Caro camarada Luís Graça:
Visitador habitual e colaborador de ocasião [, foto a seguir, à direita,], foi para mim motivo de algum júbilo e de saudade, ao verificar o conteúdo deste post.
Gostaria que me dessem licença para um pequeno atrevimento em deixar duas notas sobre a figura principal deste. Essa figura está centrada no cor inf ref Jorge Saraiva Parracho.
Claro que, certamente, não está na intenção do Luís fazer a biografia completa daquele Homem e Militar.
Isto para dizer que Jorge Saraiva Parracho (de seu nome completo) foi, em 1963, «buscar-nos» a Chaves e «levar-nos» para a Guiné, onde já estava com cerca de 12 meses de permanência.
Foi, por isso, o primeiro comandante de Companhia Independente, com a patente de capitão miliciano, da CCaç 462 de que fiz parte. Terminou a comissão dos 24 meses e regressou a Portugal, quando a companhia tinha cerca de 12 meses de Guiné. Foi substituído pelo tenente Luís Manuel das Neves e Silva, pouco depois promovido a capitão
Do então capitão miliciano Jorge Saraiva Parracho, posso afirmar que fui colaborador próximo, apesar das diferenças de patentes que nos diferenciavam. E foi ele que, a certa altura, me convidou a substituir o 1º sargento, que tinha sido evacuado para Lisboa, por acidente de viação, que aqui já historiei, passando eu a «responder» - era este o termo militar que se usava, quando nos queríamos referir os aspectos administrativos e de organização paralela ao serviços que desempenhávamos - no que se refere à escrituração contabilística, mapas, mapinhas e outras coisas que tais, até ao processamento (manual) dos ordenados (pré) e prestar contas ao Batalhão de quem dependíamos administrativa e operacionalmente.
Por força deste convite feito pelo próprio, então capitão.miliciano, Jorge Saraiva Parracho, para assegurar a boa continuidade administrativa e organizativa da companhia, tive a oportunidade de «conviver» e tratar com este militar.
Isto não pretende ser um apontamento de lapso do conteúdo aqui expresso, mas um complemento, que, entendo, devia ser feito.
É claro que tenho visto aqui, por outras circunstâncias e factos, referências ao nome do meu primeiro comandante de companhia. Mas não desta forma tão completa como o Luís sabe fazer
Portanto, o cor inf ref Jorge Saraiva Parracho não andou, na Guiné, só pelos locais apontados (*). Mas também por aqueles que acima indico, principalmente, além de Ingoré, onde se situava o comando da companhia, tínhamos o sector acrescido de Sedengal, S. Domingos, Suzana e Varela (que bela praia esta), para além daqueles locais que abaixo menciono. Mas o nosso comandante só esteve nestes que antes se descrevem.
Um abraço aos tabanqueiros.
JM Ferreira
CCaç 462-Ingoré-Bula-Có-Ponate-Jolmete-Pelundo-Mansoa-Bissau-Niassa-Lisboa (1963/65) [, foto de então, à esquerda]
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Visitador habitual e colaborador de ocasião [, foto a seguir, à direita,], foi para mim motivo de algum júbilo e de saudade, ao verificar o conteúdo deste post.
Gostaria que me dessem licença para um pequeno atrevimento em deixar duas notas sobre a figura principal deste. Essa figura está centrada no cor inf ref Jorge Saraiva Parracho.
Claro que, certamente, não está na intenção do Luís fazer a biografia completa daquele Homem e Militar.
Isto para dizer que Jorge Saraiva Parracho (de seu nome completo) foi, em 1963, «buscar-nos» a Chaves e «levar-nos» para a Guiné, onde já estava com cerca de 12 meses de permanência.
Foi, por isso, o primeiro comandante de Companhia Independente, com a patente de capitão miliciano, da CCaç 462 de que fiz parte. Terminou a comissão dos 24 meses e regressou a Portugal, quando a companhia tinha cerca de 12 meses de Guiné. Foi substituído pelo tenente Luís Manuel das Neves e Silva, pouco depois promovido a capitão
Do então capitão miliciano Jorge Saraiva Parracho, posso afirmar que fui colaborador próximo, apesar das diferenças de patentes que nos diferenciavam. E foi ele que, a certa altura, me convidou a substituir o 1º sargento, que tinha sido evacuado para Lisboa, por acidente de viação, que aqui já historiei, passando eu a «responder» - era este o termo militar que se usava, quando nos queríamos referir os aspectos administrativos e de organização paralela ao serviços que desempenhávamos - no que se refere à escrituração contabilística, mapas, mapinhas e outras coisas que tais, até ao processamento (manual) dos ordenados (pré) e prestar contas ao Batalhão de quem dependíamos administrativa e operacionalmente.
Por força deste convite feito pelo próprio, então capitão.miliciano, Jorge Saraiva Parracho, para assegurar a boa continuidade administrativa e organizativa da companhia, tive a oportunidade de «conviver» e tratar com este militar.
Isto não pretende ser um apontamento de lapso do conteúdo aqui expresso, mas um complemento, que, entendo, devia ser feito.
É claro que tenho visto aqui, por outras circunstâncias e factos, referências ao nome do meu primeiro comandante de companhia. Mas não desta forma tão completa como o Luís sabe fazer
Um abraço aos tabanqueiros.
JM Ferreira
CCaç 462-Ingoré-Bula-Có-Ponate-Jolmete-Pelundo-Mansoa-Bissau-Niassa-Lisboa (1963/65) [, foto de então, à esquerda]
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Notas do editor
Último poste da série > 31 de agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10311: (Ex)citações (193): Telefono regulamente ao Armor Pires Mota e a outros camaradas do BCAV 490 (1963/65)... mas somos cada vez menos (Jaime Segura)
(*) Ver também o blogue O Mascote da CCAÇ 462 > 18 de abril de 2011
Foi pelas mãos do Alferes Geraldes que entrei p'ra história da CCaç 462 e pela benção de todos os soldados daquela companhia me fiz mascote.
Foi pelas mãos do Alferes Geraldes que entrei p'ra história da CCaç 462 e pela benção de todos os soldados daquela companhia me fiz mascote.
Lembro-me do Capitão Parracho, comandante da companhia... Lembro-me do incêndio enorme que houve no edifício que servia de messse dos oficiais... da minha cama na caserna a meio dos demais ... Lembro-me da cidade de Ingoré na Guiné, anos 1963/1965... Tudo isto há cerca de 50 anos atrás.
A todos os da CCaç 462, eis o Domingos, o vosso MASCOTE!
[Domingos vive em Portugal, em Castanheira do Castanheira do Ribatejo, Vila Franca de Xira, onde é operador de combustíevis GALP]