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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Guiné 63/74 - P10945: Manuel Serôdio, ex-fur mil CCAÇ 1787 (Empada, Buba, Bissau, Quinhamel, 1967/68) (Parte VIII): Subsetor de Empada: atividade operacional em agosto / setembro / outubro de 1968


Tomar > RI 15 A> 1967 >  Elementos do primeiro pelotão da Companhia 1787





Guiné > Região de > Empada > 1968  >  O Manuiel Serôdio, no regresso de uma operaçãio



1. Continuação da série do Manuel Serôdio (, camarada que vive em Rennes, Bretanha, França), sobre a história da sua companhia, a CCAÇ 1787 (*)


Agosto de 1968 (continuação)

Operação "Nativo"

Situação:

A zona de Ponta Brandão e a estrada Empada-Gubia não é percorrida pelas nossas tropas desde Maio último. Dado o desaparecimento do destacamento de Gubia, é natural que o inimigo tente estender de novo a sua atividade às regiões antes controladas pelas nossas tropas, com o fim de retomar o controle da referida zona, que é bastante rica em terrenos cultiváveis.

Missão:

Patrulhar ofensivamente a área de Ponta Brandão e Binhal, montando uma rede de emboscadas neste local.

Forças executantes:  2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Sem contato nem vestígios.

Operação "Negrola"

Situação:

A região de Saucunda e Batambali Balanta costumava ser com muita frequência percorrida e patrulhada por grupos inimigos vindos de Aidará. Apesar dos revezes que o inimigo tem sofrido ultimamente frente às nossas tropas nesta região, é natural que continue a utilizar esta zona, como zona de passagem, e área de patrulhamento.

Missão:

Bater a área referida e montar nela uma rede de emboscadas, de modo a aprisionar ou aniquilar qualquer elemento inimigo que se revelasse durante a operação.

Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Ouvidos vários tiros de espingarda e pistola metralhadora no acampamento inimigo de Aidará, deparou-se um grupo inimigo de de 8 elemetos a cerca de 2000 metros. Não foi feito fogo por estarem fora do alcance das nossas armas.


Setembro de 1968

Atividades operacionais: (i) Patrulhamentos e picagem diários às estradas para o cais e Ualada, e à pista de aterragem; (ii) Montada a proteção aos barcos e aviões que demandaram Empada; (iii) Montada segurança aos trabalhadores da bolanha; (iv) Patrulhamentos conjugados com emboscadas (9)

Operação "Naperon"

Situação:

A região de Caur de Cima, Beja e Manpatá não é muito atingida pela atividade inimiga. Para isso contribui grande número de vezes, que as nossas tropas têm atingido ultimamente a citada zona, a última das quais em 12 de Agosto passado, durante a operação "Quarentão". Contudo, é natural que o inimigo tente por vezes patrulhar e percorrer esta mesma região, tanto mais que a zona mais a sul, ( cruzamento de Batambali) é caraterizada por uma forte atividade inimiga.

Missão:

Bater a área jà referida, e montar uma rede de emboscadas, de modo a aniquilar ou aprisionar qualquer elemento inimigo que se revelasse, quer durante a batida, quer durante as emboscadas.

Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Sem contato nem vestígios recentes

Operação "Nórdica"

Situação:

Estão desde hà muito, referenciados acampamentos inimigos em Aidará Balanta e Aidará Beafada. O inimigo realiza, embora últimamente com pouca frequência devido à constante ação das nossas tropas, patrulhamentos para Faracunda Balanta, Faracunda Beafada e Missirã Beafada. Os elementos civis da zona controlada pelo inimigo, cultivam atualmente o arroz na bolanha de Aidará.

Missão:

(i) Patrulhar ofensivamente a área de Faracunda Beafada e Faracunda Balanta, e montar uma rede de emboscadas; (ii) Aprisionar ou aniquilar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.

Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Sem contato.

Operação "Negociata"

Situação:

O cruzamento de Batambali é um ponto importante, dele irradiando as estradas para Buba, Catió e Empada. As nossas tropas, se bem que tivessem atingido as zonas próximas por duas vezes, em 19 de Julho e 28 de Agosto, desde 20 de Junho que não patrulham a área propriamente dita do cruzamento.

Esta mesma zona é frequentada por grupos inimigos, que vindos de Aidará, se dirigem a Gambine-Antuane, e vice-versa.

Missão:

Patrulhar ofensivamente toda a área da estrada Empada-Buba, até ao cruzamento de Batambali, e montar neste último local uma rede de emboscadas, aprisionar ou aniquilar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.

Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

O inimigo não se revelou.

Operação "Noventa"

Situação:

A região do subsetor denominada península da Pobreza, é totalmente controlada pelo inimigo. Foram jà referenciados vários acampamentos inimigos em toda a península. A área da mata de Cantora e o cruzamento das estradas de Pobreza e Caur de Baixo Balanta,, é constantemente percorrida por grupos inimigos vindos de Satecuta e Ianguê, se dirigem ao entroncamento das estradas de Gubia-Darsalame com a da Pobreza.

Missão:

Patrulhar ofensivamente toda a área da mata, e o cruzamento das estradas da Pobreza e Caur de Baixo Balanta, e montar uma rede de emboscadas, aniquilando ou aprisionado qualquer elemento inimigo que se revelasse no decorrer da operação.

Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Foi montada uma armadilha no itenerário que vem de Satecuta, no qual é muito provável a aproximação do inimigo.


Outubro de 1968

Actividades operacionais: (i) Patrulhamentos e picagem diários às estradas para o cais e Ualada, e à pista de aterragem; (ii) Montada segurança aos barcos e aviões que demandaram Empada; (iii) Montada segurança aos trabalhadores da bolanha; (iv) Patrulhamentos conjugados com emboscadas (5).

Patrulhamento com emboscadas a Caur de Baixo Balanta

Situação:

A região de Caur de Baixo Balanta é percorrida com alguma frequência por grupos inimigos vindos dos lados de Ianguê, Satecuta e Cachobar. Últimamente o inimigo não a percorre com a frequência habitual devido à contínua ação de patrulhamento efetuados pelas nossas tropas, no entanto existem na área trilhos de utilização mais ou menos recentes.

Missão:

(i) Patrulhar ofensivamente a área de Caur de Baixo Balanta, e montar uma rede de emboscadas.; (ii) Aniquilar ou aprisionar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.

Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Sem contato

Patrulhamento a Ponta Brandão


Situação:

A área compreendida entre Empada e Gubia, era controlada pelas nossas tropas. Com a evacuação daquele destacamento, é natual que o inimigo procure estender a sua ação para nascente, no sentido de Empada a partir de Cubisseco.

Missão:

Patrulhar a área anteriormente referida até Ponta Brandão, conjugando o patrulhamento com a montagem de emboscadas, por forma a aniquilar os elementos inimigos que se revelassem.

Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Sem contato

(Continua)
_________________

Nota do editor;

Último poste da série > 24 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10858: Manuel Serôdio, ex-fur mil CCAÇ 1787 (Empada, Buba, Bissau, Quinhamel, 1967/68) (Parte VII): Subsetor de Empada: atividade operacional em julho e agosto de 1968

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Guiné 63/74 - P10758: Manuel Serôdio, ex-fur mil CCAÇ 1787 (Empada, Buba, Bissau, Quinhamel, 1967/68) (Parte VI): Subsetor de Empada: atividade operacional em junho e julho de 1968


Guiné > Região de  > Empada > 1968 > Em primeiro plano, o  furriel Serôdio, o soldado Ferreira [, apontador de dilagrana,] e o 1º cabo Tavares

Fotos: © Manuel Serôdio (2012). Todos os direitos reservados.

1. Continuação da série do Manuel Serôdio, sobre a história da sua companhia, a CCAÇ 1787 (*)


Junho de 1968

-Picagem e patrulhamentos diários às estradas para o cais, Ualada e pista de aterragem

-Segurança aos aviões e barcos que demandaram Empada

-Durante o período iniciaram-se os trabalhos agrícolas na bolanha de Ualada; a  Unidade passou a empenhar diariamente 2 grupos de combate na segurança aos trabalhos, (excepto nos dias de operações).

Operação "Ninguém"

Situação:

-Pretende-se alargar a zona de ação de Empada, criando um novo destacamento em Gubia [, vd. mapa de Catió]. Torna-se necessário proceder-se à ligação por terra, entre o destacamento referido e a sede, prevendo-se que o itinerário possa ser utilizado por viaturas.

Missão:

-Abrir o itinerário Empada-Gubia, tornando-o capaz de permitir a passagem de viaturas.

Forças executantes:

4 grupos de combate da Companhia 1787
1 grupo de combate da Companhia 1797
4 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Resumo:

-Os trabalhos prosseguiam em ritmo acelarado durante os meses de Abril, Maio e Junho, iniciando-se umas vezes em Ponta Brandão, (local escolhido como ponto intermédio e determinante das partes do itinerário), no sentido de Empada, outras em pontos escolhidos do itinerário, por forma a agir, tanto quanto possível de surpresa; simultaneamente iniciavam-se os trabalhos do lado de Gubia, correndo estes em bom ritmo.

-A segurança aos trabalhos articulou-se segundo os seguinte dispositivo:

2 grupos de combate emboscados nas linhas de infiltração prováveis
1 grupo de combate em patrulhamento afastado
1 grupo de combate montando a segurança próxima aos trabalhadores

-O inimigo apenas tentou interferir uma vez, em 20 de Maio, tendo 1 grupo de 15 a 20 elementos, estabelecido contato com o grupo de combate em patrulhamento, do que resultou 1 ferido ligeiro às nossas tropas; o inimigo sofreu 2 feridos confirmados e mais baixas prováveis.


Operação "Nabiça"

Situação:

-O cruzamento de Batambali, é um ponto importante, dele irradiando estradas para Buba, Catió, e Empada. A área não é há muito patrulhada pelas nossas tropas, e é natural que seja utilizado por grupos inimigos que se possam dirigir das zonas de Gambine-Antuane para Aidará [vd. mapa de Bedanda], ou vice-versa.

Missão:

-Patrulhar a área e montar uma rede de emboscadas no cruzamento e trilhos próximos.

Forças executantes:

1 grupo de combate da Companhia 1787
1 grupo de combate da Companhia 1791
2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

-Sem contato. Detetados vestígios inimigos.


Operação "Núncio"


Situação:

- A Companhia possui um destacamento em Gubia, que se torna necessário evacuar, recolhendo o pessoal e material a Empada, com excepção dos materiais de construção, que deverão seguir para Nova Sintra.

Missão:

-Evacuar o destacamento no menor espaço de tempo possível, e proceder à destruição das instalações.

Forças executantes:

1 grupo de combate da Companhia 1787
1 grupo de combate da Companhia de Milícias n° 6

Resumo:

-Em consequência da boa vontade e grande energia com que todo o pessoal se entregou ao trabalho, foi possível evacuar o destacamento no mais curto espaço possível, conseguindo-se deste modo contar com o fator surpresa, e passarem despercebidos ao inimigo, os movimentos efetuados.

-Em virtude das evacuações dos destacamentos de Gubia e Ualada, as forças empenhadas na sua defesa recolheram à sede, ficando deste modo a Unidade, a contar com todo o seu efetivo em Empada.


Julho

-Picagem e patrulhamentos diários às estradas para o cais, Ualada e pista de aterragem.

-Segurança aos aviões e barcos que demandaram Empada.

-Empenhados diariamente 2 grupos de combate na segurança aos trabalhos agrícolas.





Guiné  > Região de Quínara > Mapa de Catió (1961)  > Escala de 1/50 mil > Península de Pobreza > Posição relativa de Gubia, Darsalame e o Rio Pobreza.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné



Operação "Ninharia"

Situação:

-A mata de Cantora, na península da Pobreza, é frequentada por grupos inimigos que ali passam em patrulhamentos, que chegam a atingir o cruzamento das estradas para Darsalame, e para a península referida.

Missão:

-Montar uma rede de emboscadas na mata de Cantora, aniquilando os grupos inimigos que se revelassem.

Forças executantes:

1 grupo de combate da Companhia 1787
1 grupo de combate da Companhia 1791
2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6

Resumo:

-As nossas tropas sairam de Empada pela 3 horas a corta mato, tendo atingido o local escolhido para as emboscadas pelas 5 horas. Às 5,30 horas, estavam montadas as duas emboscadas.

-Cerca das 7,40 horas, 1 grupo inimigo entre cerca de 15 a 20 elementos surgiu na zona de morte, caminhando despreocupados e confiantes. Foi aberto fogo pela metraahadora, e imediatamente se desencadeou por parte das nossas tropas, fogo vivo, rápido e brutal, durante cerca de 10 minutos. Apanhado de surpresa, o inimigo internou-se na mata, reagindo debilmente.

-Efetuado o assalto e batido o local, verificou-se o segunte resultado:

-O inimigo sofreu 2 mortos, e dois feridos graves confirmados, e a avaliar pelos longos rastos de sangue, outros feridos ligeiros.

-As nossas tropas não sofreram baixas.

Material apreendido:

1 pistola metralhadora com 68 munições
6 granadas de lança-roquetes RPG2

Operação "Napoleão"

Situação:

-Tem-se notado que o inimigo vindo do lado de Aidará, realiza com muita frequência patrulhamentos para as zonas de Farancunda, Missirá e Empada.

Missão:

-Patrulhar ofensivamente a área de Empada e Farancunda Balanta, e montar neste último local uma rede de emboscadas.

Forças executantes:

1 grupo de combate da Companhia 1787
1 grupo de combate da Companhia 1791
2 grupos de combate da Companhia de Milícia n° 6

-Sem contato. As nossas tropas chegaram às vistas das casas da tabanca de Aidará, ouvindo-se claramente as mulheres a pilar, gritos de homens e crianças, e avistaram um grupo de pescadores para os lados de Cã.

Continua...
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Nota do editor:

Último poste da série > 9 de novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10643: Manuel Serôdio, ex-fur mil CCAÇ 1787 (Empada, Buba, Bissau, Quinhamel, 1967/68) (Parte V): O subsetor de Empada