Tomar > RI 15 A> 1967 > Elementos do primeiro pelotão da Companhia 1787
Guiné > Região de > Empada > 1968 > O Manuiel Serôdio, no regresso de uma operaçãio
1. Continuação da série do Manuel Serôdio (, camarada que vive em Rennes, Bretanha, França), sobre a história da sua companhia, a CCAÇ 1787 (*)
Agosto de 1968 (continuação)
Operação "Nativo"
Situação:
A zona de Ponta Brandão e a estrada Empada-Gubia não é percorrida pelas nossas tropas desde Maio último. Dado o desaparecimento do destacamento de Gubia, é natural que o inimigo tente estender de novo a sua atividade às regiões antes controladas pelas nossas tropas, com o fim de retomar o controle da referida zona, que é bastante rica em terrenos cultiváveis.
Missão:
Patrulhar ofensivamente a área de Ponta Brandão e Binhal, montando uma rede de emboscadas neste local.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato nem vestígios.
Operação "Negrola"
Situação:
A região de Saucunda e Batambali Balanta costumava ser com muita frequência percorrida e patrulhada por grupos inimigos vindos de Aidará. Apesar dos revezes que o inimigo tem sofrido ultimamente frente às nossas tropas nesta região, é natural que continue a utilizar esta zona, como zona de passagem, e área de patrulhamento.
Missão:
Bater a área referida e montar nela uma rede de emboscadas, de modo a aprisionar ou aniquilar qualquer elemento inimigo que se revelasse durante a operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Ouvidos vários tiros de espingarda e pistola metralhadora no acampamento inimigo de Aidará, deparou-se um grupo inimigo de de 8 elemetos a cerca de 2000 metros. Não foi feito fogo por estarem fora do alcance das nossas armas.
Setembro de 1968
Atividades operacionais: (i) Patrulhamentos e picagem diários às estradas para o cais e Ualada, e à pista de aterragem; (ii) Montada a proteção aos barcos e aviões que demandaram Empada; (iii) Montada segurança aos trabalhadores da bolanha; (iv) Patrulhamentos conjugados com emboscadas (9)
Operação "Naperon"
Situação:
A região de Caur de Cima, Beja e Manpatá não é muito atingida pela atividade inimiga. Para isso contribui grande número de vezes, que as nossas tropas têm atingido ultimamente a citada zona, a última das quais em 12 de Agosto passado, durante a operação "Quarentão". Contudo, é natural que o inimigo tente por vezes patrulhar e percorrer esta mesma região, tanto mais que a zona mais a sul, ( cruzamento de Batambali) é caraterizada por uma forte atividade inimiga.
Missão:
Bater a área jà referida, e montar uma rede de emboscadas, de modo a aniquilar ou aprisionar qualquer elemento inimigo que se revelasse, quer durante a batida, quer durante as emboscadas.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato nem vestígios recentes
Operação "Nórdica"
Situação:
Estão desde hà muito, referenciados acampamentos inimigos em Aidará Balanta e Aidará Beafada. O inimigo realiza, embora últimamente com pouca frequência devido à constante ação das nossas tropas, patrulhamentos para Faracunda Balanta, Faracunda Beafada e Missirã Beafada. Os elementos civis da zona controlada pelo inimigo, cultivam atualmente o arroz na bolanha de Aidará.
Missão:
(i) Patrulhar ofensivamente a área de Faracunda Beafada e Faracunda Balanta, e montar uma rede de emboscadas; (ii) Aprisionar ou aniquilar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato.
Operação "Negociata"
Situação:
O cruzamento de Batambali é um ponto importante, dele irradiando as estradas para Buba, Catió e Empada. As nossas tropas, se bem que tivessem atingido as zonas próximas por duas vezes, em 19 de Julho e 28 de Agosto, desde 20 de Junho que não patrulham a área propriamente dita do cruzamento.
Esta mesma zona é frequentada por grupos inimigos, que vindos de Aidará, se dirigem a Gambine-Antuane, e vice-versa.
Missão:
Patrulhar ofensivamente toda a área da estrada Empada-Buba, até ao cruzamento de Batambali, e montar neste último local uma rede de emboscadas, aprisionar ou aniquilar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
O inimigo não se revelou.
Operação "Noventa"
Situação:
A região do subsetor denominada península da Pobreza, é totalmente controlada pelo inimigo. Foram jà referenciados vários acampamentos inimigos em toda a península. A área da mata de Cantora e o cruzamento das estradas de Pobreza e Caur de Baixo Balanta,, é constantemente percorrida por grupos inimigos vindos de Satecuta e Ianguê, se dirigem ao entroncamento das estradas de Gubia-Darsalame com a da Pobreza.
Missão:
Patrulhar ofensivamente toda a área da mata, e o cruzamento das estradas da Pobreza e Caur de Baixo Balanta, e montar uma rede de emboscadas, aniquilando ou aprisionado qualquer elemento inimigo que se revelasse no decorrer da operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Foi montada uma armadilha no itenerário que vem de Satecuta, no qual é muito provável a aproximação do inimigo.
Outubro de 1968
Actividades operacionais: (i) Patrulhamentos e picagem diários às estradas para o cais e Ualada, e à pista de aterragem; (ii) Montada segurança aos barcos e aviões que demandaram Empada; (iii) Montada segurança aos trabalhadores da bolanha; (iv) Patrulhamentos conjugados com emboscadas (5).
Patrulhamento com emboscadas a Caur de Baixo Balanta
Situação:
A região de Caur de Baixo Balanta é percorrida com alguma frequência por grupos inimigos vindos dos lados de Ianguê, Satecuta e Cachobar. Últimamente o inimigo não a percorre com a frequência habitual devido à contínua ação de patrulhamento efetuados pelas nossas tropas, no entanto existem na área trilhos de utilização mais ou menos recentes.
Missão:
(i) Patrulhar ofensivamente a área de Caur de Baixo Balanta, e montar uma rede de emboscadas.; (ii) Aniquilar ou aprisionar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato
Patrulhamento a Ponta Brandão
Situação:
A área compreendida entre Empada e Gubia, era controlada pelas nossas tropas. Com a evacuação daquele destacamento, é natual que o inimigo procure estender a sua ação para nascente, no sentido de Empada a partir de Cubisseco.
Missão:
Patrulhar a área anteriormente referida até Ponta Brandão, conjugando o patrulhamento com a montagem de emboscadas, por forma a aniquilar os elementos inimigos que se revelassem.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato
(Continua)
_________________
Nota do editor;
Último poste da série > 24 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10858: Manuel Serôdio, ex-fur mil CCAÇ 1787 (Empada, Buba, Bissau, Quinhamel, 1967/69) (Parte VII): Subsetor de Empada: atividade operacional em julho e agosto de 1968
Situação:
A zona de Ponta Brandão e a estrada Empada-Gubia não é percorrida pelas nossas tropas desde Maio último. Dado o desaparecimento do destacamento de Gubia, é natural que o inimigo tente estender de novo a sua atividade às regiões antes controladas pelas nossas tropas, com o fim de retomar o controle da referida zona, que é bastante rica em terrenos cultiváveis.
Missão:
Patrulhar ofensivamente a área de Ponta Brandão e Binhal, montando uma rede de emboscadas neste local.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato nem vestígios.
Operação "Negrola"
Situação:
A região de Saucunda e Batambali Balanta costumava ser com muita frequência percorrida e patrulhada por grupos inimigos vindos de Aidará. Apesar dos revezes que o inimigo tem sofrido ultimamente frente às nossas tropas nesta região, é natural que continue a utilizar esta zona, como zona de passagem, e área de patrulhamento.
Missão:
Bater a área referida e montar nela uma rede de emboscadas, de modo a aprisionar ou aniquilar qualquer elemento inimigo que se revelasse durante a operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Ouvidos vários tiros de espingarda e pistola metralhadora no acampamento inimigo de Aidará, deparou-se um grupo inimigo de de 8 elemetos a cerca de 2000 metros. Não foi feito fogo por estarem fora do alcance das nossas armas.
Setembro de 1968
Atividades operacionais: (i) Patrulhamentos e picagem diários às estradas para o cais e Ualada, e à pista de aterragem; (ii) Montada a proteção aos barcos e aviões que demandaram Empada; (iii) Montada segurança aos trabalhadores da bolanha; (iv) Patrulhamentos conjugados com emboscadas (9)
Operação "Naperon"
Situação:
A região de Caur de Cima, Beja e Manpatá não é muito atingida pela atividade inimiga. Para isso contribui grande número de vezes, que as nossas tropas têm atingido ultimamente a citada zona, a última das quais em 12 de Agosto passado, durante a operação "Quarentão". Contudo, é natural que o inimigo tente por vezes patrulhar e percorrer esta mesma região, tanto mais que a zona mais a sul, ( cruzamento de Batambali) é caraterizada por uma forte atividade inimiga.
Missão:
Bater a área jà referida, e montar uma rede de emboscadas, de modo a aniquilar ou aprisionar qualquer elemento inimigo que se revelasse, quer durante a batida, quer durante as emboscadas.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato nem vestígios recentes
Operação "Nórdica"
Situação:
Estão desde hà muito, referenciados acampamentos inimigos em Aidará Balanta e Aidará Beafada. O inimigo realiza, embora últimamente com pouca frequência devido à constante ação das nossas tropas, patrulhamentos para Faracunda Balanta, Faracunda Beafada e Missirã Beafada. Os elementos civis da zona controlada pelo inimigo, cultivam atualmente o arroz na bolanha de Aidará.
Missão:
(i) Patrulhar ofensivamente a área de Faracunda Beafada e Faracunda Balanta, e montar uma rede de emboscadas; (ii) Aprisionar ou aniquilar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato.
Operação "Negociata"
Situação:
O cruzamento de Batambali é um ponto importante, dele irradiando as estradas para Buba, Catió e Empada. As nossas tropas, se bem que tivessem atingido as zonas próximas por duas vezes, em 19 de Julho e 28 de Agosto, desde 20 de Junho que não patrulham a área propriamente dita do cruzamento.
Esta mesma zona é frequentada por grupos inimigos, que vindos de Aidará, se dirigem a Gambine-Antuane, e vice-versa.
Missão:
Patrulhar ofensivamente toda a área da estrada Empada-Buba, até ao cruzamento de Batambali, e montar neste último local uma rede de emboscadas, aprisionar ou aniquilar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
O inimigo não se revelou.
Operação "Noventa"
Situação:
A região do subsetor denominada península da Pobreza, é totalmente controlada pelo inimigo. Foram jà referenciados vários acampamentos inimigos em toda a península. A área da mata de Cantora e o cruzamento das estradas de Pobreza e Caur de Baixo Balanta,, é constantemente percorrida por grupos inimigos vindos de Satecuta e Ianguê, se dirigem ao entroncamento das estradas de Gubia-Darsalame com a da Pobreza.
Missão:
Patrulhar ofensivamente toda a área da mata, e o cruzamento das estradas da Pobreza e Caur de Baixo Balanta, e montar uma rede de emboscadas, aniquilando ou aprisionado qualquer elemento inimigo que se revelasse no decorrer da operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Foi montada uma armadilha no itenerário que vem de Satecuta, no qual é muito provável a aproximação do inimigo.
Outubro de 1968
Actividades operacionais: (i) Patrulhamentos e picagem diários às estradas para o cais e Ualada, e à pista de aterragem; (ii) Montada segurança aos barcos e aviões que demandaram Empada; (iii) Montada segurança aos trabalhadores da bolanha; (iv) Patrulhamentos conjugados com emboscadas (5).
Patrulhamento com emboscadas a Caur de Baixo Balanta
Situação:
A região de Caur de Baixo Balanta é percorrida com alguma frequência por grupos inimigos vindos dos lados de Ianguê, Satecuta e Cachobar. Últimamente o inimigo não a percorre com a frequência habitual devido à contínua ação de patrulhamento efetuados pelas nossas tropas, no entanto existem na área trilhos de utilização mais ou menos recentes.
Missão:
(i) Patrulhar ofensivamente a área de Caur de Baixo Balanta, e montar uma rede de emboscadas.; (ii) Aniquilar ou aprisionar os elementos inimigos que se revelassem durante a operação.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato
Patrulhamento a Ponta Brandão
Situação:
A área compreendida entre Empada e Gubia, era controlada pelas nossas tropas. Com a evacuação daquele destacamento, é natual que o inimigo procure estender a sua ação para nascente, no sentido de Empada a partir de Cubisseco.
Missão:
Patrulhar a área anteriormente referida até Ponta Brandão, conjugando o patrulhamento com a montagem de emboscadas, por forma a aniquilar os elementos inimigos que se revelassem.
Forças executantes: 2 grupos de combate da Companhia 1787 + 2 grupos de combate da Companhia de Milícias n° 6
Sem contato
(Continua)
_________________
Nota do editor;
Último poste da série > 24 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10858: Manuel Serôdio, ex-fur mil CCAÇ 1787 (Empada, Buba, Bissau, Quinhamel, 1967/69) (Parte VII): Subsetor de Empada: atividade operacional em julho e agosto de 1968
1 comentário:
Olá Manuel Serôdio.
Os pormenores como descreves todas as movimentações de tropas e não só, são muito importantes, para a história e um estudo aprofundado da área de intervenção, das forças que fizeste parte.
Era um "crime", passe o termo, toda esta informação não ser divulgada.
Estás a contribuir para a história da guerra na Guiné, em divulgar todos estes relatos.
Um abraço, Tony Borie.
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