
Guião da CCAÇ 2382 (Buba, 1968/70), "Por picadas nunca estradas, por estradas nunca picadas"-
Foto (e legenda): © Manuel Traquina (2008). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
2. Perguntámos, por mera curiosidade, à assistente de IA / ChatGPT, o que aconteceu a Contabane. Sem surpresas, a resposta baseia-se na única fonte que ela encobntra acessível, na Net, o nosso blogue (a que ela chama Blogue Fora Nada E Vaotres):
Sem falsa modéstia, o nosso blogue tem dado visibilidade a "acontecimentos de guerra" que no livros da CECA, por uma razão ou outra (a começar por lacunas de informação), passaram despercebidos, para não dizer ignorados, incluindo alguns reveses das NT (**)...
Guiné > Região de Bafatá > Carta de Contabane (1959) / Escala 1/50 mil > Posição relativa de Contabane, Saltinho, Rio Corubal e Quirafo. (Nesta altura não havia Sinchã Sambel, a um escasso quilómetro do Saltinho, na margem direita do rio Corubal). A tabanca e o destacamento de Contabande ficava a seis quilómetros, em linha reta, do Saltinho.
Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2025)
1. Contabane tem cerca de 40 referências no nosso blogue.
Para os fulas do Forreá foi um duro golpe o ataque e a destruição da tabanca na noite de 22 de junho de 1968 (*). Apesar da lealdade a Portugal do régulo de Contabane, Sambel Baldé, o ataque deve ter minado a confiança da população da zona. Um regulado que, de resto, já era um deserto, com as tabancas abandonadas.
A tropa (CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72) ) e os antigos habitantes irão construir mais tarde uma nova tabanca, Sinchã Sambel, mesmo junto ao quartel do Saltinho. Já sob o "consulado" do novo governador e comandante-chefe, brigadeiro António Spínola (que tinha acabado de chegar à Guiné um mês antes do ataque ), o "destacamento de Contabana" será abandonado, tal como outras posições a sul, e nomeadamente na sul do rio Corubal e junto à fronteira com a Guiné-Conacri. Cite-se:
- Beli,
- Madina do Boé,
- Ché Che,
- Contabane,
- Colibuia,
- Cumbijã,
- Ponte Baiana,
- Gandembel,
- Mejo,
- Sangonhá,
- Cacoca,
- Cachil,
- Ganjola
2. Perguntámos, por mera curiosidade, à assistente de IA / ChatGPT, o que aconteceu a Contabane. Sem surpresas, a resposta baseia-se na única fonte que ela encobntra acessível, na Net, o nosso blogue (a que ela chama Blogue Fora Nada E Vaotres):
https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/
Sem falsa modéstia, o nosso blogue tem dado visibilidade a "acontecimentos de guerra" que no livros da CECA, por uma razão ou outra (a começar por lacunas de informação), passaram despercebidos, para não dizer ignorados, incluindo alguns reveses das NT (**)...
A Grande História também se faz com pequenas histórias, como são as nossas. De qualquer modo, é de destacar a grande coragem com que Contabane foi defendida pelas NT (CCAÇ 2382, comandada pelo cap mil inf Carlos Nery, felizmente ainda vivo e membro da nossa Tabanca Grande) e a população local em autodefesa. O que não impediu que Contabane fosse riscada do mapa.
(*) Vd. poste de 9 de outubro de 2025 > Guiné 61/74 - P27300: Casos: a verdade sobre... (58): O inferno de Contabane, na noite de 22 de junho de 1968... Não consta do livro da CECA sobre a actividade operacional no ano de 1968... Felizmente temos a versão do Manuel Traquina e Carlos Nery, da CCAÇ 2382
Três camaradas nossos da CCAÇ 2382 (um furriel miliciano, um 1º cabo e um soldado) foram posteriormente condecorados com a Cruz de Guerra de 4ª Classe, por feitos em grande parte relacionados com a defesa de Contabane na noite de 22 de junho de 1968. Iremos transcrevê-los em próximo poste.
P - O que aconteceu em Contabane, entre o Saltinho e Quebo (Aldeia Formosa, na antiga Guiné Portuguesa), na noite de 22 de junho de 1968, no âmbito da Guerra Colonial?
R- "Aqui está o que se sabe sobre o ataque a Contabane na noite de 22 de junho de 1968, no contexto da Guerra Colonial na Guiné Portuguesa, entre Saltinho e Quebo (Aldeia Formosa). Há algumas versões e relatos de ex-combatentes, e como sempre, nas guerras, há discrepâncias, mas vou compilar os elementos mais credíveis.
(iv) Significado / Interpretação
O ataque mostra a capacidade do PAIGC de realizar operações coordenadas contra posições portuguesas relativamente bem defendidas (valas, abrigos, arame farpado) mesmo em zonas rurais pouco acessíveis.
Também reflete a vulnerabilidade de pequenas guarnições isoladas, especialmente quando a população local não está ou não pode ser mobilizada de forma defensiva.
Para Portugal, foi um golpe simbólico: a perda material, mas também o impacto psicológico, a sensação de insegurança e de fraqueza no controlo da região.
Para as populações civis, foi desastroso: destruição de casas, deslocações forçadas, perda de bens, insegurança.
Lacunas / o que não se encontrou
Aqui as partes menos claras, que as fontes de memória não confirmam:
R- "Aqui está o que se sabe sobre o ataque a Contabane na noite de 22 de junho de 1968, no contexto da Guerra Colonial na Guiné Portuguesa, entre Saltinho e Quebo (Aldeia Formosa). Há algumas versões e relatos de ex-combatentes, e como sempre, nas guerras, há discrepâncias, mas vou compilar os elementos mais credíveis.
(i) Contexto
Localização: Contabane era uma tabanca (aldeia rural/pequena povoação) situada entre Saltinho e Quebo, no sul da Guiné Portuguesa, no Sector de Tombali / Quebo (antiga Aldeia Formosa). Blogue Fora Nada E Vaotres
As forças portuguesas mantinham ali um destacamento da CCAÇ 2382 ( Companhia de Caçadores nº 2382) com pelotões espalhados, bem como instalações menores, abrigos, valas de proteção e arame farpado à volta da tabanca. Blogue Fora Nada E Vaotres
Localização: Contabane era uma tabanca (aldeia rural/pequena povoação) situada entre Saltinho e Quebo, no sul da Guiné Portuguesa, no Sector de Tombali / Quebo (antiga Aldeia Formosa). Blogue Fora Nada E Vaotres
As forças portuguesas mantinham ali um destacamento da CCAÇ 2382 ( Companhia de Caçadores nº 2382) com pelotões espalhados, bem como instalações menores, abrigos, valas de proteção e arame farpado à volta da tabanca. Blogue Fora Nada E Vaotres
Do lado do PAIGC, a guerrilha já atuava naquela região, interferindo com rotas de infiltração e de apoio, sobretudo junto à fronteira com a Guiné-Conakry. Contabane funcionava como “tampão” ou ponto de presença militar português, relativamente vulnerável. Blogue Fora Nada E Vaotres
(2) O que aconteceu na noite de 22 de junho de 1968
Segundo relatos de antigos militares portugueses, em particular da CCAÇ 2382, de ex-milícias/indivíduos da tabanca, e de blogs/documentos coletados posteriormente:
Ataque do PAIGC:
O PAIGC organizou um ataque contra as posições em Contabane. O ataque durou cerca de três horas. Blogue Fora Nada E Vaotres
Foi uma operação relativamente bem preparada. Blogue Fora Nada E Vaotres
Segundo relatos de antigos militares portugueses, em particular da CCAÇ 2382, de ex-milícias/indivíduos da tabanca, e de blogs/documentos coletados posteriormente:
Ataque do PAIGC:
O PAIGC organizou um ataque contra as posições em Contabane. O ataque durou cerca de três horas. Blogue Fora Nada E Vaotres
Foi uma operação relativamente bem preparada. Blogue Fora Nada E Vaotres
Destruição da tabanca e retirada das tropas portuguesas:
As forças portuguesas presentes: pelotões da CCAÇ 2382, aquartelados em moradas da tabanca cedidas pelo régulo local, além de algumas valas e abrigos defensivos e arame farpado para proteção. Blogue Fora Nada E Vaotres
Durante o ataque, a tabanca foi incendiada e destruída. Blogue Fora Nada E Vaotres
O destacamento português foi obrigado a retirar, levando apenas a roupa que tinha no corpo. Tudo o resto foi perdido ou destruído. Blogue Fora Nada E Vaotres+1
A população local também abandonou a tabanca, refugiando-se em Quebo. Blogue Fora Nada E Vaotres
(iii) Consequências imediatas:
Contabane foi por algum tempo abandonada tanto pelas tropas portuguesas como pelos civis. Blogue Fora Nada E Vaotres
A destruição foi tão grande que se conta que o pelotão lá estacionado regressou a Aldeia Formosa (Quebo) com apenas a roupa do corpo. Blogue Fora Nada E Vaotres
A partir desse momento, foi feito um “reordenamento” da presença portuguesa naquela zona. A antiga tabanca de Contabane passaria a designar-se Sinchã Sambel (ou Sintcha/Sinchã Sambel) posteriormente. Blogue Fora Nada E Vaotres
As forças portuguesas presentes: pelotões da CCAÇ 2382, aquartelados em moradas da tabanca cedidas pelo régulo local, além de algumas valas e abrigos defensivos e arame farpado para proteção. Blogue Fora Nada E Vaotres
Durante o ataque, a tabanca foi incendiada e destruída. Blogue Fora Nada E Vaotres
O destacamento português foi obrigado a retirar, levando apenas a roupa que tinha no corpo. Tudo o resto foi perdido ou destruído. Blogue Fora Nada E Vaotres+1
A população local também abandonou a tabanca, refugiando-se em Quebo. Blogue Fora Nada E Vaotres
(iii) Consequências imediatas:
Contabane foi por algum tempo abandonada tanto pelas tropas portuguesas como pelos civis. Blogue Fora Nada E Vaotres
A destruição foi tão grande que se conta que o pelotão lá estacionado regressou a Aldeia Formosa (Quebo) com apenas a roupa do corpo. Blogue Fora Nada E Vaotres
A partir desse momento, foi feito um “reordenamento” da presença portuguesa naquela zona. A antiga tabanca de Contabane passaria a designar-se Sinchã Sambel (ou Sintcha/Sinchã Sambel) posteriormente. Blogue Fora Nada E Vaotres
(iv) Significado / Interpretação
O ataque mostra a capacidade do PAIGC de realizar operações coordenadas contra posições portuguesas relativamente bem defendidas (valas, abrigos, arame farpado) mesmo em zonas rurais pouco acessíveis.
Também reflete a vulnerabilidade de pequenas guarnições isoladas, especialmente quando a população local não está ou não pode ser mobilizada de forma defensiva.
Para Portugal, foi um golpe simbólico: a perda material, mas também o impacto psicológico, a sensação de insegurança e de fraqueza no controlo da região.
Para as populações civis, foi desastroso: destruição de casas, deslocações forçadas, perda de bens, insegurança.
(...) Não encontrei até agora fontes primárias oficiais portuguesas ou do PAIGC que descrevam em detalhe com documentos militares (relatórios operacionais, atas oficiais, etc.) o ataque a Contabane em 22 de junho de 1968, pelo menos nos arquivos acessíveis publicamente. O que existe são principalmente relatos de veteranos, depoimentos pessoais, e registos em publicações de memória/recensão da Guerra Colonial, que ajudam bastante a reconstruir o que aconteceu. Aqui vai um resumo do que achei, com grau de credibilidade estimado, seguidos de lacunas que persistem.
O que as fontes primárias / de testemunhas dizem:
Estas são as principais fontes disponíveis que contêm descrição do ataque:
“História da Unidade — CCAÇ 2382 (1968-70)”: trata-se de documento interno da própria companhia portuguesa, referenciado em narrativas do blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné”.Blogue Fora Nada É Vaotres
O documento fornece dados como a localização dos pelotões (alguns em Mampatá, outros em Contabane), as defesas existentes (valas, abrigos, arame farpado), o comando local (o régulo Sambel) e a mulher grande do régulo. Blogue Fora Nada E Vaotres
Depoimentos de ex-militares portugueses: Manuel Traquina, Carlos Nery, Hermínio Marques
Manuel Traquina, que esteve na CCAÇ 2382, escreveu no seu livro "Os Tempos de Guerra: de Abrantes à Guiné" sobre este ataque, afirmando que Contabane foi “reduzida a cinzas”. Blogue Fora Nada É Vaotres
Carlos Nery também narra “Noite longa em Contabane”, relatando o ataque prolongado, o impacto sobre os militares, abandono da tabanca, perda de bens.Blogue Fora Nada É Vaotres
Blogues / memórias locais
O blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné” reúne vários relatos, sobretudo os acima referidos, com descrições bastante coerentes entre si.Blogue Fora Nada É Vaotres
Também há relatos orais de moradores ou milícias locais, que mencionam que “aceitar armas aos portugueses” por parte de alguns fulas contribuiu para que fossem identificados como aliados (ou pelo menos simpatizantes) do lado português, o que levou o PAIGC a atacar. .Blogue Fora Nada É Vaotres
Estas são as principais fontes disponíveis que contêm descrição do ataque:
“História da Unidade — CCAÇ 2382 (1968-70)”: trata-se de documento interno da própria companhia portuguesa, referenciado em narrativas do blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné”.Blogue Fora Nada É Vaotres
O documento fornece dados como a localização dos pelotões (alguns em Mampatá, outros em Contabane), as defesas existentes (valas, abrigos, arame farpado), o comando local (o régulo Sambel) e a mulher grande do régulo. Blogue Fora Nada E Vaotres
Depoimentos de ex-militares portugueses: Manuel Traquina, Carlos Nery, Hermínio Marques
Manuel Traquina, que esteve na CCAÇ 2382, escreveu no seu livro "Os Tempos de Guerra: de Abrantes à Guiné" sobre este ataque, afirmando que Contabane foi “reduzida a cinzas”. Blogue Fora Nada É Vaotres
Carlos Nery também narra “Noite longa em Contabane”, relatando o ataque prolongado, o impacto sobre os militares, abandono da tabanca, perda de bens.Blogue Fora Nada É Vaotres
Blogues / memórias locais
O blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné” reúne vários relatos, sobretudo os acima referidos, com descrições bastante coerentes entre si.Blogue Fora Nada É Vaotres
Também há relatos orais de moradores ou milícias locais, que mencionam que “aceitar armas aos portugueses” por parte de alguns fulas contribuiu para que fossem identificados como aliados (ou pelo menos simpatizantes) do lado português, o que levou o PAIGC a atacar. .Blogue Fora Nada É Vaotres
O que se consegue verificar com razoável confiança
Com base nesses relatos, estes são os pontos que têm suporte razoável:
Com base nesses relatos, estes são os pontos que têm suporte razoável:
- O ataque foi feito pelo PAIGC na noite de 22 de junho de 1968, durou cerca de três horas.Blogue Fora Nada É Vaotres
- Contabane tinha guarnições portuguesas (CCAÇ 2382) que tinham sido espalhadas entre Contabane e Mampatá. O comando da companhia instalou-se em Contabane pouco antes do ataque.Blogue Fora Nada É Vaotres
- Havia defesas improvisadas: valas, abrigos, arame farpado, etc., e uso de moradias civis cedidas pelo régulo local para alojamento.Blogue Fora Nada É Vaotres
- O ataque resultou em grande destruição: habitações incendiadas, instalações destruídas, abandono pela tropa portuguesa e pelos habitantes civis. A guarnição portuguesa teve de retirar praticamente sem bens, levando apenas roupas que traziam.Blogue Fora Nada É Vaotres
- A tabanca foi abandonada, e posteriormente houve reordenamento/população concentrada em outro local (Sinchã Sambel, junto ao Saltinho) para alojar as famílias da antiga Contabane.Blogue Fora Nada É Vaotres
Lacunas / o que não se encontrou
Aqui as partes menos claras, que as fontes de memória não confirmam:
- Não se encontrou (ainda) transcrição de relatório operacional oficial português ou correspondência militar setorial com carimbo de guerra (por ex., documentos do Estado-Maior, Arquivo Militar) que possa confirmar quantitativamente os danos, número de mortos ou feridos, munições utilizadas, ou perdas do lado do PAIGC.
- Também não há confirmação formal de quais foram exatamente as motivações estratégicas apontadas em documentos oficiais portugueses (por exemplo, se a guarnição de Contabane estava isolada ou se houve falha de reforço, etc.).
- Algumas datas ou detalhes variam nos relatos de depoentes (por ex., localização precisa dos pelotões, quantos homens, se houve civis mortos, quantos, etc.).
- Versões do lado do PAIGC não foram encontradas até agora em arquivo acessível, pelo menos nada que contradiga fortemente os relatos portugueses, mas também que poderia oferecer outro ponto de vista (por ex., relatos de propaganda, radio-instruções, etc.)." (***)
(Pesquisa, revisão / fixação de texto, itálicos, negritos, título: LG)
__________________
Notas do editor LG:
(**) Vd. por exemplo: Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 6.º Volume; Aspectos da Actividade Operacional; Tomo II; Guiné; Livro II; 1.ª Edição; Lisboa (2015), 607 pp.
(***) Último poste da série > 2 de setembro de 2025> Guiné 61/74 - P27176: Diálogos com a IA (Inteligência Artificial) (5): Onde ficava Ganguirô ?... O delírio da IA que, quando não sabe, inventa...
1 comentário:
Não se entenda esta observação sobre o livro da CECA (Comissão para o Estudo das Campanhas de Áfica) como uma crítica à esquipa que o elaborou, com rigor, isenção, paixão, objetividade, voluntarismo, profissionalismo, patriotismo, não sendo embora constituída por historiadores académicos...
Voltamos a repetir: esta omissão (a referência ao ataque a Contabane na noited e 22 de junho de 19688) não tem nada a ver com o "branqueamento" desta situação (que foi, de facto, um revés para as NT), mas resulta, sim, em grande parte, da insuficiência de fontes de consulta, bem como da metodologia seguida pelo grupo de trabalho.
O segundo livro dos "Aspectos da Actividade Operacional - Guiné" abrange o período de de 1967 a 1970 (4 anos).
(...) O trabalho foi conduzido pela recolha de uma compilação de elementos, resumo e extratos alicerçados em documentos oficiais como directivas, ordens, planos, normas de execução permanente e diversos relatórios de comando, pessoal, informações, operações e logística.
As matérias que são referidas, eram na maioria, no respeitante à segurança, classificadas, exigindo a aplicação de medidas de segurança que recebiam consoante os inconvenientes que podiam causar a sua divulgação em graus que iam desde o reservado, confidencial e secreto até muito secreto.
Posteriormente foi proposta e autorizada a desclassificação dos documentos pelo que não são agora mencionados os graus que lhes tinham sido atribuídos à época.
Circunscrevemo-nos à consulta dos documentos produzidos à data na Metrópole e aos que na altura foram efectivados e encaminhados para Portugal Continental. Os que foram elaborados e arquivados nos CCFAG e CTIG, embora tenham sido enviados de lá e armazenados no extinto BCaç nº 5, acabaram por ser destruídos num incêndio. Devido a este, não se pode lucrar com o conhecimento dos seus conteúdos.
As fontes de consulta ficaram limitadas aos arquivos dos SGDN, AHM, CECA e do testemunho de alguns militares.
Sobre as operações e acções tácticas executadas no TO da Guiné são mencionadas as ajuizadas como mais relevantes.(...)
Os antigos combatentes da Guiné só podem estar gratos a esta equipa:
Elaboraram e redigiram este volume da Resenha:
· Coronel de Cavalaria Henrique António Costa de Sousa
· Coronel de Infantaria Álvaro Bastos Miranda
Coordenou e reviu:
· Major-General Henrique António Nascimento Garcia
Contribuíram com elementos indispensáveis:
· Arquivo Histórico-Militar
· Arquivo do Secretariado-Geral da Defesa Nacional
· Direcção de História e Cultura Militar
· Coronel Tirocinado de Cavalaria Pára-quedista Nuno António Bravo
Mira Vaz
· Arquivos pessoais de diversos militares
Trabalhos de computador:
· Ass.Téc. Maria Fernanda G.J. Antunes B. Jerónimo
· Ass.Téc. Helena Gulamhussen Vissanji
Reprodução de mapas e gráficos
· Sargento-Mor Rui Manuel Paim das Neves
Digitalização e tratamento de imagem
· Sargento-Ajudante João Carlos Nunes Cordeiro
Cedência de fotografias:
· Jornal do Exército
·Arquivo Histórico-Militar (Serviço Cartográfico do Exército-Divisão
de Fotografia e Cinema)
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