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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Guiné 61/74 - P25949: O nosso livro de estilo (16): O blogue não foi feito para a gente se chatear.. Por isso, às vezes é preciso reintroduzir a moderação ou triagem de comentários





Lisboa > Mosteiro de São Vicente de Fora > Fábulas de La Fontaine > 24 de maio de 2024 > Este antigo mosteiro é um dos sítios mais deslumbrantes de Lisboa, com uma coleção única no mundo inteiro, de 38 painéis de azulejos, ilustrando outras tantas fábulas de La Fonatine (das 200 que o autor escreveu para educação do príncipe). Uma delas é sobre os médicos. 


Fotos (e legenda): © Lu7ís Graça (2024).Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


A. Comentar no nosso blogue é fácil ... Comentar (concordar, discordar, criticar, elogiar, complementar, acrescentar,  etc.), em amena cavaqueira, sob o sagrado poilão da nossa Tabanca Grande... é fácil. Ou deveria sê-lo...  

Há vinte anos que constatamos aqui que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande, todos ou quase todos (os antigos combatentes da Guiné) cá cabendo com tudo o que nos une e até com aquilo que nos pode separar... A única coisa que nos pode separar não são as diferenças mas o conflito manifesto na exposição dessas diferenças sob a forma de opiniões, perceções, experiências, sentimentos, ideias, etc., levando à violência verbal e até ao ódio patológico... 

Razão por que, de tempos a tempos, temos de relembrar alguns pontos do Nosso Livro de Estilo (há gente que nunca o leu) (*)



1. As opiniões aqui expressas, sob a forma de postes ou de comentários, são da única e exclusiva responsabilidade dos seus autores, não podendo vincular o fundador, proprietário e editor do blogue, Luís Graça, bem como a sua equipa de coeditores e demais colaboradores permanentes.

2. Camarada, amigo, simples leitor: Podes escrever no final de cada poste um comentário, uma informação adicional, um reparo, uma crítica, uma pergunta, uma observação, uma sugestão... (De preferência sem erros nem abreviaturas; evitar também as frases em maiúsculas ou caixa alta).

Basta, para isso, apontares o ponteiro do rato para o link Comentários, que aparece no fim de cada texto (ou poste), a seguir à indicação de Postado por Fulano Tal [Editor] at [hora], e clicares...

3. Tens uma "caixa" para escrever o teu comentário que será publicado, após apreciação de um dos editores.  Infelizmente, e ao fim de 20 anos, tivemos que reintroduzir, temporariamente, a moderação ou triagem..

Se tiveres uma conta no Google deves usar essa identificação. Mas também podes entrar como "anónimo": é obrigatório no final da mensagem pôr o teu nome, e facultativamente a localidade onde vives; sendo ex-combatente do ultramar, podes indicar o Teatro de Operações onde estiveste, local ou locais, posto e unidade a que pertenceste. 

Não são permitidas abreviaturas de nomes, siglas, acrónimos, pseudónimos; e muito menos "falsos perfis" (os camaradas da Guiné têm a ombridade de "dar a cara", não se escondendo atrás do bagabaga do anonimato e da cobardia...). 

Se voltares ao blogue, poderás não encontrar logo a mensagem que lá deixaste, a qual precisa do OK do editor de serviço (que deve zelar pelas regras do jogo). Repete as operações acima descritas para visualizar o teu comentário.

4. Escreve com total liberdade e inteira responsabilidade, o que significa respeitar as boas regras de convívio que estão em vigor entre nós: por exemplo,


(i) não nos insultamos uns aos outros;

(ii) não usamos, em público, a 'linguagem de caserna';

(iii) somos capazes de conviver, civilizadamente, com as nossas diferenças (políticas, ideológicas, filosóficas, culturais, étnicas, estéticas, etc.);

(iv) somos capazes de lidar e de resolver conflitos 'sem puxar da G3';

(v) todos os camaradas têm direito ao bom nome, à privacidade, à proteção dos seus dados pessoais (incluindo o nome completo, a morada, o nº de telemóvel, o email, etc.);

(vi) não trazemos a "actualidade política" para o blogue, etc.

Os editores reservam-se, naturalmente, o direito de eliminar, "a posteriori", rápida e decididamente, todo e qualquer comentário que violar as normas legais (incluindo as do nosso servidor, Blogger/Google), bem como as nossas regras de bom senso e bom gosto que devem vigorar entre pessoas adultas e responsáveis, a começar pelos comentários ANÓNIMOS (por favor, põe sempre o teu nome e apelido por baixo), incluindo mensagens com:


(i) conteúdo racista, xenófobo, sexista, homofóbico, pornográfico, etc.;

(ii) carácter difamatório;

(iii) tom intimidatório ou provocatório;

(iv) acusações de natureza criminal;

(v) apelo à violência, física e/ou verbal;

(vi) linguagem inapropriada;

(vii) SPAM, publicidade comercial ou propaganda claramente político-ideológica, ou de cariz partidário;

(viii) comunicações do foro privado, sem autorização de uma das partes.

Excecionalmente, alguns comentários poderão transformar-se em postes se houver interesse mútuo (do autor e dos editores).

Os editores, 13 de setembro de 2024,

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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Guiné 61/74 - P25152: O Nosso Blogue como fonte de informação e conhecimento (105): Na Morte do Coronel Nuno Rubim (Alfredo Pinheiro Marques / Centro de Estudos do Mar)

Cor Nuno Rubim (1938-2023). Foto de Luís Graça (2006)

1. Ainda a propósito do falecimento do Coronel Nuno Rubim, recebemos a seguinte mensagem com data de 31 de Janeiro de 2024, enviada pelo Director do CEMAR, Doutor Alfredo Pinheiro Marques:
De: CEMAR
Date: quarta, 31/01/2024 à(s) 11:17
Subject: Na Morte do Coronel Nuno Varela Rubim

Prezado Doutor Luís Graça, e demais responsáveis do Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné":
Nesta mensagem e na seguinte remetemos um reencaminhamento das mensagens que enviámos para a lista de "mailing" do CEMAR acerca do falecimento do nosso Ex.º Amigo Coronel Nuno Varela Rubim, e em que nos socorremos de, e citámos, muita da informação que, pela V. parte, disponibilizam no vosso Blog (uma vossa iniciativa meritória, e merecedora dos maiores elogios, e pela qual felicitamos, e desejamos os melhores votos de continuidade do bom trabalho)


Com as melhores e mais cordiais saudações, e votos de tudo de bom neste novo ano 2024
Alfredo Pinheiro Marques
Director do Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque - CEMAR
(Figueira da Foz do Mondego - Praia de Mira)


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2. Início da mensagem reencaminhada:

De: INFORMAR
Assunto: Na Morte do Coronel Nuno Varela Rubim
Data: 30 de janeiro de 2024, 01:01:12 WET
Para: mail@cemar.pt

NA MORTE DO CORONEL NUNO VARELA RUBIM

Só agora tomámos conhecimento, através de notícias publicadas no Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné" (o principal fórum de informação e discussão sobre a história da Guerra portuguesa no teatro de operações da Guiné-Bissau), na "Revista de Artilharia", e em outras fontes, da triste notícia do falecimento do nosso Ex.º Amigo, Coronel de Artilharia, Comando, na situação de reforma, Nuno José Varela Rubim (1938-2023), historiador militar que tivemos a honra de contar no número dos membros do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR - Centro de Estudos do Mar, e pelo qual sentimos, e manifestámos, sempre, uma extraordinária admiração e um profundo respeito, em termos científicos e em termos humanos.

Nuno José Varela Rubim - a que as populações africanas chamaram o "Capitão Fula" (e cuja morte ocorreu, agora, no passado dia de Natal… em 25.12.2023) - foi um homem extraordinário, e com uma vida invulgar, e extraordinária, de heroísmo, de coragem, de lucidez e de inteireza.
Uma vida apontada, ao mesmo tempo, quer para o serviço militar quer para a compreensão do mundo e do seu país: para a História e para a investigação histórica. Provindo de uma tradição familiar apontada para o serviço do Exército Português, e mais concretamente para a Artilharia, ele veio a ser um militar de grande coragem, detentor de uma folha de serviços invulgar, e um historiador de grande lucidez e criticismo, o mais competente nas matérias específicas de História Militar a que se dedicou. De grande coragem científica, para além da coragem pessoal e humana.

Em nove anos em África, com quatro comissões de serviço, foi um dos militares mais condecorados do Exército Português no terrível teatro de operações da Guiné-Bissau, o mais duro e difícil para os Portugueses, na segunda metade do século XX. Comandou, lá, em comissões de serviço sucessivas, como Capitão, duas Companhias de Caçadores (CCaç 726, e CCaç 1424), e uma Companhia de Artilharia (CArt 644), e foi o criador, formador, e comandante, lá, dos "Comandos da Guiné" do Exército Português, entre 1964 e 1966.

As Companhias que comandou estiveram localizadas no aquartelamento de Guileje (Guiledje), na parte desse território que foi a mais problemática para os Portugueses, nas regiões do "Corredor da Morte" de Guileje, Gadamael e Guidaje, e das Matas do Cantanhez, e de Madina do Boé (onde, por fim, em 1973, o PAIGC acabou por proclamar unilateralmente a sua independência). Nessas regiões tiveram lugar alguns dos momentos mais penosos para o Exército Português. Nomeadamente quando, em Maio de 1973 (alguns anos depois de Rubim já lá não ser comandante), esse aquartelamento de Guileje chegou a ser abandonado pelas tropas portuguesas, e ocupado temporariamente pelas tropas do PAIGC (o único caso desse tipo, nas guerras africanas portuguesas da segunda metade do século XX).

Depois disso, entre 1972 e 1974, Nuno Varela Rubim ainda desempenhou também funções no Quartel-General português em Bissau, em serviços secretos de informações, transmissões e criptografia (CHERET), e já então promovido ao posto de Major (e, nessas funções, os serviços portugueses conseguiram decifrar os códigos das comunicações militares dos países vizinhos).
Esteve presente, desde o primeiro momento, lá, na Guiné, na conspiração do "Movimento dos Capitães" que levou ao 25 de Abril de 1974.

Depois, em Portugal, nas convulsões políticas do pós-25 de Abril, esteve envolvido nas difíceis situações que confluíram no 25 de Novembro (1975), no seguimento do qual viu a sua carreira militar ser bloqueada, e esteve preso em Custóias e em Caxias. Alguns anos depois, reconstituída essa carreira, e concedida a mais do que merecida promoção a Coronel (sem ter tido que ser, como então disse, "a título póstumo"…), foi passado à reserva e veio a dedicar-se sobretudo à sua paixão pela História e pela investigação de temas militares, sobretudo de História da Artilharia.

Foi Director de Investigação no Museu Militar de Lisboa, exerceu funções de docência na Academia Militar, na Universidade de Lisboa, etc. (de facto, exerceu-as em toda a espécie de escolas, desde escolas universitárias até humildes escolas primárias e profissionais). Publicou na "Revista de Artilharia" e em outras revistas militares. Organizou exposições e instalações museológicas de grande significado e qualidade (Museu da Escola Prática de Artilharia em Vendas Novas, Artilharia da Fragata Dom Fernando II e Glória, Artilharia do Forte de Oitavos em Cascais, etc.). Deu-nos a honra de, na Figueira da Foz, ter sido um dos membros do Conselho Consultivo e Científico do nosso Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque (CEMAR), desde Novembro de 2012.

Teve, sobretudo, um interesse muito especial, e competente dedicação, à história do "Príncipe Perfeito", o Príncipe e Rei Dom João II "próprio e verdadeiro coração da República" (nomeadamente à sua invenção do tiro naval rasante), à arquitectura naval, e às fortificações marítimas costeiras (Torre de Belém, etc.).

Na primeira década do século XX (em 2006-2008) — em parceria com a organização de cooperação AD-Acção para o Desenvolvimento, com o supracitado Blog "Luís Graça & Camaradas da Guiné" dedicado aos combatentes portugueses e guineenses da guerra da Guiné-Bissau, e com entidades oficiais desse país independente de Língua Oficial Portuguesa —, Nuno Rubim esteve presente na celebração no Projecto Guiledje, de reencontro entre Portugueses e Guineeenses, nas suas várias vertentes ("triunfo da vida sobre a morte, da paz sobre a guerra, da memória colectiva sobre o esquecimento e o branqueamento da historia"...).
Esteve presente, nomeadamente, no Simpósio Internacional de Guiledje, em Março de 2008, em Bissau (onde foi um dos oradores), e na criação de um Núcleo Museológico de Guiledje (Guileje), para o qual construiu carinhosamente, pelas suas próprias mãos, e levou consigo, para oferecer, um precioso diorama constituído por um modelo à escala 1/72, de grandes dimensões, do aquartelamento português de Guileje tal como ele era na década de 60 do século XX (1966), quando ele próprio, e muitos dos combatentes de ambos os lados dessa guerra, lá haviam estado, e lá haviam combatido.

O Coronel Nuno José Varela Rubim teve um carinho muito especial pela Guiné, e pelas suas gentes, onde havia vivido durante uma década. E teve como esposa uma Ex.ª Senhora africana, de lá originária, que agora deixou viúva, e à qual devemos apresentar as mais sentidas condolências.

Quando, em 2008, voltou à Guiné, e regressou a Guileje e Mejo, foi reconhecido e acarinhado por muita gente que ainda se lembrava dele de há 41 anos atrás (!), e se lembrava da sua sensibilidade e proximidade com as populações locais, que logo então haviam dado origem ao seu cognome de então, de "Capitão Fula".

E, em Bissau, visitou o cemitério, onde estão sepultados centenas de militares do Exército Português, e alguns desconhecidos, e alguns pertencentes a Companhias que por ele haviam sido comandadas.

Muita informação sobre este notável militar e historiador português, e homem de grande carácter, pode ser encontrada em muitas das páginas do tão meritório Blog na Internet, criado por Luís Graça, que já aqui citámos "Luís Graça & Camaradas da Guiné" (em https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com).


Filmes com parte da sessão do Simpósio Internacional de Guilege, em Março de 2008, em Bissau, com Nuno Varela Rubim e Carlos Matos Gomes, ambos Coronéis, Comandos, do Exército Português, em que o primeiro explica o isolamento em que foi deixado cair o quartel português de Guileje e o aparecimento no teatro de operações da Guiné dos mísseis terra-ar Strela que iriam mudar o curso da guerra, e o segundo explica o agravamento da situação militar no ano de 1973 para as tropas portuguesas, nas vésperas do 25 de Abril de 1974:

https://www.youtube.com/watch?v=rd8O523REL4
https://www.youtube.com/watch?v=CceUuqHQCc4


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"HISTÓRIA, MEMÓRIA E EXEMPLO DO PASSADO, PARA LIBERTAÇÃO DO FUTURO"

"(…) Ser ignorante do Passado é como ser uma criança para sempre (…)”… [ Marco Túlio Cícero, 106 a.C - 43 a.C]

"(…) Que os homens não aprendem muito com as lições da História é a mais importante de todas as lições que a História tem para ensinar (…)”… [ Aldous Huxley, 1959 ]

https://www.youtube.com/user/CentroEstudosDoMar


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Centro de Estudos do Mar - CEMAR
Rua Mestre Augusto Fragata, 8 - Buarcos
3080-900 - FIGUEIRA DA FOZ - PORTUGAL
e-mail: cemar@cemar.pt
tel.: (351) 969070009
(telemóvel)
tel.: (351) 233434450
(chamada para a rede fixa nacional)

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Nota do editor

Vd. post anterior de 8 de Fevereiro de 2024 > Guiné 61/74 - P25149: O Nosso Blogue como fonte de informação e conhecimento (104): O Coronel Nuno Varela Rubim e o CEMAR (Centro de Estudos do Mar)

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25036: O nosso blogue em números (86): Em 2023 publicamos 1089 posts, médias de 91/mês, 3/dia. Subimos ligeiramente em relação a 2022, mas ficámos muito longe de 2010, o nosso melhor ano (Carlos Vinhal)

Deixando para o Luís Graça, Fundador, Administrador e Editor do nosso Blog, as estatísticas mais pormenorizadas de 2023, estou a fazer uma pré apresentação dos números relacionados com as postagens deste ano. 

Comparando os actuais números com os dos anos anteriores, verificamos um decréscimo acentuado na participação da tertúlia. Estamos a ficar velhotes, é verdade, já dissemos quase tudo, também é verdade, mas há sempre qualquer coisa no fundo da gaveta, seja uma fotografia ou uma súbita memória

.Em relação ano de 2023, verificamos que:

a) - conseguimos, apesar de tudo, uma pequena subida no número de posts publicados (1089) em relação a 2022 (1073), sendo que o mês menos produtivo foi o de Março, com apenas 73 posts, e o mais produtivo o de Dezembro, com 122, isto muito graças ao editor Luís Graça que só à sua conta contribuiu com 74 publicações, recorde pessoal e absoluto;

b) - não havendo, como é obvio, competição entre os editores, fica também o registo do maior número de posts publicados, 566, pelo Luís, o que lhe confere 52% do total anual;

c) - o número médio mensal das publicações foi de 91, cerca de 3 por dia, muito longe do ano de 2010 quando se publicaram 1960 posts, cerca de 163 por mês, mais de 5 por dia.

Permito-me lembrar que, apesar de mais velhos, para os editores não há fins de semana, feriados ou dias especiais. Como se costuma dizer, dias são dias. Se um de nós tem um impedimento pessoal, deixa um ou vários posts adiantados/programados para que um dos outros editores os possa publicar atempadamente. Pelo menos eu e o Luís estamos praticamente em contacto permanente para não haver falhas.


Reportando-me agora aos registos a partir de 2010, o nosso melhor ano, notamos ao longo do tempo um acentuado decréscimo nos posts publicados, pelo que apelamos aos nossos camaradas para que não deixem morrer o Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Vejam o gráfico:
OBS: - Estes números podem não coincidir com os apresentados na aba da nossa página (lado esquerdo),  porque o nosso servidor, o Blogger,  faz a contagem das publicações de domingo a sábado, independentemente de no meio da semana ter mudado o mês ou o ano.

Carlos Vinhal

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Nota do editor

Último poste da série de 10 DE JANEIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P23970: O nosso blogue em números (85): Em 2022, tivemos 12 "baixas mortais" e outras tantas entradas para a Tabanca Grande (dos quais 3 a título póstumo)... Somos agora 867 grã-tabanqueiros, dos quais 129 já falecidos (c. 15%)

sábado, 18 de março de 2023

Guiné 61/74 - P24151: Efemérides (382): Homenagem aos antigos combatentes da guerra do ultramar da Freguesia de Paus, Concelho de Resende, vivos e caídos em campanha, dia 29 de Abril de 2023, que contará com uma represenção do nosso Blogue

1. Mensagem das nossas amigas Fátima Soledade e Fátima Silva, ambas filhas de antigos combatentes do ultramar, com data de 8 de Março de 2023:

Boa noite:
Venho mais uma vez solicitar colaboração.
Eu e outra colega estamos a preparar mais uma sentida homenagem aos antigos combatentes mortos e vivos. Vai constar também uma homenagem a três falecidos em combate e dois deles falecidos na Guiné, são:
- Joaquim Rodrigues, que nasceu no lugar do Vale, na freguesia de Paus. No dia 15 de novembro de 1969 embarcou para a Guiné, em Lisboa, no cais da Rocha Conde de Óbidos, no Uíge, integrado na 
Companhia de Comando e Serviços (CCS) do Batalhão de Caçadores 2893. Foi mobilizado pelo Batalhão de Caçadores 10 de Chaves. Faleceu no dia 15.11.1970.
- Lucídio Rasinhas que nasceu no lugar de Fazamões, na freguesia de Paus. Foi integrado na Companhia de Caçadores 2405 (CCaç 2405) do Batalhão de Caçadores 2852 (BCaç 2852). Faleceu no dia 13.07.1969.

Gostaríamos, portanto, de acolher na nossa terra, no dia 29 de abril, para uma breve apresentação sobre a presença dos militares na Guiné, o Carlos Vinhal ou outro elemento do blogue "Luís Graça & Camaradas da Guiné".
Ficar-lhe-íamos muito gratas.

Com os melhores cumprimentos,
Fátima Soledade e Fátima Silva


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2. Comentário do editor:

Como o nosso Editor Luís Graça está, neste momento, a passar dias conturbados por causa de um problema de saúde grave num elemento da sua família, e eu tenho, no mesmo dia, no meu Concelho o Dia do Combatente de Matosinhos, convidei o nosso coeditor Eduardo Magalhães Ribeiro, a representar o nosso Blogue no evento de Resende. O Eduardo não só aceitou, como também se vai fazer acompanhar do nosso amigo e camarada Casimiro Carvalho.
O Casimiro Carvalho falará dos trágicos acontecimentos que viveu em 1973 no leste da Guiné e o Eduardo Magalhães dos últimos dias da presença portuguesa na Guiné-Bissau, que não sendo de violência, foram de grande tensão e emoção.
O nosso Blogue está seguramente bem representado.

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Nota do editor

Último poste da série de 8 DE FEVEREIRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24046: Efemérides (381): Os 60 anos da formação dos primeiros Comandos, em Zemba, Angola... Convite para a sessão solene comemorativa do encerramento das Comemorações, no auditório do Instituto de Defesa Nacional, Lisboa, 15/2/2023, 17h00 (Associação de Comandos)

domingo, 1 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23936: Mi querido blog, por qué no te callas?! (9): O nosso blogue à lupa dos lentes de Coimbra... Pequeno resumo da tese de doutoramento de Verónica Ferreira que nos caracteriza assim, em entrevista à Lusa: (i) uma espécie de comunidade de antigos combatentes à procura de um sentido para a participação na guerra colonial; (ii) com um lado nostálgico de partilha de memórias, mas também de revolta pelo sacrifício inútil e não reconhecido; (iii) com um postura defensiva e uma visão algo lusotropicalista do conflito; e (iv) onde há muitos "pequenos silêncios" e alguns tabus


Uma das imagens ícones (e mais plagiadas) do nosso blogue: o 2º Gr Comb da CCAÇ 12, 1969/71, no subsetor do Xitole do setor L1, Bambadinca, a atravessar uma lala.

Foto: © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados.

[Edição e legendagem : Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Antigos combatentes criam sentido de comunidade 
em blogues e Facebook, revela estudo

29-12-2022 11:22 | Porto Canal  / Agências (com  a devia vénia...)

Uma investigadora da Universidade de Coimbra analisou a participação em blogues e em grupos de Facebook de antigos combatentes na Guerra Colonial, espaços onde estes homens criam um sentido de comunidade, mesmo que com “silêncios” sobre aquele período.

O tema foi objeto de estudo da tese de doutoramento de Verónica Ferreira, investigadora do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, no âmbito do projeto de investigação CROME, que tem como objetivo fazer uma história da memória das guerras coloniais e de libertação combatidas entre o Estado português e os movimentos independentistas africanos.

O doutoramento centrou-se nas narrativas dos antigos combatentes em blogues (com especial foco para o maior blogue de veteranos, “Luís Graça & Camaradas da Guiné”) e em grupos da rede social Facebook.

Para Verónica Ferreira, a presença dos antigos combatentes em meios digitais espelha a necessidade dos próprios de “formarem uma espécie de comunidade”, de falarem das suas experiências passadas e de lhes darem um sentido.

Apesar de no Facebook e nos blogues a construção de narrativas ser diferente (nos blogues, há uma maior diversidade de relatos, enquanto o Facebook aparece como uma espécie de fórum), há “linhas narrativas transversais”, disse à agência Lusa a investigadora.

Verónica Ferreira nota que, para lá daquilo que é partilhado, das histórias ou experiências, é importante perceber “quais os silêncios que existem”.

“É preciso perceber a história da qual não se fala. Aquilo que se fala é sobretudo de um sentimento de revolta, por não haver reconhecimento do Estado do sacrifício dos combatentes. O silêncio surge em relação à violência perpetrada”, constatou, dando ainda conta de outros “pequenos silêncios”, como a homossexualidade, que não é falada, ao contrário de temas difíceis que acabam por ser abordados como a deserção ou filhos que foram deixados lá.

Segundo a investigadora, a violência cometida na guerra é evitada nos relatos que são partilhados e, no caso da relação com mulheres durante o período em que foram mobilizados, o assunto é “abordado de forma coloquial, em linguagem de caserna, nunca se analisando a violência por de trás dessas relações”.

Para Verónica Ferreira, “há uma postura defensiva” nos antigos combatentes, mesmo que não exista uma “narrativa homogénea”.

“Existem muitos combatentes, com contextos diferentes, com posições ideológicas diferentes, mas há uma linguagem defensiva, mesmo em relação àqueles que se posicionam de forma crítica, porque há sempre uma tentativa de justificar a participação” na Guerra Colonial, vincou.

Para a investigadora, que para além de análise dos blogues e grupos de Facebook também entrevistou colaboradores do blogue “Luís Graça”, há uma “perspetiva de legitimação da guerra”.

“Foram pessoas que viveram a guerra e têm que encontrar algum sentido para aquilo que viveram. Há uma tentativa de encontrar uma linha coerente para contar uma história de vida, que os satisfaça e que faça sentido”, notou.

Para além dessa postura defensiva, há também um lado nostálgico de contar as suas vivências, de reencontrar camaradas e de abordar as memórias de um momento em que “foram protagonistas da História”.

Se o diálogo entre antigos combatentes é sobretudo cordial, surgem, mesmo assim algumas tensões, que acabam por resvalar mais no Facebook, onde “é um pouco mais visível uma secção mais conservadora dos combatentes”.

Para Verónica Ferreira, apesar de ter havido sempre um esforço da extrema-direita para tentar cooptar os antigos combatentes, “nunca foi bem-sucedido”.

Essas tentativas são visíveis no Facebook, havendo inclusive um grupo ligado ao partido Ergue-te (antigo PNR), mas a cooptação “não parece que tenha sido bem-sucedida”, constatou.

Ao mesmo tempo, quer no Facebook quer nos blogues, a visão da Guerra Colonial é uma visão “lusotropicalista”, que olha de forma benevolente para a ocupação portuguesa, mesmo naqueles que se posicionaram contra a guerra.

A investigadora realça ainda a importância de se preservar o material que vai sendo partilhado e publicado nos blogues, especialmente em “Luís Graça & Camaradas da Guiné”, realçando que aquele espaço “é um manancial imenso de documentação, de relatos, de história oral”.

“Não existem programas que preservem aquela riqueza de material para além do esforço do Luís Graça e dos restantes camaradas. Seria uma perda imensa se o domínio fechasse e deveria haver um esforço para recolher e preservar aquele material de forma mais consistente”,
defendeu.

Notícia do Porto Canal | Agência Lusa, que nos chegou já ao findar do ano de 2022, pela mãos dos nossos camaradas Carlos Pinheiro e Miguel Pessoal. Fica bem na série "Mi querido blog", para inaugurar o ano de 2023  (**)... Fixação de texto / links / negritos: LG.
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segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Guiné 61/74 - P23693: Voltamos a recuperar as antigas cartas da província portuguesa da Guiné, um dos recursos mais preciosos do nosso blogue - Parte III: Do Gabu a Pirada


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Mansambo > 1970 > Vista aérea do aquartelamento de Mansambo, construído de raiz pela CART 2339 (Fá Mandinga e Mansambo, 1968/69).  Ao fundo, da esquerda para a direita, a estrada Bambadinca-Xitole. Foto do arquivo de Humberto Reis (ex-furriel miliciano de operações especiais, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)

"Quanto à foto de Mansambo, a vista aérea – que é espectacular e que pessoalmente agradeço - gostava de saber de que ano é, se o Humberto tiver esses dados. A zona está totalmente nua, só com uma grande árvore ao fundo que se encontra à entrada do aquartelamento, pois vê-se a bifurcação para a estrada Bambadinca-Xitole (esquerda-direita. Falta ali uma árvore, a tal de referência para o IN, e que os nossos soldados chamavam a árvore dos 17 passarinhos, tal era a quantidade deles, que se situava na parte mais afastada da entrada. A mancha branca de maior dimensão seria o heliporto. Faltam os obuses, um de cada lado à esquerda e à direita. Ao lado dessa árvore ficava o depósito, que era uma palhota, de géneros e munições, que ardeu a 20 de Janeiro de 1969 (nesse dia chegaram os 2 Obuses 105 mm). Era véspera do aniversário da CART 2339. Ao fundo vê-se uma mancha à esquerda do trilho de entrada que era a tabanca dos picadores. À direita no triângulo de trilhos, ficava a nossa horta. A fonte ficava à direita da foto onde se vêem 3 trilhos, na mancha mais negra em baixo. Se confrontares com um mapa da zona vê-se aí uma linha de água" ( Carlos Marques dos Santos)

Foto (e legenda): Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
 

1. Estamos a recuperar os "links" ou as "URL" das cartas (ou mapas) da Guiné, dos Serviços Cartográficos do Exército, que estavam alojadas desde finais de 2005 na antiga página pessoal do editor Luís Graça, cujo servidor era o da Escola Nacional de Saúde Pública / Universidade NOVA de Lisboa (ENSP / NOVA). Mais concretamente estavam alojadas numa pasta institulada "Luís Graça e Camaradas > Subsídios para a História da Guerra Colonial"...

As cartas (ou mapas) da Guiné e os demais recursos dessa página estavam acessíveis a partir do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.  Com o fim da página, em 2022, passam doravante a poderem ser consultadas, de novo, "on line", no nosso blogue, mas a partir do Arquivo.pt.(https://arquivo.pt):

O Arquivo.pt (criado e mantida pela FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia)  permite  "a preservação da informação publicada na Web portuguesa para que o conhecimento nela contido esteja acessível às nossas gerações futuras"... e continue a estar disponível para todos (incluindo os investigadores das mais diversas áreas disciplinares, da linguística à história, da sociologia à literatura, da geografia à etnografia, da ecologia à economia...

É o caso da página pessoal do nosso editor, "Saúde e Trabalho - Luís Graça", e o blogue que ele fundou e tem ajudado a manter desde 2004, "Luís Graça & Camaradas da Guiné". Para saber mais, ver aqui: Arquivo.pt.


2. Continuamos, entretanto, a repor as nossas preciosas cartas (ou mapas) da Guiné (Escala 1/50 mil), por ordem alfabética, agora alojados no Arquivo.pt. É só carregar no link.

No final desta série continuarão a estar disponíveis na coluna estática do blogue, do lado esquerdo. Por enquanto esses links continuam quebrados, bem como todos os topónimos que até agora (ou até há alguns meses) usavam os links antigos, quando estavam alojados na página da ENSP/NOVA. Aqui vão os novos links, das cartas (de G a P):


Cartas na escala de 1/50 mil - Parte III  (G / P) 


Gabu (Nova Lamego) (1957)

Gadamael / Cacoca (1954) (Carta de Cacoca que inclui Cacoca, Sangonhã, Gadamael Porto, parte do Quitafine e do Cantanhez, rio Cacine e fronteira sudeste com a Guiné-Conacri)

Galomaro / Duas Fontes (Bangacia) (1959) (Carta de Duas Fiontes que inclui Galomaro...)

Geba / Bambadinca (1955) (Carta de Bambadinca) (inclui rio Geba Estreito, Nhabijões, Finete, Missirá, Fá Mandinga, Geba...)

Guidaje (1953) (Inclui Guidaje, e não "Guidage", e a fronteira com o Senegal)

Guileje (1956)  (inclui Guileje, Mejo, Gandembel, Balana, e fronteira com a Guiné-Conacri)

Jumbembem (1954) (Inclui Jumbembem e fronteira com o Senegal)

Jábia (1959)  (inclui  rio Corubal)

Madina do Boé (1958) (inclui Madina do Boé, rio Corubal e fronteira com a Guiné Conacri)

Mansabá / Farim (1954)
(Carta de Farim)

Mansambo / Xime (1955) (Carta do Xime) 

Mansoa (1954) (inclui Mansoa, rio Mansoa, Bissorã, Encheia, Morés...)

Nova Lamego (Gabu) (1957) (Carta de Nova Lamego, hoje Gabu)


Pelundo (1953) (Inclui Pelundo, Jolemete, rio Mansoa, rio Cacheu...)

Piche (1957) (inclui Piche, ponte Caium, rio Caium...)

Pirada (1957) (incui Pirada, Bajocunda, fronteira com o Senegal...)

Província da Guiné (1961) (Escala 1/ 200 mil)

(Continua)
___________

Nota do editor:

Vd. postes anteriores da série: 

domingo, 2 de outubro de 2022

Guiné 61/74 - P23662 Voltamos a recuperar as antigas cartas da província portuguesa da Guiné, um dos recursos mais preciosos do nosso blogue - Parte II: De Cabuca a Fulacunda


Rosto da página pessoal de Luís Graça, socólogo, "Saúde e Trabalho", criada em 1999, e alojada, até a meados de 2022, no sítio da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa, que foi entretanto reformulada. 

A página (www.ensp.unl.pt/luis.graca) pode agora voltar a ser consultada no Arquivo.pt, da FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia. Foi aqui, nesta página, que começou a aventura do blogue "Luis Graça & Cmaradas da Guiné", o maior blogue em língua portuguesa criado em 2004 e mantido por antigos combatentes da guerra colonial / guerra do ulltramar na antiga colónia ou província ultramarina portuguesa  da Guiné, abarcando o período de 1961 a 1974. 


1. Estamos a recuperar as cartas (ou mapas) da Guiné,  dos Serviços Cartográficos do Exército, que estavam alojadas desde finais de 2005 na página pessoal do editor Luís Graça, cujo servidor era o da Escola Nacional de Saúde Pública / Universidade NOVA de Lisboa, e que ficaram temporariamente, indisponíveis, há alguns meses atrás.

Mais concretamente estavam alojadas numa pasta institulada " Luís Graça e Camaradas > Subsídios para a História da Guerra Colonial"...De qualquer modo, honra seja feita ao departamento de informática da ENSP/NOVA, os ficheiros da minha página foram-lhe devolvidos, represnetando 263 Mb de dados (5 mil ficheiros, 63 pastas)...

As cartas (ou mapas) da Guiné e os demais recursos da minha antiga página passam doravante a poderem ser consultadas, de novo,  "on line", no Arquivo.pt.(https://arquivo.pt):
 
O Arquivo.pt é uma poderosa infraestrutura de investigação, mantida pela FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, que permite pesquisar e aceder a páginas da web arquivadas desde 1996. 

O principal objetivo é a preservação da informação publicada na Web  portiguesa para fins de investigação.

É sabido que, passado um ano, apenas 20% de um conjunto de endereços se mantêm válidos. E nada mais irritante e frustrante para os utilizadores da Net (incluindo os investigadores, das mais diversas áreas,  História, Sociologia, Linguística, etc.) do que  encontar "links quebrados".

Isto quer dizer o quê, no nosso caso  ? Que muitas nossas páginas, entusiástica e generosamente  criadas e mantidas, por antigos combatentes da guerra do ultramar / guerra colonial, deixam de aparecer e perdem-se irremediavelmente... Foi o caso de muitas páginas ou sítios que nós seguíamos e que, por essa razão, deixámos de listar no nosso blogue (já não existem ou os links estão quebrados).

Infelizmente, não sabemos se há uma inventário das páginas criadas neste domínio, sobretudo desde há duas décadas para cá. Algumas foram criadas em servidores, portais ou plataformas que permitiam o alojamento gratuito de páginas pessoais ou arquivo de fotos, e que hoje já nem sequer existem ou que passaram a cobrar pelos seus serviços: estou-me a lembrar do portal Terravista, por exemplo, onde eu comecei a publicar na Net,e onde tive uma página; ou do portal Sapo (inicialmenet criado em 1995 pelo Centro de Informática da Universidade de Aveiro); ou do Photobucket (cujas condições de subscrição forma alteradas em 2017, se não erro). Devíamos todos ter percebido, logo na altura, que neste mundo não há almoços grátis...

Daí o interesse do Arquivo.pt (que não deve ser confundido com o Internet Archive), permitindo "a preservação da informação publicada na Web portuguesa para que o conhecimento nela contido esteja acessível às nossas gerações futuras"... 

É o caso da página pessoal do nosso editor, "Saúde e Trabalho - Luís Graça", e o blogue que ele fundou e tem ajudado a manter desde 2004, "Luís Graça & Camaradas da Guiné"Para saber mais, ver aqui: Arquivo.pt.

O Arquivo.pt também tem uma página no Facebook: Arquivo.pt: pesquise páginas do passado.


2. Continuamos, entretanto, a repor as nossas preciosas cartas da Guiné (Escala 1/50 mil), por ordem alfabética, agora alojados no Arquivo.pt. É só carregar no link.

No final desta série continuarão a estar disponíveis na coluna estática do blogue, do lado esquerdo. Por enquanto esses links constinuam quebrados, bem como todos os topónimos que até agora (u até há alguns meses) usavam os links antigos, quando estavam alojados na página da ENSP/NOVA. Aqui vão os novos links, das cartas (de C a F):

Cabuca (1959) (inclui um troço do rio Corubal)

Cacheu / Sâo Domingos (1953) (Carta de Cacheu, inclui Cacheu, São Domingos, rio Cacheu, rio Grande de São Domingos, Caboiana...)

Cacine (1960) (inclui Cacine, rio Cacine, rio Cumbijã, parte do Cantanhez...)

Cacoca  / Gadamael (1954) (incluiu Cacoca, Sangonhã, Gadamael Porto, parte do Quitafine e do Cantanhez, rio Cacine e fronteira sudeste com a Guiné-Conacri)

Caiar  (Ilha de)  ( Como (Ilha do Como) (1959) (inclui as ilhas de Caiar, Como e Catunco, ainda o rio Cumbijã...)

Canchungo / Teixeira Pinto (1953) (carta de Teixeira Pinto, hoje Canchungo, inclui Teixeira Pinto,  Bassarel, Catequisse, Bachile / Churoenque...)


Catió (1956) (inclui Catió, Darsalame, rios Tombali, Pobreza, Cobade...)

Colina do Norte (1956) (incluin Fajonquito...)

Como (Ilha de) / Caiar (Ilha de) (1959): vd. 
Caiar  (Ilha de) (1959)

Contabane (1959) (incluin Saltinho, Contabane, rio Corubal...)

Contuboel (1956) (inclui Contuboel, Jabicunda, rio Geba...)

Duas Fontes (Bangacia) (1959) (inclui Galomaro...) 

Empada (1955) (Inclui Empada, rio Grande de Buba...)

Farim (1954) (inclui Farim, rio Farim, Canjambari, Bironque, Mansabá, K3 / Saliquinhedim...)

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Guiné 61/74 - P23644: Voltamos a recuperar as antigas cartas da província portuguesa da Guiné, um dos recursos mais preciosos do nosso blogue - Parte I: De Aldeia Formosa a Buruntuma

1. Certos recursos do blogue, tais como as cartas ou mapas da Guiné, alojadas desde finais de 2005 na página pessoal do editor Luís Graça, cujo servidor era o da ENSP/NOVA, ficaram  temporariamente, indisponíveis, há alguns meses atrás. 

A página "Saúde e Trabalho" tinha já 23 anos, remontando a 1999... Chegou agora ao fim, por razões técnicas, que são alheias ao seu autor. (A "webpage" da ENSP/NOVA foi complemente redesenhada e reformulada ) 

Pedimos, na altura,  desculpa, aos nossos leitores, pelo incómodo, uma vez que ficaram privados da consulta "on line" das cartas da Guiné e outros recursos. Mas felizmente, já recuperámos todos esses ficheiros (através do gabinete de informática da ENSP/NOVA), e  começamos hoje a pôr as cartas de novo "on line", mas no nosso blogue, a partir do Arquivo.pt. 

Para já podem ser consultados no Arquivo.pt (https://arquivo.pt):  podem usar descritores  como por exemplo "mapa de Bedanda", "mapa de Bissau", "mapa de Bolama".

Repomos já aqui algumas das cartas, é só carregar no link:


Cartas na escala de 1/50 mil - Parte I

Aldeia Formosa (hoje Quebo) (vd. Xitole)

Bafatá (1955)
 
Bambadinca (1955) 
(inclui rio Geba Estreito, Nhabijões, Finete, Missirá, Fá Mandinga, Geba...)

Banjara (1956)

Bedanda (1956) (inclui Cufar, rio Cumbijã...)

Beli (1959) (inclui Rio Corubal...)

Bigene (1953) (inclui Barro, Ganturé, rio Cacheu, fronteira com o Senegal...)

Binta (1954) (inclui Olossato...)

Bissau (1949) (inclui Brá, Bissalanca, Nhacra, Safim, Cumeré, estuário do Rio Geba...)

Bissorã (vd. Mansoa)

Bolama (1952) (inclui Ilha das Galinhas)

Buba (vd. Xitole)

Bula (1953) (inclui João Landim, rio Mansoa, Binar, Encheia, Biambe...)

Buruntuma (1957) (inclui fronteira com a Guiné-Conacri)

Madina do Boé (1958) (inclui fronteira com a Guiné-Conacri...)

Mansoa (1954) (inclui Bissorã, Emcheia, Jugudul, rio Mansoa...)

(inclui Buba, Mampatá, Chamarra, rio Corubal, rápidos de Cusselinta, Aldeia Formosa...)

 (Continua)

2. Recorde-se a história destas cartas ou mapas:


Quando voltou à Guiné-Bissau, em 1996, em viagem de negócios (mas também em romagem de saudade), o Engenheiro Técnico Humberto Reis (ex-furriel miliciano da CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71) já tinha adquirido as 72 cartas da antiga província portuguesa, à escala de 1/50.000. 

"Em Dezembro de 94 já me custaram 450$00 cada uma". O mapa geral custou 600$00." (A valores de hoje, correspondem a  3,8 euros e 5,07 euros, respectivamente).

Para os eventuais interessados, essas cartas podem (ou podiam em fevereiro de 2006...) ser adquiridas no Centro de Documentação e Informação do Instituto de Investigação Científica e Tropical, em Lisboa. 

Alertava-se para o facto de algumas cartas poderem já estar esgotadas. Na altura fora exigida ao Humberto Reis uma declaração da embaixada da República da Guiné-Bissau, a qual se transcreve, como simples curiosidade, com data de 29 de Dezembro de 1994:

"A Embaixada da República da Guiné-Bissau em Portugal declara, para os devidos efeitos que está o sr. Eng. Humberto Simões dos Reis autorizado a adquirir cartas geográficas da Guiné-Bissau.

"Para que não haja nenhum impedimento a tal objectivo, se passou a presente declaração que vai ser assinada e autenticada com o carimbo a óleo em uso nesta Missão Diplomática".


Presumimos que esta exigência de autorização da embaixada da Guiné-Bissau, em Lisboa,  para um turista levar consigo cartas geográficas do país, fosse ditada, na época, por razões de "segurança de Estado".

Na altura declarámos expressamente que a divulgação destas cartas, no nosso blogue.  de modo algum pretendia pôr em risco a independência e a soberania do país irmão. Nem muito menos podia ser interpretada como uma provocação. 

Também não tinha quaisquer propósitos comerciais ou outros, de índole lucrativa. Pretendia-se apenas prestar um serviço útil a todos os antigos combatentes da guerra da Guine (1961/74), independentemente do lado em que combateram, e nomeadamente aos membros da nossa tertúlia. Julgamos que podia (e pode)  ser útil também a todos os demais amigos do povo guineense e aos próprios guineenses.

Além de serem um documento de interesse historiográfico (e sentimental), e apesar de algumas lacunas (tem já mais de meio século, são muitas delas dos anos 50/60), estas cartas são sobretudo importantes  para a reconstituição da memória dos lugares e a reorganização da memória (individual e colectiva) dos antigos combatentes portugueses (sem esquecer os do PAIGC) que estiveram aquartelados e/ou envolvidos em operações na antiga província portuguesa da Guiné, hoje Guiné-Bissau. Para já dão-nos um retrato muito fiel da geografia da Guiné antes da guerra (incluindo a dimensão aproximda das diversas povoações, muitas delas desaparecidas com o início da guerra: houve regulados inteiros que ficaram sem gente, sem tabancas...).

Fica também aqui a nossa homenagem aos nossos valorosos cartógrafos militares portugueses. A cartografia portuguesa deu cartas (no duplo sentido do termo) ao mundo, é bom é dizê-lo. Às vezes (muitas vezes, quase sempre) tenho orgulho de ser (por)tuga. 

Estas cartas da Guiné são pequenas obras-primas, resultantes do levantamento efectuado aos longo dos anos 50 pela missão geo-hidrográfica da Guiné – Comandante e oficiais do N.H. Mandovi e do N.H. Pedro Nunes. A fotografia aérea é da Aviação Naval. O trabalho de restituição foi feita pelos Serviços Cartográficos do Exército. As fotolitografias e a impressão foram feitas em várias casas, de Lisboa, Porto, V.N. Gaia. 

A imagem em geral é  de boa qualidade, graças também à fotolitografia de casas como a  Papelaria Fernandes e a Arnaldo F. Silva (em geral, são os melhores trabalhos, os destas casas)… e à posterior digitalização feita na Rank Xerox. 

A imagem original tem 10 MB. Como habitualmente, a imagem que está disponível on line foi reduzida a um 1/3 da dimensão original…

A edição é da antiga Junta das Missões Geográficas e Investigações do Ultramar, do antigo Ministério do Ultramar.  

Convirá recordar que a sua paciente digitalização foi efectuada pelo Humberto Reis na Rank Xerox, em 2006. (Ele não nos disse quanto pagou, mas não deve ter sido barato...). Eu passei cada um destes pesadíssimos ficheiros (10 ou mais Mb) para outros mais leves (da ordem dos 2 Mb), procurando manter a qualidade da imagem (que tem alta resolução)...

Ao Humberto Reis, nosso mecenas,  mais uma vez a nossa gratidão pela sua generosidade (todo este trabalho foi pago do seu bolso) e a nossa homenagem ao seu carinho pela Guiné-Bissau e pelos guineenses. Não é por acaso que ele é o nosso "cartógrafo-mor" e colaborador permanente, desde então. (*)
_______

Nota do editor:

(*) Vd. poste de 19 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12476: Blogoterapia (245): Homenagem ao nosso 'cartógrafo-mor', Humberto Reis, para o quem o nosso blogue tem uma dívida de gratidão... Que o bom irã do nosso poilão lhe dê amor, saúde, patacão, longa vida... e bons augúrios para 2014!...

domingo, 27 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23117: (Ex)citações (404): Um célebre escritor sueco de finais do séc. XVIII afirmou: “Depois dos setenta anos as únicas verdadeiras surpresas que a vida nos traz são todas relacionadas com a saúde" - Teria de mudar de opinião se lesse alguns comentários do nosso blogue... (José Belo, EUA)


José Belo, jurista, o nosso luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande, reparte a sua vida entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e os EUA (Key West, Nova Orleans...); (ii) foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, agora jubilado; (iii) na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); (iv) é cap inf ref do exército português; (v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade"; (vi) tem cerca de 220 referências no nosso blogue.


Aqui segue foto actualizada para quando é necessário.....Dar a Cara! Um abraco .....Luso / Sueco / Lapäo / Americano...o que é uma já boa colecäo de identidades difíceis de coordenar em momentos..."patrioteiros"!



1. Mensagem do Joseph Belo:

Data - quinta, 24/03/2022, 21:25 


Assunto -  O “tal” minuto antes das zero.


Célebre escritor sueco dos finais do século dezoito afirmou: “Depois dos setenta anos as únicas verdadeiras surpresas que a vida nos traz são todas relacionadas com a saúde".

Teria que mudar de opinião se tivesse tido a oportunidade de ler alguns dos comentários do nosso Amigo, Camarada e Poeta Graça de Abreu (*).

Estamos em 2022. São outros os parâmetros que enquadram as sociedades actuais. As “armas de arremesso“ que alguns continuam a utilizar,  estão já há muito ultrapassadas pelos novos contextos sociais. Cai-se numa agressividade contínua, pessoalizada, que acaba por raiar áreas de patologias várias.

A propósito de um texto sobre Amílcar Cabral, salta-se compulsivamente para afirmações como: “Mário Beja Santos a caminho da Ucrânia ou da Bielorrússia... suprema inteligência tuga neste blogue, debruçado sobre as bandas de Moscovo” (*).

Felizmente que este tipo de compulsividade analítica de áreas e situações já abrangidas pela paleontologia, se limita a um reduzido número de irredutíveis “passadistas”.

Só humoristas de gabarito se lembrariam hoje, tendo em conta o passado de activista maoísta do Sr. Dr. Durão Barroso aquando estudante, de sugerirem o seu abandono do alto cargo em renomado banco da alta finança internacional para ...ir beber chá com os seus camaradas de Xangai. Enfim, quase o tal... vomitar a gargalhar!

Quando activista nas lutas estudantis contra a ditadura,  não estive “debruçado sobre as bandas de Moscovo“, e muito menos fui leitor de um certo livro, fosse ele vermelho, castanho, ou furta-cores.
Não serão essas as razões deste meu despretensioso texto.

As razões que aqui me trazem foram criadas pela (feliz e oportuna) correção efectuada pelo Amigo e Camarada Graça de Abreu a uma lista valorativa de personagens apresentada pela BBC.(*).

Verifica-se que um aí citado imperador chinês mais não era que uma imperatriz. Correção feliz e oportuna (e aqui repito-me conscientemente!) por nos levar direitamente ao "clitoris" da dita senhora e a muitas das consequências político-históricas do mesmo na vida social da corte chinesa.

Tendo sido um homem de “casernas” durante mais de uma década, e, como tal, sempre com um profundo interesse por tudo que é a problemática deontológica clitoriana, quase me atrevo a perguntar ao camarada corretor se a vida da senhora imperatriz referida se encontra publicada em inocente vídeo do YouTube? (Ou talvez em alguns dos “sites” mais resguardados por explícitos?)

E já agora, algumas referências bibliográficas que venham a contribuir para uma penetração mais profunda (salvo seja!) em tudo o relacionado com a dita senhora.

Infelizmente, uma atenta e nova consulta ao Clássico português dos finais dos anos cinquenta, que circulava entre os “filhos maus de boas famílias", e que tinha por título histórico... ”A Marca dos Avelares",  não me levou a encontrar referências detalhadas à madame imperatriz e, muito menos, às suas partes, no caso não púdicas mas antes... públicas!

Espera-se bibliografia... detalhada, detalhada, detalhada!

Como se diz nos States… Another Day Another Dollar.

Um respeitoso abraço do J. Belo (**)
_________

Notas do editor:

21 de março de  2022 > Guiné 61/74 - P23097: Notas de leitura (1430): “Amílcar Cabral - Pensar para Melhor Agir”; edição da Fundação Amílcar Cabral, Praia, 2014 (5) (Mário Beja Santos)

(...) antonio graça de abreu disse...

Tanta traição, não é Rosinha?

Mário Beja Santos, já, a caminho da Ucrânia, ou da Bielorússia... Acho que precisam dele, suprema inteligência tuga neste blogue, debruçado sobre as bandas de Moscovo.

Pois, as teses do Amílcar Cabral, o "génio africano" segundo as palavras e o entendimento de Mário Beja Santos. Sabemos hoje que tais teses resultaram em coisa nenhuma, nada funcionou. A África esqueceu-se da luminosidade do pensamento de Amílcar Cabral, as boas intenções não deram resultado em nenhum centímetro quadrado da nossa querida África. Que nos valha o Mário Beja Santos para, com Amílcar Cabral, nos explicar, depois do colonialismo, as maravilhas que iam acontecer e que nunca aconteceram. Depois da independência, foram milhares de mortos em lutas fratricidas. Onde estava o pensamento de Amílcar Cabral?

O Mário Santos continua a vender-nos a banha da cobra. Tristeza...

Abraço,

António Graça de Abreu21 de março de 2022 às 15:48 


(...) antonio graça de abreu disse...


Curiosa a lista dos grandes líderes, elaborada por historiadores anti-colonialistas primários como Hakim Adi. Até conseguem falar num milhão de guineenses reunidos por Amilcar Cabral quando em 1973 a população total da Guiné não chegava aos 600 mil habitantes.

Curiosa também a referência a Wu Zutian (624-705) que aparece na lista da BBC como imperador da China quando na realidade foi imperatriz, do sexo feminino. Antiga concubina, serviu dois imperadores e para usurpar o poder envenenou vários candidatos ao trono. Viúva, tinha o gosto de mandar matar os homens que com ela dormiam e utilizava para o seu prazer sexual. Em algumas audiências na corte, vestia um longo casaco de brocado. Nua da cintura para baixo, fazia ajoelhar os ministros, entreabria o casaco e obrigava-os a beijar o seu exercitado clitóris. Mulher hábil, forte e determinada, ficou na História da China também por algumas medidas que tomou e que deram mais força ao império chinês. Era a figura preferida de Jiang Qing (1914-1991), a quarta esposa de Mao Zedong, a mais proeminente criatura do famoso "bando dos quatro" que se suicidou aos 77 anos.


(**) Último poste da série > 5 de fevereiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22971: (Ex)citações (403): no país onde nascemos, nem as "iscas com elas" eram para todos (Eduardo Estrela, Cacela Velha, Vila Real de Stº António; ex-fur mil at inf, CCAÇ 14, Cuntima e Farim, 1969/71)

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Guiné 61/74 - P22645: (De)Caras (179): O que é que o José Manuel Matos Dinis (1948-2021) pensava do nosso blogue, em abril de 2013


José Manuel Matos Dinis (1948- 2021)


O nosso camarada José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), que deixou a Terra da Alegria no passado dia 18 (*), há oito atrás, em 27 de abril de 2013, respondia assim a um inquérito por questionário, dirigido aos nossos leitores, por oasião do nosso 9º aniversário (**).

Os seus amigos e camaradas gostarão de rever a sua  opinião, nessa época, sobre o nosso blogue, a que ele pertencia desde 2008. Sempre foi um homem de olhar crítico e frontal (***)-


(1) Quando é que descobriste o blogue?

R - Ainda trabalhava quando um amigo me alertou para a existência do Blogue. Abri umas poucas de vezes, mas não tive logo o entusiasmo para me tornar assíduo. Ao contrário da maioria, eu achei que tinha demasiadas fotografias, e que era um bocado épico.

(2) Como ou através de quem?

R - Vide a resposta anterior.

(3) És membro da nossa Tabanca Grande (tertúlia)?

R - Desde 2008. [Vd. poste 3147, de 24 de agosto de 2008]

(4) Com que regularidade visitas o blogue?

R - Via-o diariamente, e só desde data recente vou alternando os dias de olhadelas. Acho que para isso, também tem contribuído as longas ausências de colaboradores de muita qualidade. Não faço ideia se estão desinteressados, se com outras ocupações, mas que fazem muita falta, acho que sim.

(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.?

R - Sim, já enviei algum material, e ainda não arrumei as botas. [O José Manuel Matos Dinis tinha, até então,  cerca de 130 referências no blogue; até à data do seu falecimento, era, cerca de 230]

(6) Conheces também a nossa página do Facebook (Tabanca Grande Luís Graça)?

R - Não frequento o FB.  [ Acaberia, mais tarde, por criar a sua página no Facebook, José Dinis, foto de perfil à eswuerda, com a devida vénia]

(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue?

R -Ao Blogue, n'é?

(8) O que gostas mais no Blogue? E no Facebook?

R - Do que gosto mais? Gosto de todas as informações que contribuam para o meu conhecimento; gosto do humor delicioso de alguns camaradas; gosto das manifestações de genuinidade; gosto do sentimento de camaradagem que o mais das vezes se respira no Blogue.

(9) O que gostas menos no Blogue? e no Facebook?

R - Esta, eu salto.

(10) Tens dificuldade, ultimamente, em aceder ao Blogue?

R - Não, acedo sempre, ou quase sempre, pois houve já uma ocasião de dificuldade geral.


Infografia: Miguel Pessoa (2013)


(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti? E a nossa página no Facebook?

R - O que é que o Blogue representa? Através dele (Blogue) estabeleci contactos de norte a sul, encontrei pessoas muito interessantes, ponderadas umas, com mais nervo outras, mas sempre generosas e legitimadas pela camaradagem. Também houve o contrário, até oportunismo e aberrações, mas contam-se pelos dedos. 

Portanto, o Blogue representa um convívio, onde se entra e sai a bel-prazer, e através dele tive o privilégio de conhecer, corresponder-me, e conviver com amigos, que até parecem ser de longa data. Acho isto uma felicidade, que prezo muito.

(12) Já alguma vez participaste num dos nossos anteriores encontros nacionais?

R - Sim, já participei em três encontros, e foi sempre muito surpreendente o contacto com malta distante. Afinal, a distância pode não se expressar em quilómetros.

(13) Este ano  [, 2013,] estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de Junho, em Monte Real?

R - Não, este ano não penso lá ir. Em primeiro lugar, o encontro da minha companhia foi marcado para o dia 1 de Junho, perto das pedras parideiras. Em segundo lugar, porque o dinheiro escasseia, há outras despesas pendentes, e a minha deslocação ficaria carote. Tendo em conta os tempos dificeis, com rendimentos reduzidos e cilindrados por impostos, proponho que o Joaquim  [Mexia Alves], para o ano, promova um pic-nick na mata do empreendimento, e cada um leva o farnel.

(14) E por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra… para continuar?

R - Tem fôlego, claro! Haja vontade de cada um para contar uma estória (que todos temos estórias para contar), notícias reveladoras de situações relacionadas com a Guiné e a guerra, ou, até notícias, comentários, transcrição de contos, de receitas culinárias, de condições turísticas, e a malta que ficou com o bichinho africano, vem cá ler. Mas o blogue pode ainda promover outras iniciativas, como debates, entrevistas, etc.

(15) Outras críticas, sugestões, comentários que queiras fazer?

R - Não esperei, e respondi no ítem anterior.

Abraços fraternos
JD
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Notas do editor:

(*)  Vd. poste de 18 de outubro de 2021 > Guiné 61/74 - P22641: In Memoriam (414): José Manuel Matos Dinis (1948-2021), ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2679, (Bajocunda, 1970/71), falecido ontem, dia 17 de Outubro de 2021