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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17329: Manuscrito(s) (Luís Graça) (117): Festa, alegria e folia no XII Festival Internacional da Máscara Ibérica (Lisboa, Praça do Império, Belém, 4-7 maio 2017)... O fascínio da gaita de fole!


XII Festival Internacional da Máscara Ibérica (FIMI), Lisboa, 6 maio 2017, Praça Império, Belém: Real Banda de Gaitas de Oviedo, Astúrias, Espanha.. Uma  referência cultural, um ícone,


Vídeo 1' 45''. Luís Graça (2017). Disponível em You Tube > Luís Graça


1. O Festival Internacional da Máscara Ibérica (FIMI), que se realiza em Lisboa,  já vai na sua 12ª edição. Este ano, pela primeira vez, foi no  Praça do Império, em Belém, um espaço cénico por excelência, enquadrado pelo mosteiro dos Jerónimos, o Centro Cultrural de Belém e o estuário do Tejo, um espaço mais imponente do que  a baixa lisboeta. (*)  

Fui lá, na tarde de sábado, para assistir ao desfile das máscaras ibéricas,  mas só levava uma das pilhas da máquina fotográfica meio carregada. A outra já tinha sido gasta num evento anterior, ao fim da manhã e almoço. Ainda  deu para fazer vários vídeos e bater algumas chapas.

Não posso, mais uma vez, deixar de mostrar, aos nossos leitores, através do vídeo  que  junto, o meu fascínio por este  instrumento, a gaita de fole (ou foles ou apenas gaita), da família dos aerofones. Fico feliz por,.  no nosso país a gaita mirandesa, em risco de se perder, nos anos 60 do séc. passado, devido à "modernização" da sociedade portuguesa, a emigração, a guerra colonial, a concorrência do acordeão, etc., conhecer hoje uma revitalização excecional, graças ao trabalho de muita gente, desde os etnomusicólogos aos artesãos locais.

O FIMI, este ano, contou com 36 grupos (metade portugueses) e mais de 650 participantes, que deram a Lisboa um clima de festa, alegria, magia e folia... a que se associaram milhares e milhares de lisboetas e turistas, numa comunhão de cumplicidade e universalidade (**).  Na paz ou na guerra,  no templo ou no teatro, a máscara foi usada e continua a ser usada para nos transfigurar, fazendo a  necessária ligação entre o profano e o sagrado, entre a vida e a morte, entre o racional e o irracional que há em nós. A gaita é um instrumento indispensável neste cenário.  Mas o festivale não é só desfiles, exibições e concertos...Este ano havia uma parte gastronómica fortíssima em que cada terra ou região pôde mostrar os seus trunfos em matéria de comidas e bebidas...E aqui o Portugal profundo continua a surpreender-nos com os seus vinhos, os seus azeites, o seu pão, os seus quejs, os seus enchidos, os seus doces... 

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