Foto (e legenda): © Augusto Silva Santos (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Fizemos uma ronda pela "Sabe-Tudo", a IA, que quando não sabe inventa... Na realidade, a IA está dependente das fontes disponíveis na Net. Há muita documentação e regulamentação do Exército, da época da guerra colonial, que não está disponível em suporte digital. E, em certas matérias, o nosso blogue é a única fonte citada!
As meninas assistentes a que recorremos desta vez são as do ChatGPT, Perplexity, Gemini / Google, Meta e Deep Seek... As mais "graneleiras" são o Deep Seek (a IA chinesa) e a Meta (EUA). Também consultámos a Mistral (França), que faz concorrência às "americanas".
Pergunta do editor LG:
Qual era a dose diária de vinho de um soldado português em África durante a guerra colonial ? Um copo à refeição, 1 ou 2 decilitros ? E como era fornecido o vinho, pela Manutenção Militar, na Guiné-Bissau ? Em garrafões de 5 litros, 10 litros ou mais ? Ou em barris de 50 litros ? Ou em bidões (metálicos) de 210 ? Havia problemas logísticos...
(1) O vinho faz parte da missa, da mesa, do lazer, da festa, da paz e da guerra dos portugueses
- Excelente questão, e muito pertinente, porque o vinho fazia parte da ração e da cultura alimentar do soldado português em África, mas era também um elemento logístico complicado no contexto tropical da guerra colonial (ChatGPT).
- Durante a Guerra Colonial (1961‑1974), o vinho fazia parte da ração diária dos soldados portugueses, tanto pelo seu valor calórico como pelo papel moral, sendo considerado um produto essencial, sobretudo em teatros como a Guiné-Bissau, onde as condições de vida eram difíceis. (Perplexity).
- Esta é uma excelente pergunta que toca num ponto muito específico da logística e do quotidiano da Guerra Colonial. A resposta varia ligeiramente dependendo do teatro de operações (Guiné, Angola, Moçambique) e da fase da guerra, mas existem dados consistentes, especialmente com base em regulamentos militares e relatos de ex-combatentes (Gemini / Google).
- Excelente pergunta, que toca num aspeto muito específico e revelador da logística e do dia-a-dia do soldado português durante a Guerra Colonial. O vinho era visto como um complemento alimentar, um humilde conforto que ajudava a "quebrar a monotonia" e a lidar com o stresse, o calor e, nalguns casos, a água de má qualidade. Era comum consumi-lo à refeição (...) (Deep Seek).
(ii) A ração diária de vinho do "tuga", segundo as NEP
(a) Segundo as instruções de alimentação das Forças Armadas (nomeadamente os regulamentos da Manutenção Militar vigentes desde os anos 1950 e adaptados à guerra colonial), a ração diária tipo incluía:
¼ de litro (250 ml) de vinho por dia, normalmente dividido pelas 2 refeições (almoço e jantar).
Em algumas situações e unidades (por exemplo, tropas em operações prolongadas ou zonas de maior isolamento), a dose podia ser reduzida ou substituída por sumos concentrados, cerveja (quando disponível) ou mesmo nada, devido a dificuldades logísticas.
Em termos práticos, portanto, o soldado recebia cerca de um copo grande de vinho por dia, o equivalente a 1 a 2 decilitros por refeição (ChatGPT).
(b) A dose oficial era de ¼ de litro de vinho por dia
A dose normal regulamentar era de aproximadamente 1 decilitro por refeição, o que equivalia a 2 decilitros por dia, seguindo instruções da Manutenção Militar e regimentos de campanha aplicáveis desde os anos 1950.
Em contextos de campanha ou em zonas operacionais isoladas, esta dose podia ser reduzida ou substituída temporariamente por cerveja, aguardente, ou refrescos artificiais, dependendo das condições de transporte e conservação.
Na prática, segundo testemunhos de ex-combatentes, muitos quartéis e destacamentos improvisavam: um copo pequeno ao almoço e outro ao jantar era a norma, frequentemente partilhando o que existia entre vários militares (Perplexity).
(c) A tua estimativa está muito próxima da realidade, mas a dose-padrão era, na verdade, um pouco mais generosa. A "ração oficial", A ração de vinho estipulada para os soldados (praças), era, mais comummente, de 0,25 litros (um quarto de litro) por refeição principal (almoço e jantar).
Total diário: isto perfazia um total de 0,5 litros (meio litro) de vinho por dia por soldado.
Este vinho, conhecido como "vinho de rancho", era geralmente vinho tinto comum, fornecido como parte integrante da ração de combate (ração tipo B ou C, quando em campanha) ou do rancho no aquartelamento (Gemini / Google).
(d) A dose diária de vinho para soldados portugueses durante a Guerra Colonial em África variava, mas historicamente era comum fornecer vinho como parte da ração diária.
Embora não haja informações específicas sobre a quantidade exata, um copo à refeição ou 1 a 2 decilitros seriam razoáveis, considerando as recomendações atuais de consumo moderado de vinho (Meta).
(e) A tua estimativa está bastante correta. A dose oficial, estabelecida pela Manutenção Militar, era de 2 decilitros (dl) por dia, o que equivale a um "copo de vinho" padrão (cerca de 200 ml). Mas a distribuição real estava sujeita aos caprichos da logística de guerra.
Esta quantidade estava prevista nos regulamentos de subsistência. Era considerada uma ração de campanha, semelhante à de outros géneros como o pão, a carne ou o tabaco.
Na prática, distribuição desta dose nem sempre era diária. Dependia criticamente das condições logísticas. Em situações de operação prolongada no mato, o vinho (e outros suprimentos) podia não chegar durante dias ou semanas. Quando chegava, por vezes era distribuída a "ração acumulada" de vários dias de uma só vez. (Deep Seek).
A dose regulamentar era, de facto, de 2 decilitros (0,2 litros). No papel, era isso. No terreno, como bem sabe, a realidade era diferente: "Era pouco", dizes tu. Esta tua observação é crucial. A ração oficial era considerada insuficiente por muitos. A forma como era realmente consumida dependia da unidade, do abastecimento e da dinâmica interna. Era frequente os soldados juntarem as suas rações ou adquirirem garrafas adicionais através de compras ou trocas, quando possível.
A tua menção implícita aos problemas logísticos confirma que a distribuição não era diária nem certa. A ração de vinho acumulava e era distribuída quando o reabastecimiento chegava, o que podia significar consumir quantidades superiores de uma só vez (Deep Seek).
(f) Durante a guerra colonial portuguesa, os soldados em África, especialmente na Guiné-Bissau, frequentemente recebiam vinho como parte da sua ração diária.
A dose média variava, mas, em geral, era comum a atribuição de um copo por refeição, o que se traduz em cerca de 1 a 2 decilitros (100 a 200 ml) por refeição, dependendo das circunstâncias e da disponibilidade (Mistral).
2. Em conclusão: mesmo sem termos acesso direto aos regulamentos da Manutenção Militar, e esperando o contrinuto decisivo dos nossos camaradas SAM (os vagomestres das companhias e os "intendes", a malta do BINT - Batalhão de Intendência), parece-nos razoável avançar com a dose diária dos dois copos de vinho, um por refeição, perfazendo 2,5 dl (já com o gelo adicional, quando o havia, o que era um luxo em muitos sítios).
Certas categorias de pessoal deveria ter acesso mais facilitado ao vinho (os graduados, a equipa do vagomestre, o pessoal da cozinha...). Como também abstémios, admitimos que havia malta que bebia o dobro ou até o triplo. Um alcunha que vamos encontrar nalgumas subunidades do mato é... o "esgota-pipos".
Total de consumo de vinho, por companhia e pro ano: 0,25 l por dia x 30 dias = 7,5 l x 12 meses= 90 litros = 18 garrafões de 5 l x 160 homens (1 companhia) = 2880 garrafões de 5 l = 14 400 l = 144 hectolitros...
Temos de concordar que era uma logística complicada para muitas das c. de 220 guarnições militares da Guiné (aquartelamentos e destacamentos), muitas delas de difícil acesso, sobretudo na época das chuvas, e que podiam ficar isoladas... Veremos isso melhor em próximo poste: transporte, vasilhame e outros problemas logísticos.
(Continua)
(Pesquisa: LG + Assistentes de IA (ChatGPT, Perplexity, Gemini, Meta, Deep Seek, Mistral)
(Condensação, revisáo / fixação de texto, negritos: LG)
__________________
Nota do editor LG:
Último poste da série > 18 de outubro de 2025 >
Guiné 61/74 - P27323: O vinho... pró branco de 2ª e pró tinto de 1ª (2): qual era a ração diária em campanha ? Um copo à refeição, 2,5 dl por dia ? Se sim, uma companhia no mato (=160 homens) tinha um consumo médio mensal de 240 garrafões de 5 l...
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