1. O Pilão, em Bissau, nos anos 60/70, tal como o Bairro Alto e o oCais do Sodré, em Lisboa, até aos anos 5'0/60, presta-se a comentários e histórias pícaras.
Nunca houve cabeças cortadas no Pilão, e a própia prostituição fazia parte da economia de guerra...Como em todos os teatros de guerra... Infelizmemnte não há estudos sobre esta realidade dita marginal... e eu até agora ainda estou â espera de descobrir a letra (já não digo a música) do Fado do Pilão, à semelhança do Fado do Bairro Alto. (...) (Postagem do Facebook da Tabanca Grande, 23/2/2025, 18:22)
(i) Raul Castanha
Muito bem. Não tenho nenhuma dúvida do que era o Pilão nos anos de 71 a 73. Um enorme e desorganizado bairro onde viviam centenas de pessoas sem qualquer tipo de condições.
Aliás, algumas rusgas efectuadas no local provaram que elementos desse movimento circulavam livremente por lá recolhendo informações e visitando familiares.
O célebre bar do Djacir, que era cozinheiro na messe da PM na Amura, era das mais influentes fontes de informação local.
(ii) Albano Costa
Eu fui ao Pilão quando cheguei à Guiné "todo branquinho e tenro piriquito" com um "velhinho" da nossa tropa. Depois fui para o mato e só voltei a Bissau já no fim.
(iii) Ernesto Pacheco Duarte Duarte
Eu gosto assim ! O pilão era um pedacito diferente de aquele Bissau !
Com muita gente boa ! Talvez também gente má !
Para mim o pior era o tamanho das cervejas e a água de Lisboa !
(iv) Fernando Pinto
22 meses em BISSAU , Pilão sempre controlado por chulos cabo-verdiano e tropas especiais!
(v) Jorge Pedro
Passei no Pilão várias vezes. A primeira vez no dia que cheguei à Guiné e possivelmente por ser um puro periquito, fui lá na “maior”. A verdade é que não conhecia a realidade do bairro.
(vi) António Soares
Andei muitas vezes à noite e sozinho no Pilão, nessa altura não tinha medo, hoje tenho receio de certo bairros seja dia ou noites, Zambujal e afins
(vii) Tabanca Grande Luís Graça
Obrigado, Raul, sabes do que falas, foste oficial da PM, emn Bissau, em 1971/73... Mas gostava de ler mais depoimentos.
(viii) Henrique Teles Claudino
Estava em Bissau, p'raí em 1970, numa gelataria na avenida, quando começaram a explodir granadas no pilão. E viam-se as chamas das moranças incendiadas . Foi um incidente com os fuzileiros e os naturais.
(ix) Juvenal Sacadura Amado
O Pilão conheci superficialmente quando participei num piquete. As coisas estavam assanhas e vi pouco e não via jeito de sair dali para fora... Novembro de 72?
(x) Nicolau Esteves
Também fui lá umas duas vezes não tenho certeza se 65 ou 66.
Boa noite.Saudações Paulistas
(xi) Tabanca Grande Luís Graça
Camaradas: vamos lá por tirar dúvidas.... Cupilon, Cupilom, Cupelon, Cupelum ou Pilão ?
(xii) António Soares
Hoje ė mais perigoso andar de noite em Lisboa do que as noites no Pilão com as bajudas e tudo apenas a claridade da noite... Gente boa , sincera e podíamos voltar as costas sem medo , hoje nem armado de G3 eu me aventuro com esta gentalha, feia, porca e falsa,
(xiii) Abilio Duarte
Eu e uns camaradas da minha CART 11, fomos uma vez ao Pilão, desafiados por um velho combatente, que conhecia lá um bailarico. Quando entrámos lá , ainda era dia. Pois, quando foi para sair, já bastante tarde, e o destino era a estrada que ia para o Aeroporto, foi um caso muito sério. Escuridão total, e sem luzes publicas, estavávos em 1969, quando fomos a Bissau, jurar bandeira com os Fulas.
(xiv) Libério Lopes
Dos 24 meses de Guiné o último foi passado em Bissau, abril de 1965. Tocou-me passar uma noite de ronda no Pilão.
(xv) Fernando Pereira
Por vezes, as confusões que por lá ocorriam eram provocadas pelos nossos militares.
(xvi) Tabanca Grande Luís Graça
Raul, mais histórias do Pilão serão bem vindas.
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(**)Último poste da série > 26 de fevereiro de 2025 > Guiné 61/74 - P26529: As nossas geografias emocionais (47): Bissau, Cupelon / Pilão: histórias pícaras - ParteI I (Rogério Cardoso, ex-fur mil mec auto, CCAÇ 643, Bissorã, 1964/66).