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quarta-feira, 23 de abril de 2025

Guiné 61/74 - P26716: Facebook...ando (74): Manuel Ribeiro de Faria, ex-cap inf, cmdt da CCAÇ 3414 (Sare Bacar, Cumeré, Brá, 1971/73), a subunidade a que pertenceu o nosso saudoso amigo e camarada Joaquim Peixoto (1947-2018)




Joaquim Peixoto (1949-2018), ex-fur mil arm pes inf, 
CCAÇ 3414 (Sare Bacar, 1971/73)


1. Há muito que não falamos aqui do Joaquim Peixoto (Penafiel, 1949-Porto, 2018): 

(i) foi ur mil arm pes inf, MA, CCAÇ 3414 (Sare Bacar e Bafatá, 1971/73); 

(ii) professor do 1º ciclo,  reformado, vivia em Penafiel, e era casado com a Margarida Peixoto, também ela professora do ensino básico, reformada;

(iii) e ambos membros da nossa Tabanca Grande, para além de amigos da Quinta de Candoz;


Joaquim e Margarida.
Monte Real, 2010.
Foto de Manuel Carmelita
(iv) a morte, sempre traiçoeira, levou-o sem poder completar os 70 anos;

(v) era uma figura muito querida na sua terra, e ,muito querida também de todos nós (e em especial. da Tabanca de Matosinhos e de "O Bando do Café Progresso");

(vi) o casal participou ainda por diversas vezes dos Encontros Nacionais da Tabanca Grande, em Ortigosa e  Monte Real;

(vii) o Peixoto integrou a Tabanca Grande em 11/7/2009;  

(viii) tem cerca de meia centena de referências no nosso blogue. A CCAÇ 3414, por sua vez, tem 22 referências.

Infelizmente mais nenhum "falcão de Sare Bacar" apareceu aqui com a vontade expressa de preencher o lugar vazio deixado pelo  Joaquim Peixoto que "da lei da morte já se libertou". 

É verdade que o grosso da companhia era malta dos Açores (que só se reencontrou pela primeira vez em 2012, na Ilha Terceira). 

A CCAÇ 3414 foi mobilizada pelo BII 17, Angra do Heroísmo. E foi comandada pelo cap inf Manuel José Marques Ribeiro de Faria, hoje cor inf ref.


2. Há quinze dias passámos na A4, em Penafiel, a caminho de Candoz,  e lembrámo-nos dos nossos amigos Joaquim e Margarida Peixoto. 

Por outro lado, há dias deparei-me com a página do Facebook do cor inf ref Manuel Ribeiro de Faria que, de resto, é amigo do Facebook da Tabanca Grande (temos 22 amigos em comum). 

Com a devida vénia, recuperei algumas das fotos do seu álbum, com destaque para a sua passagem pelo CTIG (onde foi alferes ou tenente em Có, em 1968/69, e depois capitão, em 1971/73, em Sare Bacar).  Tem um brilhante currículo militar, tendo servido o Exército Português até 2008.

Gostaria que ele se juntasse ao blogue da Tabanca Grande. Tenho o nº 902, sob o nosso  fraterno poilão, no caso de ele aceitar o meu convite para se juntar ao blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.

Recordo aqui um dos seus postes, com data de 24 de dezembro de 2019, 06:55


Natal !... Este é o meu septuagésimo sexto!...

Temos de concordar que já vou tendo alguma experiência...

Vi e vivi muitos tipos de Natal, Natais europeus, Natais africanos, até asiáticos [em Goa, na Índia (1947/48/49)], uns em clima de paz, outros até de guerra, os primeiros em que se esperava a prenda (raramente "as prendas") posta no sapatinho pelo Menino Jesus que viria a ser substituído por um Pai Natal. Alguém deve ter pensado que era exploração infantil... E mais, não é que já há também uma Mãe Natal? (Elas estão a tomar conta disto)...

De todos os Natais que vivi, tiveram especial significado aqueles passados no calor da Guiné, em 1971 e 72, em noites de vigília (de prevenção, esperando um possível ataque, já que o PAIGC tinha essas tentações), visitando vários núcleos de defesa (postos de combate) onde os meus soldados, os meus "Falcões" açorianos, com pequenas celebrações lembravam a data, as famílias distantes, mas onde tinham uma pequena lembrança para o seu Capitão (ainda guardo algumas delas), pequenas e singelas no tamanho, enormes, descomunais, no significado.

Nesta época passam-me pela memória todos os meus Amigos (isto, segundo as regras que eu aprendi, inclui as Amigas) e desejo-lhes o melhor deste mundo contido na tradicional mensagem "Feliz Natal e um Bom Ano Novo"...
Peço-lhes, em troca, um momento de reflexão para todos aqueles a quem a Noite de Natal não é tão abençoada como aquela que mereciam, sobretudo as crianças que, por esse Mundo fora, não têm Ceia de Natal e não sabem sequer, muitas delas, se terão algo para se alimentarem no dia seguinte.

Assim, como militar que sou e serei sempre, envergo o meu melhor uniforme para, em sinal de respeito, desejar a todos os meus Amigos um Feliz Natal.



Cor inf ref Manuel Faria Ribeiro (n. 1943) 



Angola > 1959 > O jovem Ribeiro de Faria, Comandante de Bandeira
 na Milícia da Mocidade Portuguesa  



Academia Militar > 1965 (lapso, deve ser 1963) > 
Aluno-cadete, 1º ano, ao lado de sua mãe




Guiné > Zona leste >  Região de Bafatá > Sector L1  > Susetor de Sare Bacar >
 Sare Bacar> 1973 > Cap inf, cmdt da CCAÇ 3414 (1971/73)



Angola > Março de 1996 a Setembro de 1997, ao serviço como Chefe do Estado Maior da UNAVEM III (United Nations Angola Verification Mission), depois MONUA (Mission d'Observation des Nations Unies Angola).



Guiné > Zona Oeste > Có >  1968 > "Aquartelamento de Có, ainda muito "piriquito"(era assim que eram chamados os inexperientes recém-chegados), ainda cheio de ideias. Procedimento que sempre adoptei, quando saía para uma operação, levava perto a mim um apontador de metralhadora MG-42, um apontador de Morteiro 60 mm, um apontador de Lança Granadas-Foguete e um Radio-telegrafista.

"Eu (o comandante), levar as fitas de carregamento da metralhadora, armado em Pancho Villa, era uma fantasia que a experiência cedo corrigiu... Eu estava lá para comandar, avaliar a situação, dar as ordens e coordenar a acções ou reacções adequadas, e não para terefas que não eram nem deviam ser da minha competência.

"Os ensinamentos que colhi, muito me serviram e ajudaram na posterior preparação da minha Companhia de Caçadores Independente 3414 com que voltei à Guiné". (Julgamos que em Có o  Manuel Ribeiro de Faria devia alferes ou tenente.)
 


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > CIM Contuboel > "Nasceu em 11 de Abril de 1910, em Estremoz, António de Spínola. Recordo esta figura notável não de honrarias palacianas, mas das operações nas bolanhas da Guiné, onde pude, de muito perto e com muita honra, servir sob as suas ordens. Captei esta imagem em 1972 quando, em Contuboel, Spínola presidia à cerimónia de encerramento de um Curso de Formação de Milícias que eu dirigia."

Fotos (e legendas): : © Manuel Ribeiro de Faria (2025). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


3. O
 cor inf ref Manuel Ribeiro de Faria, filho e neto de militares, nasceu em 1943,  viveu em Goa,  em Moçambique e em Angola. O pai, Manuel Ribeiro  de Faria (por sua vez nascido em 1915,  Inhambane, Moçambique) morreu com o posto de tenente-general, segundo apurámos da sua página do Facebook.

Em 1954 vivia em Angola, começando a frequentar o Colégio Alexandre Herculano - Nova Lisboa, hoje Huambo, e voltaria a Angola em 1996 como Chefe do Estado Maior da UNAVEM III. 

Fez duas comissões de serviço no CTIG.  Deve ser do curso de 1963 na Academia Militar. Segundo a sua página no Facebook, nasceu em Mafra e mora em Oeiras. A sua última função no Exército foi a de diretor do Museu Militar. Interessa-me particularmente pela história militar.
 

4. Ficha de unidade > Companhia de Caçadores n.º 3414

Identificação: CCaç 3414

Unidade Mob: BII 17 - Angra do Heroísmo

Crndt: Cap Inf Manuel José Marques Ribeiro de Faria

Divisa: "Antes Morrer Livres Que em Paz Sujeitos"

Partida: Embarque em 23Jun71; desembarque em 02Jul71 | Regresso: Embarque em 23Set73

Síntese da Actividade Operacional

Após realização da IAO, de 5 a 31ju171, no CIM, em Bolama, seguiu em 5ag071 para Sare Bacar, a fim de efectuar o treino operacional e a sobreposição com a CCaç 2636. 

Em 27Ag071, assumiu a responsabilidade do subsector de Sare Bacar, com pelotões destacados em Sora e Sare Aliú Sene, ficando integrada no dispositivo e manobra do BArt 2920 e depois do BCaç 3884.

Em 18mai73, foi rendida no subsector de Sare Bacar pela CCaç 4147/72 e seguiu, em 20,ai73, para Cumeré, tendo reforçado o dispositivo do COP 8, de 4jun73 a 5jul73.

Em 5jul73, substituindo a CCaç 3518, assumiu a responsabilidade do subsector de Brá, ficando na dependência do COMBIS, com vista a garantir a segurança e protecção das instalações e das populações da área. No período efectuou ainda escoltas a colunas de reabastecimento a Farim, Binta, Guidage e Mansabá.

Em 25set73, foi substituída no subsector de Brá pela CCaç 3477, a fim de
efectuar o embarque de regresso.

Observações - Tem História da Unidade (Caixa n." 96 - 2ª Div/4ª  Sec, do AHM).

Fonte: Excerto de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pág. 405.

(Seleção, revisão / fixação de texto: LG)
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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P18978: In Memoriam (320): Joaquim Carlos Rocha Peixoto (Penafiel, 1949 - Porto, 2018) (Luís Graça / Alice Carneiro / Tabanca de Matosinhos / Francisco Baptista / Joaquim Mexia Alves / Ana Sequeira)



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real >  26 de Junho de 2010 >  V Encontro Nacional da Tabanca Grande  > Uma foto para a eternidde... Uma foto, muito feliz, do Manuel Carmelita, grande fotógrafo, e grande amigo do casal: o Joaquim e a Margarida Peixoto, o nosso casalinho de professores de Penafiel, apanhados num belíssimo momento de descontracção e de ternura... (*)

Foto: © Manuel Carmelita (2010). Todos os direitos reservados.  [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


O professor do 1º ciclo do ensino básico Joaquim Peixoto e um grupo de alunos. S/d, s/l. Foto do arquivo do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


O escritor (José Ferreira) e... o professor (Joaquim Peixoto). Em segundo plano, ao fundo, ao centro, o José Cancela. um velho amigo e vizinho dos Peixoto (Joaquim e Margarida). O José Ferreira escreveu sobre ele uma história deliciosa, publicada aqui no nosso blogue, e a tradicional cortejo do carneirinho, em Penafiel, tradição única no país, que remonta ao ano de 1880.


Vila Nova de Foz Coa > Restaurante do Museu do Côa > 3 de setembro de 2013 >  O meu cunhado, Augusto Pinto Soares e o Joaquim Peixoto, numa visita que fizemos juntos, com as nossas mulheres, ao Museu do Coa, com viagem de comboio até ao Pocinho.

Foto: © Luís Graça  (2013). Todos os direitos reservados.  [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Alguns dos seus amigos e camaradas da Guiné com quem convivia regularmente: da esquerda para a direita, José Manuel Moreira Cancela, Joaquim Peixoto,  José Manuel Lopes, Antonio Carvalho, Isolino Gomes e Manuel Carvalho. Foto de Manuel Carmelita, outro dos seus grandes amigos.

Fonte: página do Facebook do  Joaquim Carlos Rocha Peixoto.


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães... 21 de Agosto de 2011 > Sete magníficos (a contar da direita, Carvalho de Mampatá, Zé Rodrigues, Zé Manel Lopes, Zé Cancela, Joaquim Peixoto - régulo da tabanca-, Manuel Carmelita, Brito da Silva) mais um (Luís Graça, o fundador da Tabanca Grande)...

Foto (e legenda): © Luís Graça  (2011). Todos os direitos reservados.  [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 > A arte de bem receber e partilhar  do casal Peixoto > À hora refeição, em que participou também o resto da família Peixoto (o filho e a filha da Margarida e Joaquim, mais o genro, marido da Joana).

Foto (e legenda): © Luís Graça  (2011). Todos os direitos reservados.  [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Cinfães, Porto Antigo, albufeira da Barragem do Carrapatelo > 29 de Agosto de 2011 > A Alice, o Joaquim Peixoto e a Margarida... O casal Peixoto veio à Tabanca de Candoz (Quinta de Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses) retribuir a nossa, minha e da Alice, visita à Tabanca de Guilamilo,  no passado dia 21 de agosto de 2011.

Foto (e legenda): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Vizela > 30 de agosto de 2010 > Santuário de São Bento, a 410 metros acima do nível do mar, ao pôr do sol... Dois camaradas da Guiné, Joaquim Peixoto e Luís Graça, os dois primeiros inscritos na Tabanca de Guilamilo....

Foto (e legenda): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Joaquin Carlos Rocha Peixoto (Penafiel, 1949- Porto, 2018), Foto da página no Facebook.


Obrigado, Joaquim, pelo privilégio de te termos  conhecido... E até um dia, lá no Olimpo dos deuses, dos heróis, e dos amigos e camaradas da Guiné!... 



1. Conheci o Joaquim e a Margarida Peixoto por ocasião do IV Encontro Nacional da  Tabanca Grande, na Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria, em 20 de junho de 2009. Por um feliz acaso, apresentei-os à Alice  por que serem da mesma região; eles, de Penafiel, a Alice, do Marco de Canaveses... Ficámos, para sempre, bons amigos, os dois casais.

A Alice proporcionou logo a seguir, na sua casa, nesse verão o reencontro da senhora professora Margarida Peixoto com alguns dos seus antigos meninos e meninas...  A escola primária de Passinhos /Foz, no Marco de Canaveses, em 1972, foi o seu primeiro ano de atividade como professora. (**)

Eu e o Joaquim estivemos naturalmente presentes... Encantados. Foi um momento único, irrepetível. Como têm sido, para muitos de nós, alguns momentos aqui proporcionados pelo nosso blogue... De tal modo que já paga direitos de autor a frase O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande.

Em 11 de julho desse ano,  já se havia apresentado formalmente à Tabanca Grande  o Joaquim Carlos Rocha Peixoto, ex-fur mil inf,  com o curso de Minas e Armadilhas, da CCAÇ 3414 (Bafatá e Sare Bacar, 1971/73 (***).
CCAÇ 3414: Joaqiim Peixoto e Fernando Ribeiro (c. 1973)

Mas os nossos contactos remontavam já a 2007, quando o Joaquim respondeu a um pedido de
informação  nosso sobre o seu camarada Fernando Ribeiro, natural de Condeixa, morto em 1973 numa emboscada na estrada de Binta-Farim (****)

O nosso malogrado camarada Joaquim Peixoto (1949-2018) nasceu em Canelas, Penafiel. O pai era um conceituado comerciante. Também tinha um irmão que já morreu.

Segundo os dados que constam na sua página no Facebook, andou no Colégio João de Deus, no Porto,  e frequentou o Liceu Nacional de Guimarães. Já depois depois de regressar da Guiné, e por conselho da sua namorada e futura esposa, fez o curso de professor  no Magistério Primário de Penafiel (*****).

Era casado, pai de um filho e uma filha, avô de dois netos (de 3 e 5 anos) que o adoravam. Foi professor do 1º ciclo do ensino básico, tendo-se reformado no Agrupamento Escolar de Penafiel Sul. Leccionou durante anos na Casa do Gaiato, em Paços de Sousa. Aí o professor também foi aluno, recebeu lições grandes de vida, por que naquela instituição acolhem-se e educam-se meninos da rua, alguns dos quais com dramáticas histórias de abandono, violência, exclusão social...

Sempre o conheci como  um homem simples, bom, discreto, sensível, reservado (mas nem por isso menos alegre e brincalhão), hospitaleiro, amigo do seu amigo, enquanto a Margarida, também nossa grã-tabanqueira (***),  é uma típica nortenha, de verbo fácil e a sensibilidade à flor da pele. Tive o privilégio de estar com eles, na sua belíssima casa nessa belíssma terra, que é Penafiel, da qual então era então um sítio de passagem, a camimnho de Candoz, desde 1975... O pouco que sabia, do tempo da guerra colonial,  é que Penafiel era a capital do vinho verde. Ora é muito mais do que isso: rica de história, património e gente boa. Uma terra que ele amava e de que tinha orgulho  (******).

Também passei, duas vezes, pela Quinta de Guilamilo, muito ligado à memória do seu pai, que ele estava a recuperar, e onde gostava de receber os amigos, e em especial dos camaradas da Guiné.


2. Depoimentos sobre o Joaquim Peixoto

(i) Luís Graça & Maria Alice Carneiro (*******):

Estivemos, ontem à noite, na Igreja das Freiras, em Penafiel, a despedirmo-nos do nosso amigo Joaquim, e a acompanhar na dor a Margarida, a sua filha e o seu filho... Apesar de tudo, era uma família que mostrava uma grande serenidade e dignidade... O Joaquim esperara por eles para morrer, em paz, ao fim da manhã!... Lucidamente, apenas com a morfina para lhe aliviar as dores físicas!...

Desgraçadamente era uma "morte anunciada"... Morre-se sozinho, sendo este o ato mais solitário da vida, mas a companhia dos que nos amam é um bálsamo!... Não há melhor morfina do que o amor e a compaixão!... Que lição extraordinária, esta, para todos nós que receamos esse momento derradeiro e fatal... Como iremos morrer? Às três da manhã, sozinhos, numa cama do hospital, o "terminal da morte", ou lúcida, digna, corajosamente, de mão dada com os que nos amam?... 

Que melhor despedida podia querer um homem bom e um grande camarada da Guné como o Joaquim?!

Soubemos pela Margarida, quanto bem lhe fez, em vida, o nosso blogue e as amizades que ele criou e alimentou na Tabanca Grande, na Tabanca de Matosinhos, na Tabanca dos Melros e na Tabanca de Guilhomil, em Guimarães, de que ele era o generoso e hospitaleiro régulo.

Obrigado/a, Joaquim, pelo privilégio de te termos conhecido... E até um dia, lá no Olimpo dos deuses, dos heróis, e dos amigos e camaradas da Guiné!... 

Malta da Tabanca de Matosinhos, vamos fazer-lhe a nossa homenagem de despedida no almoço de 4.ª feira? Eu e a Alice alinhamos, ainda estamos por cá esta semana!... E ver-nos-emos, mais logo, com certeza, às 15 horas, na derradeira despedida do Joaquim desta "terra da alegria".

À Margarida e à sua família apresentámos também os votos de pesar da Tabanca Grande e demais tabancas, incluindo a de Candoz.


(ii) Tabanca Matosinhos

Um Camarada que parte para a eternidade.

Joaquim Carlos Rocha Peixoto

Um camarada que parte deixa-nos sempre um pouco de si. O Peixoto deixou-nos muito de si:
- Deixou-nos a amizade profunda que sabia cultivar, enriquecida pela alegria, o seu sorriso, a sua meiga palavra de acolhimento...


A sua forte vontade de viver e saborear o que a vida tem de bom era contagiante.
O Peixoto partiu. Deixou-nos mais pobres. Paz à tua alma, bom amigo. Bem mereces.

À sua esposa Margarida e demais família as nossas profundas condolências e a nossa amizade.



(iii) Francisco Batista (*******):

Aos homens bons, aos melhores homens de todos nós, desejamos uma vida longa para podermos usufruir, se possível até ao limite, a sua companhia tão agradável e relaxante.

A perda do amigo Joaquim Peixoto, que ainda há poucos meses era um homem saudável, bom, alegre, transparente, vai criar em mim um vazio que ninguém poderá preencher. Tenho a certeza que o mesmo acontecerá a muitos camaradas e amigos que o conheceram e que conviveram com ele.
A minha mulher que o conheceu, a ele e à esposa Margarida, num almoço na quinta do poeta da Régua [, José Manuel Lopes e Luisa Valente], e gostou muito do casal, gostaria muito ir ao funeral amanhã. Eu, por maioria de razões, mais conhecimento e mais convivência gostaria muito de estar presente, mas porque a minha mulher está bastante adoentada, embora por doença passageira segundo me dizem, terei que lhe fazer companhia e não vamos poder ir. 

À Margarida enviamos um grande abraço de pêsames, sabemos que a sua dor é grande, nós compartilhamos dela e tal como nós uma multidão de homens e mulheres que o conheceram que o estimaram e se sentiram felizes e honrados com a sua convivência.


(iv) Joaqim Mexia Alves (********)

(...) Pergunto-me se o conhecia assim tão bem e chego à conclusão de que não, mas a sua bonomia, a sua simpatia, o seu olhar sereno, confiante, camarigo, ligado ao da sua mulher, Margarida, transporta-me para uma realidade que queria longe de mim e que é o saber que nós, os camarigos, vamos partindo, e que não sei se deixamos história, se deixamos sentimentos, se deixamos alma lusa, para motivar os vindouros, que já cá vão estando!

O Joaquim Peixoto era a serenidade em pessoa, pelos menos para mim, e na sua partida, chora-me o coração de camarigo, mas anima-se a minha alma de cristão: Ao homem bom, Deus recebe sempre no seu amor!

Sirvo-me da expressão popular e desejo que a “terra lhe seja leve”, porque aos homens bons Deus toma-os nos seus braços e leva-os para a eternidade!

A ti, meu amigo, camarigo, Joaquim, como eu, junto-me em oração à tua Margarida, à tua família, e espero que lá no “assento etéreo a que subiste”, nos relembres sempre junto daqu’Ele que é a vida, para que também nós a ti nos juntemos um dia, fazendo de um bocadinho do Céu, uma porção de Guiné! (...)


(ii) Ana Sequeira

 Joaquim Carlos Rocha Peixoto, obrigada pela tua amizade! Jamais me esquecerei do teu sorriso e boa disposição! Obrigada pelo teu companheirismo e apoio tão paternal quando cheguei à cidade de Penafiel!! Sou muito grata por te ter conhecido, por termos feito parte de uma equipa fantástica na Escola Básica de Guilhufe, de ter privado contigo e os teus momentos que guardarei eternamente na minha memória e no meu coração! Descansa em paz! Voltaremos a estar juntos, um dia! Beijinho desta tua "filha"...
________________


(**) Vd, blogue A Nossa Quinta de Candoz >  10 de setembro de  2009 > A homenagem da professora aos seus primeiros alunos (Escola de Passinhos, 1972)




(******) Vd. poste de 18 de outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5126: Um Casal Garcia, para desinfectar o dente... (Joaquim Peixoto, ex-Fur Mil, CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73)

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17310: XII Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 29 de Abril de 2017 (14): mais caras lindas...



Foto nº 1 > Da esquerda para a direita: Maria Arminda (esposa do Manuel Luís Lomba) (Barcelos), Maria Irene, esposa do camarada Acílio Azevedo (Leça da Palmeira), a Dina Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos), a Maria Elisabete (esposa do nosso Francisco Silva) (Porto Salvo / Oeiras) e  a Germana, esposa do Carlos Silva (Massamá / Sintra).


Foto nº 2  > Maria Elisabete (esposa do nosso Francisco Silva) (Porto Salvo / Oeiras)


Foto nº 3 > O "ranger" Eduardo MR, "bendito entre as mulheres (à esquerda, a camarada Giselda Pessoa)... À direita, a Júlia, esposa do Isolino Gomes, da CCAÇ 3414.


Foto nº 4  >  Os inseparáveis António Fernando Marques e Gina (Cascais)


Foto nº 5  > José Miguel Louro e Maria do Carmo, mais um casal da Magnífica Tabanca da Linha


Foto nº 6 > Luís R. Moreira e Irene (Sintra), também "meninos da Linha"


Foto nº 7 > Jorge Pinto e Ana Maria (Sintra), ambos professores do ensino secundário, reformados.


Foto nº 8 > A minha amiga Tucha (Maria de Fátima), companheira do Manuel Gonçalves


Foto nº 8 > O António Duarte e a Conceição Duarte (Linda-A-Velha / Oeiras).


Foto nº 9 > Jorge Canhão e Maria de Lurdes (Oeiras)


Foto nº  10 > À direita a esposa do nosso Albano Costa (Guifões / Matosinhos), Maria Eduarda e à esquerda a Rosa Maria, esposa do camarada José Francisco Macedo das Neves...


Foto nº 11 > Armando Nunes Carvalho e a esposa Maria Deolinda Pinho Ferreira

Leiria, Monte Real > Palace Hotel Monte Real > XII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 29 de abril de 2017

Fotos: © Luís Graça  (2017). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Guiné 63/74 - P16415: Convívios (765): Encontro dos Falcões de Sare Bacar, pessoal da CCAÇ 3414, levado a efeito entre os dias 5 e 8 de Agosto passado, na cidade do Porto (Joaquim Carlos Peixoto, ex-Fur Mil Inf MA)

1. Em mensagem de ontem, 23 de Agosto de 2016, o nosso camarada Joaquim Carlos Peixoto (ex-Fur Mil Inf MA, CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73) enviou-nos para publicação a reportagem do Convívio deste ano dos Falcões de Sare Bacar, levado a efeito na Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto, nos dias 5 a 8 de Agosto último.



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Nota do editor

Último poste da série de 28 de julho de 2016 > Guiné 63/74 - P16343: Convívios (764): Moledo, Lourinhã, 14 de agosto de 2016: encontro de combatentes, 5º aniversário da AVECO - Associação dos Veteranos Combatentes do Oeste... Estamos todos convidados!

domingo, 15 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13288: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (28): Monte Real, 14 de junho: votos dos ausentes Margarida Peixoto (Penafiel) e Abílio Duarte (Lisboa)

Mais uma uma amiga (a Margarida Peixoto) e um camarada (o Abílio Duarte) que nos desejam bom sucesso para o encontro, lamentando não poder vir. Outros camaradas também nos telefonaram durante o dia como o Fernando Chapouto, o Silvério Dias e outros (que não de registei de imediato) a quem agradeço em nome da Tabanca Grande. (LG)


1. Margarida Peixoto, 14 de junho de 2014 10:35


Olá, Luis:

É com muita pena que hoje não faço parte desse convivio que tanto gosto. tenho a minha mãe doente e fico a cuidar dela.

O Carlos ], Joaquim Peixoto,] estará ai como é hábito.

Que tenham um dia bem passado e cheio de boas emoçoes. Um abraço com muita ternura para todos os presentes, com acerteza que estarei com todos em pensamento.
Um grande abraço à  Alice [Carneiro] carregado das maiores saudades

Um abraço da sempre amiga
Margarida
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Nota do editor:

Margarida Assunção Oliveira Rocha Ribeiro da Rocha Peixoto é esposa do nosso camarada Joaquim Carlos Rocha Peixoto que foi Fur Mil Inf MA na CCAÇ 3414, Bafatá eSare Bacar, de 1971 a 1973. Ambos estão aposentados de uma das mais bonitas profissões do mundo, Professor do Ensino Básico.  A foto acima, tirada pelo Manuel Carmelita, é de 2010.

O Joaquim Peixoto trouxe com ele, desta vez, mais 2 camaradad da CCAÇ 3414: o  António Britlo da Silva (Madalena / Vila Nova de Gaia) (que bisou)  e o o "periquito" Vitor Manuel Rocha Abreu (Lisboa).


2. Abilio Duarte  [ex-fur mil art, CART 2479 (que em janeiro de 1970 deu origem à CART 11, Os Lacraus, que por sua vez em junho de 1972 passou a designar-se CCAÇ 11), Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paunca, 1969/70; bancário reformado]:

14 de junho de 2014 14:30

Boa viagem

E bom almoço.

Que o vosso 

Convívio

Seja cheio de alegria

E com boas recordações.

Para aqueles meus contemporâneos

De 69/70, que passaram por Nova Lamego, e que estiveram no Quartel de Baixo em Gabu, um grande abraço

Abílio Duarte
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Nota do editor:

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12003: Convívios (527): III Convívio da CCAÇ 3414, realizado nos passados dias 9; 10; 11 e 12 de Agosto de 2013 na Ilha do Pico (Joaquim Carlos Peixoto)



1. Em mensagem de hoje, dia 3 de Setembro de 2013, o nosso camarada Joaquim Carlos Peixoto (ex-Fur Mil Inf MA, CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73) enviou-nos a reportagem do III Convívio do pessoal da sua Unidade, levada a efeito na Ilha do Pico nos passados dias 9 a 12 Setembro de 2013:




CONVÍVIO DA CCAÇ 3414

Como a CCAÇ 3414, era composta na maioria por soldados açorianos, houve sempre uma grande dificuldade em nos reunirmos.

Em 2011, graças ao “ Blogue Luís Graça”, conseguimos organizar o nosso 1º convívio, em Coimbra. A maior parte dos presentes era do Continente e apenas um do Arquipélago.

Em 2012 foi marcado o 2º encontro, que seria em Angra do Heroísmo no quartel, antigo BII17 (hoje denominado Regimento de Guarnição 1), onde foi formada a Companhia. Neste convívio já apareceram continentais e açorianos, mas ainda éramos poucos.

Foi então marcado o

3.º CONVÍVIO NA ILHA DO PICO

Este encontro começou no dia 9 de Agosto, na ilha do Pico, com um jantar onde houve um pequeno contacto entre todos.

Neste convívio estiveram camaradas do Continente, de várias ilhas açorianas, e muitos emigrantes de vários estados dos EUA.

O dia 10 começou com uma missa na Igreja da freguesia de S. João em homenagem aos mortos em combate, furriel Ribeiro e soldado Parreira e a todos os já falecidos.


Seguimos para o Parque “ São João Pequenino - onde foi organizado o almoço.


Belíssimo almoço onde para além das lapas e uma grande variedade de queijos das ilhas foi servido o peixe albacora assada à moda de S. João. O amigo Sérgio, da ilha do Pico, ofereceu um porco para grelhar. O amigo Bernardo ofereceu umas camisolas referentes ao evento. Um outro soldado, o Furtado, que se dedica a produzir peças de artesanato, ofereceu uma pequena lembrança a cada um de nós. No fim para além do bolo para comemorar o 40.º aniversário da chegada da Guiné, houve uma grande variedade de bolos típicos dos Açores. Para acompanhar foram servidos vinho tinto da ilha do Pico, vinho branco da ilha, vinho verdelho, além de cerveja, água e sumos. De referir que toda a organização, confecção e preparação esteve a cargo de familiares dos soldados. 





No fim houve a actuação do “ Grupo Folclórico da Casa do Povo de S. João do Pico e o “ Grupo de Pauliteiros de Sanhoane.”



No dia 11 concentramo-nos em S. João, onde fomos visitar o Museu Baleeiro. De seguida demos a volta à ilha acompanhados pelo Caldeira, que como natural desta ilha, nos serviu de guia. Entre outras coisas visitamos o museu da vinha em Santa Luzia, zona classificada como património mundial. Nesta viagem passamos pela casa de mais um amigo, o Simas, que nos “ obrigou” a entrar onde nos serviu vários queijos feitos por ele acompanhados pelo famoso vinho verdelho.

No dia 12 recebemos o convite do Leonel Ramos para um almoço na ilha de S. Jorge. Mais uma viagem de barco para a ilha onde nos foi servido um fabuloso almoço, para o qual matou um bezerro.



Regresso à ilha do Pico.

Porque “ recordar é viver “, viveram-se dias de euforia, de emoções contidas, lembraram-se os bons e maus momentos passados juntos na Guiné, recordamos os que já partiram e num abraço de amizade, companheirismo e de uma grande dignidade matamos saudades daquele tempo.

É indescritível o que se viu e viveu nestes poucos dias de confraternização.

É pena que os “grandes” deste país, aqueles que apregoam aos sete ventos, o bem para Portugal, não tenham assistido a tão nobre e leal encontro.

É pena que os “grandes” não vejam a felicidade com que se pode viver num simples abraço.

É pena que os “grandes” não possam tirar lições desta camaradagem e lealdade, porque só vêem grandezas.

É pena que os “grandes” não vejam como poderiam dar a volta a este país, olhando para o que estes “guerreiros” são capazes de fazer para se reunirem.

É pena que os “grandes” não estejam atentos nem oiçam a voz destes ex-combatentes que perderam a juventude, que perderam os sonhos, que viram companheiros sucumbirem junto deles, que viram pais, irmãos, esposas e filhos transformarem os seus olhares alegres e felizes em olhares tristes e melancólicos.

É pena que os “grandes” se esqueçam de respeitar estes Homens, de lhes dar o devido valor, em vez de os insultar com as atitudes que tomam com eles.

Sem mais delongas, porque o que faz escrever este texto é relatar sobre o nosso III convívio, quero agradecer a todos, em especial aos residentes nas ilhas, o carinho, a amizade e o calor humano com que nos receberam.

Estou certo, que as minhas palavras de agradecimento, assim como a felicidade que senti, são comuns a todos os camaradas que participaram neste convívio, vivendo, tal como eu, todas as emoções.

Não tenho palavras para agradecer ao Sérgio e seus familiares todo o empenho que tiveram para que o dia 10 fosse um dia inesquecível.

Assim como me faltam as palavras para também agradecer ao Leonel Ramos e toda a família o espectacular almoço que ofereceu sem nada em troca a todos os que participaram neste convívio. A emoção é forte, as palavras não brotam para agradecer tamanho testemunho de amizade.

Propositadamente, deixei para o final, os três grandes colaboradores e organizadores deste convívio: Caldeira, Lopes e Silveira. Sem o seu trabalho, esforço, dedicação, espírito de solidariedade, camaradagem e amizade este convívio não teria sido possível. Bem hajam, companheiros de luta, pela vossa disponibilidade trabalho e amizade. Valeu a pena o esforço que fizeram. Estes dias, as noites mal dormidas, preocupação de tudo estar em ordem, foi compensado pelo sorriso que viram em cada rosto e a alegria que cada um de nós manifestou.


Obrigado a todos e que o próximo convívio vos faça tão feliz, quanto este nos fez.

OBRIGADO.
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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE SETEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12002: Convívios (526): V Convívio Anual dos ex-Combatentes no Ultramar do Concelho de Gondomar, dia 21 de Setembro de 2013 na freguesia de S. Pedro da Cova (Carlos Silva)