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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Guiné 61/74 - P23704: Tabanca Grande (537): José Moreira de Castro Neves, ex-Fur Mil Arm Pes Inf da CCAÇ 1551 / BCAÇ 1888 (Bambadinca, Fá Mandinga e Xitole, 1966/68)... Natural de Valongo, senta-se no lugar n.º 865, sob o nosso poilão

1. Mensagem de José Moreira de Castro Neves:

Data - 8/10/2022 18:57 
Assunto - Pedido de ingresso na Tabanca Grande (*)

Sou o José Moreira de Castro Neves, nascido a 30/09/1943, natural e residente na freguesia e concelho de Valongo,  professor de Matemática do ensino secundário,  aposentado.

Fui furriel miliciano de armas pesadas do terceiro pelotão da CCAÇ 1551 / BCAÇ  1888, entre abril de 1966 e janeiro de 1968, tendo passado por Bambadinca, Fá e Xitole.

Incluo fotografia atual e outra tirada na ponte do Saltinho, então destacamento do Xitole.

Com os melhores cumprimentos
José Moreira de Castro Neves
Valongo

José Moreira Neves na Ponte do Saltinho

2. Comentário do Carlos Vinhal:

Caríssimo José Neves:

Muito obrigado por manifestares o desejo de te juntares a esta família de antigos combatentes da Guiné.

A foto que mandaste do Saltinho não dá para fazer uma foto tipo passe porque tem pouca resolução.

Se tiveres por aí outra onde apareças mais em destaque ou por exemplo o teu cartão de militar, manda para que te possamos apresentar condignamente.

Abraço, 
Carlos

Obs: Para contactares o Blogue, usa preferencialmente o endereço luis.graca.prof@gmail.com


3. Comentário de LG:

Meu caro José Moreira Neves, também fui furriel mil armas pes inf, e também estive no setor L1 (Bambadinca), tendo conhecido todos os sítios por onde passou a tua CCAÇ 1551: além de Bambadinca, Fá Mandinga, Mansambo, Xitole, Amadedalai, Taibatá, Candamã, Saltinho, Cansamange, Quirafo, Ponte do rio Pulom (ou "Ponte dos Fulas)... 

Temos escassas referências (meia dúzia) à tua CCAÇ 1551 e tu és o seu primeiro representante na Tabanca Grande.

Já sobre o teu batalhão, o BCAÇ 1888 (Bambadinca, 1966/68) (desembarcou em Bissau em 26abr1966 e regressou a casa em 17jan1968), temos cerca de duas dezenas de referências.

Em 26abr66, rendendo o BCaç 697, o BCAÇ 1881 assumiu a responsabilidade do Sector L1,  com sede em Fá Mandinga e a partir de 14Nov66, em Bambadinca, e abrangendo os subsectores de Xitole, Xime, Bambadinca e Enxalé, este até 01jul67 e retirado ao sector por alteração dos limites.

Sabemos que a CCaç 1551 seguiu imediatamente para Bambadinca, a fim de substituir a CCav 678 e assumir a responsabilidade do respectivo subsector e, cumulativamente, a função de subunidade de intervenção e reserva do sector, ficando integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão. Por períodos variáveis, destacou efectivos para guarnecer destacamentos em Amedalai, Taibatá e Candamã, tendo em 14nov66 transferido a sua sede para Fá Mandinga.

Em 27jan67, por troca com a CCaç 818, assumiu a responsabilidade do subsector de Xitole, com um pelotão destacado em Saltinho, mantendo-se no mesmo sector. Destacou ainda efectivos para guarnecer os destacamentos em Cansamange, Quirafo e Ponte do rio Pulom, por períodos curtos. A partir de princípios de Jun67, passou a ter um pelotão destacado em Mansambo. (**)

Já agora, temos aqui referência ao nome do José Ferreira de Oliveira, soldado, da CCaç 1551, que faleceu em 15.10.67 no Saltinho, por afogamento  no rio Corubal. Era natural de Antas, Vila Nova de Famalicão. O corpo não foi recuperado.

José Moreira, vais-te sentar sob o nosso poilão, no lugar n.º 865. És recebido de braços abertos. Esperamos que partilhes connosco fotos e mais memórias da tua passagem pelo CTIG. Sobre a organização e o funcionamento do nosso blogue, convém que leias o essencial que publicámos aqui.


Guiné >Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > 1969 > Três elementos dos serviços de saúde: o fur mil enf João Carreiro Martins, à sua esquerda o 1.º cabo aux enf Fernando Sousa e à sua direita o 1º cabo aux enf José Maria S. Faleiro [, morada actual desconhecida; foi dos primeiros a ser evacuado por doença infectocontagiosa, ainda em 1969]... 

Os três militares da CCAÇ 12 estão junto ao monumento erigido pela CCAÇ 1551 / BCAC 1888 (Bambadinca, mai - nov 1966; Fá Mandinga, nov 1966 - jan 1968): além de Bambadinca, teve pessoal destacado em Xitole, Saltinho, Mansambo; Missirá e Dulombi)... Lembro-me bem deste monumento.

Foto (e legenda): © Fernando Andrade Sousa (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
___________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > 11 de agosto de 2022 > Guiné 61/74 - P23514: Tabanca Grande (536): Francisco Pinho da Costa (1937-2022), ex-alf mil médico, CCS/BCAÇ 1888 (Fá Mandinga e Bambadinca, 1966/68), grã-tabanqueiro nº 864, a título póstumo, por proposta dos camaradas da CCAÇ 1439 (1965/67) (João Crisóstomo)

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Guiné 61/74 - P22080: Os Nossos Enfermeiros (16): O António José Paquete Viegas, da CCS/BCAÇ 1877, que eu conhecia de Faro e reencontrei em Porto Gole (José António Viegas, ex-fur mil, Pel Caç Nat 54, Mansabá, Enxalé, Missirá, Porto Gole, Bolama, Ilha das Cobras e Ilha das Galinhas, 1966/68)


Foto nº 1 > Chegada da CCAÇ 1551 a Porto-Gole.  



Foto nº 1A > O António José Paquete Viegas é o que tem o casaco por cima dos ombros, e a malota dos primeiros socorros, do lado direito.



 Foto nº 2 > Porto Gole > Da esquerda para a direita, eu, o Alferes da compahhia  dele e o Paquete Viegas


Foto nº 3 > Porto Gole > O Paquete Viegas  saindo para uma operação com o braço em cabresto 

 
Fotos (e legendas): © José António Viegas (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Mensagem do nosso camarada José António Viegas [ fur mil do Pel Caç Nat 54, passou por vários "resorts" turisticos em 1966/68 (Mansabá, Enxalé, Missirá, Porto Gole, Bolama, Ilha das Cobras e, o mais exótico de todos, a Ilha das Galinhas, na altura, colónia penal); vive em Faro; é um dos régulos da Tabanca do Algarve; tem mais de 40 referências no nosso blogue]:



Date: quarta, 7/04/2021 à(s) 18:13
Subject: Paquete Viegas enfermeiro da 1551
 

Caro Luis

Ontem li sobre os enfermeiros condecorados com a Cruz de Guerra , entre eles Paquete Viegas (*). Conheci dos meus tempos de juventude o Paquete Viegas, enfermeiro num hospital psiquiátrico que havia em Faro e fomos amigos. 

Depois de alguma ausência,  vim a encontrá-lo em Porto Gole quando a companhia. dele, a CCAÇ 1551,  foi lá fazer operações, foi uma festa mas vinha ferido,  o que não o impedia de ir ás operações. Era um bom falante e pusemos a conversa em dia. Depois dessas operações,  nunca mais lhe pus a vista em cima.

Em Porto Gole tinha grandes conversas com o médico da CART 1661 que acho que era da área de Psiquiatria.

Vim a saber,  anos depois, que esteve ligado ao Hospital de S. José  e que passava receitas na consulta de genecologia, foi apanhado e pirou-se para a América Latina,  lá não sei que voltas deu,  chegou ás boas graças de um Presidente e era ele que tratava do Presidente. 

Voltou,  faz alguns anos,  para o Algarve,  para Almancil,  onde faleceu.

 Junto 3 fotos com o Paquete Viegas. (**)
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 6 de abril de 2021 > Guiné 61/74 - P22072: Memórias cruzadas: relembrando os 24 enfermeiros do exército condecorados com Cruz de Guerra no CTIG (Jorge Araújo) - Parte VI

(...) Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª Classe (...), por serviços prestados em acções de combate na Província da Guiné Portuguesa, o soldado auxiliar de enfermeiro, n.º 2538064, António José Paquete Viegas, da Companhia de Comando e Serviços / Batalhão de Caçadores 1877 (...)

(**) Último poste da série > 25 de janeiro de 2021 > Guiné 61/74 - P21805: Os nossos enfermeiros (15): seleção aleatória, formação rudimentar do pessoal de enfermagem, carência de material, etc. (selecão de textos de Armandino Alves, 1944-2014)

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Guiné 61/74 - P21617: Os nossos capelães (15): Fiz uma vez uma operação, em que ia o capelão, que pelas vestes me parecia franciscano... Era gorducho e baixinho... Seria o Pe. António Paulo Frade, o capelão do BCAÇ 1888 (Bambadinca, 1966/68)? (José António Viegas, ex-Fur Mil, Pel Caç Nat 54, Enxalé e Ilha das Galinhas, 1966/68


1. Mensagem do nosso camarada  José António Viegas, ex-fur mil do Pel Caç Nat 54 (Enxalé e  Ilha das Galinhas, 1966/68).
 
Date: sábado, 5/12/2020 à(s) 22:15
Subject: Padres Franciscanos

Boas Luis

Hoje tive a agradável surpresa de um telefonema do João Crisóstomo a desejar as Boas Festas.

Estivémos a conversar  um bocado e veio à baila o assunto dos padres franciscanos, Numa das últimas operações com a CCAÇ  1439,  já não consigo lembrar se nos fins de 66 ou princípio de 67,  fizemos uma operação ao nível de Batalhão,  que era o BCAÇ 1888, e vinha integrado um Padre Franciscano, gorducho e baixinho, que nos acompanhou na operação, 

Lembro de brincar com ele a dizer como é que ele aguentava o calor com aquelas vestes castanhas e pesadas. O João não ia nessa operação e não tem idéia de quem seja ele,  o Franciscano estava sediado em Bambadinca.

Vou tentar contactar o meu Alferes [, cmdt do Pel Caç Nat 54,] ou outros Camaradas para ver se têm alguma idéia.

Um abraço

Viegas

2. Comentário do editor LG:

Viegas, obrigado pela tua mensagem e o carinho que manifestas sempre pelo  nosso blogue. Obrigado pelas tuas boas festas, que eu retribuo em nome de toda a nossa Tabanca Grande, Tudo de bom para ti, família, amigos e demais camaradas da Tabanca do Algarve.

Em relação à informação que prestas, sobre o capelão do teu tempo, vamos lá a ver se te dou uma pista (*)... O BCAÇ 1888, a que estava adido o teu Pel Caç Nat 54, partiu para o CTIG em 20/4/66 e regressou a 17/1/68 [Vd. ficha de unidade, no ponto 3, a seguir]...

Na lista dos 113 capelães que passaram pelo CTIG durante a guerra (**), encontro um nome, cuja comissão coincide justamente com a comissão de serviço do BCAÇ 1888: é o nº 31 da lista, e chama-se António Paulo Frade, mas em princípio não seria franciscano (OFM - Ordem dos Frades Menores], mas sim do clero regular....

A única referência que encontrei a este capelão foi a seguinte:

(...) "Sensivelmente a meio da comissão, chegou a Salazar [, Norte de Angola,] o novo Capelão militar, um meu antigo chefe escuteiro, de nome António Paulo Frade, que passou a dar-se muito bem com o Comandante Carvalho" (...). Fonte: Blogue do PAD - Pelotão de Apoio Directo, nº 1245, 1967/69, criado e mantido pelo ex-fur mil Álvaro RoxoVaz, que mora no Fundão. 

Este PAD, comandado pelo tenente Carvalho, partiu para Angola em 11/10/1967 e ficou instalado em Salazar [, hoje N’Dalatando}, Quanza Norte, adido ao BCAÇ 13. A maior parte do pessoal metropolitano do PAD 1245, regressou a casa em 27/12/1969. O capelão António Paulo Frade devia, pois, pertencer ao BCAÇ 13.

Acabada a comissão no CTIG, em 21/1/1968, deduzimos que este  capelão fez uma segunda comissão em Angola para onde deve ter partido  em finais de 1968 (a meio da comissão do PAD 1245).



Excerto da lista dos 113 capelães que passaram pelo CTIG (**)

3. Ficha de unidade > Batalhão de Caçadores nº 1888 (BCAÇ 1888)
 
Unidade Mob: RI I - Amadora
Cmdt: TCor Inf Adriano Carlos de Aguiar
2.° Cmdt: Maj Inf Artur Miguel Agrely Rebelo
OInfOp/Adj: Não identificado
Cmdts Comp:
CCS: Cap SGE Manuel Pereira Pimenta de Castro
CCaç 1549: Cap Mil lnf José Luís Adrião de Castro Brito
CCaç 1550: Cap Mil Inf Agostinho Duarte Belo
CCaç 1551: Cap Mil Inf Francisco Silva Pinto Pereira
Divisa: "Vendo, Tratando e Pelejando"

Partida: Embarque em 20Abr66; desembarque em 26Abr66
Regresso: Embarque em 17Jan68

Síntese da Actividade Operacional

Em 26Abr66, rendendo o BCaç 697, assumiu a responsabilidade do Sector L I, com sede em Fá Mandinga e a partir de 14Nov66, em Bambadinca, e abrangendo os subsectores de Xitolc, Xime, Bambadinca e Enxalé, este até  1Jul67 e retirado ao sector por alteração dos limites.

Comandou e coordenou a actividade das forças que lhe foram atribuídas, orientando a sua acção sobre as linhas de infiltração do inimigo, em patrulhamento, reconhecimentos e emboscadas em ordem a obstar à sua instalação e movimentação na zona. Desenvolveu ainda uma intensa actividade psicossocial junto das populações, promovendo a sua autodefesa e reordenamento e garantindo a segurança dos itinerários e a recuperação das populações.

Dentre o armamento capturado mais significativo, salienta-se: 1 metralhadora pesada, 2 metralhadoras ligeiras, 70 espingardas, I lança-granadas foguete, 4 minas, 28 granadas de armas pesadas e 3000 munições de armas ligeiras.

Em 16Jan68, foi rendido no sector de Bambadinca pelo BArt 1904 e recolheu a Bissau, a fim de efectuar o embarque de regresso.
 
 Duas das suas companhias estiveram em (ou passaram por) o Sector L1: a CCAÇ 1550 e a CCAÇ 1551

A CCaç 1550 seguiu imediatamente para Farim, a fim de substituir a CCaç 675, como subunidade de intervenção e reserva do sector, ficando integrada no dispositivo e manobra do BArt 733 e depois do BCaç 1887, orientada para a realização de patrulhamentos, emboscadas e acções sobre os corredores de Sambuiá e Samine.

Em 28Dez66, foi rendida pela CCaç 1546, e após curta permanência em Bissau, seguiu em 03Jan67 para Xime, a fim de substituir a CCav 1482. Em 1lJan67 , assumiu a responsabilidade do subsector de Xime, com efectivos destacados em Ponta do Inglês, Taibatá e Galomaro e depois ainda em Demba Taco, Samba Silate e Candamã, estes por períodos curtos e variáveis, ficando então integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão.

Em 09Jan68, foi rendida no subsector de Xime pela CArt 1746 e recolheu seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

A CCaç 1551, seguiu imediatamente para Bambadinca, a fim de substituir a CCav 678 e assumir a responsabilidade do respectivo subsector e, cumulativamente, a função de subunidade de intervenção e reserva do sector, ficando integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão. Por períodos variáveis, destacou efectivos para guarnecer destacamentos em Amedalai, Taibatá e Candamã, tendo em 14Nov66 transferido a sua sede para Fá Mandinga.

Em 27Jan67, por troca com a CCaç 818, assumiu a responsabilidade do subsector de Xitole, com um pelotão destacado em Saltinho, mantendo-se no mesmo sector. Destacou ainda efectivos para guarnecer os destacamentos em Cansamange, Quirafo e Ponte do rio Pulom, por períodos curtos. A partir de princípios de Jun67, passou a ter um pelotão destacado em Mansambo. 

Em 14Nov67, por troca com a CArt 1746, voltou para Fá Mandinga, de onde seguiu para Bissau a fim de efectuar o embarque de regresso. Observações

Tem História da Unidade incompleta (Caixa n." 72 - 2: Div/d." Sec., do AHM).

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas de unidade: Tomo II - Guiné - (1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002), pp. 85/87.
___________

Notas do editor:

(*) Último poste da série >  3 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21605: Os nossos capelães (14): João Baltar da Silva (Santo Tirso, 1944 - Moçambique, 2011): fez duas comissões no CTIG, de 16/9/1971 (Joaquim L. Fernandes, ex-alf mil, CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973 e Depósito de Adidos, Brá, 1974)

(**) Vd. poste de 17 de setembro de 2018 > Guiné 61/74 - P19023: Os nossos capelães militares (9): segundo os dados disponíveis, serviram no CTIG 113 capelães, 90% pertenciam ao Exército, e eram na sua grande maioria oriundos do clero secular ou diocesano. Houve ainda 7 franciscanos, 3 jesuitas, 2 salesianos e 1 dominicano.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Guiné 61/74 - P18719: Ser solidário (212): Gostaria de saber as companhias que passaram e estiveram sediadas em Candamã e quando é que costumam celebrar o convívio anual (Luís Branquinho Crespo)



1. Mensagem do nosso camarada Luís Branquinho Crespo (ex-Alf Mil da CART 2413, Xitole e Saltinho, 1968/70), com data de 26 de Maio de 2018:

Meus Caros Amigos

A associação a que pertenço com alguns amigos e amigas e que constituí chamada de Associação Humanitária Para a Cooperação e Desenvolvimento, Resgatar Sorrisos, e já constituída em ONGD, iniciou em Março a construção de uma Escola para a 5.ª e 6.ª Classes em Candamã[1], junto a Bambadinca e entre esta localidade e o Xitole.

Com uma equipa de vários homens fizemos as fundações, colocámos ferro, depositámos brita, cimentámos as fundações, fizemos subir pilares e com a ajuda da população a escola vai crescendo.

Sei, porque no local ainda existem restos físicos da passagem de militares nossos pela zona (há registos gravados em pedra de por lá terem passado em 1969 os Viriatos), gostaria de saber as companhias que passaram e estiveram sediadas nessa tabanca e quando é que costumam celebrar o convívio anual e com quem posso contactar, indicando-me o nome e telemóvel ou modo de os obter.

Estou convicto e convencido que tinham todo o interesse em saber do nosso projecto e talvez até queiram colaborar.

Será que os meus amigos podem ajudar e responder informando-me do nome e dos possíveis contactos?

Aguardo pelas v/ informações.
Desde já o meu agradecimento.

Um abraço meu e o reconhecimento da
RESGATAR SORRISOS (ONGD)[2]

Atentamente
Luís Branquinho Crespo

Infografia: Projeto da escola de Candamã, Bambadinca, Bafatá, Guiné-Bissau. 
Luís Branquinho Crespo (2018)

********************

2. Ontem mesmo, dia 6, recebemos do camarada José Martins, nosso consultor para assuntos militares, a seguinte mensagem:

Boa noite 
Nas minhas notas só tenho com passagem por Candamã:

CCAÇ 1551 de Maio a Novembro de 1966
CCAÇ 1550 de Janeiro de 1967 a Janeiro de 1968
CART 2339 de Setembro de 1968 a Novembro de 1969
CCAÇ 2404 de Novembro de 1969 a Março de 1970

Sendo Candamã um destacamento de nível pelotão/pelotão reforçado, há "espaços de tempo" entre a saída e entrada de nova unidade, o que pode não ter acontecido na realidade. As minhas notas são baseadas nas informações do Volume VII da CECA, pelo que pode haver omissões. 

Nota:
Sábado é apresentado no Núcleo de Leiria da Liga dos Combatentes (15h30), mais um "Caderno de Estudos Leirienses", sobre a Grande Guerra, em que existem textos de, pelo menos, dois tabanqueiros, que têm ligações afectivas a Leiria. 

Abraço 
Zé Martins
____________

Notas do editor:

[1] - Vd. poste de 22 de janeiro de 2018 Guiné 61/74 - P18240: Ser solidário (209): Construção de Escola em Candamã, iniciativa da Associação Humanitária Resgatar Sorrisos (Mário Beja Santos / Luís Branquinho Crespo)

[2] - Vd. poste de 24 de fevereiro de 2018 Guiné 61/74 - P18351: Ser solidário (210): A ONGD Resgatar Sorrisos apresenta-se à Tabanca Grande e agradece desde já quaisquer apoios para poder construir a escola de Candamã (, no antigo subsetor de Mansambo) (Luís Branquinho Crespo)

Último poste da série de 14 de março de 2018 > Guiné 61/74 - P18414: Ser solidário (211): Concentração cívica (hoje, 4ª feira, às 18h00, no antigo Hospital Militar Principal, Estrela, Lisboa) e petição pública a favor do apoio social e clínico aos militares e seus agregados familiares, incluindo os antigos combatentes da Guerra em África

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16757: Álbum fotográfico de Fernando Andrade Sousa (ex-1º cabo aux enf, CCAÇ 12, 1969/71) - Parte IV: Os bravos da equipa de enfermagem



Guiné >Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > Da esquerda para a direita, o 1º cabo aux enf Fernando Sousa, o 1º cabo aux enf Carlos Alberto Rentes dos Santos [, é de Amarante, vive em França], o fur mil enf João Carreiro Martins (,vive em Lisboa) e o alf mil at cav José António G. Rodrigues [, já falecido, vivia em Lisboa; estava aqui de oficial de dia, era cmdt do 4º Gr Comb]


Guiné >Zona leste > Setor L1 >  Bambadinca > CCAÇ 12  (1969/71) > 1969 Três elementos dos serviços de saúde: o fur mil enf João Carreiro Martins, à sua esquerda o 1º cabo ex enf Fernando Sousa e à sua direita o 1º cabo aux enf José Maria S. Faleiro [, morada actual desconhecida; foi dos primeiros a ser evacuado por doença intectocontagiosa, ainda em 1969)]... Os três militares da CCAÇ 12 estão junto ao momnumento erigido pela  CCAÇ 1551 / BCAC 1888 (Bambadinca, mai - nov 1966; Fá Mandinga, nov 1966 - jan 1968): além de Bambadinca, teve pessoal destacado  em Xitole, Saltinho, Mansambo; Missirá e Dulombi).


Guiné >Zona leste > Setor L1  > Bambadinca > CCAÇ 12  (1969/71) > c. 1970 > O  1º cabo aux enf Fernando Sousa,  de regresso a Bambadinca, depois de uma operação no subsetor de Mansambo... Estamos no tempo das chuvas, quie transformavam as picadas em ribeiras caudalosas....



Guiné >Zona leste > Setor L1  > Bambadinca > CCAÇ 12  (1969/71) > c. 1970 > O  1º cabo aux enf Fernando Sousa, na chamada ação psicossocial... A população é fula, a tabanca deveria situar-se np regulado de Badora (ou até mesmo no Xime)


Guiné >Zona leste > Setor L1 >  Bambadinca > CCAÇ 12  (1969/71) > c. 1970 >  1º cabo aux enf Fernando Sousa, vacinando a população... É auxiliado por um colega da CCS/BART 2917 (1970/2), o 1º cabo aux enf, Américo,  natural do Porto e jogador de futebol júnior ...   (Na CCS,   havia também soldados maqueiros que estavam distribuídos pelos destacamentos.)

Pelo vestuário, a população parece-nos ser balanta, do reordenamento de Nhabijões, que tinha muitos parentes no "mato" (leia-se, em tabancas son controlo do PAIGC, ao longo da margem direita do Rio Corubal(...  Alguns vinham, nas calmas e nas barbas da NT, abastecer-se em Nhabijões, ir ao médico a Bambadinca ou fazer compras  no comércio local.

Fotos (e legendas): © Fernando Andrade Sousa (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



1. Continuação da publicação do álbum de Fernando Andrade Sousa que foi 1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, entre maio de 1969 e março de 1971), e mora na Trofa. Era seu superior hieráquico o fur mil enf João Carreiro Martins, membro, também ele, da nossa Tabanca Grande (*).

O Fermando Sousa tem página no Facebook. foi praticante de futebol e tem experiência associativa.

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8550: Em busca de... (168): Sado Baldé, major da Guarda Fiscal da RGB, e meu amigo, procura ex-Alf Mil Infante, que comandou um pelotão no Saltinho, em 1967 ou 1968 (Paulo Santiago)

Guiné-Bissau > Bissalanca > Aeroporto Osvaldo Vieira > 29 de Fevereiro de 2008 > Sapa VIP > O major da Guarda Fiscal Sado Baldé e o seu grande amigo e membro da nossa Tabacanca Grande, o Paulo Santiago (que acabara de chegar na caravana automóvel que partira de Coimbra em 21 de Fevereiro).

Foto: © Luís Graça (2008). Todos os direitos reservados

 

Guiné- Bissau > Instalações da AD - Acção para o Desenvolvimento > Julho de 2007 > O Sado Baldé, quadro superior da Direcção-Geral de Alfândegas, major da Guarda Fiscal, amigo do Paulo Santiago. Tive a oportunidade de o conhecer pessoalmente neste dia: foi gentilíssimo para comigo... (LG)


Foto: © Pepito/ AD - Acção para o Desenvolvimento (2007). Todos os direitos reservados




1. Mensagem, com data de ontem, do Paulo Santiago:


Boa Noite:  Esteve hoje em minha casa o Sado Baldé, um puto do meu tempo, agora major da GF [, Guarda Fiscal], lá na Guiné.


Já da última vez, que esteve em Portugal, me falou do assunto para que peço ajuda, mas esqueci-me completamente, e antes que me volte a esquecer aqui vai. (*)


O Sado gostava de encontrar (ou saber notícias de) o Alferes Infante que comandou um pelotão, pertencente à companhia do Xitole, e que esteve destacado no Saltinho no ano de 67 ou 68.


Este pelotão, única unidade na altura aquartelada no Saltinho, foi fortemente atacado, tendo, entre outros, morrido os Fur Mil Batista e Santos.


Agradecia que publicassem este desejo do Sado no blogue, poderá haver alguém que conheça o ex-Alf Mil Infante.

Abraço
P. Santiago


P.S. Existem no blogue algumas fotos onde aparece o Sado Baldé (**)


2. Mail enviado a toda a Tabanca Grande, através da nossa rede interna (cerca de 500 endereços)


Amigos e camaradas:


Alguém tem informação adicional de modo a poder ajudar o nosso camarigo Paulo Santiago e o seu (e meu conhecido) amigo Sado Baldé, um djubi do tempo dele no Saltinho e hoje quadro superior das Alfãndegas da República da Guiné-Bissau ?


O Alf Mil Infante, que o Sado procura, deve ter pertencido a uma destas companhias que estiveram no Xirole:


CCAÇ 1551 / BCAÇ 1888 (20/4/1966 - 17/1/68) ou  CART 1646 / BART 1904 (1967/68)...


A malta da CART 2339 (Mansambo, 1968/69) privou com a malta da CART 1646 (se não me engano)... A CCAÇ 1515 por sua vez esteve em Bambadinca, Fá Mandinga, Xitole e de novo Fá Mandinga. O BCAÇ 1888 esteve sediado  em Fá Mandinga e Bambadinca...


A seguir à CCAÇ 1646, esteve no Xitole a CART 2413 (1968/70), que teve quatro mortos mas nenhum dos furriéis referidos...  Fizemos operações em conjunto, eles e a minha malta da CCAÇ 12 (1969/71). No blogue Xitole, não constam companhias mais antigas que a CART 2413.


Abraço do tamanho do Corubal.
Luís Graça


3. Resposta, às 15h07, de hoje, por parte do Torcato Mendonça (CART 2339, Mansambo, 1968/69):


Luís: A Companhia do Xime era a Cart 1746, comandada pelo Cap Mil Vaz e pertencente ao Bart 1904. Os Alferes eram o Madaíl, um de Évora;  Montes? creio que não, talvez Mata;  um que foi evacuado para a metrópole em meados de 68 (estive com ele em Agosto de 68 na minha vinda de férias, acompanhado com o Cap Vaz);  e um outro que era, salvo erro, de Angola. Não recordo o nome.


O 1888 esteve antes de 68. Aliás dizes que saiu em Jan/68.


Em 68, pertencente ao BCaÇ 2852 estava a 2406 no Saltinho (Os Tigres, a Companhia do Camacho Costa);  a 2413, Cap QP Medina Ramos, era do Xitole. Não sei a que batalhão pertencia esta Companhia.


Não me recordo o nome dos alferes. Devia saber-se a Companhia e o ano. A malta do mato convivia pouco e, quando se fazia uma operação ou nos encontrávamos , o nome, para mim e muitos outros , era apêndice sem importância. Depois as décadas apagaram melhor que borracha...delete ...e tudo o vento levou!


Ab T
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Notas do editor: