Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta Desaparecido do radar. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Desaparecido do radar. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 25 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26614: Desaparecido do nosso radar (3): Maria Rosa Exposto, ex-alf grad enfermeira paraquedista, do 4º curso (1964)... Tudo indica que tenha ficado, como enfermeira civil, na FAP.



A  foto é do Fernando Miranda (trabalhou no Hospital da Força Aérea e tem o melhor álbum fotográfico sobre as enfermeiras paraquedistas). 11 de jnho de 2022: "Recorda: estas três camaradas e e colegas, da esquerda para a direita, enfermeiras paraquedistas Mariana Palma Gomes, Rosa Exposto e Maria La Salet. Grandes mulheres, grandes sorrisos. "

O Fernando Miranda é membro da União Portuguesa dos Paraquedistas (grupo público no Facebook, entretanto suspenso desde 16/1/2023)



Maria Rosa Exposta, transmontana de Bragança, ex-alf graduada enfermeira
 paraquedista, fez a primeira comissão no TO da Guiné, em 1966. 
Nasceu c. 1942.  E do 4º curso (1964).



1. Continuamos sem ter notícias da Rosa Exposta, uma das três Rosas das 46 enfermeiras paraquedistas. 

O que é feito da Maria Rosa Exposto ? Há tempos correu, por aí, pelos "mentideros" das redes sociais, a notícia da sua morte... O que nos deixou sobressaltados...  Mas pode ter isso outra Rosa, outra Exposto...

Mas nenhuma das suas antigas camaradas (a Rosa Serra, a Maria Arminda, a Giselda...) puderam confirmar ou infirmar essa infeliz notícia, que esperamos, de todo o coração, seja falsa. (*)

Infelizmente, não temos dados biográficos detalhados sobre a Rosa Exposto qu  bem gostaríamos de vê-la aqui, na Tabanca Grande. Não sabemos onde vive. (**)

Encontrámos no "Diário da República", II, Série, nº 168, de 24--7-1986, uma referência a Maria Rosa Exposto Olivença,  promovida, por progressão na carreira, desde 1-1-1986, à categoria de enfermeira de grau 1, 3º escalão, do quadro geral do pessoal civil da Força Aérea...

Tudo indica que é ela, e que tenha ficado na FAP, sendo eventualmente Olivença o seu apelido de casada. É uma pista.

2. Taambém passou pela Guiné...
 


Fonte: Excerto de "Nós, enfermeiras paraquedistas", 2ª ed., org. Rosa Serra, prefácio do Prof. Adriano Moreira (Porto: Fronteira do Caos, 2014), pág. 175.


3.   Não sabemos ao certo quantas das antigas 46 enfermeiras paraquedistas (formadas em Tancos, entre 1961 e 1974) já deixaram a Terra da Alegria. No livro supracitado, publicado em 2014 (pp. 438-439), eram já nove: 

  • Maria Celeste (Costa) (1973), 
  • Maria da Nazaré (1984),  
  • Maria Amélia (1992), 
  • Maria Soledade (2001), 
  • Delfina (2005), 
  • Maria Zulmira André (2010), 
  • Maria Piedade (2011), 
  • Manuela (2011), 
  • Amália (2012).   

A estas há que acrescentar mais os seguintes 2 nomes, coautoras do livro
  • Maria do Céu Pedro  (2022)
  • Maria Ivone Reis (2022) 
Ao todo, 11  em 46.

______________

sábado, 22 de março de 2025

Guiné 61/74 - P26606: Desaparecido do nosso radar (2): Silvério Dias, o "senhor PIFAS!



A mascote do Programa [de Informação]  das Forças Armadas (PIFAS), da responsabilidade da Repartição de Assuntos Civis e Acção Psicológica. Autor (até à data) desconhecido.  Imagem cedida  pelo nosso camarada Miguel Pessoa, cor pilav ref (ten pilav, Bissalanca, BA 12, 1972/74). 



1. Publicou há dias o Manuel Resende na página do facebook da Magnífica Tabanca da Linha > 6 de março às 17:34 

Caros Magníficos, já procurei em tudo onde podia estar o nosso Magnífico, e não o encontro. 

Alguém sabe dele? 

Mora(va) em Oeiras, o telefone está desligado, já contactei alguém da Biblioteca de Vila Velha de Ródão, onde ele era colaborador e natural, e ninguém sabe dele. 

Silvério Dias

Tinha um blog "Poeta Todos os Dias", desactivado desde finais de 2023. Disse-me ele, "Manel,  publico todos os dias alguma coisa em verso até morrer".

O seu nome é Silvério Pires Dias.

Se alguém souber algo sobre ele, diga.



2. Comentário do editor LG:

O nosso camarada o Silvério Dias, 1º srgt ref, ex-radialista do PIFAS, grão-tabanqueiro nº 651 (*),  é um cso extraordinário de "resistência e resiliência" contra os "males da idade"...

Mas também deixei, infelizmente, de ter notícias dele (**), depois do último convívio da  malta do Pifas no "Páteo Alfacinha", em Lisba, em 9/9/2023, com a presença do general Ramalho Eanes (***).

Tinha então 89 anos completados em 18 de agosto. Ainda me desafiou para aparecer, o que não me foi possível por estar fora de Lisboa. Um das últimas vezes que o vi, erá sido em Oeiras, em 2017.



Oeiras > Galeria-Livraria Municipal Verney > 4 de março de 2017 > 15h00 - 16h30> A antiga equipa que deu voz e alma ao PIFAS: o primeiro sargento Silvério Dias (nosso grã-tabanqueiro nº 651) e a famosa "senhora tenente", sua esposa.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Recorde-se aqui, muito sumariamente,  o  percurso de vida do nosso camarada Silvério Dias: 

(i) nasceu em 19/8/1934,  em Sarnadinha, Vila Velha de Ródão  

(ii) como militar passou pela Índia, Moçambique e Guiné (ex-2º srgt art, CART 1802, Nova Sintra, 1967/69):

(iii) 1º srgt art, locutor do PFA - Programa das Forças Armadas, 'Pifas', Bissau QG/CTIG, 1969/74, onde trabalhou com Ramalho Eanes e Otelo, entre outros; 

(iv) civil, foi delegado de propaganda médica, 1974/76, em Bissau; 

(v) 1º srgt art ref, casado com a "senhora tenente", também do 'Pifas',  vivia em Oeiras até finais de 2023;

(vi) editou, até 26/11/2023,  o  blogue "Poeta Todos Dias"  (criado em 2011 e onde todos os dias, publicava um, dois, três, quatro , cinco ou seis apontamentos poéticos, em geral, quadras populares, sobre temas do quotidiano, e suas memórias de militar);

(vii) teve, até então, cerca de 526,5   mil vizualizações de páginas;

(viii)  apresentou  na Biblioteca Municipal de Vila Velha de Ródão em 23 de março de 2017 o seu livro  de poesia "Neste lugar onde nasci" (2017); 017, o seu livro  de poesia "Neste lugar onde nasci" (2017) (,

(ix) é membro da Tabanca Grande desde 24/3/2014; tem cerca de 3 dezenas de referências no nosso blogue.

Se alguém tiver notícias do Silvéro Dias, que partilhe connosco.

________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 24 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12894: Tabanca Grande (430): Silvério Dias, 1º srgt art ref, o senhor PIFAS, e "poeta todos os dias!...Nove anos de permanência em terras guineenses, incluindo uma comissão na CART 1802 (Nova Sintra, 1967/69)... É agora o grão-tabanqueiro nº 651

(**) Último poste da série > 3 de maio de 2021 > Guiné 61/74 - P22168: Desaparecido do nosso radar (1): António Duarte de Paiva, ex-sold cond ambulâncias, HM 241, Bissau, 1968/70

(***) Vd. poste de 9 de setembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24636: Convívios (972): Almoço/Convívio do pessoal do Programa das Forças Armadas da Guiné (PIFAS), hoje, 9 de Setembro de 2023, com a presença do senhor General Ramalho Eanes (João Paulo Diniz)

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Guiné 61/74 - P22168: Desaparecido do nosso radar (1): António Duarte de Paiva, ex-sold cond ambulâncias, HM 241, Bissau, 1968/70







1.  A propósiio do Dia da Mãe e do belíssimo texto escrito pelo Francisco Baptista (*) ("as nossas não se esquecem, nunca morrem"), foi "respescar" o primeiro poste da série, "As Nossas Mães", escrito pelo António Paiva (**).

É um poema pungente, escrito pela mãe do nosso camarada, Leopoldina Duarte: "Recordação da Saudade"... com a seguinte nota de rodapá: "O que fez uma mãe dominada pela dor"... O texto merece ser de novo reproduzido... Na altura, o Paiva explicou-nos a sua origem:

(...) "Andando por aqui, nesta casa,  só, vasculhando malas e caixinhas, algumas do meu tempo de menino, pertences de minha mãe que me deixou em 1996, sou surpreendido por uma folha de papel dobrada em 12 partes, da qual não tenho a mínima ideia de ter tido conhecimento e com os nossos tertulianos quero partilhar. Minha mãe também a eles se dirigia.

 (...) "Minha mãe, mal sabia ler ou escrever, mas em quadras soltas era mestra. Hoje tenho pena de nunca ter escrito o que ela dizia. Não sei quem lhe escreveu isto à máquina, mas pouco importa. Está com data de 10 de Dezembro de 1969, em cima, mas não consegui aqui no scan apanhar data e assinatura, preferi a assinatura Leopoldina Duarte." (...)

Recordação da Saudade

Meu filho, a tua mãe
Tanto suspira por ti,
Até chego a pensar
Que não te lembras de mim.

Se tu soubesses, meu filho,
O amor que a tua mãe te tem,
Vejo vir os aviões
E notícias tuas não vêm.

Será que tu me esqueceste
Ou a carta se perdeu ?
Mas perdoa-me, meu amor,
Se a criminosa sou eu.

Tinha a carta quase feita
E ainda fui ao correio,
Agora estou satisfeita
Porque a notícia já veio.

Lá vinha o meu querido filho
A ler o que me mandava,
Com uma cara de riso
E eu com saudades chorava.

Agora estou satisfeita
Assim como tu também,
Já recebeste notícias
Da tua mãe por alguém.

Adeus, meu filho querido,
Eu do coração te peço
Que não esqueças a tua mãe
Que aguarda o teu regresso.

Trago-te no coração
Mas ando sempre em cuidados,
Daqui mando um forte abraço
Para todos os nossos soldados.

Eu aqui peço, a Deus
E à Virgem Santa Maria,
Que seja a vossa protectora
E de todos a vossa guia.

Adeus, amor, que eu cá fico,
Com o coração em pedaços
E saudades de não te ver
Para te apertar nos meus braços.

Leopoldina Duarte

[Revisão e fixação do texto: L.G.]

2. O António Paiva desapareceu literalmente do nosso radar muiti antes de 2018... E há 99,9% de probabilidades de já ter morrido... Já em 2017 (e antes) os problemas de saúde o atormentavam, para além da solidão... Creio que foi por essa altura que falei com ele, ao telemóvel, e soube que estava a ser tratado no IPO de Lisboa. Tentei ajudá-lo com contactos.

Simplesmente, até agora ainda não encontrei nenhuma fonte, escrita ou verbal, que confirme a funesta notícia  da sua morte. O seu telemóvel deixou de tocar. O seu mail, antoniodpaiva@gmail.com, deixou de responder. O último mail que lhe mandámos dizia o seguinte_:

Assunto - O que é feito de ti, camarada ?
Data - 15/12/2018, 22:49

António: boa noite, precisamos...da tua prova de vida!... Vamos saber se este teu endereço de email ainda está ativo... Tudo OK ? Luís Graça


Ele tinha entrado para a Tabana Grande em 2008 (***). E quem mais lidou com ele foi o nosso coeditor Carlos Vinhal. 

No final de 2008 descobtriu-nos com grande alegria e entusiasmo e fez um esforço por melhorar as suas competências em matéria de literacia informática de modo a acompanhar-nos... Publicámos inclusive algumas das suas histórias, mais de uma dúzia (****).. Descobriu ainda, através do nosso blogue (e conviveu ainda com)  alguns dos nossos camaradas que prestaram serviço no HM 241 como o Manuel Freitas.

Fazia anos em 16 de dezembro, tendo nascido em 1946 (*****).



Lisboa, CulturGest > 13 de Maio de 2011 >  O António Paiva e a Giselda Pessoa numa aparição pública a propósito do filme "Quem Vai à Guerra", da jovem realizadora Marta Pessoa em cuja elenco entraram, além da Giselda, as nossas grã-tabanqueiras, Maria Arminda, Rosa Serra e Maria Alice Carneiro.

Foto (e legenda): © Miguel Pessoa(2011). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís GRaça & Camaradas da Guiné]

3. Conhecemo-nos pessoalmente, julgo eu, em 2011, na altura da apresentação do filme da Marta Pessoa, "Quem Vai à Guerra". Depois disso, a sua colaboração no nosso blogue tornou.se mais esparsa (******). Mas mandava-nos todos os anos as "boas festas"...até 2015.

Em 16 de dezembro de 2018, o nosso coeditor Carlos Vinhal escreveu a seguinte nota no seu último cartão de parabéns: 

(...) As últimas notícias que tivemos do nosso amigo António [Duarte] Paiva davam conta de que ele estava muito doente. Chegou a ir à Tabanca da Linha e a outros convívios. Vivia muito só. Telefonou em tempos ao nosso editor a pedir ajuda. Agradecemos desde já a quem nos possa actualizar o seu estado de saúde uma vez que não é possível aceder ao seu telemóvel. Talvez o Manuel Freitas, de Espinho, que organiza o convívio anual do pessoal do HM 241 (Bissau), nos possa dar alguma pista. Oxalá tenhamos hoje boas notícias do Paiva, mas o Juvenal Amado diz-nos que o nº de telemóvel que nós tínhamos até 2016, não está atribuído, o que é mau sinal.(...)

Também não tinha página no Facebook, não fazendo parte dos amigos da Tabanca Grande Luís Graça.  Em 30 de setembro de 2010, tinha mudado de endereço de email, alegadamenet por razões de segurança:

"Caro Carlos: Suspeitando de mãos alheias a entrarem no meu correio, me vi forçado a alterar o meu e-mail. Se algum camarada recebeu e-mail com escritos em meu desabono, ou mesmo servindo-se do meu mail para tal, agradeço que me informem, para que não fiquem a pairar no ar duvidas sobre a minha pessoa. Não enviar nada para o e-mail anterior." (...)

Tudo indica, infelizmente, que o António Duarte de Paiva nos tenha deixado definitivamente, sem tempo sequer para se despedir de todos nós.  Não tinha família nem amigos próximos. Não será caso virgem: ao perfazermos 17 anos de existência, há muitos camaradas de quem deixámos de ter notícias. Nalguns casos, como o do António Paiva, podemos temer o pior. (LG)

__________

Notas do editor:



(****) Vd. postes de:


24 de nvembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3511: O meu baptismo de fogo (23): Uma vacina para o enjoo... (António Paiva)

13 de dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3615: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (1): Corrida com triste fim

17 de dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3641: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (2): Aventura de Domingo

22 de janeiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3775: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (3): Ir a Mansoa, não é perigoso?

20 de fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3917: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (4): Não cobiçar a mulher do próximo

20 de março de 2009 > Guiné 63/74 - P4058: Memória dos lugares (20): Hospital Militar 241 de Bissau (António Paiva)

5 de abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4143: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva ) (5): A Justiça Militar ou um processo... kafkiano

17 de abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4203: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (6): É uma alegria a notícia de que se vai ser pai

28 de maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4432: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (7): 4 dias de inferno em Junho de 1969

30 de junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4613: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (8): Pôr os pontos nos "is"

2 de julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4629: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (9): Dois pequenos amigos de quatro patas

30 de março de 2010 > Guiné 63/74 - P6075: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (10): Quando a missão não deixa ver

30 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6075: Histórias de um condutor do HM 241 (António Paiva) (11): Quando a missão não deixa ver




20 de julho de 2011  > Guiné 63/74 - P8580: Ordem de Serviço de 1970 do HM 241 de Bissau, uma relíquia com 41 anos (António Paiva)