Como um jornal comunitário, tentamos o nosso melhor para dar a conhecer os eventos comunitários, novas caras e talentos, para assim – juntos – valorizarmos a nossa 'prata da casa' ".

No editorial da edição de 15 de janeiro de 2025, Miguel V. Ávila destaca três personalidades do ano de 2024, um dos quais o nosso João Crisóstomo (vd. recorte acima). A iniciativa tem já 2 décadas.

(...) Não posso deixar de realçar as três “Personalidades do Ano”:

Tony Goulart, o reconhecido líder comunitário, continua a deixar um legado da “experiência luso-americana” por terras da Califórnia. Logo depois de escrever e publicar um importante livro sobre as filarmónicas portuguesas e os 125 anos da sua presença na Califórnia, coordenou a publicação do livro que faltava – Nossa Senhora da Assunção da autoria de Maria Cunha Carty. 

Lembro-me que nos anos 1990s, as comunidades portuguesas da Califórnia viviam sob as sombras das comunidades da Costa Leste; havia a sensação que seríamos inferiores e que a distância nos faria quase invisíveis para com o nosso país de origem. 

A liderança de Tony Goulart e de outros líderes comunitários muito mudaram essa perspetiva e agora as nossas comunidades luso-californianas são reconhecidas como exemplos na Diáspora portuguesa.

Ana Vargas-Smith tem desempenhado um papel importante no desenvolvimento do auto-estima da cidade de Santa Clara. Reconheceu que uma antiga tradição de 50 anos – o Desfile dos Campeões – tinha cessado durante 24 anos e que havia uma lacuna nos habitantes daquela cidade e que a antiga baixa da cidade merecia ser revitalizada. Colocou mãos à obra, criou uma associação sem fins lucrativos e lá reiniciou essa tradição que tinha sido criada por um luso-americano – Ed Cunha – para reconhecer os combatentes da Segunda Guerra Mundial quando regressaram à sua cidade em 1945.

Ana coordena as angariações de fundos e o desfile que agora conta também com um festival de rua. E a Ana tem a certeza que a comunidade portuguesa e associações portuguesas de Santa Clara desfilam... porque não podemos ser uma comunidade invisivel na sociedade americana." (...)

2. Já na edição de 1 de agosto de 2024, fora dado grande destaque à inauguração do Museu Aristides Sousa Mendes, sendo depois considerado, na edição de 15 de janeiro de 2025, como o "acontecimento cultural do ano", enquanto a Sousa Mendes Foundation  foi a "Associação do Ano 2024" .

Reproduz-se a seguir o belíssimo editorial do Miguel Ávila sobre "o museu que faltava para que a memória não falhe", a propósito da inauguração do Museu Aristides de Sousa Mendes, na sua terra natal, Cabanas de Viriatos, Carregal do Sal, no passado dia 19 de julho de 2024. 

O evento foi na altura também noticiado por nós (*). E na ocasião o nosso amigo e camarada João Crisóstomo leu uma mensagem expressamente escrita pelo Papa Francisco associando-se à homenagem ao Cônsul de Bordéus, Aristides Sousa Mendes (1885-1954), que coincidia também com o seu 139º aniversário natalício.




João Crisóstomo lendo uma mensagem do Papa Francisco


O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa


Família de Sousa Mendes e famílias de refugiados que beneficiaram dos vistas passados pelo Cônsul de Bordéus


Recortes de imprensa > Tribuna Portuguesa, 1 de agosto de 2024 > Editorial, por Miguel V. Ávila, pág, 2. Fotos: pág. 19 (Conteúdos reproduzidos com a devida vénia..)


3. Excerto de mensagem do João Crisóstomo, com data de sábado, 12/04/2025, 08:33, dirigida aos filhos, Cristina e John, e com conhecimento ao nosso editor LG e a um amigo comum. o Rui Chamusco, também ele membro da nossa Tabanca Grande:


(...) Recebi , enviada por e- mail, uma mensagem dum bom amigo e proeminente português na Califórnia, Miguel Ávila, que entre outros lugares de destaque ocupa o de editor do prestigioso jornal bilingue “Portuguese Tribune”/ “Tribuna Portuguesa” e é também membro da "Sousa Mendes US Foundation”, e vice-Presidente do “ Comité Dia da Consciência”.

E porque vocês são meus filhos (e aos outros dois se fossem meus irmãos eu não lhes poderia querer mais ou melhor, sem intuitos de ridículas presunções), partilho o que me enviou que não podia ser mais gratificante:

Primeiro um artigo que escrevi e enviei em novembro passado sobre o problema das armas nucleares. Pensei que não o tinham considerado relevante para ser incluído no jornal, mas afinal não só foi publicado como verifico que dele fizeram "artigo de opinião” (*)

E o segundo a "reportagem da inauguração do museu que deu origem às nomeações para Melhores do Ano 2024.” 

Em ambos os casos a minha colaboração e contributo não foram insignificantes pois que me valeram a distinção de "Homem do ano 2024." (...)

 4. A Tabanca Grande associa-se, com regozijo, ao reconhecimento público feito pela "Tribuna Portuguesa" ao nosso amigo e camarada, "régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona"  (**) que, depois de amanhã,  dia 25, vai estar no Convento de Varatojo, Torres Vedras, a partir das 10h00, num convívio com a família, os Crispins e os Crisóstomos, bem como com os amigos e camaradas da Guiné.  Convívio para o qual estamos todos convidados: é só aparecer: A missa é às 10h30, a que se seguirá um convívio no claustro do convento do séc. XV. O padre Vitor Melícias estará presente.

Quinta feira, dia 29, o João estará também no 61º Convívio da Magnífica Tabanca da Linha, a partir das 12h30, em Algés, no restaurante Caravela de Ouro.

sexta-feira, 2 de maio de 2025

Guiné 61/74 - P26756: Tabanca da Diáspora Lusófona (33): artigo de opinião de João Crisóstomo ("O Nobel da Paz e as Armas Nucleares", Tribuna Portugueda, 10/11/2024)

 





Recorte de Imprensa > João Crisóstomo > O Nobel da Paz e as Armas Nucleares. "Tribuna Portuguesa", San Jose, CA, USA,  10 de novembro de 2024, pág. 21.


1. Este texto do João Crisóstomo já aqui foi publicado no nosso blogue (*), sob o título "Uma carta do Papa Francisco e o Nobel da Paz", aliás com a transcrição (mais completa) da carta de resposa do cardeal Piedro Parolin, Secretártio de Estado do Vaticano.  

Teve também, na altura, bom acolhimento no "Tribuna Portuguesa"/ "The Portuguese Tribune", quinzenário bilingue, independente,  "ao serviço das comunidades portuguesas" na América, que se publica em San Jose, California.


Vilma e João

Damos hoje o devido destaque a este artigo de opinião escrito pelo régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona (**), o João Crisóstomo, que está cá, entre nós, este mês de maio: 

(i) volta para Nova Iorque, dia 3 de junho; 

(ii) acaba de passar também uma temporada na terra da sua querida Vilma, a Eslovénia, no mês transato (**);

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26699: Tabanca da Diáspora Lusófona (32): Bom dia, desde a Eslovénia (João Crisóstomo, Nova Iorque)


1. Mensagem de João Crisóstomo (na foto à esquerda com a sua Vilma, na Eslovénia):


Data - sábado, 12/04/2025, 08:33


Meus queridos filhos Cristina e John Jr, caríssimos Rui Chamusco e Luís Graça,

Já estamos na Eslovénia. Fizémos uma viagem sem novidades exceto os "sempiternos atrasos" e estamos já completa e perfeitamente adaptados , sem qualquer vestígios de "jet lag”.

Está um tempo maravilhoso e a Vilma "está nas nuvens” por se encontrar na terra onde nasceu e com os seus queridos, especialmente as suas queridas manas. Como eu que tive nove irmãs mas nem um irmão sequer, ela também só tem irmãs.

O almoço de hoje vai ser o de boas vindas e reunião da família num lugar paradisíaco, aliás como toda a Eslovénia. Este fica junto a um pequeno lago a pouco mais de meia hora daqui, onde costumávamos ir a pé. Agora ainda aí vamos frequentemente, mas só de carro, que as mazelas da idade já não me permitem longas caminhadas.

Até eu, que tenho sempre tanta dificuldade em dormir, hoje consegui dormir a noite inteira. E agora o acordar foi também muito excepcionalmente bom: primeiro vi uma mensagem do Rui -- Obrigado meu caríssimo irmão! ---chegada durante a noite, desejando-nos uma boa viagem e anunciando ter deixado Boebau e suas crianças e a escola que nos é tão querida.

Sei bem o que sente, pois como em telepatia, o meu coração também se foi abaixo das canelas. E como ele tive de dizer para mim mesmo “Corações ao alto”! E que seja o que Deus quiser.

E depois recebi , enviada por e-mail, uma mensagem dum bom amigo e proeminente português na Califórnia, Miguel Ávila, que entre outros lugares de destaque ocupa o de editor do prestigioso jornal bilingue “Portuguese Tribune”/ “Tribuna Portuguesa” e é também membro da "Sousa Mendes US Foundation”, e vice-Presidente do “ Comité Dia da Consciência”.

E porque vocês são meus filhos (e aos outros dois, se fossem meus irmãos, eu não lhes poderia querer mais ou melhor), sem intuitos de ridículas presunções, partilho o que me enviou que não podia ser mais gratificante:

Primeiro um artigo que escrevi e enviei em novembro passado sobre o problema das armas nucleares. Pensei que não o tinham considerado relevante para ser incluido no jornal, mas afinal não só foi publicado como verifico que dele fizeram "artigo de opinião”.

E o segundo, a "reportagem da inauguração do museu que deu origem às nomeações para Melhores do Ano 2024.” Em ambos os casos a minha colaboração e contributo não foram insignificantes pois que me valeram a distinção de "Homem do ano 2024."

Embora o artigo tenha sido publicado em ambas as línguas, eu copio apenas a reportagem em Português.

Um abraço com carinho e saudades,
Dad/ João C





Recorte de dois artigos da "Tribuna Portuguesa" que o João Crisóstomo nos remeteu, e que publicaremos oportunamente na sua série "Tabanca da Diáspora Lusófona".

(...) "Tribuna Portuguesa também conhecido por The Portuguese Tribune é um jornal bilingue português-inglês, quinzenal, editado na cidade de Modesto na Califórnia. É actualmente o único jorna(...) l português da Costa Oeste dos Estados Unidos da América" (Fonte: Wikipedia)

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Nota do editor:

Último poste da série > 7 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26659: Tabanca da Diáspora Lusófona (31): Bom dia, desde Nova Iorque (João Crisóstomo, régulo)

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26669: Tabanca da Diáspora Lusófona (32): Encontros em 25 de maio (Convento do Varatojo, Torres Vedras) e 29 (Tabanca da Linha, Algés) (João Crisóstomo, régulo)

1. Mensagem do João Crisóstomo, régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona:


Data - 7 abril 2025, 17:39

Assuntos - Encontros em 25 de maio (Convento do Varatojo, Torres Vedras) e 29 (Tabanca da Linha, Algés)


Caro José da Silva e amigos/camaradas da Guiné,


Este só para evitar enganos e lembrar que a data do encontro em Algés que eu erroneamente mencionei para o último sábado de maio, não vai ser no dia 31, mas dois dias antes, no dia 29, uma quinta feira.

Esta mensagem, embora para todos, é especialmente dirigida ao José Valdemar do Vale Pereira Queiroz da Silva, filho do nosso saudoso Waldemar Queiroz (1945-2025) pois sei que ele disse que "gostaria de ser contactado para poder estar presente no próximo encontro da Tabanca Grande pois queria conhecer mais e melhor os amigos de seu pai"..

Como (devido às circunstâncias de todos conhecidas e pessoalmente “sentidas" por todos, especialmente a idade que afecta a todos da mesma maneira,) não sabemos quando vai haver um outro encontro da Tabanca Grande (como anteriormente sucedia quase todos os anos) , talvez o José da Silva, se tal lhe for possível, queira aproveitar este encontro em Algés onde com certeza pode encontrar alguns dos muitos amigos do seu pai.

Por mim aguardo com muita antecipacão o poder dar-lhe um dia o abraço que já não me foi possível dar ao seu pai . Oxalá possa ser neste dia 29 de maio.

Igualmente a todos os camaradas que lá apareçam. E eu sei que este sentimento é comum: a satisfação de poder confirmar com um abraço real aquele abraço virtual que enviamos através do blogue ou outros meios digitais, como sucedeu ainda ontem , dia 6 de abril , com o Joaquim Mexia Alves que recebeu um abraço virtual de muitos camaradas que o não esqueceram.

Mas isto não quer dizer que "queremos menos" aos que por qualquer motivo, especialmente de saúde, não podem lá ir. Estás a ouvir, meu caro Virgílio Teixeira e outros que já me disseram não poder comparecer? Vocês quer compareçam ou não, vão lá estar bem presentes.

E já agora: se alguém não poder ir a este encontro , mas lhe seja mais fácil deslocar-se num domingo: eu arranjei também um encontro para os meus familiares ( e camaradas de colégio, liceu, Guiné, e outros amigos que fiz ao longo da minha vida,) no dia 25 de maio no convento de Varatojo, Torres Vedras.

É um encontro muito simples, como já tenho feito várias vezes neste vestuto convento. Os que lá têm ido quase sempre me têm dito depois ter sido uma experiência extraordinária pelo forte espírito de amizade e alegria que aí sentiram entre todos.

Compareçam! O encontro é no paradisíaco claustro do convento , depois da missa das 10.30 AM ( para a qual, crentes ou não, também estão todos convidados).

Depois da Missa das 10.30 AM de fomingo dia 25 de maio reunimo-nos no claustro para um abraçø. Era para ser mesmo só um abraçø , sem nada mais. Mas ontem de Varatojo mesmo ofereceram-me: se quisermos, que podem pôr lá uma ou duas mesas para um refresco etc… Por isso vou aproveitar: eu vou lá pôr um “alguidar” de salada de fruta , uns biscoitos e um refresco qualquer . E se alguém quiser trazer algo "para compartilhar” …

Estou a pensar pôr no recinto de entrada (onde tem a campainha) uma mesa para “recolha” , para o caso de alguém querer trazer alguma coisa não ter de o levar para dentro da Igreja….

Isso não impede que quem quiser "mais e melhor" pode ir almoçar a restaurantes...

Recebam e aceitem a certeza da minha muita amizade,

João Crisóstomo Nova Iorque

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Nota do editor:

Último poste da série > 7 de abril de 2025 > Guiné 61/74 - P26659: Tabanca da Diáspora Lusófona (31): Bom dia, desde Nova Iorque (João Crisóstomo, régulo)

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26659: Tabanca da Diáspora Lusófona (31): Bom dia, desde Nova Iorque (João Crisóstomo, régulo)



Nova Iorque > 23 de setembro de 2024 > João Crisóstomo com Xanana Gusmão:
"a expressão de surpresa por ver a Escola de São Francisco de Assis, lá nas montanhas de Liquicá,  em páginas dum blogue sobre a Guiné" (*)…


Foto (e legenda): © João Crisóstomo (2024). Todos os direitos reservados
[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Timor-Leste > Boebau, Manati, Leotala, Liquiçá > 18 de março de 2018 > Inauguração da Escola de São Francisco de Assis > O João Crisóstomo e o Rui Chamusco: ninguém tem a coragem de chamar-lhes os nossos Dom Quixote e Sancho Pancha... Ser solidário, neste mundo cínico, hipócrita e sacana, é tudo menos lutar contra moinhos de vento, e enfrentar inimigos imaginários ou obstáculos inexistentes, gastando energia e fazendo esforços em vão. Bem, pelo contrário, é lutar contra a indiferença de muitos, e a prepotência de alguns, em prol da resolução dos problemas de quem precisa de coisas tão elementares como a saúde de e a educação. Palmas para o João e o Rui e para a ASTIL (Associação dos Amigos Solidários com Timor-Leste), que eles representam aqui no nosso blogue. Podiam estar no conforto dos seus lares, a gozar a sua reforma...mas, não, ainda andam metidos "nestas guerras de bem-fazer"...

Foto (e legenda): © João Crisóstomo (2018). Todos os direitos reservados
[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



O João Crisóstomo,
 um grande amigo de  Timor-Leste, da ASTIL
e da ESFA.
Foto: Luís Graça (2017)


1, Mensagem do João Crisóstomo:

Data - 6 de abril de 2025 09:22  
Assunto - Bom dia!
 
Caro Luís Graça,

São 04.19 AM, não consigo dormir. Hoje deu-me para ver televisão (concertos de André Rieux, que nunca me cansam).

Estive mesmo para te telefonar, para um pequeno bate papo, e nos mantermos em dia como eu gosto; mas reparei que talvez ainda seja cedo para vocês, tanto mais que hoje é domingo e onde quer que estejas não terás pressa em te levantares. Para mim quando se trata de dormir, sejam domingos ou dias de semana… são todos iguais. Nunca fui grande dorminhoco, mas agora para grande frustração minha, dormir é um problema. Por vezes passo noites inteiras em claro, para andar depois meio estremonhado o dia seguinte. Coisas da velhice! Portanto o bate-papo vai por email…

Ontem, dia 5, falei com o Sr. Padre Vitor Melícias . É que pela primeira vez o dia da Consciência, embora baseado no testemunho e decisão de Aristides de Sousa Mendes no dia 17 de junho, foi celebrado no dia 5 de Abril, para o fazermos em unanimidade com as Nações Unidas que escolheram este dia como “Dia Internacional da consciência.”

Ele confirmou que tenciona celebrar a missa no nosso encontro (da família Crispim & Crisóstomo, mais amigos e camaradas)  no dia 25 de Maio, como já fez duas ou três vezes quando os nossos “encontros" em Varatojo foram apenas um abraço no claustro depois da missa, sem comes e bebes.

Ele disse-me que, se eu quiser, que pode arranjar uma mesa ou duas no claustro para se tomar um café… e portanto é isso mesmo que vou fazer: vou trazer uns biscoitos, talvez uma salada de frutas ( ou algo que não exija garfos e facas) para estimular um bate-papo mais alongado…E vou pôr uma "mesa de recolha" à entrada para o caso de alguém querer trazer um bolo ou coisa assim (como sucede frequentemente) e não ter de o levar para dentro da igreja.

Estive também a reler as crónicas do Rui Chamusco (*), que geralmente não são novidade para mim, pois falamos frequentemente por WhattsApp e ele mantém-me informado das coisas à medida que vão acontecendo. Mas é sempre uma satisfação grande reler as suas crónicas pois não posso deixar de ter “ciúmes" dos seus momentos e experiências.

Quem me dera estar lá também!... Mas assim é a vida. Mas tive mesmo pena e quase inveja ao ver a sua satisfação e a dos alunos, pais e outras gentes no aniversário da escola , desta vez com a presença do Xanana. 

Tanto mais que, sem fingida modéstia, esta visita aconteceu porque fui eu que em Setembro passado lhe pedi e o convenci a ir visitar a escola como o meio mais eficiente de se inteirar da situação. 

No momento ele mesmo procurou um canto sossegado, sentámo-nos num banco corrido e tivemos uma longa conversa. Ele a princípio nem respondeu, mas eu sabia o quanto a sua visita podia ser “influente” e insisti várias vezes até ele responder sim ou não. 

 Ele estava de boa maré e perante minha teimosia acabou por dizer : ”OK OK, eu vou lá; mas primeiro deixa-me falar com o Dionísio. Dá-lhe um relatório do que me disseres para elementos enviar”. 

 O “Dionísio” era / é embaixador de Timor Leste nas Nações Unidas, que eu conheço bem e a quem eu já tinha levado a um encontro da "Academia de Bacalhau”.

Eu dei conhecimento disto ao Rui Chamusco para que escrevesse uma carta / convite . E deu certo!

Oxalá o assunto se resolva de vez! O pobre do Rui, aliás todos nós mas ele mais que ninguém, tem passado as ruas da amargura. Ele merece uma medalha! 

Bom vou tentar, ver se consigo dormir um pouco ,senão amanhã vou passar um dia difícil.

Sei que a Vilma ( que dorme que nem um anjinho) se associa a mim num grande abraço aos dois. Tenham um bom fim de semana.

João e Vilma 

domingo, 2 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26544: Tabanca Grande (569): Vilma Crisóstomo, esposa do nosso camarada João Crisóstomo, que se senta no lugar n.º 900 sob o nosso "poilão sagrado"


1. Mensagem de ontem, 1 de Março de 2025, dia de aniversário da nossa nova Amiga Grã-Tabanqueira Vilma Crisóstomo, do nosso editor Luís Graça:

Ao lado de um grande homem está uma grande mulher.  A história de amor do João e da Vilma foi aqui partilhada no blogue, em 2013[1], e a Vilma já há muito que faz parte da Tabanca Grande. A nossa melhor prenda (minha, do Carlos e do João) é mandar-lhe a seguinte mensagem:..

"Dear Vilma, on your birthday our best gift is to tell you that from today onwards you will be a member of our Tabanca Grande, please sit in your seat number 900, under our Poilão, the great, symbolic, fraternal, and sacred tree, where we all fit with everything that unites us and even with what can separate us. If João is the leader of the Tabanca of the Lusophone Diaspora, you are his pillar: behind a great man (and best friend) there is always a great woman (and best friend), even more so a beautiful woman, born in a lovely European country like Slovenia. Good health and long life, you deserve everything."

Tradução para português:

"Querida Vilma, em dia de aniversário a nossa melhor prenda é dizer-te que a partir de hoje passas a ser membro da nossa Tabanca Grande, por favor senta-te no lugar n.º 900, à sombra do nosso Poilão, a nossa grande árvore, simbólica, fraterna, sagrada, onde cabemos todos com tudo o que nos une e até com aquilo que nos pode separar. Se o João é o régulo da Tabanca da Diáspora Lusófona, tu és a sua trave-mestra: ao lado de um grande homem (e bom amigo) há sempre uma grande mulher (e boa amiga), ainda para mais uma mulher bonita, nascida num país europeu adorável como a Eslovénia. Muita saúde e longa vida, que tu mereces tudo."


2. Comentário do coeditor CV:

De há muito que a nossa Grâ-Tabanqueira Vilma Crisóstomo faz parte do léxico da Tabanca Grande. Podemos dizer que, onde está o João, está a Vilma, seja em convívios dos companheiros da Guiné, do marido, seja nas mais variadas actividades sociais e culturais onde o João está presente. Este nosso estimado camarada, sabemos, esteve e está envolvido em inúmeras iniciativas, podemos dizer a nível mundial, sendo as mais notáveis, o Movimento Luso-Americano para a Autodeterminação de Timor Leste e o Dia da Consciência. A primeira causa pressionou a oponião pública e política internaciona a favor da independência daquele antigo território português e a segunda na perpetuação da memória do herói nacional que foi Aristides Sousa Mendes. 
Seja onde e como for, a Vilma está sempre presente com o seu cativante sorriso.

Temos, portanto, muita honra em receber entre nós, velhos combatentes, esta simpática senhora que não nos é desconhecida de todo porque esteve já presente, no dia 25 de Maio de 2019, em Monte Real, no XIV Encontro da Tabanca Grande.

XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > 25 de Maio de 2019 > O casal João e Vilma 

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Notas do editor:

[1]- Vd. post de 23 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11448: Os nossos seres, saberes e lazeres (51): WE HAVE IT!!!.... Um linda história de amor, um reencontro ao fim de 40 anos, um casamento em Nova Iorque... E agora, que sejam felizes para sempre, meus queridos João (Crisóstomo) e Vilma (Kracum)! (Tabanca Grande)
e
29 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11499: Os nossos seres, saberes e lazeres (52): João e Vilma Crisóstomo, "just married", são notícia no New York Times e no LusoAmericano

Último post da série de 25 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26527: Tabanca Grande (568): Homenagem ao capitão e cavaleiro Leite Rodrigues (Aveiro, 1945 - Matosinhos, 2025), ex-alf mil cav, CCAV 1748 (1967/69), membro da Tabanca de Matosinhos: passa a sentar-se, simbolicamente, no lugar n.º 899, sob o nosso poilão, a título póstumo