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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9055: O nosso blogue em números (17): A propósito da sondagem dos 3 milhões... Comentários de Armando Fonseca / José Nunes / Manuel Bastos / Rui Silva.... Foto de Guileje, de Abílio Pimentel


Guine > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 2617, Magriços do Guileje, Março de 1970 / Fevereiro de 1971.. Uma saída para o mato... Não elementos para identificar estes camaradas... Destaque para o apontador e o municiador do morteiro 60, e ainda o apontador e o municiador de diligrama... O único que leva granadas de mão (defensivas) é o aponteiro do morteiro... Duas armas temíveis, o morteiro e o dilagrama, quando em boas mãos... (LG)

Foto : © Abílio Pimentel / AD - Acção para o Desenvolvimento (2006). Direitos reservados. (Editada por L.G. Reprodução com a devida vénia...)


1. Manuel Bastos (17/11/2011)


Camaradas,

Venho responder ao desafio, quanto a justificar a minha classificação (de "muito melhor") [ na respoosta à sondagem].


De um blog, era costume esperar-se algo despretensioso e casual, mas este é um dos casos em que o interesse dos conteúdos, a exigência dos visitantes e a resposta dos administradores elevaram o blog a um patamar difícil de imaginar inicialmente.

É seguramente o espaço da Internet por excelência no âmbito da Guerra Colonial Portuguesa, mas essa excelência começa a ser o seu problema porque extravasa as limitações e o conceito da plataforma, i. e. os conteúdos pela sua diversidade e quantidade já precisavam de uma poderosa base de dados on-line.

Julgo que se deveriam conjugar os diversos meios hoje disponíveis, para em torno do blog, que jamais deverá ser posto em causa, se oferecer todo o acervo já existente de uma forma ágil, enquanto se usasse uma rede social para troca de informações rápidas e casuais e um espaço de debate num fórum, mantendo o blog como interface desta rede e onde se fossem publicando os artigos habituais.Falar é fácil, eu sei, mas foi assim que nasceu o blog, porque não usar o mesmo método? Ir caminhando e inventando o caminho.


Um abraço.


Manuel Bastos
 

2. Rui Silva (16/112011):


Votei e sem vacilar em "muito melhor", e porquê ?  Porque acho que está cada vez melhor:_ mais camaradas aderentes, mas abrangente, e até mais espalhado no mundo.

Até acho que algumas discrepâncias têm lugar, porque isto não deve ser "amen e sim senhor". E, caramba, nós até somos dessa casta: Amigos mas irreverentes.


Eu sou daqueles que foi educado [num época] em que as ações ficam com quem as pratica.

O Blogue está como o vinho do porto: Quanto mais velho (mais velhos) melhor (melhores).


Aproveito para enviar um grande abraço ao Luís, ao Vinhal, ao Magalhães Ribeiro e a outros co-editores e colaboradores. Que grande família eu arranjei depois de "velho"! Ponho velho entre aspas porque, se o BI aponta para aí, ainda nos sentimos novos olhando ao que estamos a dar e ao ainda para dar.

Bem hajam e Viva o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.



3. José Nunes (16/11/2011)

(...)  Camaradas,  a descoberta do blogue foi para mim um tónico, durante muitos anos nunca falei de Guiné nem queria saber de nada acerca do tempo de serviço militar, era algo que não me satisfazia recordar.


Sabendo que fiz 12 meses de assistência ao mato e o resto 12 meses em Bissau, até tive uma Comissão muito boa, por onde andei sempre fui bem tratado pelos camaradas operacionais, posso dizer que tive comissão tranquila, trabalhei muito em Bissau,  ganhei muito dinheiro que me permitiu alguns devaneios, com fazer as refeições nos restaurantes, quarto particular em Bissau, e amealhar algum para regressar de avião derivado ao embarque estar previsto para 2 meses depois de terminar a comissão. Portanto fui um privilegiado.


O blogue foi um ponto de viragem da minha maneira de estar e sentir a Guiné, e verifiquei a forma carinhosa e de sã Camaradagem que tive o privilégio de assistir no 10 de Junho, sendo que o blogue me liga a todos Vós, diariamente aqui venho às vezes mais de uma vez sempre na ânsia de encontrar mais um escrito.


Sendo eu o único representante da Engenharia, tive sempre alguma relutância em apresentar-me... Em boa hora o fiz, pois aqui encontrei uma sombra frondosa e amizade que sei sincera.


Hoje sou um propagandista deste Blogue faço saber da sua existência e instigo os Camaradas a fazerem uma visita.


Hoje que somos um Batalhão, decerto não deixaremos ficar mal o nosso Comandante e demais Oficiais do Comando.


Para todos vós o meu sincero agradecimento pelo trabalho que vos dignifica, e a nós enche de orgulho de estar nesta Tabanca.

José Silvério Correia Nunes
1ªCabo Mec Elect Centrais
 447 Brá 68/70


4. Armando Fonseca (15/11/2011):


(...) Estou inteiramente de acordo com os comentários do camarigo Manuel Marinho. Eu próprio não enviei o resto da minha história por me parecer que estaria fora de contexto visto que o que tem aparecido ultimamente - e visito o blogue totos os dias - são textos escritos por intelectuais da escrita e não as simples descrições das situações vividas na guerra. Com um  abraço  (...)


_________________


Nota do editor

Último poste da série > 14 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9042: O nosso blogue em números (16): A propósito dos 3 milhões de visitas... Nem só mel nem só castanha amarga (J. L. Mendes Gomes) / Fotos de Catió, 1967, de Benito Neves

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8423: Agenda cultural (135): Lançamento da Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial, hoje, às 19h00, em Lisboa, Fórum Picoas Plaza





Agenda cultural: Lançamento da Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial,  hoje, às 19h00, em Lisboa, no Fórum Picoas Plaza.

Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial é hoje apresentada em Lisboa,  pelo jornalista Joaquim Furtado, no âmbito do colóquio/debate "Os Filhos da Guerra Colonial: pós memória e representações", organizado pelo Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC).


Segundo notícia da Agenda Lusa, de ontem, publicada nos jornais, a antologia,  organizada pelos investigadores Margarida Calafate Ribeiro e Roberto Vecchi, é constituída por 600 poemas, de 180 autores.

A obra junta autores consagrados, alguns  inesperados (como Jorge de Sena, Paulo Quintela e até Fernando Pessoa, com "O menino de sua mãe") que se inspiraram no temática da guerra colonial, ou que a viveram (Fernando Assis Pacheco e Manuel Alegre, por exemplo, que estiveram  em Angola, logo no início); e muitos outros, desconhecidos do grande público,  que têm poemas dispersos pela imprensa regional, revistas, publicações militares (como a da Liga dos Combatentes), blogues, etc., ou que os divulgaram nas quase sempre obscuras e limitadas edições de autor.


Na perspetiva da investigadora e co-organizadora da antologia,  Margarida Calafate Ribeiro, em declarações à Lusa, tratar-se-ia de "um grande documento da fragilidade humana", nele sendo “expressos sobretudo sentimentos de dor da guerra, mas também de impossibilidade de partilha, incompreensão, nas mais variadas formas poéticas”.

Editada pelas  Edições Afrontamento (Porto, 2011), a antologia  nasceu  no âmbito de um projecto de investigação do CES/UC.





Página de rosto do Projecto Poesia da Guerra Colonial, CES/UC... Projecto com o qual, de resto, o nosso blogue deu a sua melhor e mais franca colaboração, colaborando nomeadamente com um das assistentes de investigação, a Cristina Néry Monteiro bem bem como na conferência de 30 de Março de 2009, realizada em Coimbra, em que participaram o Vasco da Gama e o Zé Manel Lopes.


Além de  outros poetas consagrados  como Casimiro de Brito (n. 1938) ou Gastão Cruz (n. 1941), é de destacar  ainda a existência de um número significativo de mulheres a escrever sobre um tema predominantemente masculino (e quase diríamos... falocrático), como é o caso das poetisas Fiama Hasse Pais Brandão, Sofia de Melo Breyner Andresen, Luíza Neto Jorge, Olga Gonçalves, Maria Teresa Horta e Rosa Lobato Faria, além de outras  desconhecidas do grande público.

A antologia, com c. 650 pp.,  está organizada por áreas temáticas:


Partidas e regressos (pp. 33-86)
Quotidianos (pp. 87-164)
Morte (pp. 165-222)
Guerra à guerra [poemas contra a guerra] (pp. 223-311)
O Dever da Guerra (pp. 313-337) (onde figuram poetas como António Manuel Couto Viana, Pedro Homem de Mello)
Pensar a  Guerra (pp. 339-378)
Memória da Guerra (pp. 379-424)
Cancioneiro [onde se incluem, por exemplo, as letras de alguns fados, como os do Cancionerio do Niassa, mas também o nosso conhecidíssimo Adeus, Guiné", de Mário Ferreira] (pp. 425-483)
Cancioneiro Popular (pp. 485-545)...

Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial será apresentada hoje em Lisboa pelo jornalista Joaquim Furtado, no âmbito do colóquio/debate "Os Filhos da Guerra Colonial: pós memória e representações", organizado pelo CES/UC.

O nosso camarada José Brás comprometeu-se a fazer um apontamento do evento. Da nossa Tabanca é, segundo julgo saber, um dos quatro representantes, juntamente com o Manuel Bastos, autor de Cacimbados (2008), que também é membro da nossa Tabanca Grande, embora tenha feito a guerra no TO de Moçambique onde foi ferido. (Nasceu em Aguim, Anadia, 1950; é dirigente da ADFA, de Coimbra); o Nuno Dempster (que entrou para o nosso blogue em Fevereirossado; é autor do livro de poemas K3; nasceu em Ponta Delgada, 1944); e o Cristóvão de Aguiar (outro açoriano, nascido em 1940).


Também estão representados outros nomes nossos conhecidos como o Armor Pires Mota (que, embora convidado por mim,  não é ainda formalmente membro da nossa Tabanca Grande), o Carmo Vicente (ex-pára-quedista, do BCP 12), o Gustavo Pimenta, o Ruy Cinatti, e outros que reconheci de uma rápida leitura ao índice. Tenho pena que o nosso Joaquim Mexia Alves tenha declinado o convite dos organizadores para figurar na antologia com a letra do seu belíssimo Fado da Guiné...

A selecção (sempre discutível...) dos organizadores baseou-se numa recolha de muitos milhares (sic) de textos poéticos... Pela sua qualidade e autenticidade, alguns dos nossos blogpoetas, ex-combatentes,  como o Josema (José Manuel Lopes) ou o Manuel Maia, podiam e deviam figurar também na antologia... Mas haveremos de fazer... a nossa, a da Tabanca Grande, onde matéria-prima não falta. (LG)
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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8420: Agenda Cultural (134): Lançamento do livro Nha Bijagó, de António Júlio Estácio, dia 20 de Junho de 2011, pelas 18 horas no Palácio da Independência (António Estácio)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Guiné 63/74 - P6221: Agenda cultural (73): Teatro: Dor Fantasma, com textos do nosso camarada Manuel Bastos, na Casa Conveniente, Cais do Sodré, Lisboa, de 26 de Abril a 2 de Maio

1. O nosso camarada Manuel Bastos (ou Manuel Correia de Bastos),  membro da nossa Tabanca Grande, combatente em Moçambique, fundador e editor do blogue Cacimbo, autor do romance Cacimbados (não confundir com Manuel Bastos, que esteve em Bambadinca, CCAV 678, 1965/66), solicitou-nos a divulgação do seguinte espectáculo:



teatromosca
DOR FANTASMA, na Casa Conveniente [Lisboa]
Depois de ter estreado Dor Fantasma, com textos de Manuel Bastos e direcção de Mário Trigo, no Porto, no Estúdio Zero, em Novembro do ano passado, depois da apresentação em Sintra, na Casa de Teatro de Sintra, em Janeiro deste ano, o espectáculo é reposto, agora na Casa Conveniente, em Lisboa (Cais do Sodré), de 26 de Abril a 2 de Maio, de segunda-feira a domingo, sempre às 21.30h.
textos: MANUEL BASTOS
direcção: MÁRIO TRIGO
co-produção: teatromosca e Teatro Focus
acolhimento: Casa Conveniente

PONTO DE PARTIDA
Desde 2007, o teatromosca tem vindo a desenvolver um ciclo de pequenos projectos dedicado ao tema da guerra (colonial ou de independência) nas ex-colónias portuguesas. Entre 2007 e 2008, foram apresentadas três “fases preparatórias” do projecto teatral IGNARA#GUERRA COLONIAL, que culminará, em 2012, com a apresentação do espectáculo final homónimo.
No início de 2009, o teatromosca associou-se ao Teatro Focus para levar a cena uma nova versão, em formato reduzido, do espectáculo INFA72, com texto de Fernando Sousa e direcção de Mário Trigo.
Agora, apresentamos uma nova produção com textos de Manuel Bastos, ex-combatente, um espectáculo que visa dar voz ao que, regularmente, não é dito e revelar o que, usualmente, permanece camuflado.
Com Dor Fantasma, tentamos dar plano às histórias particulares, aos relatos pessoais e, de certa forma, íntimos daqueles que viveram/ ainda vivem a guerra, procurando fazer uma reflexão em torno da História, numa dialéctica entre a memória individual e a relevância e incorporação da mesma na memória colectiva.

SINOPSE
Este espectáculo constitui-se como um «monólogo a duas vozes», no qual duas personagens – um combatente e uma mulher - relatam episódios da «sua guerra», avaliando-a até às suas ínfimas, imponderáveis consequências.

Os «fait-divers» do teatro de guerra - entenda-se, o conjunto de acontecimentos que, em meio do caos, instituem essa espécie de perverso «padrão de normalidade» - são permanentemente desmontados pelo olhar lúcido, clínico, distanciado das personagens, apostadas em transmutar o horror da guerra em material de reflexão política (apartidária) ou em exercício extremo de auto-conhecimento.

A deliberada inclusão da personagem feminina na colagem de que o guião resulta- caucionada pela tematização que Manuel Bastos, atentamente, lhe vota - corresponde à candente necessidade de reconhecimento do papel (ainda hoje secundado) que a mulher portuguesa desempenhou antes, durante e depois do conflito armado aduzido.




O Manuel Bastos mantém, desde 2003,  um dos mais antigos Blogues sobre a Guerra Colonial, O Cacimbo. É autor do romance Cacimbados: a vida por um fio (Vila Nova de Gaia: 7 Dias 6 Noites, 2008)




SOBRE O AUTOR > Manuel Correia de Bastos

(i) Nasceu na vila de Aguim, no concelho de Anadia, em 1950.

(ii) Foi mobilizado para ex-colónia de Moçambique com o posto de furriel miliciano, no cumprimento do serviço militar obrigatório

(iii) Chegou a Moçambique no dia 12 de Fevereiro de 1972 onde estve em actividade operacional até ser gravemente ferido em combate no dia 4 de Junho de 1972, devido à deflagração de uma mina anti-pessoal;

(iv) Tem escrito crónicas sobre a guerra colonial especialmente no Jornal da Associação dos Deficientes das Forças Armadas;

(iv) Mantém desde 2003 um dos mais antigos Blogs sobre a Guerra Colonial, O Cacimbo, em http://cacimbo.blogspot.com/.

Embora a crítica especializada ainda não tenha «descoberto» este autor seminal, trata-se, sem dúvida, do ponto de vista literário, uma das vozes mais surpreendentes que têm, nos últimos anos, riscado a oferta editorial sobre o tema, ombreando, sem dúvida, com nomes tão fundamentais como António Lobo Antunes, Lídia Jorge, Manuel Alegre, Fernando Assis Pacheco, entre outros.

Da sua escrita pode destacar-se o modo como, glosando um tema tão «obsceno» como é a guerra (a sua, de um modo muito particular), consegue, munindo-se de metáforas límpidas e eficazes, atingir um lirismo de profundo fôlego filosófico de pendor filantrópico.

SOBRE O ENCENADOR > Mário Trigo

(i) Fundador e Director Artístico da Associação Cultural Teatro Focus, tem vindo a trabalhar, de há seis anos a esta parte, textos sobre a guerra colonial.
(ii) Em 2006, com efeito, fechou - com Companhia de Caçadores, em cena na Casa dos Dias da Água, em Lisboa (espectáculo contemplado com um apoio pontual do Instituto das Artes) - um ciclo de três encenações subordinadas ao tema (as outras duas foram Violeta - Puta de Guerra, em cena na Sala-Estúdio do Teatro da Trindade, em 2004; e Infa 72, no Teatro Taborda, 2002) todas em colaboração com o dramaturgo (e ex-combatente) Fernando Sousa. As suas encenações têm merecido a aclamação da crítica, pelo rigor, qualidade e coerência demonstrados.

Ficha artística e técnica

 Designação do espectáculo: «Dor Fantasma» - a partir de textos de Manuel Bastos
Direcção: Mário Trigo
Dramaturgia: Paulo Campos dos Reis
Interpretação: Filipe Araújo e Susana Gaspar
ssistência de encenação: Diana Alves
Desenho de luz: Carlos Arroja
Grafismo: Alex Gozblau
Direcção de produção: Pedro Alves
Produção: teatromosca e Teatro Focus
Co-produção: Fábrica da Pólvora - Clube Português de Artes e Ideias
Acolhimento: Associação Terra na Boca, As Boas Raparigas, Casa de Teatro de Sintra e Casa Conveniente
Apoio: Câmara Municipal de Sintra, Junta de Freguesia de Santa Maria e S. Miguel, Junta de Freguesia de Mira Sintra, Artistas Unidos, 5àSEC [Rio de Mouro], Relevo Branco, Jornal de Sintra, Jornal Actual Sintra, Jornal O Correio da Cidade, CTT, Rádio Clube de Sintra e Sporting Club de Lourel

de 26 de Abril a 2 de Maio
de segunda a domingo 21.30h


Casa Conveniente (Cais do Sodré - Lisboa)
bilhetes 5€ (preço único)
Skype teatromosca

bilhetes à venda no local e nas Estações de Correio ou em http://www.ctt.pt/

teatromosca
Casa da Cultura de Mira Sintra

Avenida 25 de Abril, Largo da Igreja de Mira Sintra
2735-400 Cacém
Tel.: (351) 91 461 69 49 (351) 96 340 32 55teatromosca@gmail.com teatromosca@hotmail.com
http://teatromosca.com.sapo.pt/

_________

Nota de MR:
Vd. último poste da série em:

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Guiné 63/74 - P5651: Agenda cultural (55): Dor Fantasma, um espectáculo com texto de Manuel Bastos, em Sintra, 15 e 16 de Janeiro de 2010



Depois de uma curta temporada no Porto, no Estúdio Zero, em Novembro de 2009, o teatromosca apresentará, agora em Sintra, o espectáculo "Dor Fantasma", com textos de Manuel Bastos* e direcção de Mário Trigo.

Um espectáculo sobre a guerra colonial ou guerra da independência - dependendo do ponto de vista.

O espectáculo será apresentado nos dias 15 e 16 de Janeiro, às 21.30h, na Casa de Teatro de Sintra.

Para mais informações, visite a página do projecto no site do teatromosca.

Reservas 91 461 69 49

teatromosca@gmail.com

Consultar também o Blogue O Cacimbo do nosso camarada Manuel Bastos

__________

Notas de CV:

(*) Manuel Correia Bastos foi combatente em Moçambique na CART 3503, com o posto de Fur Mil.

Vd. último poste da série de 12 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5635: Agenda cultural (54): Convite para o lançamento do livro O Ninho, de Alexandra Almeida Reis (Manuel Reis)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Guiné 63/74 - P4191: Agenda Cultural (6): 2º Ciclo de Conferências 'Memórias Literárias da Guerra Colonial', Espaço Grandella, Lisboa (José Martins)






1. Mensagem de José Martins, ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70, com data de 14 de Abril de 2009:

NOTÍCIA

Ciclo de Conferências: "Memórias literárias da guerra colonial"

Informação de E. Bruno

7 de Maio a 25 de Junho de 2009

Às 5.ªs Feiras, às 19H00

Biblioteca-Museu República e Resistência – Espaço Grandella

Estrada de Benfica 419, 1500-078 LISBOA

Contactos:
Telefone: 217 712 310,
E-mail: bib.republica@cm-lisboa.pt

Neste 2º ciclo de conferências, estão programadas intervenções dos nossos camaradas de tertúlia:
- Alexandre Coutinho e Lima (A Retirada de Guileje): 14 de Maio de 2009
- Alberto Branquinho (Cambança): 4 de Junho de 2009
- Manuel Bastos (Cacimbados: a vida por um fio): 18 de Junho de 2009.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Guiné 63/74 - P3453: Brasões, guiões ou crachás (2): CCAV 678, 1964/66 (Manuel Bastos)

Brasão da CCAC 678 (1964/66)

Foto: © Manuel Bastos (2008). Direitos reservados.


1. Mensagem do nosso camarada Manuel Bastos, ex-Fur Mil At da CCAV 678, Guiné 1964/66, com data de 7 de Novembro de 2008:

Caro Luís:
As minhas cordiais saudações.

Durante o dia de hoje, estive a visionar o teu blogue, e verifiquei que no álbum das minhas fotos (*), inseriste uma outra, do e com o Humberto Reis, onde se vê os brasões de algumas das unidades que passaram por Bambadinca, e de entre eles, lá está o da minha CCAV 678, já com as cores comidas pelo tempo e pelo rigor do clima da Guiné.

Fiquei deveras sensibilizado, pelo que quero expressar-te o meu agradecimento. Não há dúvida nenhuma de aquele brasão é de facto o da CCAV 678, e a prova segue em anexo, de um slide que digitalizei do dito brasão.

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > 1970 > O ex-Fur Mil Op Esp Humberto Reis, da CCAÇ 12 (1969/71), junto ao memorial da CCAV 678, identificado por Luís Graça, e aqui confimado pelo Manuel Bastos.

Foto: © Humberto Reis (2005). Direitos reservados.

Relativamente ao facto de a CCVA 678 não fazer parte da lista das unidades que estiveram sediadas em Bambadinca, é muito fácil: o nosso camarada Benjamim Durães, se quiser, terá a amabilidade de acrescentar a nossa companhia. As datas da nossa estadia em Bambadinca foram a seguintes:

de 31 de Março de 1965 a 11 de Setembro de 1965, e
de 14 de Abril de 1966 a 26 de Abril de 1966.

Na noite de 26 de Abril de 1966, embarcamos no Bor, no cais de Bambadinca, que nos levou directamente para o Uíge, fundeado ao largo de Bissau, de onde partimos às duas horas da madrugada do dia 28 de Abril de 1966, rumo a Lisboa.

Sem mais, um abraço.
Sempre ao dispor:
Manuel Bastos


2. Comentário de CV

Caro Manuel, caro vizinho
Em nome da tertúlia ficas convidado desde já a ingressares na nossa Tabanca Grande, para onde deves enviar as fotos da praxe, a antiga do teu tempo de tropa e uma actual, que servirão para encabeçar os teus trabalhos.

Ficas também convidado a contares-nos as tuas experiências enquanto combatente da Guiné e a ilustrá-las com as fotos que tens aí por casa, como todos nós.

Recebe um abraço da tertúlia.
Carlos Vinhal
(Leça da Palmeira)
__________________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 7 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3418: Álbum fotográfico de Manuel Bastos (1): Bambadinca, a festa da comunhão solene, Dona Violete e a malta da CCAV 678 (1965/66)

Vd. último poste da série de 10 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3429: Brasões, guiões ou crachás (1): CCAÇ 2797, Pel Caç Nat 51 e Pel Caç Nat 67, Cufar, 1970/72 (Luís de Sousa)

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Guiné 63/74 - P2539: As nossas mulheres (2): Em Dia de São Valentim... ou o amor e a morte em tempo de guerra (Mário Fitas, Torcato Mendonça, Manuel Bastos)



Cópia de aerograma, tendo por remetente o Manuel Correia de Bastos, SPM 8244...

Foto: Blogue de Manuel Correia de Bastos > Cacimbo - Episódios da Guerra Colonial


1. Em dia de São Valentim, lembrei-me de mandar a seguinte mensagem à malta da nossa Tabanca Grande:

Assunto - O São Valentim não andou na guerra

Amigos/as & camaradas:

Então, em Dia de São Valentim (uma modernice da sociedade de consumo, diga-se de passagem…) não há um carta de amor escrita em tempo de guerra ? Onde estavam os (e)ternos namorados de antigamente ? Ou a guerra matava a paixão, o desejo e a inspiração poética ?

Camaradas, no feminino, não havia, tirando as enfermeiras pára-quedistas… Mas essas eram de mau agoiro, por mim nem vê-las nem cheirá-las… Como eu costumava dizer, elas eram as nossas Jocastas que vinham arrancar os seus filhos às guerras da morte... Só levavam os feridos, nunca os mortos... Restavam as saudosas madrinhas de guerra que, afinal, não eram assim tantas como a gente pensava…

Segundo a nossa sondagem, a que responderam, até agora 89 participantes:

(i) cerca de dois terços (64%) não tinham madrinha de guerra.

(ii) dos 32 que se correspondiam com madrinhas de guerra (excluindo esposa, noiva ou namorada), um terço era "monogâmico" (tinha só uma);

(iii) 16 tinham duas ou três;

(iv) apenas uma minoria de nós (5%) correspondia-se com quatro, cinco, seis ou mais madrinhas de guerra…

A nossa amostra, como tudo o indica, não é representativa da população de militares (soldados, cabos, furriéis, sargentos, alferes, milicianos e não milicianos, etc.) que fizeram a guerra colonial... Afinal, quem é que coleccionava madrinhas de guerra ? Os escriturários ? Os básicos ? Eu sempre ouvi dizer que havia malta a receber dezenas e dezenas de cartas e aerogramas...

De qualquer modo, ainda faltam dois dias para terminar o prazo de resposta.

Um Bom São Valentim.

Um Beijinho às bajudas da nossa Tabanca Grande. Tratem bem os vossos homens grandes.

Um Alfa Bravo para os nossos moiros e morcões. Sejam gentis com as vossas bajudas. Luís

2. Tive, de imediato, a resposta de três camaradas: o Mário Fitas, o Torcato Mendonça e o Manuel Correia Bastos. A resposta do Manuel Bastos, que andou por Çomçanique, e é o autor de um belíssimo blogue, o Cacimbo, merece um especial destaque (vd. a seguir, ponto 3).

2.1. Do Mário Fitas:

Mentira! Estão mas é todos caladinhos, para não se saber os malandros que foram!

Estou a brincar, Chefe. De qualquer forma, e complicado como foi, alguém que partiu ainda em botão escrevia-me todos os dias. Com os recatos devidos, se quiseres, podes publicar as pag. 145 a 148 de Putos, Gandulos e Guerra. Amor, desvaneio, prosa e poesia em tempo de Guerra. Umas décadas de avanço à época em que vivíamos. Dor e saudade, tresmalhados nos carreiros da mata de Cbolol.
Se o fizeres, para mim será um louvor a essa criança Mulher, que não teve tempo para viver a vida.

Chefe da Tabanca Grande, somos tão piquenos! Força para os homens e
mulheres que o souberam ser.

Do tamanho do Cumbijã, o Abraço de sempre.

Comentário: Uma Oscar Bravo, muito sentido. Não será hoje, mas publicarei esse teu texto de homenagem à criança-mulher que a morte levou cedo... Lamento muito. Depois aviso-te. LG

2.2. Do Torcato Mendonça:

Abro e dou de caras com o S. Valentim. Já, no nosso tempo teriam inventado o dia dos namorados ?

Havia muitos apaixonados. Tanto assim que alguns escreviam diariamente… Era obra!

Não tenho carta ou bate-estradas desse tempo… E tudo o vento levou (com a devida vénia)...Nem os amores da altura ficaram... as madrinhas de guerra... Ccomeço a recordar… Ainda um dia escrevo.. Melhor, junto letras e por aí fora...

Sabes(sabem), camarada(s), a espera do correio desesperava muita gente. Era faca de dois gumes: por um lado levantava o moral das NT mas, se recebido na véspera de uma operação... era uma chatice... A malta tinha a cabeça cá. Pior: tinha as duas e isso desestabiliza(va) um homem.

Mas só tu… te lembravas do S. Valentim dentro da guerra… Oh, oh,oh… porro em riste, como arma ia o Santo... Se usei linguagem menos própria, perdão, não ao Santo mas enfim… Como se chamará o Santo da paciência?

Um abraço que vos envolva a todos

Torcato Mendonça


Comentário de L.G.: Fico à espera dessas letras, todas juntinhas uma a uma...LG


3. Do Manuel Bastos, que foi furriel miliciano em Moçambique, e é autor do blogue Cacimbo onde tem publicado belíssimos textos como este, que ele nos manda:

Boa tarde, Luís Graça:

A título de contributo para a celebração do Dia dos Namorados anexo um texto que publiquei em tempos no meu blog. Se achares de algum interesse e o quiseres publicar basta copiar o texto que leva os códigos de html para exibir uma foto e colá-lo directamente no separador de html do editor de texto para uma nova mensagem do bloger.

Um abraço

Manuel Bastos

Cacimbo - Episódios da Guerra Colonial Aerograma

Mueda, 10 de Março de 1972



Meu amor,


Hoje morreu o Rivelino. Disseram que morreu. É irremediável, mas queria falar disto a alguém.

Sabes? Quando morre alguém nós ficamos um pouco mais sós. Por isso te escrevo, um dia quando te conhecer, quando nos amarmos e quando eu precisar de dizer isto outra vez a alguém, entrego-te este aerograma, para me fazeres companhia.

Aqui onde estou, a meio mundo de ti e a meia vida de te conhecer, há uma guerra e todos os dias morre alguém, é como se deus fizesse connosco o que eu estou a fazer agora com aquelas latas de cerveja alinhadas na vedação. Hoje a lata em que deus acertou chama-se Rivelino e eu precisava de chorar um pouco.

Eu choro sempre que morre alguém, mesmo que morram várias pessoas por dia. É a minha maneira de não aprender a morte; mesmo que não me apeteça chorar, choro. É uma espécie de exercício para não me esquecer que sou humano.

De vez em quando interrompo este aerograma e dou um tiro numa lata de cerveja e não vejo que prazer pode dar isso. É por pura curiosidade que o faço, para ver o que pode ter sentido deus quando o Rivelino morreu.

Falhei. Não é fácil acertar numa lata de cerveja com uma G3 a esta distância. Se aquela lata fosse o Rivelino eu hoje talvez não tivesse chorado, talvez não estivesse a escrever este aerograma e talvez não te viesse um dia a conhecer.

Mas o Rivelino morreu e eu sinto que é imperioso não deixar que isso passe em vão.

Aponto de novo a G3 e a lata de Laurentina aguarda ao longe que a minha pontaria volte a falhar. Eu enchi as latas de areia e quando lhes acerto em cheio elas explodem. É mais divertido assim, pensei eu, do que com uma lata vazia. Mas quando se trata de destruição e de morte não vejo que o espectáculo divirta mais.

Será por isso que dizem que deus pôs uma alma dentro de nós, será que é para ela explodir quando morremos, para ser mais divertido?

Não faças caso. Eu sei muito bem que não é deus que faz connosco o que eu faço com as latas de cerveja; são pessoas como eu que fazem isso, pessoas que aceitaram a missão de nos irmos abatendo uns aos outros por um motivo de que já nem sequer nos lembramos.

Quando esta guerra acabar ninguém se lembrará mais do Rivelino, então um dia, quando eu me sentir tão só como hoje e me apetecer dar tiros em latas de cerveja, eu hei-de encontrar este aerograma e dar-to-ei como se tu fosses a minha correspondente de guerra e nessa altura a solidão desvanecer-se-á um pouco.

Mas tenho que te encontrar primeiro, tenho que ir tentando pela vida fora até ter a certeza que és tu a destinatária deste aerograma.

Saberei que és tu se ao olhar-te não me apetecer chorar ninguém, como se não tivesse havido uma guerra, como se eu não tivesse feito com homens como eu, o que agora faço com as latas de cerveja.

E então sentirei um apelo enorme para te contar tudo isto, como se a música de um piano se soltasse, retinindo pérola a pérola sobre o pesado mármore do silêncio e acordasse em mim o riso e a inocência.

Se fores tu, lembraremos o Rivelino como uma criança inocente antes de lhe terem dado a missão que só é costume desculpar aos deuses e que na verdade nos transforma a todos em predadores ou em presas, em projécteis ou em alvos.

Se fores tu, terei a certeza que não aprendi a lição da morte, e este aerograma terá finalmente a sua destinatária.


Com todo o meu amor,

Manuel

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Guiné 63/74 - P1799: Pensamento do dia (11): A todos os homens e mulheres com coragem... (Manuel Bastos / António Duarte)

1. Mensagem do António Duarte (ex-Fur Mil da CCAÇ 12, Xime, 1973/74) (1) que, embora enviada há mais de um mês, não perde actualidade:


A todos os homens com coragem para lutar. A todos os homens com coragem para desertar. A todas as mulheres com coragem para perdoar a ambos.

(Copiado do blog do Manuel Bastos, combatente em Moçambique onde foi ferido muito gravemente em 1972, Cacimbo > Episódios da Guerra Colonial).


Caro Luís,

Bem sei que ainda há pouco tempo houve discussão brava sobre o tema dos desertores (2) e a possibilidade de estes manifestarem a sua opinião no nosso espaço.

Como conheço o Manuel Bastos, de vez em quando visito o seu espaço e deparei com esta bonita frase, que eu subscrevo inteiramente. É da sua autoria e mostra uma tranquilidade e um perdão implícito, que vindo de um camarada nosso que quase perdeu a vida, me toca profundamente. Desta forma e se algum dia achares oportuno voltar de novo ao tema da aceitação de desertores na nossa caserna, regista que, e sem prejuízo de respeitar, perceber e aceitar opiniões diversas, se deveria permitir a participação dos outros que desertaram.

Quero também dizer que não dou esmola para o peditório de que desertaram por não concordarem com a guerra colonial. Diria que no limite, o que abre lugar a muitas poucas excepções, todos desertaram porque não quiseram arriscar a pele. Do outro lado ficam os que, como nós, combateram, o que não nos torna a todos concordantes com a bondade da guerra.

Um abraço

António Duarte

__________

Nota de L.G.:

(1) Vd. os seguintes posts, da autoria do António Duarte (ou com referências a ele):

5 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1565: A CCAÇ 12, o nosso 'neto' António Duarte e os nossos queridos 'nharros' (Abel Rodrigues)

28 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1553: A CCAÇ 12 no Poidão e na Ponta do Inglês, pela enésima vez (António Duarte)

20 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - DLXVIII: Notícias da CART 3493 (Mansambo, 1972) e da CCAÇ 12 (Bambadinca e Xime, 1973/74) (António Duarte)

18 Fevereiro 2006 > Guiné 63/74 - DLXI: Um periquito da CCAÇ 12 (António Duarte / Sousa de Castro)

21 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1302: Blogoterapia (1): Palmas para o Amílcar Mendes, o Beja Santos e o Victor Tavares (António Duarte, CART 3493 e CCAÇ 12)

24 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P984: Ainda a tragédia de Quirafo: o 'morto' que afinal estava vivo (António Duarte)

17 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P966: O Mexia Alves que eu conheci em Bambadinca (António Duarte, CCAÇ 12, 1973)

11 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCXLV: Ex-graduados da CCAÇ 12 também foram fuzilados (António Duarte)

(2) O ponto de partida foi o post de 3 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1560: Questões politicamente (in)correctas (25): O ex-fuzileiro naval António Pinto, meu camarada desertor (João Tunes)

Até há data publicaram-se mais de uma dúzia de posts sobre este tópico.