Manuel Lema Pires dos Santos (1945 - 2025). Foto: Manuel Resende
Manuel Lema Santos, engenheiro e empresário,
ex-oficial da Reserva Naval (RN)
1º Ten RN, 8.º CEORN, 1965/1972
1966/1968 - LFG "Orion" (Guiné, Oficial Imediato
1968/1970 - CNC/BNL, Ajudante de Ordens do Comandante Naval
1970/1972 - Estado-Maior da Armada, Oficial Adjunto
Escola Naval > Cadete do 8º CEORN
VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012 > Manuel Lema Santos e Maria João (Massamá / Sintra)... O Manuel Lema Santos fez, antes do início do almoço, uma breve alocução, em nome da direção da AORNA - Associação dos Oficiais da Reserva Naval. Ofereceu ao nosso blogue várias publicações e uma medalha em bronze, comemorativa da fundação da AORNA, em 1995.
Foto (e legenda): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
O velório será, amanhã. domingo, 16/11/2025, das 10:00 às 17.30, no Centro Funerário de Cascais, segundo depois o corpo para o Crematório de Cascais. Cremação às 18:00.(**)
Para a família, a esposa, Maria João, e filhos, vão os nossos votos de solidariedade na dor. Partilhámos, em vida,alguns momentos bons, quer nos encontros anuais da Tabanca Grande, em Monte Real, quer na Magnífica Tabanca da Linha.

3. O Manel tinha muito orgulho no seu blogue. Disponível aqui:
Para a família, a esposa, Maria João, e filhos, vão os nossos votos de solidariedade na dor. Partilhámos, em vida,alguns momentos bons, quer nos encontros anuais da Tabanca Grande, em Monte Real, quer na Magnífica Tabanca da Linha.
O casal também nos honrou com a sua partiicipação no I Encontro Nacional da Tabanca Grande, na Ameira, em 14 de outubro de 2006.
2. O MLS tem mais de 60 referências no nosso blogue. É um histórico da Tabanca Grande. Foi o primeiro oficial da classe de marinha que nos contactou e pediu licença para entrar na nossa caserna.
Também é verdade, foi o segundo, em mais de 900 membros registados, a pedir para sair, a meio da viagem, por "desconforto" em relação a alguns camaradas e alguns temas, sensíveis e sobretudo "fracturantes", como o dos desertores. Respeitámos a sua decisão, retirámos o seu nome da nossa lista de A a Z, embora continuando a trocar com ele mails, a publicar postes em seu nome e a encontrarmo-nos, nomeadamente na Magnífica Tabanca da Linha, em Algés.
A seu respeito escreveu ele, em 2006 (*):
(...) Fui apenas um entre os quase 3000 oficiais da Reserva Naval que, entre 1958 e 1982, desfilaram naquela Instituição; daqueles, cerca de um milhar terão desempenhado missões de serviço nas antigas colónias portuguesas, entre 1961 e 1975.
No meu caso, depois de um curso de seis meses na Escola Naval, a viagem de instrução de cadete e o juramento de bandeira com promoção a Aspirante (Outubro de 1965 a Maio de 1966) marcaram, em sucessão, instrução e formação, camaradagem, também crescimento.
Depois, já promovido a Subtenente, o destacamento para uma unidade naval na Guiné, o NRP Orion - P362 (LFG - Lancha de Fiscalização Grande) onde fui oficial Imediato de Maio de 1966 a Abril de 1968; uma unidade naval de 42 metros, com 2 oficiais, 4 sargentos e 22 praças entre outras 6 idênticas (Argos, Dragão, Hidra, Lira, Cassiopeia e Sagitário).
Seguiram-se inúmeras operações, apoios à navegação (LDG, LDM, LDP, TT, embarcações e batelões) e oceanografia, escoltas, fiscalização, transportes, ataques e respostas, evacuação de feridos, prisioneiros e até transporte de agentes da PIDE. (...)
Depois de 2500 horas de navegação e dois anos decorridos, o regresso ao Continente, já como 2º tenente. Família constituída e a necessidade de completar a minha formação académica e profissional levaram-me a prorrogar, por mais algum tempo, a minha permanência na Velha Escola. Em 1972, promovido a 1º tenente, pedi a passagem à disponibilidade. (...) (*)
No meu caso, depois de um curso de seis meses na Escola Naval, a viagem de instrução de cadete e o juramento de bandeira com promoção a Aspirante (Outubro de 1965 a Maio de 1966) marcaram, em sucessão, instrução e formação, camaradagem, também crescimento.
Depois, já promovido a Subtenente, o destacamento para uma unidade naval na Guiné, o NRP Orion - P362 (LFG - Lancha de Fiscalização Grande) onde fui oficial Imediato de Maio de 1966 a Abril de 1968; uma unidade naval de 42 metros, com 2 oficiais, 4 sargentos e 22 praças entre outras 6 idênticas (Argos, Dragão, Hidra, Lira, Cassiopeia e Sagitário).
Seguiram-se inúmeras operações, apoios à navegação (LDG, LDM, LDP, TT, embarcações e batelões) e oceanografia, escoltas, fiscalização, transportes, ataques e respostas, evacuação de feridos, prisioneiros e até transporte de agentes da PIDE. (...)
Depois de 2500 horas de navegação e dois anos decorridos, o regresso ao Continente, já como 2º tenente. Família constituída e a necessidade de completar a minha formação académica e profissional levaram-me a prorrogar, por mais algum tempo, a minha permanência na Velha Escola. Em 1972, promovido a 1º tenente, pedi a passagem à disponibilidade. (...) (*)

Autor dos blogues Reserva Naval e MLS
https://reservanaval.blogspot.com/ (de 2016 a 2025)
ou aqui, para o caso da família, o descontinuar(náo sabemos qual a sua última vontade):
Tal como era muito cioso das suas fotos, que tinham a sua "marca de água".
Desse blogue dissemos:
"Sem desprimor para outras páginas sobre a nossa Marinha, esta é uma verdadeira enciclopédia, de consulta obrigatória, sobre a nossa armada, nomeadamente do tempo da guerra do ultramar / guerra colonial."
E tínhamos orgulho nesse blogue da nossa blogosfera, para mais criado por um dos nossos históricos. A história da Reserva Naval da nossa Marinha (1958-1992) é também também parte da nossa história.
E tínhamos orgulho nesse blogue da nossa blogosfera, para mais criado por um dos nossos históricos. A história da Reserva Naval da nossa Marinha (1958-1992) é também também parte da nossa história.
Tivemos sempre, os dois, uma relação leal e franca: nem sempre o nosso pensamento estava afinado pelo mesmo diapasão mas respeitávamo-nos mutuamente, começando por reconhecer a nossa comum condição de antigos combatentes na Guiné. Conhecíamo-nos pessoalmente desde 2006, desde a Ameira. Além disso,. éramos criadores e editores de blogues que, quer se goste ou não, são uma referência para muita gente que se interessa pela história da guerra do ultramar / guerra colonial.
Uma das últimas vezes que falei com ele deixou-me transparecer alguma mágoa pela indiferença e ingratidão deque sentia vítima, nomeadamente pelos zseus oares. Concordamos, os dois, que era uma pecha nacional, uma das "nódoas negras" que manchavam a "farda branca" dos portugueses (fossem eles militares ou civis)...
De facto, nenhum de nós estava à espera de uma comenda mas quando se fazia, como ele, em 2022, oitenta aninhos depois de muito trabalho "pro bono", a favor dos outros (através das associações, organizações, blogues, etc.) sabia bem o reconhecimento e o apreço de quem direito, e sobretudo dos nossos pares...
De qualquer modo, o blogue "Reserva Naval" está também, em grande parte, salvaguardado com as capturas feitas pelo robô do Arquivo.pt, da FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia).
https://arquivo.pt/wayback/20210310063043/https://reservanaval.blogspot.com/
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Notas do editor LG:
(*) Vd. poste de 21 de abril de 2006 > Guiné 63/74 - P713: Tabanca Grande: Manuel Lema Santos, 1.º tenente da Reserva Naval, ex-Imediato da NRP Orion (1966/68)



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