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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Guiné 61/74 - P27362: Humor de caserna (217): O jovem alferes graduado capelão, cheio de sangue na guelra, que queria ensinar o padre nosso ao...Vigário (Fernandino Vigário, ex-sold cond auto, CCS/BCAÇ 1911, Teixeira Pinto, Pelundo, Có e Jolmemet, 1967/69)



Guiné > Região do Cacheu Teixeira Pinto (?)  CCS / BCAÇ 1911 (1967/69) O sold cond auto Fernandino Vigário, no seu jipe


Se

Guiné >  Bissau > Café Bento / 5ª Rep (?) > s/d (c. 1967/69) >  "
Malta amiga, maiatos, num café de Bissau: a partir da esquerda:  (i) 1.º cabo op cripto/QG Domingos; (ii) Sousa, da CCAÇ 1743; (iii)  um militar náo identificado; (iv)  1.º cabo escriturário/QG;  e (v) eu, Fernandino Vigário
 



1. O Fernandino Vigário foi soldado condutor auto,  CCS / BCAÇ 1911 (Teixeira Pinto, Pelundo, Có e Jolmete, mai 1967/ mai 69); é membro da Tabanca Grande desde 
112/12/2011; é autor da série "As Minhas Memórias" (de que infelizmente só se publicaram dois postes); é maiato, natural e residente em Nogueira da Maia, cidade da Maia, distrito do Porto.

Tem muita a honra no seu apelido, Vigário. E já aqui publicámos , em 2012, uma história divertida, que se passou com um alferes graduado capelão, num domingo, em que ele foi dizer missa a Safim e outros destacamentos do setor de Bissau, onde havia pelotões do BCAÇ 1911. O Vigário foi destacado para levar o capelão.

 Em mensagem enviada do nosso coeditor Carlos Vinhal, com data de  2 de janeiro de 2012, o Vigário deu os seguintes elementos importantes para se perceber o texto e o contexto:

(...) Aproveito para enviar uma história passada comigo e um alferes capelão que, creio, estava no QG/,CTIG, não sei o seu nome nem o conhecia. 

Entre missas e funerais eu conheci vários, havia um que, se não estou em erro, com o posto de tenente,  corpo franzino mas espírito de oficial militar, não dava grande confiança aos soldados.

Vai também duas fotos, uma sou eu no jipe, a outra sou eu mais três amigos e vizinhos da Maia que estavam no QG. O outro elemento não faço a mínima ideia quem seja. (...)

A história passa-se no 1º semestre de 1969, talvez no final do 1º trimestre / princípio do 2º trimestre. O Vigário regressa  à metrtópole, com o seu batalhão, em maio de 1969, juntamente com o capeláo, Abel Gonçalves, que ele conhecia. Por exclusão de partes, o protagionista da história não podia ser o padre Abel Gonçalves, já falecido (em 2019),   figura popular entre o pessoal do  BCAÇ 1911. 

Nessa altura, o capelão-chefe, que estava no QG/CTIG, em Santa Lusia. seria o padre Manuel Joaquim da Silva Capitão (17/1/1968 - 3/3/1970) que veio render o padre Bártolo Paiva Pereira (1966/68) (*).

Mas não é relevante tentar descobrir quem terá sido o "jovem alferes capelão", cheio de sangue na guelra, que queria dar uma lição ... ao Vigário. É mais uma história brejeira que fica bem na série "Humor de caserna" (**).



Um Alferes Capelão que queria ensinar o Padre Nosso...  ao Vigário

por Fernandino Vigário


Estou de volta, e às voltas com a minha memória: como não tenho nada escrito,  vou tentar reconstituir uma história passada comigo e um alferes capelão. Hesitei se a devo contar ou não, mas resolvi contar,  nem que seja para ficar em arquivo.

Eu, Fernandino Vigário, ex-soldado condutor auto, estava em Bissau no quartel conhecido por "600". Já no fim da comissão, numa manhã de domingo (não me recorda a data, mas deve ter sido num dos primeiros meses de 1969), fui escalado para transportar um alferes capelão, ainda bastante jovem,  a três ou quatro destacamentos limítrofes de Bissau, Safim e outros, onde estavam destacados Pelotões de Companhias do meu BCAÇ 1911.

Transportar um capelão, para ir celebrar a Eucaristia aos ditos destacamentos, foi serviço que eu fiz várias vezes, e nem sempre foi o mesmo. 

O que aconteceu nesse domingo com um bastante jovem, devia ter a minha idade ou pouco mais, que eu não o conhecia, nem nunca soube o nome porque só fiz um único serviço com ele.

Nesse domingo de manhã, depois de darmos os bons dias e trocarmos algumas palavras de circunstância, iniciámos a viagem que nos iria levar aos ditos destacamentos. 

O capelão, além de jovem, era simpático e extrovertido, falava pelos cotovelos, e para espanto meu, ainda na estrada de Santa  Luzia,  ao cruzarmos com uma mulher ainda jovem, cabo-verdiana, por sinal bem jeitosa, atira a seguinte frase:

 
−  Ena,  pá! Que gaja boa. Uff, que brasa!

Percorridas mais umas dezenas de metros, e de novo ao avistar outra mulher cabo-verdiana, repete os comentários. Eu, perante este cenário e vindo de um padre, olhei-o de soslaio, meio petrificado e a pensar no que é que viria a seguir. Seria aquilo verdade?

Como eu falava pouco, na verdade sou um pouco introvertido e reservado, havia também a hierarquia, alferes e soldado, a separar-nos, o capelão resolve puxar por mim.

−  Então, condutor, não dizes nada, o gato comeu-te a língua ?!... Pra começar diz-me lá o teu nome?!

− Fernandino Vigário, meu Capelão, mas todos me tratam por Vigário.

−  Vigário? Oh, pá, mas és Vigário ou és vigarista?!

Hesitei um pouco, mas logo respondi:

−  Meu Capelão, eu sou Vigário de nome, mas sei que há por aí uns Vigários com obras feitas. Olhe, alguns até vieram parar a Bissau.

−  Pois é, condutor, para quem falava pouco já estás a falar de mais, eu vou ter que te ensinar o Pai-Nosso.

Tive que me fazer um pouco palonço, não senti a rigidez militar e respondi:

−  Meu Capelão, não é necessário! Eu na minha parvónia aprendi a Doutrina toda, foi o meu pai que me ensinou. Até fiz a comunhão solene!

−  O teu pai ensinou-te a Doutrina mas foi às avessas, agora quem te vai ensinar sou eu.

−  Meu Capelão, peço desculpa se o ofendi, mas não vejo onde o tenha feito, e longe de mim ofender quem quer que seja.

−  Bem condutor, aceito as tuas desculpas e não se fala mais nisso, afinal hoje é Domingo, é o dia do Senhor, e de ouvir a Santa missa.

PS - Sou católico praticante, e nada me move contra a igreja e os padres, antes pelo contrário, porque sempre os respeitei e,  ao contar esta história, não pretendo denegrir nem esta, nem os padres, e estou convicto que aquele jovem capelão tenha dado um bom padre, para mim aqueles comentários sobre mulheres eram fruto da sua juventude.

(Revisão/ fixação de texto, título: CV / L G)

 
2. Comentário do editor LG:

Fernandino, uma corrida de jipe, a caminho da missa, não dá para se ter grandes conversas e conhecer em profundidade as pessoas, muito menos um capelão (que é antes de tudo... um senhor oficial, militar, fardado, homem...). Havia, nessa época, uma atitude algo reverencial mas também ambivalente, para não dizer,  hipócrita,  em relação ao clero. 

Mas achei interessante as tuas observações e o teu humor, brincando com o teu apelido, Vigário...

"Ensinar o Padre Nosso ao Vigário" é , afinal, um dos  muitos, nossos, fabulosos provérbios populares... Tem muito que se lhe diga... Acho que se podem fazer várias leituras da tua pequena história...Mas deixemos isso aos leitores.

 O provérbio popular "Ensinar o padre nosso ao Vigário" significa tentar ensinar algo a alguém que já é "catedrático na matéria", tem autoridade, é especialista, sabe muito do assunto.

É usado, pois,  para descrever uma situação em que uma pessoa, muitas vezes com menos experiência, traquejo ou conhecimento, presume instruir outra que tem muito mais  autoridade na matéria em questão.

Neste caso, não é preciso recordar que o "Padre Nosso" (ou o Pai Nosso) é a oração mais básica e elementar do cristianismo, todo a gente a sabe de cor, do tempo da catequese (aqueles que foram batisados e andaram na catequese). 

O Vigário (padre adjunto a um pároco, "substituto do prior", do latim "vicarius", "aquele que age em lugar de outro"), sendo  um sacerdote católico, tem a obrigaçáo saber e ensinar o "padre nosso".  Portanto, tentar "ensinar o padre nosso ao vigário"  é uma ação completamente desnecessária, despropositada, redundante e até presunçosa.

A expressão é usada coloquialmente,   de forma crítica ou humorística, quando alguém está a dar conselhos óbvios ou a tentar explicar algo a quem claramente domina o tema. Em suma, é também uma crítica ironica à presunção ou ingenuidade de  tentar ensinar algo a quem já é mestre ou perito no assunto.

 Expressões equivalentes: "Ensinar a missa ao padre.", "Querer ensinar o peixe a nadar"; "Ensinar o gato a caçar ratos"; "Ensinar o pescador a pescar"; "Descobrir a pólvora".

PS - Vígário também pode querer dizer, no Brasil e nalgumas regiões de Portugal," a pessoa que mostra manha ou esperteza para enganar outrem" (vd. a expressão "conto-do-vigário").  A nossa língua é tramada, Fernandino ( e não Fernandinho)...

________________

Notas do editor LG:

(*) Vd. poste de 17 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19023: Os nossos capelães militares (9): segundo os dados disponíveis, serviram no CTIG 113 capelães, 90% pertenciam ao Exército, e eram na sua grande maioria oriundos do clero secular ou diocesano. Houve ainda 7 franciscanos, 3 jesuitas, 2 salesianos e 1 dominicano.

segunda-feira, 13 de outubro de 2025

Guiné 61/74 - P27312: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXIX: Mansoa

 


Foto nº 1 > Edifício dos CTT




Foto nº 2, 2A e 2B > "Cemitério das Daimlers"


Foto njº 3 > Chegada do mato (1()


Foto nº 4  > Chegada do mato (2) (Presume-se que sejam militares  da CCAÇ 15, constituída em 29/1/1970, e no essencial por soldados balantas do recrutamento local)



Foto nº 5 e 5 > A  carpintaria


Foto nº 6 > A capelania


Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) 

Fotos do álbum do Padre José Torres Neves, antigo capelão militar.

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Alf capelão graduad
o José Torres Neves,
BCAÇ 2885 (Mansoa, 
1969/71), 
natural de Penamacor;
missionário da 
Consolata, reformado



1. Mais um conjunto de fotos do padre Zé Neves sobre Mansoa,  enviadas  no passado dia 2 de agosto pelo nosso camarada e amigo Ernestino Caniço;

(i) ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa; Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, Bissau, fev 1970/fev 1971, hoje médico, a residir em Tomar; o Ernestino Caniço fez amizade com o Zé Neves, e este confiou-lhe o seu álbum fotográfico da Guiné, que temos vindo a publicar desde março de 2022; são cerca de duas centenas de imagens, provenientes dos seus diapositivos, digitalizados; uma coleção única, preciosa;

(ii) o Ernestino Caniço tem sido o zeloso e diligente guardião do álbum fotográfico da Guiné, deste padre missionário da Consolata, José Torres Neves, natural de Meimoa, Penamacor, merecendo os dois os nossos melhores elogios e saudações.

(iii) o Padre Neves, nosso grão-tabanqueiro, reformou-se recentemente de uma vida inteira, generosa,  abnegada, dedicada às missões católicas, nomeadamente em África; tem já cerca de 4 dezenas de referências no nosso blogue.

As fotos trazem legendas muito sucintas, sem data.
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Nota do editor LG:

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Guiné 61/74 - P27046: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXVII: Mansoa, o rio Mansoa, as suas pontes (1923 e 1964)







Foto nº 1, 1A, 1 B e 1 C









Foto  nº 2, 2A, 2B, 2C, 2D, 2E


Foto nº 3





Foto nº 4, 4A e 4B



Foto nº 5


Foto nº 6


Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Mansoa > s/ d>   

Legendas: 

Foto nº 1 > Troço da estrada alcatroada Bissau - Mansoa e duas pontes sobre o rio Mansoa: a mais antiga, em pedra,  construída na época seca, e inaugurada em maio de 1923, pelo governador Vellez Caroço, ponte essa que tomaria o seu nome; em junho de 1947 seriam iniciados trabalhos para substituir a antiga ponte Vellez Caroço, inutilizada nos seus pilares e tabuleiro; em 1964 foi inaugurada a nova ponte, em arco,  de betão armado, pintada de branco, obra típica do Estado Novo (não confundir com a nova Ponte  Amílcar Cabral, ttambém sobre o rio Mansoa, mas em João Landim, a 20 km da capital, inaugurada oficialmente em 2004: construída com financiamento da UE, liga o norte e o sul da Guiné-Bissau, tem 785 metros de comprimentos e 11,4 metros de largura, com duas faixas de circulação automóvel de 3,5 metros cada.

Foto nº 2 > Em primeiro plano, vê-se um grupo de rapazes e raparigas que parece terem vindo da pesca no rio Mansoa; ao fundo, vê-se a antiga ponte Vellez Caroço, de 1923; há uma aglomeraçáo de gente ao longo ponte, não sabemos a razão, as fotos não trazem legendas pormenorizadas, nem datas, mas pode ter sido a visita a Mansoa do "homem grande de Bissau", o novo governador e comandante-chefe da Guiné, António Spínola. Quem se lembra destes tempos (o capelão José Torres Neves esteve em Mansoa, entre maio de 1969 e março de 1971) ?

Foto nº 3 > Uma papaieira (árvore caricácea que produz a papaia); sinónimo, mamoeiro

Foto nº 4 > Pequena plantação de papaieira; em primeiro plano, veem.se uns cinco "jagudis" (abutres);

Foto nº 5 > Duas crianças pilando o arroz (presume-se);

Foto nº 6 > Vendedeiras ambulantes

Fotos do álbum do Padre José Torres Neves, antigo capelão militar.

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




O capelão José Torres Neves,
missionário da Consolata
1. Mais fotos do álbum da Guiné-Bissau, do padre José Torres Neves, enviadas
pelo seu amigo e nosso camaradad o Ernestino Caniço.

Ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa; Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, Bissau, fev 1970/fev 1971, hoje médico, a residir em Tomar; o Ernestino Caniço fez amizade com o Zé Neves, e este confiou-lhe o seu álbum fotográfico da Guiné (ao tempo, província portuguesa da Guiné), que temos vindo a publicar desde março de 2022; são cerca de duas centenas de imagens, provenientes dos seus diapositivos, digitalizados; uma coleção única, preciosa.

O Ernestino Caniço tem sido o zeloso e diligente guardião do álbum fotográfico da Guiné, deste padre missionário da Consolata, José Torres Neves:  os dois merecem as nossas palmas, quentes e efusivas. 

O José Torres Neves, ex-alf graduado capelão,  integrou 
o BCAÇ 2885,  sediado em Mansoa. Prestou serviço 
de 7 de maio de 1969 a 07 a 3 de março de 1971.  Segundo a informação que temos, foi o único sacerdote das Missões da Consolata a prestar serviço na Guiné como capelão militar.

Recorde-se que o padre José Torres Neves, nosso  grão-tabanqueiro, é natural de Meimoa, Penamacor,  reformou-se recentemente de uma vida inteira, abnegada, dedicada às missões católicas, nomeadamente em África. Tem já cerca de 4 dezenas de referências no nosso blogue.

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Nota do editor LG:

Último poste da série > 15 de julho de 2025 > Guiné 61/74 - P27017: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXVI: a presença da Igreja Católica em Mansoa


terça-feira, 8 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26662: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXIII: Mais fotos de Mansabá, novembro de 1970

 


Foto nº 1 > Coluna Mansabá-Mansoa



Foto nº 2A e 2 _ Coluna Mansabá Mansoa - Mansabá  



Foto nº 3 > Mansabá _ Obus 8.8


Foto nº 4 >  Mansabá > Espaldão e obus 8.8



Foto nº 5 > Mansabá > Mesquita


Foto nº 6  > O Padre Zé Neves com um grupo de "djubis" junto à mesquita


Foto nº 7 > Mansabá > O mercadinho local


Foto nº 8 > Mansabá > Junto à messe dos oficiais > O impedido João Carlos Freitas, já falecido



Foto nº 9 >  Mansabá > 11OUT1970 > Participação de miliares e civis  na missa de sufrágio por alma do alf mil art  MA, Armando Couto, da CART 2372, vitima de mina IN (1)




Foto nº 10 e 10A  >  Mansabá > Participação de militares na missa de sufrágio por alma do alf mil art  MA, Armando Couto, da CART 2372, vitima de mina IN
 

Foto nº 11 > Mansabá > Os putos

Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá >Novembro de  1970> Fotos do álbum do Padre José Torres Neves, capelão

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1, Mensagem do Ernestino Caniço (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa; Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, Bissau, fev 1970/fev 1971, hoje médico, a residir em Tomar; fez amizade com o Zé Neves, e este confiou-lhe o seu álbum fotográfico da Guiné, que temos vindo a publicar desde março de 2022; são cerca de duas centenas de imagens, provenientes dos seus diapositivos, digitalizados; uma coleção única, preciosa.( Ele tem sido zeloso e diligente guardião do álbum fotográfico da Guiné, do padre missionário José Torres Neves, merecendo os dois os nossos melhores elogios e saudações.)

Curiosamente, o Ernestino Caniço também teve um irmão no CTIG na mesma altura (foi fur mil cav, tendo passado por Mansabá, Bula, Bambadinca e Hospital de Bissau; temos duas fotos dos manos, em Bissau,  para apresentar um dia destes.)

Data -. sexta, 4/04/2025, 21:12

Assunto - Fotos do Padre Zé Neves

Caros amigos

Que a saúde vos acompanhe preferencialmente até aos 120 anos.

Desta vez anexo a penúltima série de fotografias sobre Mansabá, que o Carlos Vinhal bem conhece.

Aqui ficam expressos votos de uma feliz Páscoa junto dos vossos familiares.

Um grande abraço,

Ernestino Caniço


2. Continuação da publicação das fotos relativas a Mansabá, do álbum da Guiné do nosso camarada José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) (*).

Membro da nossa Tabanca Grande, nº 859, desde 2 de março de 2022, é missionário da Consolata, tendo sido um dos 113 padres católicos que prestaram serviço no TO da Guiné como capelães. No seu caso, desde o dia 7 de maio de 1969 a 3 de março de 1971. 

Veio há pouco tempo de África, vive agora em Lisboa com a bonita idade de oitenta e muitos anos. Deus, Alá e os bons irãs o protejam e deem-lhe ainda mais uns bons anos de vida para gozar a sua merecida reforma...

Recorde-se que por Mansabá, na região do Oio,  passaram diversos camaradas nossos, que fazem parte da Tabanca Grande (citamos de cor, 
são apenas alguns dos nomes que nos vêm à cabeça)...

  • Carlos Vinhal,
  • Inácio Silva,
  • Francisco Baptista,
  • César Dias, 
  • José Carvalho, 
  • Vitor Junqueira, 
  • Francisco Godinho,
  • Hilário Peixeiro,
  • Ernesto Duarte, 
  • Ernestino Caniço (e o irmão, Nelson Caniço),
  • António Pimentel, 
  • Raul Albino
  • António J. Pereira da Costa,
  • Carlos Pinto, 
  • Jorge Picado, 
  • Manuel Joaquim, 
  • José Rodrigues, etc.

 Não sabemos exatamente em circunstâncias é que o nosso capelão esteve em Mansabá, e por quantos dias. Ele frequentava todos os aquartelamentos e destacamentos do setor de Mansoa, a cargo do BCAÇ 2885. Terá deixado de ir a Mansabá quando esta passou a ser a sede do COP 6. (Reativado em 11 de novembro de 1970: abrangia  os subsetores de Mansabá e Olossato, e a sua missão era assegurar a continuação e o bom andamento da construção da estrada Mansabá-Farim.)

Sobre Mansabá temos cerca de 340 referências no nosso blogue.
_______________

sábado, 1 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26539: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXII: Mansabá, novembro de 1970, por ocasião da missa de sufrágio por alma do alf mil art MA, Armando Couto, da CART 2372, vitima de mina IN




Foto nº 1 e 1A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > "Cerimónia fúnebre" (possivelmente a missa de sufrágio que o Padre Zé Neves rezou em Mansabá, no dia 11 de outubro de 1970, em memória do malogrado Alf Mil Art MA Armando Couto, da CART 2732, vítima de uma mina IN cinco dias antes, como nos informa o Carlos Vinhal).  O edifício parece ser o do posto administrativo.


Foto nº 2 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Cerimónia fúnebre em homenagem ao Alf Mil Art MA Armando Couto: a presença dos Homens Grandes de Mansabá



Foto nº 3 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá >   Em segundo plano, à esquerda, a casa do chefe de posto; a messe de oficiais ficava em frente ao posto, junto ao edifício do Comando e Secretaria" (segundo a informação do Carlos Vinhal)
 


Foto nº 4 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Putos


Foto nº 5 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Putos que estavam a guardar o gado: vendo a coluna passar...


Foto nº 6 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Entrada, vindo de Bafatá...Ao fundo o quartel, com destaque para o inevitável depósito de água, como nos restantes quartéis (excelente referência para a artilharia do IN)


Foto nº 6A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > O aquartelamento visto da entrada (de quem vinha de Bafatá, a sudeste)


Foto nº 7 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Um poilão centenário, gigante, que morreu de pé (1): vítima de um temporal, acabou por ser cortado mais tarde pela engenharia militar...


Foto nº 7A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Um poilão centenário, gigante, que morreu de pé (2)...



Foto nº 8 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Futura avenida



Foto nº 8A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Moranças


Foto nº 9 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Espaldáo do morteiro 81


Foto nº 9A > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Pormenor do espaldão do morteiro 81 e, ao fundo, à esquerda, o "castelo"



Foto nº 10 > Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > Chegada do mato: um bazuqueiro...


Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa) > Mansabá > 1970> Fotos do álbum do Padre José Torres Neves.


Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




1. Mensagem do Ernestino Caniço (zeloso e diligente guardião do álbum fotográfico da Guiné, do padre missionário José Torres Neves):


Data - 01/02/2025, 20:10

Assunto - Fotos do Álbum Padre Zé Neves


Caros amigos, boa noite;

Que a saúde esteja no alto, nosso bem mais precioso.

Anexo mais fotos de Mansabá, do álbum do Padre Neves.

Sobre Mansabá existem mais 20 fotografias que serão enviadas oportunamente.

Grande abraço,

Ernestino Caniço


2. Nota do editor LG:


Continuação da publicação das fotos relativas a Mansabá, do álbum da Guiné do nosso camarada José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) (*).

Membro da nossa Tabanca Grande, nº 859, desde 2 de março de 2022, é missionário da Consolata, tendo sido um dos 113 padres católicos que prestaram serviço no TO da Guiné como capelães. No seu caso, desde o dia 7 de maio de 1969 a 3 de março de 1971. Veio recentemente de África, vive agora em Lisboa com a boniuta idade de oitenta e muitos.

 Por Mansabá passaram diversos camaradas nossos, que fazem parte da  Tabanca Grande, o Carlos Vinhal e tantos outros: Francisco Baptista, José Carvalho, Vitor Junqueira, Ernesto Duarte, António Pimentel, António J. Pereira da Costa, Ernestino Caniço, Carlos Pinto, Jorge Picado, Manuel Joaquim, José Rodrigues, etc. (são apenas alguns dos nomes que nos vêm à cabeça)...

Sobre Mansabá temos cerca de 340 referências no nosso blogue. Em 11 de novembro de 1970, foi criado ou reativado o COP 6, com sede em Mansabá, abrangenmdo os subsetores de Mansabá e Olossato. O objetivo era assegurar a continuação e o bom andamento da construção da estrada Mansabá-Farim.

3. Comentários dos nossos camaradas que andaram por estas bandas :

(i) Césdar Dias:

Luis, o Padre Neves visitava todos os destacamentos do sector de Mansoa, os mais próximos era visita de médico, nos outros ficava alguns dias, como Mansabá fez parte do sector de Mansoa ele não deixaria de se preocupar com a guarnição, mas não fomos contemporaneos pois eu estive em Mansabá de novembro de 70 a fevereiro de 71, e não me recordo do Padre Neves ter lá ido nessa data.

Mas o Padre Neves provavelmente esteve em Mansabá antes do sector passar para o COP6.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025 às 15:49:00 WET 

(ii) Carlos Vinhal:

Caro César Dias: O Pe. Neves rezou em Mansabá, que me lembre, uma Missa de sufrágio, no dia 11 de outubro de 1970, em memória do malogrado Alf Mil Art MA Armando Couto, da CART 2732, vítima de uma mina IN 5 dias antes.

Como bem referes, Mansabá passou a sede do COP6 em meados de Novembro, deixando a CART 2732 de estar adstrita ao BCAÇ 2885.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2025 às 17:22:00 WET 


(iii) Carlos Vinhal:

(,,,) Na estrada Mansoa-Mansabá, só em 1973 morreram 18 camaradas, entre metropolitanos e guineenses. Em Janeiro de 1972 morreram 2 camaradas da minha CART 2732.

No meu tempo, entre Mansabá e Farim, rebentou em julho de 1971 uma mina no Bironque, aparecendo outra em dezembro, no mesmo local, detectada pelos meus camaradas da 2732 e levantada por mim.
Fazer colunas entre Mansoa e Farim nunca foi pacífico. (...)


(iv) Carlos Vinhal:

Na foto n.º 9 (*) aparece ao fundo, na estrada de acesso a Mansabá, um gigantesco oiláo, muito velhinho, que um temporal derrubou. Foi preciso vir a Engenharia para o remover. Enquanto lá permaneceu causou imensos transtornos ao tráfego local, principalmente nas horas de ponta.

Nas fotos 12 e 12A parece-me reconhecer o abrigo da Mancarra. Posso estar enganado.

O Castelo era um ponto muito importante na defesa de Mansabá, estava integrado na povoação. Situado na estrada Mansoa-Farim, onde havia uma bifurcação para a alameda de acesso à Porta de Armas do quartel. Estava equipado com um Breda que cobria uma área muito abrangente. Confesso que não me lembro do nome dos nossos militares que lá viviam em permanência.


(v) Ernestino Caniço:

A CCAÇ 2403 a que o meu Pel Rec Daimler 2028 esteve adstrito cerca de 2 meses e era comandada pelo capitão Carreto Maia, antecedeu a CART 2732.

Não era infrequente a deslocação do Padre Neves aos aquartelamentos do setor de Mansoa, nomeadamente a Mansabá.

Pelo menos uma vez, quando eu estava em Mansoa, acompanhei-o a Mansabá tendo-nos deslocado em avioneta Dornier (já relatei esse episódio neste blogue). Terá deixado de ir a Mansabá quando esta passou a ser a sede do COP 6, como referem os amigos César Dias e Carlos Vinhal.

Como diz o Carlos Vinhal,  fazer colunas entre Mansoa e Farim nunca foi pacífico. Eram frequentes as emboscadas entre Cutia e Mansabá na zona da serração (normalmente as colunas eram “protegidas” por uma Daimler do meu pelotão, até não ter peças para a sua manutenção). Por essa razão o pelotão acabou por ser desativado, apesar das minhas tentativas de aquisição das indispensáveis peças.

Durante o alcatroamento da estrada Bironque – Farim (K3) os ataques eram praticamente diários. A estrada Mansabá - Bironque já estava alcatroada.

A estrada Bissau Mansoa era apelidada a linha de Sintra (segundo um capitão meu amigo e ex colega de liceu, já falecido, quando fui comandar a coluna que o escoltou de Bissau a Mansoa, para integrar o BCAL 2885). (mais tarde penso que houve um ataque entre Mansoa e Nhacra).

 
sábado, 11 de janeiro de 2025 às 16:18:00 WET 

 
(Revisão/ fixação de texto, legendagem complementar, edição e numeraçáo das fotos: LG)

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 10 de janeiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26370: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXI: Mansabá, a "avenida", "o castelo"... (legendas precisam-se)