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terça-feira, 9 de setembro de 2025

Guiné 61/74 - P27198: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXVII: a igreja de Santa Ana, em Mansoa

Foto nº 1 > Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71)  >  A avenida da igreja... À esquerda,  a igreja de Santa Ana (há quem lhe chame apenas capela, mas há diferenças do ponto de vista arquitetónico e litúrgico engre capela e igreja); e o edifício dos CTT à direita.


Foto nº 1A >Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71)  >  A avenida principal: à esquerda, ficava a igreja, e à direita, visível na foto, a, o edifício dos CTT (que era "chapa um", igual em todo lado)... A avenida  tinha postos de iluminação pública (pelo menos desde o início dos anos 60, a avalora por fotos mais antigas ... Ao fundo, há edifícios, presumivelmente de comerciantes. Mansoa era sede de cirunscrição.



Foto nº 1B > Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71)  > Em primeiro plano, um militar, um 1º cabo (?), muito provavelmente da CCS/
BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71).



Foto nº 2 > Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Interior da igreja de Santa Ana, de uma só nave, O edifício deve ser dos anos 50, desenhado pelo Gabinete de Urbanização Ultramarina (1951-1957), designado anteriormente por Gabinete de Urbanização Colonial (1944-1974), e a que sucedeu, a partir de 1857, a Direcção de Serviços de Urbanismo e Habitação do Ministério do Ultramar, tudo sempre centralizado em Lisboa.



Foto nº 3 > Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71)  > Igreja da paróquia de Santa Ana: pormenor do altar-mor, e da imagem da Santa Ana e da Virgem Maria. O pároco na época era o padre José Patrocínio. 


Foto nº 4 > Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Ábside e torre sineira da capela... Não sabemos como era a orientação geográfica do edifício, mas em princípio a ábside (onde fica o altar-mor) nas  igrejas católicas é virada para leste, enquanto a fachada (ou entrada principal) é para ponte.  Esta orientação  do altar-mor para o leste, era tradicionalmente uma prática da arquitetura religiosa cristão chamada   ad orientem, simbolizando a espera pelo retorno de Cristo pela “luz” do nascer do sol.



Foto nº 4A > Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Se esta foto foi tirada, como parece pela vegetação, no tempo das chuvas (maio / outubro), o galo (/catavento) na torre sineira indicaria que o ventio estava a soprar predominantemente no sentido Sudoeste / Nordeste, vindo do Oceano Atlântics (esstes ventos, conhecidos como monções, são quentes e carregados de humidade, sendo os responsáveis pela elevada pluviosidade que caracteriza esta época do ano naquela parte de África). Sendo assim, a ijreja foi construída "ad orientem".



Foto nº 4B > Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > 
BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Igreja católica de Santa Ana (pormenor): parte da ábside e da torre sineira; ao fundo, do lado esquerdo, o edifício dos CTT; em primeiro plano, o capelão, sentado no muro exterior.



Foto nº 5 > Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > 
BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) >  Igreja de Santa Ana: vista do muro exterior, da ábise, da torre sinera e parte do corpo principal de uma só nave; pela luz, parece a que disposição do edifício é "ad orientem", isto é, com a ábside orientada para leste.  Em 1971/72, a torre sineira terá sido  danificada por um ataque do  PAIGC (facto a confirmar ou documentar).



Foto nº 6 > Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > 
BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Igreja de Santa Ana: fachada (entrada principal); grupo de cinco jovens sentados no muro circundante, exterior.



Foto nº 6A> Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > 
BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) >  Igreja de Santa Ana: grupo de jovens,
 sentados no muro circundante, exterior; pareecem ser "assimilados" (pelo vestuário), e provavelmente  ligadis à paróquia.
  


Foto nº 7> Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > 
BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Outra vista da entrada principal (fachada), que dava para a "avenida da igreja"... Em frente, do lado direito, ficava o edifício dos CTT.



Foto nº 7A > Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > 
BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Igreja de Santa Ana, poormenor da fachada (1)



Foto nº 7B> Guiné  > Zona Oeste > Região do Oio > Mansoa > 
BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Igreja de Santa Ana, poormenor da fachada (2)

Fotos do álbum do Padre José Torres Neves, antigo capelão militar.

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

 


 1. Mais um conjunto de fotos (17) enviadas no passado dia passado dia 2 de agosto pelo nosso  camarada e amigo Ernestino Caniço;

(i) ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa; Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, Bissau, fev 1970/fev 1971, hoje médico, a residir em Tomar; o Ernestino Caniço fez amizade com o Zé Neves, e este confiou-lhe o seu álbum fotográfico da Guiné, que temos vindo a publicar desde março de 2022; são cerca de duas centenas de imagens, provenientes dos seus diapositivos, digitalizados; uma coleção única, preciosa;

(ii) o Ernestino Caniço tem sido o zeloso e diligente guardião do álbum fotográfico da

O capelão José Torres Neves,
missionário da Consolata

 Guiné, deste padre missionário da Consolata, José Torres Neves, natural de Meimoa,  Penamacor,  merecendo os dois os nossos melhores elogios e saudações.

(iii) o Padre Neves, nosso grão-tabanqueiro, reformou-se recentemente de uma vida inteira, generosa,  abnegada, dedicada às missões católicas, nomeadamente em África; tm já cerca de 4 dezenas de referências no nosso blogue


2. Neste poste, selecionámos apenas fotos da igrejade Santa Ana. 

Mansoa, localizada na região de Oio, foi um centro de resistência balanta contra a colonização portuguesa até o início do século XX, quando os portugueses estabeleceram um posto militar permanente em 1913 após várias "campanhas de pacificação", onde se destacou o "capitão-diabo" (Teixeira Pinto). (1913-1915). A povoação balanta pertencia ao regulado de Braia.

A missão católica em Mansoa foi fundada oficialmente apenas em 1953, quando monsenhor José Ribeiro criou a missão de Santa Ana de Mansoa e a confiou ao padre franciscano Júlio do Patrocínio. Isso mostra que a presença missionária católica institucional em Mansoa é relativamente recente e só se tornou possível depois do controle colonial efetivo. Até então a presença da igreja católica estava circunscrita ao Cacheu e a Bissau.

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Nota do editor LG:

Último poste da série > 15 de julho de 2025 > Guiné 61/74 - P27017: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXVI: a presença da Igreja Católica em Mansoa

terça-feira, 15 de julho de 2025

Guiné 61/74 - P27017: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXVI: a presença da Igreja Católica em Mansoa

 



Foto nº 1 e 1A > A capela de Mansoa




Foto nº 2A e 2  > Mansoa, capela: altar-mor e imagem



Foto nº 3 > O Padre Júlio Patrocínio, da paróquia de Mansoa (?)  e o seu cão...voador.




Foto nº 4 > Mansoa > O alferes graduado capelão José Torres Neves. olhando o horizonte, ao pôr do sol.

Guiné > Zona Oeste > BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) > Mansoa > s/ d> Mansoa, localizada na região de Oio, foi um centro de resistência balanta contra a colonização portuguesa até o início do século XX, quando os portugueses estabeleceram um posto militar permanente em 1913 após várias "campanhas de pacificação", onde se destacou o "capitão-diabo" (Teixeira Pinto). (1913-1915). A povoação balanta pertencia ao regulado de Braia.

A missão católica em Mansoa foi fundada oficialmente apenas em 1953, quando monsenhor José Ribeiro criou a missão de Santa Ana de Mansoa e a confiou ao padre franciscano Júlio do Patrocínio. Isso mostra que a presença missionária católica institucional em Mansoa é relativamente recente e só se tornou possível depois do controle colonial efetivo. Até então a presença da igreja católica estava circunscrita ao Cacheu e a Bissau.

Fotos do álbum do Padre José Torres Neves, antigo capelão militar.

Fotos (e legendas): © José Torres Neves (2025). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mais fotos do álbum da Guiné-Bissau, do padre José Torres Neves, enviadas pelo seu amigo e nosso camaradad o Ernestino Caniço.

Ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa; Rep ACAP - Repartição de Assuntos Civis e Ação Psicológica, Bissau, fev 1970/fev 1971, hoje médico, a residir em Tomar; o Ernestino Caniço fez amizade com o Zé Neves, e este confiou-lhe o seu álbum fotográfico da Guiné, que temos vindo a publicar desde março de 2022; são cerca de duas centenas de imagens, provenientes dos seus diapositivos, digitalizados; uma coleção única, preciosa.

O Ernestino Caniço tem sido o zeloso e diligente guardião do álbum fotográfico da Guiné, deste padre missionário da Consolata, José Torres Neves, merecendo os dois os nossos melhores elogios e saudações. 

O Padre Neves, nosso grão-tabanqueiro, natural de Meimoa, Penamacor,  reformou-se recentemente de uma vida inteira, abnegada, dedicada às missões católicas, nomeadamente em África. Tem já cerca de 4 dezenas de referências no nosso blogue
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Nota do editor LG:

Último poste da série > 25 de junho de 2025> Guiné 61/74 - P26954: Álbum fotográfico do Padre José Torres Neves, ex-alf graduado capelão, CCS/BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71) - Parte XXV: Vila e quartel de Mansoa 

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Guiné 61/74 - P24774: As nossas geografias emocionais (8): Aldeia Formosa, ao tempo da 3ª C/BCAÇ 4513/72 (1973/74) (José da Mota Vieira, ex-fur mil at inf)


Foto nº 1 >  Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973 > Vista aérea de Aldeia Formosa, no 1º plano; a  seguir, o quartel do comando, CCS e 3ª C/ BCAÇ 4513/72; e ao fundo a pista de aviação.  
 

Foto nº 2 >  Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1974 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) > Aterragem do avião militar, o Nord Atlas, na pista de Aldeia Formosa. 


Foto nº 3 >  Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1974 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) >   O Nord Atlas na pista de Aldeia Formosa. 


Foto nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) >  Capela da povoação 


Foto nº 5 > Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) > O fur mil at inf, José da Mota Veiga, da 3ª Companhia, sentado num bidão da Sacor, na horta e pocilga do batalhão.


Foto nº 6 >  Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973  > BCAÇ 4513/72 (1973/74) > Os fur mil Vicente e Mota Vieira
    

Foto nº 7 > Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > 1973 > BCAÇ 4513/72 (1973/74) >
O fur mil José da Mota Vieira, "na companhia do Mamadú Djaló, um grande amigo: o que  será feito dele?"

Fotos (e legendas): © José da Mota Vieira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Originalmente estas imagens estavam alojadas no portal Prof2000, que foi decontinuado: tinha uma excelente galeria de fotos, enviadas por antigos combatentes da região de Aveiro ; era "um projecto com serviços de suporte à formação de professores a distância e de apoio às TIC nas escolas", tendo como público-alvo "Escolas, Centros de Formação, Centros Novas Oportunidades, professores, projectos de escola e comunidade educativa em geral". A página estava alojada no Agrupamento de Escolas José Estêvao (AEJE) > Aveiro e Cultura > Arquivo Digital.(*)

Ficámos a saber que uma decisão tomada em Lisboa, na Av 5 de Outubro (?), teve um efeito sísmica neste portal, como nos conta o coordenador do projeto (email: henriquejcoliveira@gmail.com ).

"Os responsáveis pela manutenção dos servidores do Ministério da Educação e Cultura, ao fim de 18 anos de compilação de documentos, eliminaram todo o espólio cultural do projecto comunitário AVEIRO E CULTURA. Todas as hiperligações tiveram de ser refeitas para o novo alojamento, pelo que, eventualmente, algumas poderão não funcionar. Por isso, agradecemos a informação, para podermos corrigir o erro. Obrigado."

O O ARQUIVO DIGITAL tem "como objectivo a constituição de uma base colectiva de imagens, de livre utilização, abrangendo todas as áreas temáticas. As imagens podem ser obtidas de diferentes suportes: fotografias antigas, postais, diapositivos, etc.".


2. Informação adicional: 

Ver o blogue do BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Buba e Nhala, 1973/74). Contactos: E-mail: batcac4513@gmail.com | Editores (ex-fur mil, 3ª companhia): Adalberto Costa Silva (telem: 965 816 315) | Jaime Joaquim dos Santos Ramos (telem: 917 221 437).

O BCAÇ 4513/72  tem igualmente uma página no Facebook, mais dinâmica. Julgo que seja mantida pelo Jaime Ramos (que vive em Avintes, Vila Nova de Gaia). Não há nenhuma referência ao nosso blogue (Luís Graça & Camaradas da Guiné) nem à nossa página do Facebook (Tabanca Grande Luís Graça).

Mas já temos vários camaradas do BCAÇ 4513 como membros da Tabanca Grande. Fica aqui mais um poste da série "As nossas geografias emocionais" (**). Fica também aqui o convite ao José da Mota Vieira para integrar a integrar a Tabanca Grande, formalizando o sua resposta através de um dos emails dos editores, por exemplo; luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com.

sábado, 17 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23887: O nosso livro de visitas (217): Pedro Galriça, filho do ex-cap art Fernando Manuel Jacob Galriça, cmdt da CART 1647 / BART 1904 (Bissau, Quinhamel e Binar, 1967/68)


Guiné-Região do Oio  > Binar > Abril de 2017 >  "Uma pequena capela construída encostada a um poilão, que felizmente ainda se encontra de pé, e em cujo interior se encontrava exposta uma pequena imagem de Nossa Senhora de Fátima, que já lá não está. Fui aqui Comandante, como Capitão Miliciano, da então CCAÇ 17, que era constituída por 23 militares do Continente e por 144 militares da Guiné. Na frente da capela, situava-se a parada do nosso quartel." 

Foto do álbum de António Acílio Azevedo (ex-cap mil,  1.ª CCAV/BCAV 8320/72, Bula e da CCAÇ 17, Binar, 1973/74). (*)

Segundo o nosso leitor, Pedro Galriça, esta capelinha teria sido construída pela companhia que o seu saudoso pai, o então cap art Fernando Manuel Jacob Galriça, comandou, a CART 1647 (Bissau, Quinhamel e Binar, 1967/68).

Foto (e legenda): © A. Acílio Azevedo (2017).
Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Pedro Galriça, filho do ex-cap art  Fernando Manuel Jacob Galriça, cmdt CART 1647 / BART 1904 (Bissau, Quinhamel e Binar, 1967/68)

Data - 16 dez 2022,  14:56  
Assunto - Guiné, Binar

Boa tarde,
Em pesquisas na Net, sobre referências ao meu Pai, cheguei ao blog que criou. O meu Pai foi oficial do exército, e esteve numa comissão na Guiné, em Binar e em Bula.

Pelo que sei,  a capela existente na árvore do aquartelamento de Binar terá sido construída por elementos da companhia que ele comandou;

Recordo-me de ele fazer referência a isso e ter inclusivamente algumas fotos/slides das várias fases da sua construção.
Esses slides, presumo que ainda em condições, devem estar por casa da minha Mãe, em Lisboa.
Interessa-vos este tipo de documentação, para instruir o vosso blog?

Cumprimentos,
Pedro Galriça

2. Resposta do editor Luís Graça:

Pedro, obrigado pelo seu contacto. O único oficial com o apelido Galriça, que passou pelo TO da Guiné, durante a guerra colonial / guerra do ultramar, só pode ser o seu pai, de nome completo Fernando Manuel Jacob Galriça. Foi comandante da CART 1647 / BART 1904, e esteve efetivamente em Binar, de setembro de 1967 a outubro de 1968, conforme ficha da unidade que reproduzimos a seguir.

Temos 25 referênciasao BART 1904 mas muito poucas às suas subunidades de quadrícula. Da CART 1647 não temos inclusive nenhum representante na nossa tertúlia (Tabanca Grande): o número de membros registados é já de 867 (entre vivos e mortos, desde 2004).

Tudo indica, pelo que me diz, que a construção da referida capelinha seja dessa época (set 67/out 68). O nosso camarada António Acílio Azevedo passou por Bula e Binar em abril de 2017 com mais um pequeno grupo de malta do Norte, numa viagem de "turismo de saudade", e tirou a foto que reproduzimos acima e a que o Pedro muito provavelmente se refere.

Se o Pedro um dia destes nos quiser e puder mandar algumas imagens digitalizadas não só da construção da capelinha como do resto da comissão de serviço do seu pai no CTIG, ficar-lhe-emos gratos. Os filhos dos nossos camaradas nossos filhos são... Bem haja por honrar a memória do seu pai e dos seus homens, nossos camaradas,  da CART 1647. Bom Natal e Melhor Ano Novo de 2023. Luís Graça

3. Ficha de unidade > Batalhão de Artilharia n.º 1904

Identificação:  BArt 1904
Unidade Mob: RAP 2 - Vila Nova de Gaia
Cmdt: TCor Art Fernando da Silva Branco
2º  Cmdt: Maj Art Adolfo Jorge Vilares da Costa
OInfOp/Adj: Cap Art Manuel Henrique Lestro Henriques

Cmdts Comp:
CCS: Cap Art João Gonçalves Vila Chã
Cap Art Artur Olímpio de Sá Nunes
CArt 1646: Cap Mil Art Manuel José Meirinhos
CArt 1647: Cap Art Fernando Manuel Jacob Galriça
CArt 1648: Cap Art Diogo Baptista Coelho | Cap Mil Art José Reis Fernandes Leitão
Divisa: "Firmes e Generosos"
Partida: Embarque em 11Jan67; desembarque em 18Jan67 | Regresso: Embarque em 310ut68

Síntese da Actividade Operacional

Inicialmente, foi colocado em Bissau, rendendo o BCaç 1876 e assumindo as responsabilidades de segurança e defesa dos pontos sensíveis do sector a partir de 23Jan67, com as subunidades que lhe foram atribuídas, com a sede em Bissau e englobando os subsectores de Brá (Bissau), Nhacra e Quinhámel, tendo colaborado intensivamente no recenseamento da maior parte da população suburbana da cidade.

Após ter sido substituído no sector de Bissau pelo BCaç 2834, assumiu, em 18Jan68, a responsabilidade do Sector LI, com sede em Bambadinca e abrangendo os subsectores de Xime, Xitole e Bambadinca e, a partir de 06Mai68, ainda o subsector de Mansambo, então criado, tendo rendido no referido sector o BCaç 1888.

Desenvolveu intensa actividade operacional, orientada para a desarticulação dos grupos inimigos que tentavam fixar-se na zona de acção, para assegurar a ocupação territorial e para promover a autodefesa, segurança e promoção socioeconómica das populações.

Dentre o material capturado mais significativo salienta-se: 1 metralhadora pesada, 4 metralhadoras ligeiras, 6 pistolas-metralhadora e 17 espingardas.

Em 160ut68, foi rendido no sector de Bambadinca pelo BCaç 2852 e recolheu seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.

* * *

A CArt 1646 foi inicialmente colocada em Bissau, ficando integrada no dispositivo de segurança e protecção das instalações e das populações da área, em substituição da CCaç 799, na dependência do seu batalhão, sendo, de 21Mai67 a 23Jun67, transitoriamente, substituída pela CCaç 1683. 

Após ter cedido temporariamente um pelotão para Bula, em reforço do BCaç 1876, de 01
a 20Abr67, foi atribuída na totalidade em reforço do BCaç 1876, para tomar parte em operações nas regiões de Bipo, Choquemone, Ponta Matar e Pelundo, entre outras, de 21Mai67 a 04Ag067. 

Depois de ter sido substituída no sector de Bissau pela CArt 1742, foi transferida para Fá Mandinga, em 04Ag067, a fim de integrar o dispositivo e manobra do BCaç 1888, com um pelotão destacado em Bambadinca.

Em 14Nov67, por troca com a CCaç 1551, assumiu a responsabilidade do subsector de Xitole, com pelotões destacados em Saltinho e Mansambo, este até 05Mai68, ficando integrada no BCaç 1888 e depois no seu batalhão.

Em 18Set68, foi rendida pela CArt 2413 por troca e voltou a Fá Mandinga em 20Set68, onde se manteve até 060ut68. Em seguida, recolheu a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso, sendo transitoriamente integrada no dispositivo de segurança e protecção das instalações e das populações da área a cargo do BCaç 1911.

***

A CArt 1647 foi inicialmente colocada no sector de Bissau a fim de colmatar a saída anterior da CCaç 1589 no dispositivo de segurança e protecção das instalações e das populações da área a cargo do BArt 1904.

Em 24Mar67, por troca com a CCaç 1438, iniciou o deslocamento para o subsector de Quinhámel, com destacamentos em Ilondé, Orne, Ponta Vicente da Mata e Ondame, tendo assumido a responsabilidade do referido subsector em 31Mar67.

Em 05Ag067, rendida pela CCaç 1549, foi colocada de novo em Bissau, a fim de substituir a CCaç 1438 no dispositivo do sector e, cumulativamente, desempenhar as funções de subunidade de reserva do CTIG, sendo atribuída a partir de 07Ag067 ao BCaç 1876, para realização de operações na região de Bula.

Em 11, 16 e 20Set67, deslocou-se por fracções para Binar, a fim de render a CCaç 1498, assumindo a responsabi lidade do respectivo subsector em 19Set67 e ficando integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1876 e depois do BCav 1915.

Em 130ut68, foi substituída pela CCaç 2404 e recolheu a Bissau, a fim de  aguardar o embarque de regresso e sendo integrada transitoriamente no dispositivo do BCaç 1911, com vista a cooperar na segurança e protecção das instalações e das populações da área.

***

A CArt 1648 ficou colocada em Bissau como subunidade de intervenção e reserva do CTIG, sendo utilizada em diversas operações realizadas na região de Pelundo, Queré, Churobrique e Tiligi, em reforço do BCav 1905 e na região de Bula-Jolmete, em reforço do BCaç 1876.

Em 3IJu167, rendendo a CCaç 1487, assumiu a responsabilidade do subsector de Nhacra, com efectivos destacados em Safim, João Landim, Dugal e ponte de Ensalmá, ficando integrada no dispositivo do BArt 1904.

Depois de ter sido substituída no subsector de Nhacra pela CArt 1614, assumiu, em 13Jan68, a responsabilidade do subsector de Binta, com um pelotão destacado em Guidage, onde rendeu a CCaç 1546 e ficou integrada no dispositivo e manobra do BCaç 1932 e depois do COP 3.

Em 140ut68 foi substituída pela CArt 2412 e recolheu a Bissau a fim de aguardar o embarque de regresso, sendo transitoriamente integrada no dispositivo do BCaç 1911, com vista a cooperar na segurança e protecção das instalações e das populações da área.

Observações - Tem História da Unidade (Caixa n." 80 - 2ªDiv/4ª Sec, do AHM).

Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 212/ 214
___________

Nota do editor:


(...) Percorridos cerca de 10 quilómetros por uma estrada bem asfaltada e com muitas retas, chegámos a Binar, onde no período de 1973 e 1974, se sediou o aquartelamento da Companhia de Caçadores 17 (CCAÇ 17), constituída por 23 homens do Continente Português (1 Capitão, 4 Alferes, 1 Sargento, 9 furriéis, 5 cabos e 3 praças e mais 144 elementos africanos (5 furriéis, 11 cabos e mais 128 soldados, que comandei, como Capitão Miliciano, durante cerca de oito meses.

Ao chegarmos ao cruzamento da localidade, virámos para norte, para cerca de 500 metros depois, chegarmos ao local onde existiu o antigo aquartelamento, tendo de imediato sentido um arrepio ao ver o local onde estive instalado e em zona onde também existiam habitações da administração e tabancas da população local.

Começando por falar da vedação das nossas antigas instalações, referiria que da mesma, na altura constituída por duas redes de arame farpado paralelas e separadas cerca de uns 15 metros uma da outra, com entrada/saída nos topos norte e sul, nem sinais dela agora existem.

Mal estacionámos no local onde era a parada do antigo aquartelamento, senti logo uma profunda emoção ao ver ainda de pé e em estado de boa conservação, uma antiga capelinha, encostada a um enorme poilão, que continha no seu interior um pequeno oratório, onde estava colocada uma pequena imagem de Nossa Senhora de Fátima, capelinha essa que havia sido construída pela Companhia de Militares Portugueses que nos antecedeu e da qual não me recordo a sua identificação.

Essa capelinha, creio que foi construída como agradecimento a Nossa Senhora pelo facto de quase no topo dessa árvores e bem lá em cima, ainda se poder ver uma granada de RPG, que havia sido disparada por tropas do PAIGC e que lá ficou espetada, sem explodir. (...)


(**) Último poste da série > 18 de julho de 2022 > Guiné 61/74 - P23439: O nosso livro de visitas (216): Areolino Cruz (Bafatá, 1944 - Cubucaré, 1965) foi meu colega de carteira no Colégio Nuno Álvares, em Tomar, nos anos de 1957/58. Guardo dele uma terna recordação (Francisco A. Monteiro e Souza, natural de Cabo Verde, a viver nos Açores, ex-membro da FAP e da TAP)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Guiné 61/74 - P21643: Boas Festas 2020/21: Em rede, ligados e solidários, uns com os outros, lutando contra a pandemia de Covid-19 (7): É Natal, é Natal, apesar dos confinamentos (António Marreiros, natural de Sagres, a viver há 48 anos no Canadá, ex-alf mil, CCaç 3544 (Buruntuma, 1972) e CCAÇ 3 (Bigene e Guidage, 1972/74), membro n.º 822 da Tabanca Grande


Guiné > Região de Gabu > Buruntuma > 1972 > Igreja local (*)  > Natal > O presépio de barro seco ao sol e pintado com o que havia disponível de cores


Guiné > Bissau > 1973 > 
Uma montra na baixa de Bissau, com decoração natalícia... e provavelmente com animação, a avaliar pelo número de crianças especadas no passeio...

Fotos (e legendas): © António Marreiros (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Mensagem de António Marreiros, natural de Sagres, a viver há 48 anos no Canadá, ex-alf mil, CCaç 3544 (Buruntuma, 1972) e CCAÇ 3 (Bigene e Guidage, 1972/74) , membro nº 822 da Tabanca Grande (**):

Data - 12/12/2020, 17:58
Assunto - Mensagem de Natal


 
Amigos:

Hoje recebi esta mensagem natalícia do Carlos Pereira um camarada e amigo dos tempos de Bigene que acho apropriado partilhar com vocês. Oxalá possam abrir este link:
 
Linda Mensagem De Natal, de Audete de Fazio

Entretanto, num álbum encontrei estas duas fotos :

(i) O presépio de barro seco ao sol e pintado com o que havia disponível de cores...Igreja de Buruntuma,  1972;

(ii)  Uma montra em Bissau numa ida à cidade (em 73, quando estava em  Bigene?), de avioneta, em serviço, talvez levantar o dinheiro para pagar a tropa em Bigene...

Lembro-me, nessa ocasião, de visitar um amigo que tinha namorada com família abastada... Lembro-me  do excesso de presentes que as crianças, que ali estavam,  nem apreciaram...

Ah!, como a memória vai ficando enevoada mas de repente uma imagem toma realidade!


É Natal, É Natal ...apesar dos confinamentos! (***)
Felicidade e cuidem-se

António Marreiros
Victoria, Canada
__________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 4 de maio de 2016 > Guiné 63/74 - P16049: Na festa dos 12 anos, "manga de tempo", do nosso blogue (8): A bonita e original capelinha de Buruntuma, de estética modernista (José Mota Tavares, ex-alferes mil capelão, CCS/BCAÇ 1856, Nova Lamego, 1965/67)

(**) Vd. poste de 9 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21626: Tabanca Grande (506): António Marreiros, natural de Sagres, a viver há 48 anos no Canadá, ex-alf mil em rendição individual, CCaç 3544 (Buruntuma, 1972) e CCAÇ 3 (Bigene e Guidage, 1972/74): senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 822

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Guiné 61/74 - P18314: (Ex)citações (328): Regresso de Iemberém, viagem até Bissau, das 3h às 10h da manhã... O Pepito continua no coração de muita gente do Cantanhez... Estive em Guileje, no dia 7. É sempre com emoção que ali paro... Mando-vos cinco fotos em homenagem a todos aqueles de vós que ali muito sofreram (Anabela Pires)


Foto nº 1 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Núcleo Museológico Memória de Guiledje >  Memorial à CCAV 8350 (1972/1974) e ao alf mil Lourenço, morto por acidente em 5/3/1973. De seu nome completo Victor Paulo Vasconcelos Lourenço, era natural de Torre de Moncorvo, está sepultado na Caparica.Foi uma das 9 baixas mortais da companhia também conhecida por "Piratas de Guileje" e um dos 75 alferes que perdeu a vida no CTIG..

Em segundo plano, vê-se o nicho que ao tempo da CCAÇ 3477 (1971/77), "Os Gringos de Guileje", abrigava a  imagem de Nossa Senhora de Fátima e do Santo Cristo dos Milagres. A CCAÇ 3477 era, na alturam, comandada pel cap mil Abílio Delgado, nosso grã-tabanqueiro.


Foto nº 2 > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Núcleo Museológico Memória de Guiledje > Era a aqui a porta de armas, com a passadeira VIP feita com garrafas de cerveja dando acesso à pista de aviação, ao tempo da CCAÇ 3325 (Jan 1971/Dez 1971), "Os Cobras de Guileje", de que era comandante o cap inf Jorge Parracho.


Foto nº 3  > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Núcleo Museológico Memória de Guiledje > Pormenor da passadeira VIP feita com garrafas de cerveja...


Foto nº 4 > > Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Núcleo Museológico Memória de Guildje > Interior da capela, da CART 1613 (1967/68), entretanto  renascida das cinzas, graças ao empenho da população local, da AD, do Pepito e do Domingos Fonseca, e da boa vontade de alguns velhos tugas, o "grupo de amigos da capela de Guileje", com o apoio do Blogue Luís Graça & Canmaradas da Guiné. A data da sua inauguração oficial foi 20 de janeiro de 2010 (com a presença de nossa amiga Júlia Neta, viúva do Zé Neto, entre outra gente ilustre)... Guileje voltou a ser um local de paz, de fé, de solidariedade, de (re)encontro, de ecumenismo, de esperança.  Não sabemos se tem sido utilizado mais vezes em atividades de culto. Em 2010 foi consagrada pelo bispo de Bafatá.

A imagem de Nossa Sra de Fátima foi oferecida e trazida, em março de 2010,  pelos nossos camaradas e grã-tabanqueiros António Camilo e Luís Branquinho Crespo,


Foto nº 5 > Guiné-Bissau > Região de  Tombali > Guileje > Núcleo Museológcio Memória de Guiledje > A placa original, restaurada, que estava afixada na parede da capelinha, ao tempo da CART 1613 (1967/68), "Os Lenços Verdes", comandada pelo cap art Eurico Corvacho (falecido em 2011).

Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > 7 de fevereiro de 2018 > Núcleo Museológico Memória de Guiledje

Fotos: © Anabela Pires (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.]


1, Mensagem de Anabela Pires, com data de ontem, às 19:00:

[Anabela Pires, janeiro de 2012, em Catesse, no sul da Guiné-Bissau, foto acima,  de Pepito... Nascida em Moçambique, técnica superior de serviço social no Ministério da Agricultura, reformada, amiga dos nossos grã-tabanqueiros Jero (Alcobaça), Alice Carneiro (Alfragide/Amadora), e do nosso saudoso Pepito, cidadã do mundo, "globetrotter", esteve três meses, entre janeiro e março de 2012, integrada, como voluntária, no projeto do Ecoturismo, da AD - Acção para o Desenvolvimento, e a viver em Iemberém; foi o golpe de Estado de 2012 que a obrigou a sair da Guiné-Bissau; está lá de novo, desde 18 do corrente; tem 25 referências no nosso blogue, dela publicámos o "diário de Iemberém"; pacifista e feminista, ela não gosta que a gente lhe chame uma "mulher de armas"... mas é assim que a gente a vê, aqui da Tabanca Grande]

Caro Luís,

Só hoje [, dia 12,]  ao chegar li o teu email em que me pedias para saber notícias do pai da Alicinha e do seu avô (*). Foi uma pena mas na noite anterior à partida deitei-me bem cedo e nem computador levei para Iemberém. 

Consegui lá chegar [, a Iemberém,] e regressar sã e salva! Fiz parte da viagem de autocarro e para cá de 7place (tipo táxis coletivos) e o resto num jipe que está em Iemberém - fizeram o favor de me ir buscar e levar a Quebo pagando eu somente o gasóleo. 

Foi um regresso muito emotivo mas que eu precisava de fazer para encerrar o capítulo que tinha sido suspenso pelo Golpe de Estado de 12 de Abril de 2012 e depois com o desaparecimento do nosso tão estimado Pepito deste mundo.

Penso que para as pessoas de lá também foi reconfortante saberem que, apesar de eu só lá ter estado 3 meses,  regressei para as visitar. Como podes imaginar,  o Pepito esteve sempre presente nas nossas conversas. É daquelas pessoas que,  mesmo não estando fisicamente,  estão sempre nas nossas memórias e nos nossos corações e, quando digo "nossos",  refiro-me também a muitas, muitas pessoas de Cantanhez. 

Hoje estou muito cansada (saí de Iemberém às 3 horas da manhã e cheguei a Bissau às 10 - a estrada de Quebo até Guileje está muito pior do que há 6 anos!) mas quero dizer, a todos aqueles que aqui muito sofreram na guerra colonial, que faço sempre uma paragem em Guileje, em vossa homenagem.

Vou sempre à capelinha que,  embora tenha agora por fora um ar muito abandonado, mantém a imagem de Nossa Senhora intacta. Quero dizer-vos que fico sempre encantada com o "passeio" feito de garrafas de cervejas enterradas e que ainda se mantém em muito bom estado (bem hajam por não terem partido e espalhado todo aquele vidro!). É sempre com grande emoção que ali paro. 

Aqui há uns meses li, por acaso, um livro chamado "Deixei o meu coração em África", de Manuel Arouca (só o consegui comprar na Internet) cujo cenário principal é exatamente Guileje na época da guerra. Esta leitura só aumentou o meu desejo de regressar. Tenho a certeza de que muitos de vós gostarão de o ler. 

Por hoje só vos envio 5 fotos que tirei agora em Guileje. (**)

Um enorme abraço para tod@s,
Anabela Pires
____________

Notas do editor:

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Guiné 61/74 - P18272: Memória dos lugares (373): Cacine, 1967 (Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, CCAÇ 1620, Bissau, Cameconde, Cacine, Sangonhá, Cacoca, Cachil e Bolama, 1966/68)


Foto nº 1 > Guiné > Região de Tombali > Cacine > CCAÇ 1620 > 1967>  O fur mil Manuel Cibrão Guimarães, frente à "capela militar de N: sra. de Fátima", construída ao tempo da CART 496, em 13/5/1964 e provavelmente completada pela CCAÇ 799, um anjo depois (10/6/1965)... O Cibrão Guimarães está vestida com uma "sabadora" (peça principal do traje masculino dos muçulmanos) e um gorro, fula, na cabeça... A peça do vestuário tem a particularidade de ser feita com sacos de farinha de panificação (, "ofício" a que sempre esteve ligado: o pai era industrial de panificação; e ele daria continuidade ao negócio até se reformar; natural de Avintes, Vila Nova de Gaia, mora em Rio Tinto, Gondomar; é pai de duas filhas, a esposa, licenciada em farmácia e professsora do ensino secundário, também está reformada).


Foto nº 2 > Guiné > Região de Tombali > Cacine > CCAÇ 1620 > 1967>  Da esquerda para a direita, o Cibrão Guimarães, um furriel do BENG 447 e o vagomestre da CCAÇ 1620, o António Santos,


 Foto nº 3 > Guiné > Região de Tombali > Cacine > CCAÇ 1620 > 1967>   Em primeiro plano,  um furriel da "psico" (de óculos), e no lado direito,  de barbas, sem óculos, mais outro furriel, seguido do sargento Moreira (de costas), o Manuel Cibrão Guimarães (em terceiro lugar) e,por fim, o furriel Valente... Do lado esquerdo da mesa, estão outros sargentos e furriéis, incluindo o António Santos, vagomestre, de barbas.



 Foto nº 3 A > Guiné > Região de Tombali > Cacine > CCAÇ 1620 > 1967>    Mesa de furriéis milicianos e sargentos QP... O Manuel Cibrão Guimarães, de bigode,  é o segundo a contar do fim, do lado direito da foto...


 Foto nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Cacine > CCAÇ 1620 > 1967> Cerimónia religiosa, com homens grandes e população. Ao centro, em primeiro plano, o "mauro", de turbante e vestes pretas.



 Foto nº 4A>  Guiné > Região de Tombali > Cacine > CCAÇ 1620 > 1967> Cerimónia religiosa, com homens grandes e população. O Manuel Cibrão Guimarães está por detrás do "mauro", de camuflado, e bigode.

Fotos (e legendas): © Manuel Cibrão Guimarães (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Manuel Cibrão Guimarães:
natural de Avintes, V. N. Gaia,
 vive em Rio Tinto, Gondomar
1. Continuação da publicação de uma seleção de fotos do
 álbum do nosso grã-tabanqueiro nº 766, Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, da CCAÇ 1620 (Bissau, Cameconde, Cacine, Sangonhá, Cacoca, Cachil e Bolama, 1966/68). (*)


Antes de ir para o Cachil (em março de 1968), a CCAÇ 1620 tinha assumido, em 5 de janeiro de 1967, a responsabilidade do subsetor de Cameconde, rendendo, por troca, a CCAÇ 799 (Cacine e Cameconde, 1965/67), e passando a integrar o dispositivo  e manobra do BCAÇ 1861 e depois do BART 1896.

É nessa altura que a CCAÇ 1620 tem um pelotão destacado em Cacine. E o Manuel Cibrão Guimarães estevelá, como as fotos documentam...

Em 1 de agosto de 1967, por rotação com a CART 1692,  a CCAÇ 1620,assumiu a responsabilidade do subsector de Sangonhá, com um pelotão destacado em Cacoca, mantendo-se no mesmo sector do BART 1896.