1. Mensagem do nosso camarada e amigo Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150 (Bigene e Guidaje, 1973/74), com data de 9 de outubro de 2024:
No Sábado, dia 5 de Outubro de 2024, dia em que os Antigos Combatentes na Guiné da Vila de Guifões conviveram no seu XXIX Encontro-Convívio, este ano o local escolhido foi na Quintinha dos Queiroses, em Maureles, Vila Boa de Quires.
Pelas 9 horas os Antigos Combatentes participantes reuniram-se no centro de Guifões-Matosinhos em frente ao Monumento dos Combatentes do Ultramar, de Guifões.
Foi colocada uma coroa de flores para homenagear todos os Combatentes no Ultramar e cantamos o Hino Nacional. Depois fomos em dois autocarros até Penafiel, onde fizemos uma pequena paragem, para finalmente deslocar todos para a Quintinha dos Queiroses.
Depois de um bom almoço, intercalado sempre com um bom pé de dança, foi feita a distribuição de lembranças comemorativas do evento e, também foi oferecido uma rosa a cada senhora presente.
Agradecemos toda a colaboração prestada pelo Sr. Presidente da União de Freguesias de Guifões, Custoias e Leça do Balio, Eng. Pedro Gonçalves.
Por volta das 19 horas foi o regresso ao local da partida. Feita uma viagem com chegada serena a Guifões com o pensamento já no convívio do próximo ano.
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Nota do editor
Último post da série de 30 de setembro de 2024 > Guiné 61/74 - P25994: Convívios (1007): 57º Convívio da Tabanca da Linha, em Algés, no passado 26 de setembro: 0s 9 magníficos... "piras"
Blogue coletivo, criado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra colonial/guerra do ultramar (e da Guiné, em particular). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que são, tratam-se por tu, e gostam de dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande". Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
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quinta-feira, 10 de outubro de 2024
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
Guiné 61/74 - P26019: In Memoriam (512): Finalmente foi feita a trasladação do Soldado At Inf Manuel Agostinho Mendonça de Oliveira, o único morto da CCaç 4150, para a sua terra natal, Soutelo de Matos, Pensalvos, Vila Pouca de Aguiar (Albano Costa)
IN MEMORIAM
Soldado At Inf Manuel Agostinho Mendonça de Oliveira (1952 - †1974)
Vítima de acidente com arma de fogo
1. Mensagem do nosso camarada e amigo Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150 (Bigene e Guidaje, 1973/74), com data de 7 de outubro de 2024:
Ontem, dia 6 de Outuro de 2024, finalmente foi feita a trasladação do único morto que a minha CCaç 4150 teve (fizemos a nossa comissão na Guiné, em Bigene e Guidage), para a sua terra natal, em Soutelo de Matos, uma povoação muito pequena em termos de habitantes, onde esteve até sábado de manhã, sendo depois foi mudado para a capela mortuária de Pensalvos, para que toda a população local lhe pudesse prestar a última homenagem.
Depois de serem realizadas todas as cerimónias religiosas, que já deveriam ter sido feitas há 50, foi em cortejo fúnebre até ao cemitério, onde foi a sepultar em jazigo de família.
Foram feitas as honras fúnebres pelos militares, como tinha direito, por ter falecido ao serviço da Nação.
Também estiveram presentes a Sr.ª Presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar e da Junta de Freguesia de Pensalvos e várias colegas da companhia que há 50 anos assistiram ao infortúnio do Manuel Agostinho Mendonça Oliveira, ocorrido a 2 de Abril de 1974.
Finalmente fechei o meu ciclo militar, e também fiquei mais leve comigo próprio. Pela missão cumprida.
Transcrevo o discurso feito pelo nosso comandante que também fez questão de estar presente para fazer(mos) a última homenagem.
"Caros familiares e amigos do Manuel Agostinho MENDONÇA Oliveira e seus camaradas de guerra
Digníssimas autoridades presentes
Minhas Senhoras e meus Senhores
Saúdo os familiares e amigos do MENDONÇA, as autoridades locais, os elementos da nossa Companhia que disseram presente e todos os que quiseram associar-se a esta cerimónia.
Cerimónia que acontece com 50 anos de atraso e mesmo assim só possível devido ao esforço e empenho de alguns de nós e algumas entidades oficiais.
Quando era responsável pela Companhia durante a sua formação na Amadora, a minha maior preocupação foi incutir nos homens um espírito de grupo muito forte e dar-lhes a melhor preparação possível, pois sabia que nas condições em que íamos estar, cada um dependia de todos e todos dependíamos de cada um. Tinha uma forte convicção que independentemente de tudo, conseguiríamos sobreviver.
Cada um de nós, quando partimos em 22 de setembro de 1973 rumo à Guiné para cumprir uma comissão de serviço na guerra colonial ou do Ultramar, como se dizia, levávamos na bagagem muitas coisas, mas também uma grande ilusão, uma vontade, um acreditar que um dia voltaríamos a casa sãos e salvos.
Todos nós lá deixámos muito, muito do nosso suor e muitas lágrimas, alguns derramaram o próprio sangue, outros perderam partes dos seus corpos e um, o MENDONÇA, perdeu a vida, naquele fatídico dia 2 de abril de 1974. E o facto de ter sido apenas um, já foi demais.
Neste momento, assaltam-me sentimentos contraditórios: satisfação por finalmente ele vir descansar junto dos seus na terra que o viu nascer, crescer e partir para a guerra, mas também de tristeza e perplexidade por ter sido só hoje o seu “regresso”, o que não permitiu que os seus familiares tivessem feito na devida altura o luto que se impunha.
Tínhamos pouco mais de vinte anos e assistir à morte de um dos nossos não era coisa fácil, não foi coisa fácil e os seus efeitos prolongaram-se no tempo.
Por isso, sobretudo para os seus camaradas de armas, alguns aqui presentes, esta vivência é uma catarse, é, decerto, a melhor oportunidade para fazer a reconciliação com o passado e que as recordações que guardamos sejam de serenidade e não de revolta.
Esta trasladação, que penso ser o nosso último ato oficial enquanto “família militar da Companhia de Caçadores n.º 4150/73”, vai ser o reencontro com a nossa paz interior na certeza do dever cumprido.
Ao soldado MENDONÇA, prestamos hoje a nossa homenagem final. Com o regresso à sua terra, cumpre-se um ciclo de vida e de sacrifício, de história e de memória. Que o seu descanso seja, finalmente, pleno e em paz.
À sua família, que durante todos estes anos carregou no coração o peso da saudade, as nossas mais sinceras palavras de respeito. Sabemos que este momento, por mais solene que seja, não apaga a dor da perda, mas que, de alguma forma, esta trasladação possa trazer uma sensação de conclusão, sabendo que o MENDONÇA repousa agora no lugar que lhe pertence, ou seja, na sua terra natal.
A todos os que tornaram possível a realização desta cerimónia o meu reconhecimento, com uma referência especial aos camaradas da nossa Companhia.
Que fique em paz!
E que os nossos camaradas, entretanto falecidos, também estejam em paz!
Muito obrigado."
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Nota do editor
Vd. post de 23 de setembro de 2024 > Guiné 61/74 - P25972: In Memoriam (511): Trasladação de Lisboa para Vila Pouca de Aguiar dos restos mortais do Soldado At Inf da CCAÇ 4150, Manuel Agostinho Mendonça de Oliveira (1952 - †1974), vítima de acidente com arma de fogo em Guidaje, a ter lugar no próximo dia 6 de Outubro de 2024 (Albano Costa)
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
Guiné 61/74 - P25972: In Memoriam (511): Trasladação de Lisboa para Vila Pouca de Aguiar dos restos mortais do Soldado At Inf da CCAÇ 4150, Manuel Agostinho Mendonça de Oliveira (1952 - †1974), vítima de acidente com arma de fogo em Guidaje, a ter lugar no próximo dia 6 de Outubro de 2024 (Albano Costa)
IN MEMORIAM
Soldado At Inf Manuel Agostinho Mendonça de Oliveira (1952 - †1974)
Vítima de acidente com arma de fogo
1. Mensagem do nosso camarada e amigo Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150 (Bigene e Guidaje, 1973/74), com data de hoje, 23 de setembro de 2024:
Caros amigos "Apaches " da CCaç 4150 e Antigos Combatentes.
Finalmente ao fim de 50 anos vamos fazer a trasladação do nosso amigo Manuel Agostinho Mendonça Oliveira, falecido na Guiné, em Guidage, no dia 2 de Abril de 1974, em acidente com uma granada de mão.
O seu corpo ficou durante 50 anos "encalhado" em Lisboa por falta na altura, e ainda hoje, das obrigações do Estado Português.
O Manuel Agostinho Mendonça Oliveira ficou todos estes anos à espera deste dia para chegar à sua terra natal na freguesia de Pensalvos, em Vila Pouca de Aguiar.
Primeiro, foi sepultado no cemitério do exército, no Lumiar, na campa n.° 14. Segundo, no dia 22 de Maio de 1984, continuou o seu calvário, e foi trasladado para o cemitério do Alto de S. João, para a Cripta n.° 6358, ficando ao cuidado da Liga dos Combatentes.
Este género de feridas nunca cicatrizam. Os políticos julgam que passam com o tempo, não, não passam, enquanto por cá andarmos carregando sempre este "fardo".
A prova é que a sua família biológica, e também a família de guerra os "Apaches" nunca se esqueceram que o Mendonça Oliveira ainda não tinha chegado à sua verdadeira casa.
Finalmente ao fim de 50 anos vamos fazer a sua trasladação para o seu verdadeiro local.
O único morto que a nossa companhia teve por terras da Guiné.
O funeral vai ser no próximo dia 6 de Outubro de 2024, domingo.
Vai sair de Lisboa para a igreja de Pensalvos, em Vila Pouca de Aguiar, ficará na igreja até à hora do funeral que vai ser durante a missa dominical das 9h30.
Depois das cerimónias religiosas vai ser sepultado em jazigo de família.
Quem puder e quiser estar presente no dia, vai ser a ocasião de se fazer a homenagem que ja havia de ter sido feita há 50 anos.
Aproveito para agradecer a todos os "Apaches" pela solidariedade que mostraram desde a primeira hora para ajudar na sua trasladação. Mostramos ser uma verdadeira família de guerra em prol desta causa.
Um abraço.
Albano Costa
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Nota do editor
Último post da série de 23 de setembro de 2024 > Guiné 61/74 - P25971: In Memoriam (510): António Rodrigues (c. 1940-2024): (i) um mordomo da elite portuguesa dos mordomos da elite de Nova Iorque, que era natural da Batalha; (ii) um grande ativista de causas sociais (cofundador do LAMETA); e sobretudo (iii) "o meu irmão mais velho que eu nunca tive"! (João Crisóstomo, Nova Iorque)
sexta-feira, 19 de abril de 2024
Guiné 61/75 - P25412: 20.º aniversário do nosso blogue: (5): Vinte anos a construir memórias (José Teixeira, ex-1.º Cabo Aux Enf.º da CCAÇ 2381 - Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70)
VINTE ANOS A CONSTRUIR MEMÓRIAS
por Zé Teixeira
Quando libertos da pressão que a liberdade trazida pelo 25 de abril, nos empurrava para um outro tipo de silêncio, porque segundo os mais extremistas, (alguns deles vindos do exterior, onde se refugiaram para evitarem a mobilização), nós, os combatentes, tínhamos sido lacaios do Estado Novo, do fascismo, e até de assassinos fomos apelidados…
Pois! Quando estas pressões se foram dissipando, começou a bailar dentro da nossa cabeça um vazio. E agora?!...
Eu sentia uma nova pressão. Precisava de falar dos acontecimentos, que o Estado Velho me tinha forçado a viver: das dores, das lágrimas, do sangue que vi derramar, dos camaradas que ficaram estropiados do físico e do espírito, dos camaradas que vi partir ingloriamente, na flor da juventude, sem lhes poder valer, dos “caguefes” que senti tantas vezes, os quais desapareciam, como por encanto, quando as balas começavam a assobiar por cima das nossas cabeças, ou quando os estilhaços das granadas se espetavam na terra à nossa frente, ou “cantavam” ao traçar a ramagem das árvores, atrás das quais nos protegíamos, em que o pensamento dava uma volta sobre si mesmo e nos punha a pensar – como sair daqui? Desapareciam os “caguefes” e começava a luta pela sobrevivência.
Precisava de fazer uma limpeza à caixa dos pirolitos, de fazer a catarse, como está cientificamente comprovado e é moda dizer-se.
Por onde começar? Com quem falar? Ninguém me queria ouvir. Apenas os meus filhos queriam que lhes contasse, à laia de aventura, o que tinha feito na guerra, como agora, os meus netos – conta Avô a história daquela menina que andava sempre ao teu colinho, ao debruçarem-se sobre as fotografias a preto e branco queimadas pelo tempo, perdidas num álbum carregado com o pó da história.
Pois?! E agora?
O Luís Graça, em boa hora, e já lá vão vinte anos, resolveu tirar o “tapa chamas” do computador e começou a disparar em todas as direções que a Internet lhe permitia, não com balas assassinas, mas com o seu blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné, mais propriamente o pomposo Blogueforanadaevaotres, falando de si, das suas vivências na guerra que não quis fazer, mas foi obrigado. Sim. Naquele tempo, ou se ia para a guerra, ou se escapulia a salto para França, confundindo-se ainda hoje o medo, com a dignidade da objeção de consciência, que poucos sabiam o que era e como se podia obter.
O nosso editor Luís Graça, sempre por detrás de uma máquina fotográfica, a sua imagem de marca
Então fugia-se, e, se fosse apanhado pela PIDE ou pela Guardia espanhola era devolvido à procedência e ganhava o direito de embarcar para a guerra, logo de seguida, antes que desse novamente corda às sapatilhas. Assim aconteceu com o meu amigo Fernando que foi “convidado” para ir passar umas férias a Gadamael em 1973 e andou desenfiado na bolanha, aquando do cerco ao quartel. Salvou-o o comandante da Corveta que andava por perto e à revelia das ordens emanadas de Bissau, recolheu umas centenas de jovens militares e civis que, para fugirem da morte que espreitava por todos os cantos de Gadamael, se refugiaram na perigosa bolanha, que rodeava o aquartelamento, ganhando um stress pós-traumático de guerra, que lhe destruiu o futuro.
Para espanto do Luís Graça, não tenho dúvidas, começaram a surgir de todos os cantos, companheiros da jornada que se prolongou por cerca de treze anos, sem armas, sem medos, mas com vontade de conversar, de partilhar as suas “guerras”, de contar as suas dores e suas angústias, as suas alegrias e tainas, o seu estado de alma, talvez o seu desespero. À data éramos um mundo de gente. Hoje, muitos já partiram, contrariados, para o aquartelamento eterno. Nós, os resistentes vamos aguentando a parada no BlogueForandaevãotrês, mais conhecido pelo blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné, que surgiu na sequência do primeiro Blogue, que se esgotou no espaço.
Tudo começou em 23 de abril de 2004, quando o inspirado Luís Graça se lançou à aventura.
V. N. Gaia > Madalena > 26 de Dezembro de 2005 > Na casa da irmã e do cunhado da Alice Carneiro, a Nita (1947-2023) e o Gusto > Uma minitertúlia de camaradas e amigos da Guiné... > Da esquerda para direita: o nosso editor LG (cunhado dos donos da casa), o A. Marques Lopes, o Zé Teixeira, o Albano Costa e o seu filho Hugo Costa, e ainda o saudoso Francisco Allen (mais conhecido pelo Xico de Empada, ou Xico Allen, 1950-2022).
Quem diria que estava aqui um dos embriões da Tabanca Pequena de Matosinhos (pequena só de nome), que iria surgir três anos depois, em 19 de Novembro de 2008. O A. Marques Lopes e o José Teixeira são dois dos "régulos" iniciais: os outros se seguiram, o Álvaro Basto e o Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017), o João Rebola (1945-2018), e agora o Eduardo Moutinho Santos, entre outros (corre-se sempre o risco de cometer a injustiça da omissão)Para espanto do Luís Graça, não tenho dúvidas, começaram a surgir de todos os cantos, companheiros da jornada que se prolongou por cerca de treze anos, sem armas, sem medos, mas com vontade de conversar, de partilhar as suas “guerras”, de contar as suas dores e suas angústias, as suas alegrias e tainas, o seu estado de alma, talvez o seu desespero. À data éramos um mundo de gente. Hoje, muitos já partiram, contrariados, para o aquartelamento eterno. Nós, os resistentes vamos aguentando a parada no BlogueForandaevãotrês, mais conhecido pelo blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné, que surgiu na sequência do primeiro Blogue, que se esgotou no espaço.
Tudo começou em 23 de abril de 2004, quando o inspirado Luís Graça se lançou à aventura.
Foto (e legenda): © Hugo Costa / Albano Costa (2005).Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Logo sentiu uma “chuveirada”, não de estilhaços, mas de postes com testemunhos vivos, concretos, “disparados” por camaradas que à data não conhecia, como eu, por exemplo, que quando o descobri (fins de 2005) logo comecei a mandar bojardas e ainda vou dando uns “tiritos” de vez em quando, como este, que apenas pretende dar-lhe os parabéns pela iniciativa e agradecer-lhe, a ele, e a tantos camaradas a quem hoje me sinto ligado e preso por uma amizade solidificada neste “estar e sentir” de uma guerra em que participamos sem querer.
Obrigado, Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné, por ser o meu intermediário na relação com tantos camaradas, muitos dos quais nunca tive a oportunidade de dar o meu abraço, mas a quem me sinto ligado por laços de profunda afetividade. Para todos vós, um abraço do tamanho do Geba.
Obrigado, mais uma vez, Luís Graça e Alice pela profunda amizade, meu mano querido, que nos une e que nasceu naquela véspera de Natal, na Madalena em 2005.
O meu profundo agradecimento, também, ao Carlos Vinhal, em especial, por me ter aturado tantas vezes, e a todos os co-editores que têm dado forma a este nosso grito de paz.
Agora, somos cada vez menos e estamos mais velhos. Muitos de nós já “esgotaram” as munições, ou perderam a vontade e a força de continuarem a escrever, mas continuam, pela calada, a visitar todos os dias o “nosso” Blogue, e de vez em quando, lá sai mais um comentário, ou num rebuscar de memória, mais um acontecimento que estava escondido num escaninho da massa cinzenta. Não desistam, por favor, porque se não formos nós a contruir a nossa história, outro virão, e a nossa verdade histórica corre o risco de ser deturpada.
Aos que deixaram a vida na Guiné e aos que já partiram ao encontro do Além, o meu profundo sentimento de que estejam, onde estiverem, se sintam em paz. Na certeza de que todos nós nos encontraremos por lá um dia.
Aos camaradas que, como eu, continuam a luta pela vida, que se sintam com a saúde possível e não desistam de viver.
Um Grande abraço do
Zé Teixeira
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Nota do editor
Último post da série de 6 DE ABRIL DE 2024 > Guiné 61/75 - P25348: 20.º aniversário do nosso blogue (4): Alguns dos nossos melhores postes de sempre (IV): Um roteiro poético-sentimental para um regresso àquela terra verde-rubra (Joaquim Mexia Alves / Luís Graça)
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sábado, 23 de dezembro de 2023
Guiné 61/74 - P24990: Parabéns a você (2235): Albano Costa, ex- 1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150/73 (Bigene e Guidaje, 1973/74); Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS do STM/QG/CTIG (Bissau, 1968/70) e Felismina Costa, Amiga Grã-Tabanqueira, poetisa e declamadora
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Nota do editor
Último poste da série de 20 de Dezembro de 2023 > Guiné 61/74 - P24977: Parabéns a você (2234): José Botelho Colaço, ex-Soldado TRMS da CCAÇ 557 (Cachil e Bafatá, 1963/65) e José Casimiro Carvalho, ex-Fur Mil Op Especiais da CCAV 8350/72 e CCAÇ 11 (Guileje, Gadamael e Paunca, 1972/74)
quarta-feira, 11 de outubro de 2023
Guiné 61/74 - P24747: Convívios (974): Rescaldo do XXVIII Convívio dos Antigos Combatentes da Guiné, da freguesia de Guifões - Matosinhos, levado a efeito no passado dia 5 de Outubro em Baião (Albano Costa)
1. Em mensagem do dia 10 de Outubro de 2023, o nosso camarada Albano Costa (ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150 (Bigene e Guidaje, 1973/74), enviou-nos o rescaldo do convívio dos combatentes da Guiné da freguesia de Guifões, levado a efeito no passado dia 5 de Outubro, como acontece todos os anos.
Ao início da manhã (8h45) foi colocada uma coroa de flores no monumento, sito no centro de Guifões, homenageando todos os combatentes do Ultramar de Guifões.
De seguida rumámos em dois autocarros, a Loivos da Ribeira, em Baião, (com passagem por Amarante), para na Quinta das Susandas, todos juntos desfrutarmos de um saudável convívio que tem ano após ano sido apanágio dos combatentes na Guiné, de Guifões.
Aproveito para agradecer ao presidente da União de Freguesias de Guifões, Custóias e Leça do Balio, Sr. Eng.º Pedro Gnçalves, por todo o apoio prestado no nosso convívio.
Já na quinta, fomos recebidos em ambiente de festa pelas concertinas com que a Carla (gerente da Quinta das Susandas) nos recebeu, de seguida fomos todos acomodando nos respetivos lugares.
Como vem sendo habitual, no início foi cantada a música "Adeus Guiné". O resto do dia foi passado num ambiente salutar entre todos os combatentes.
Já para o final do dia foi oferecido a todas as senhoras uma flor e aos combatentes, que cumpriram a sua comissão na Guiné, uma lembrança para perpetuar a efeméride.
E para despedida foi o corte do bolo comemorativo do evento e também, como tem sido normal, o nosso combatente Joaquim Duarte Pinho, que celebra o seu aniversário neste dia, foi com a esposa partir a primeira fatia do bolo.
Para finalizar, foi cantado o Hino Nacional e novamente o "Adeus Guiné" para a despedida da Quinta das Susandas.
Por volta das 19h30 foi o regresso a Guifões com chegada por volta das 21h30.
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Nota do editor
Último poste da série de 19 DE SETEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24673: Convívios (973): Rescaldo do 36.º Convívio do pessoal da CART 3494 / BART 3873 levado a efeito no passado dia 16 de Setembro, em Abade de Vermoim - Vila Nova de Famalicão (Sousa de Castro)
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